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História Everybody deserves to be happy - Chaz Somers


Escrita por: GinaDoHarry

Notas do Autor


Hello!!! Bom, como eu disse a vocês, ainda não sei com que frequência vou postar, mas entrarei de férias amanhã e vou conseguir manter uma rotina fixa durante um mês, mais ou menos.
Espero que gostem do capítulo e nos vemos lá embaixo, xx

Capítulo 3 - Chaz Somers


 No sábado acordei com uma sensação muito boa, se eu soubesse que bater de frente com alguém fosse tão libertador assim, faria mais vezes. Meu dia foi resumido em comer muito chocolate enquanto chorava assistindo Toy Story 3, porque dia de sábado é sagrado, obrigatório assistir desenhos. 

  No domingo resolvi ir à praça para sentir a paz na alma que sinto ao tocar violão embaixo da minha árvore preferida. Às 16h tomei um banho, vesti uma roupa de frio e encarei os rápidos 10 minutos que me separam do melhor lugar do mundo para mim. Quando cheguei na praça me sentei na grama que já tem a marca da minha bunda de tanto que vou e comecei a dedilhar umas músicas de olhos fechados. Passado um tempo, senti a presença de alguém ao meu lado e abri os olhos me deparando com Chaz Somers (?). 

  - Você toca bem – ele falou. 

  - Obrigada – saiu mais como uma pergunta do que um agradecimento ao sentir minhas bochechas corarem. 

  - Sou Chaz Somers – ele sorriu e estendeu a mão –, deve lembrar de mim, fizemos um trabalho juntos ano passado no colégio. 

  - Sim, lembro – apertei a mão dele. 

  - Então, na verdade, vim agradecer por ter ajudado o Justin na sexta, ele me contou e disse que já era a segunda vez que te encontrou nessa praça, daí resolvi arriscar vir aqui pra ver se te via. Obrigado mesmo. O médico falou que, se não fosse por você cuidando para a língua não embolar, Will poderia ter sérias consequências. Sabe, ele é como um sobrinho para mim e Justin não sabe lidar muito bem com imprevistos, ele morre de medo de perder o filho – Chaz desatou a falar sem parar e eu tentava processar todas as informações. 

  - Ah, não tem de quê, fiz o que pude por William e vi o quanto seu amigo se importa com ele. 

  - Bom, mesmo assim, obrigado. 

  - Por nada. - Ficamos em silêncio por um tempo e eu já esperava que Chaz levantasse e fosse embora quando ele abriu a boca novamente. 

  - Quer tomar um sorvete? 

  - Ah... - Fui pega de surpresa com a pergunta. 

  - Eu não estou dando em cima de você nem nada, mas aquele garotinho – apontou para um menino que passou por nós - está com um na mão e me deu vontade de tomar. 

  - Bom – olhei as horas no celular e marcava 16h40 –, acho que não tem problemas. 

  Chaz levantou e estendeu a mão para mim sorrindo, peguei meu violão e andamos lado a lado até a sorveteria que fica na outra quadra do bairro. O garoto de olhos gentis é muito engraçado e eu não conseguia ficar 5 minutos sem rir das palhaçadas dele. Pedimos sorvetes mesmo estando um pouco frio, eu de baunilha e ovomaltine e Chaz de menta e maçã verde. 

  - Você é da sala C, não é? - Ele perguntou quando nossos sorvetes chegaram. 

  - Sim e você da A? 

  - Exato. Ai, é tão bom saber que termina esse ano! 

  - Verdade, não posso mais esperar para acabar o colégio e entrar na universidade. 

  - Vou é curtir a vida, universidade é para os fracos – ele fez uma careta e gargalhei. 

  - Oh, Deus! 

  - Mas você quer cursar o quê? DEIXA EU ADIVINHAR! - Bateu palmas. - Você tem cara de quem quer fazer Jornalismo – colocou a mão no queixo. 

  - Não! - Ri alto. - Quero fazer Moda. 

  - Eu nunca diria isso – Chaz riu. - Então você quer ser estilista? 

  - Isso, quero me especializar em estilismo. 

  - Que legal, Elizabeth, parece ser uma área bem interessante, desenhar o que vai vestir... 

  - Sim, sim, é o meu sonho. 

  Conversando sobre diversas coisas, descobri que Chaz é um cara muito legal e nós nos divertimos muito durante aquele tempo na sorveteria. Quando fomos pagar a conta, começou a chover. 

  - Você mora aqui perto? - Chaz perguntou. 

  - Sim, pertinho. 

  - Posso te levar, deixei o carro lá na praça. 

  - Não precisa, dá pra ir correndo rapidinho. 

  - Faço questão, a chuva parece que vai engrossar – a moça pegou o dinheiro das nossas mãos –, vou lá pegar o carro e volto. 

  Antes de contestar uma segunda vez, Chaz saiu da sorveteria. Sentei numa mesa perto da porta de vidro e depois de certo tempo um carro parou e buzinou, levantei quando Chaz abaixou o vidro e acenou para mim. No curto espaço da calçada para o carro fiquei ensopada, a chuva triplicou de força em poucos minutos. Ensinando onde era minha casa, ele dirigiu até lá enquanto ouvíamos um cd que estava no rádio (acredito eu que era rap misturado com hip-hop). 

  - É essa amarela – falei quando estávamos perto e o carro foi estacionado. 

  - Está entregue, madame – ele brincou fazendo uma reverência. 

  - Obrigada, Chaz – peguei o violão no banco de trás. 

  - Por nada, me diverti muito hoje e acho que devemos repetir a dose – fez um sinal de legal com a mão piscando o olho. 

  - Pode deixar – sorri para ele. 

  - Até mais – deu um beijo na minha bochecha. 

  Desci do carro corada de vergonha, um beijo na bochecha não é nada demais, eu sei, mas poxa, ele é muito lindo. Quando olhei para a garagem de casa, vi que o carro do meu pai estava na garagem, ou seja, ele já chegou de viagem, alegria de pobre dura pouco. Entrei em casa e meu pai estava olhando pela janela e, provavelmente, deve ter visto que cheguei com Chaz, que bosta. 

  - Boa noite, pai, como foi de viagem? - Perguntei calmamente. 

  - Foi bem, mas parece que sua noite foi maravilhosa, não é mesmo? - Ele virou para mim. 

  - Foi legal – tentei ir para o quarto, mas ele segurou o meu braço. 

  - Quem era aquele no carro? 

  - Um colega do meu colégio. 

  - Um colega? - Riu. - Você acha que eu sou idiota? 

  - Ele é um colega meu – repeti tentando soltar meu braço da mão dele. 

  - E para que ele te beijou? Fica parecendo aquelas vagabundas dentro de um carro com um homem! Será que você não aprende, Elizabeth? Isso não é coisa de garota de família, eu não te criei para isso. 

  Ele levantou a mão para me bater, mas tentei esquivar, o que foi pior. Meu pai me puxou pelo braço e me jogou por cima da mesinha de centro da sala, a mesinha era de vidro e quebrou com o meu peso fazendo eu sentir cacos entrando na minha pele instantaneamente. Ele chegou perto de mim e senti o cheiro de bebida, ótimo, vou apanhar de um bêbado. 

  Tentei levantar e, além de ter me cortado mais, ele me deu um tapa no rosto me fazendo virar. Sempre a mesma coisa. Meu pai é um bêbado que bate na filha de 17 anos por coisas insignificantes. Caí mais 2 vezes por cima dos cacos de vidro e fui chutada, sentia o gosto de sangue na boca, mas não me permiti chorar, não na frente desse monstro. 

  - Vá dormir na casa do seu namorado agora, porque aqui você não dorme! 

  Então, simplesmente, ele me empurrou para fora de casa e eu caí na escadinha de 3 degraus que dá para a varanda. Fiquei um tempo pensando no que fazer e percebi que os cortes eram superficiais, ou seja, eu não iria morrer de hemorragia, o que já é um ganho. Depois de alguns minutos tentando levantar, vi que não iria conseguir e resolvi parar para os cortes não sangrarem mais. Fechei os olhos devagar e adormeci banhada pelo frio da noite.


Notas Finais


Leitores(as) fantasmas, podem aparecer sem medo! Tentarei postar o próximo capítulo o mais rápido possível, beijinhos.


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