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História Everybody's Broken - Next 100 Years


Escrita por: lara_henio

Notas do Autor


Ahhhh que agonia me dá de pensar que essa é a última vez que venho aqui postar mais um capítulo dessa história.
Muito obrigada a você que está lendo agora, a quem comentou e favoritou! Eu aprendi muito e cresci muito como escritora aqui no Spirit e espero voltar em breve com uma nova história para vocês!!!
PS: A fanfic não terá segunda temporada.

Capítulo 26 - Next 100 Years


“Eu, quando penso que estou me perdendo
Tudo volta a você

E você, você sabe que é verdade
Depois de tudo que passamos juntos
Não há nada que eu não fizesse

Fique comigo
E eu desistiria de tudo com prazer

 

Eu vou te abraçar até sua dor sumir
Serei o ombro em qual você se encostará
Eu estarei aqui
Pelos próximos 100 anos
Se tudo acabar essa noite
Eu saberei que valeu a pena lutar
E estarei aqui
Pelos próximos 100 anos”

Digitou o número rapidamente e levou o aparelho à orelha. Jon havia desligado o celular, mas ela continuou ligando até o celular cair de sua mão, tomada pelo sono. Acordou ao amanhecer com grande alvoroço, seu coração ainda disparava como há horas atrás.

"Ele me ligou mesmo depois de ter deixado o hospital, por que faria isso se veio apenas por nossa filha?"

Sentou-se ereta na cama, passando as mãos pelos cabelos nervosamente enquanto decidia o que fazer. Ligou mais uma vez para o celular ainda desligado.

- Bom dia! – cumprimentou-a a copeira encarregada de servir seu café da manhã.

- Bom dia – murmurou em resposta.

Obrigou-se a comer tudo o que fora servido em sua bandeja, a diarréia pós-parto cedera e ela não precisava se preocupar com dores estomacais causadas pela comida. Também não precisava mais estar ao lado do banheiro o tempo inteiro, podia circular pelo hospital, só que trajando camisola. Não era como se nunca tivesse circulado por ali só de pijamas, agora já conseguia rir de si mesma ao se lembrar daquele dia, apesar de toda a angústia e desespero daquela noite.

A copeira acabava de se retirar quando Sharon entrou no quarto. A última pessoa de quem Julia esperava receber uma visita, embora não se esquecera de como Sharon melhorara o comportamento com ela desde que descobrira sua gravidez. Ela levara muffins de blueberry, estendeu-os para Julia.

- Você enchia a mesa de farelos, eu gravei a marca porque odeio o cheiro – explicou ela com expressão bucólica.

Julia não sabia se ela lutava contra o mau humor ou se ela lutava contra a empatia que poderia quebrar o mau humor. Algo nela entrava em conflito quando tentava fazer algo bom por alguém, estava evidente o desconforto dela com o silêncio da outra.

- Obrigada, Shar – murmurou ela.

- Ah, pelo amor de Deus, “Shar” já é demais! – retrucou arrancando uma risada sincera de Julia.

Sharon olhou-a com o habitual olhar de pena com que todos a olhavam naquele hospital, fazendo com que Julia se esforçasse para parecer bem disposta.

- Imagino que você não se dê tão bem com a estagiária.

Sharon revirou os olhos.

- Senhor...

Julia deu uma risada baixa.

- Ela quase me enlouqueceu quando você mandou as ordens para a segurança...

Julia assumiu um tom grave de remorso.

- Eu proibi a entrada dele e ele nem chegou a pisar no hospital...

- Ah, sim, eu soube do seu primo.

- Ainda não entendo o que o levou àquilo. Digo, em meio a todos os motivos que ele poderia ter tido por causa do alcoolismo e da esquizofrenia.

- Uma pena... – murmurou ela sem pesar – Em compensação, seu ex armou o maior escândalo.

- Henry? – indagou com curiosidade.

Sharon franziu o cenho com raiva.

- O outro.

- Jon?! – arregalou os olhos, sentando-se ereta.

- O que você esperava? Até eu fiquei com dó... Ele veio na melhor das intenções, mas não vou questionar seus motivos.

- Espera, do que você está falando? O que aconteceu quando ele veio?

Sharon assumiu expressão confusa.

- Julia, você está tonta? Esqueceu que você proibiu a entrada dele? Ele fez o maior auê lá embaixo, saiu quase arrastado pelos seguranças porque queria entrar de qualquer forma.

Ela agora encontrava-se de pé, cara a cara com Sharon.

- Eu? Sharon, não, claro que não!

- Claro que sim, você mandou o nome dele e do primo, o próprio Henry falou para a anta da estagiária.

- Eu não fiz isso!

- Então alguém mais fez.

Antes que ela começasse a raciocinar sobre aquilo, seus pais apareceram na porta, levando Sharon a sussurrar um tchau e sair rapidamente.

- Eu não acredito que vocês foram capazes – rosnou ela para o casal.

- O que foi dessa vez, Julia? – suspirou o pai com ar cansado.

- Vocês pediram ao Henry para proibir a entrada do Jon, fizeram ele ser enxotado daqui pelos seguranças, enquanto eu agonizava pensando que ele tinha me abandonado após a morte da nossa filha!

- Julia, você está totalmente equivocada – apaziguou a mãe – Eu e o seu pai deixamos até que ele te visitasse na UTI, ele não voltou porque não quis.

- Mentira! – gritou ela.

- Julia, se acalma – suplicou o pai tentando guiá-la de volta à cama.

Ela balançou os braços desvencilhando-se do pai.

- Sharon já me contou que vocês deram o nome dele ao Henry para que a segurança do hospital não permitisse a entrada dele! Vão me dizer que ela está mentindo?

Victoria balançou a cabeça negativamente.

- Não dissemos nada ao Dr. Crispin.

Julia estava vermelha até a raiz dos cabelos.

- Ah não? Então como...

Finalmente vislumbrou toda a verdade, ela e os pais eram os únicos que poderiam ter dado tal ordem, mas Henry dera aqueles nomes.

- Por quê? – questionou-se levando as mãos à cabeça.

Mas era evidente o ciúmes que Henry mostrava, a expectativa de reatar com ela... Nunca imaginaria que ele fosse capaz de algo daquela dimensão, ele que sempre fora paciente durante todo o envolvimento deles.

Saiu do quarto sem dar atenção às perguntas dos pais, sem se dar conta de que circularia, novamente, de camisola pelo hospital.

(...)

Jon tentou ir para o estúdio, assim como tentara dormir na noite anterior, assim como tentara comer sem ter que forçar a comida com mau gosto. Não conseguiu nenhum dos afazeres. Seus pensamentos inevitavelmente se voltavam para Julia e, ao contrário do que pensara, o tempo só aumentava a tensão em seu corpo.

Passara a noite quase em claro, mas se levantou pontualmente no mesmo horário em que acordava todos os dias para ir ao estúdio. Tomou um banho rápido, forçou uma tigela de cereais goela abaixo e vestiu uma camisa azul claro enquanto saía para o estacionamento. Foi só no meio do trajeto que percebeu que não estava dirigindo para o estúdio, mas sim para o hospital.

Ainda que não houvesse nada a ser feito, esperaria pelo menos que Martin e Victoria aparecessem, poderia implorar a eles que intermediassem por ele para falar com Julia. Era um plano muito propenso a dar errado, mas era a única coisa que lhe restava fazer.

(...)

Julia bateu na porta da sala com força, atraindo olhares furiosos de funcionários que circulavam pelo corredor.

- Cadê o Dr. Crispin? – rosnou para uma médica que passava.

- Não sei se ele já chegou... – murmurou a mulher olhando para os trajes de Julia com desconfiança.

Ignorou os olhares tortos e continuou sua busca pelo hospital, trombando furiosamente em todos que passavam por ela. Henry não se encontrava em nenhum dos lugares em que ela tinha autorização para entrar. Encontrou novamente com seus pais no elevador, enquanto desciam para a recepção.

- Julia, o que você está fazendo? – questionou o pai, atordoado – Nós precisamos voltar para o hotel, temos que viajar.

- Eu acompanho vocês até a entrada – resmungou ela.

- Vestida desse jeito, Julia? – indagou a mãe – Você está parecendo uma louca.

- Eu estou louca.

(...)

Jon detestou ser atendido pela nova recepcionista, mas respirou fundo antes que o jeito desnorteado dela o irritasse. Insistiu que precisava falar com os pais da paciente, e que não podia haver nenhum problema, uma vez que não estaria em contato com a paciente.

- Mas, senhor... – começou a argumentar a moça.

- Onde está o Dr. Crispin? Ele é meu médico, você não pode me impedir de vê-lo, certo?

- O Dr. Crispin ainda não chegou.

No fundo do saguão encontrava-se o elevador, passando por uma infinidade de cadeiras, mas ainda assim dentro do campo de visão de quem estivesse na entrada. Jon não precisou ouvir a voz de Julia discutindo com os pais, ele soube que era ela no exato instante em que as portas se abriram e um vulto loiro deixou a cabine. Julia havia se desgastado o suficiente com todas as agitações desde que acordara, já sentia algumas dores em seus pontos, mas todas elas sumiram quando o viu.

Ambos permaneceram parados, sem ação. Julia temia que ele a tratasse de forma esquiva e distante, ainda sem saber exatamente por que ele a procurava desde que voltara de Manhattan. Jon esqueceu tudo o que ensaiara para falar, ou a forma como achava que devia agir, tudo se esvaiu. focou a imagem dela em sua frente, de camisola, descalça, descabelada, porém ainda mais bonita do que ele se lembrava. Deu dois passos trôpegos em sua direção, tinha os olhos fixos nos dela e continuou a caminhada com dificuldade.

Ela soube, simplesmente soube pelo jeito que ele a olhou. Não do jeito confuso e atordoado, mas do jeito caloroso, com atentos olhos azuis pelos quais ela se apaixonara há quatro anos. Jon a olhou do mesmo jeito que ela esperara ser olhada quando ele acordara depois do acidente, do jeito de antes, apaixonado, terno e faminto.

Correu, ignorando as fortes pontadas em seu ventre, correu até poder largar-se junto ao peito dele, sem forças nos braços para enlaçá-lo. Ele a segurou com firmeza, apertando o corpo dela contra o seu próprio.

- Jon – sussurrou entre o choro que cobria sua garganta.

Também ele estava sem voz, lágrimas escorreram por seu rosto até respingar nos cabelos dela. Afastou-a de si para olhar seu rosto de perto, afagou suas bochechas vermelhas e molhadas. Julia não conseguia se mexer, tinha medo de fazer algum gesto brusco e acordar sozinha na cama de seu quarto na casa dos pais, e descobrir que tudo fora outro sonho com ele.

Ele colou seus lábios suavemente, as mãos afagando os ombros dela que balançavam com soluços.

- Jules... – chamou o pai timidamente.

- ...Nós precisamos ir – completou a mãe.

Sharon surgiu no balcão, impedindo os seguranças de tentarem tirar Jon de lá. Julia separou seus lábios, virou-se para os pais como se os enxergasse através de uma densa névoa. O pai a abraçou por segundos, cumprimentou Jon e deu lugar à mãe, que a abraçou um pouco mais demoradamente.

- Nós voltaremos assim que você tiver alta.

Julia concordou com a cabeça e viu-os deixarem o hospital, voltando-se para Jon com um sorriso fraco entrecortado por um choro de felicidade. Ele sorriu de volta por um instante, mas sua expressão ficou séria. Julia acompanhou seu olhar até o centro de sua camisola, onde gotas de sangue marcavam na altura de sua barriga.

- Devo ter forçado os pontos – murmurou – Ah, Jon, nossa menina...

Ele a abraçou novamente, amparou-a pelos ombros e seguiu para o elevador. Ela explicou-lhe o caminho até o quarto, esperou até que ele a colocassem em sua cama e gesticulou para que se sentasse de frente para ela.

- Jules... – ela estremeceu ao ser chamada assim por ele novamente – Eu não sei por onde começar.

Ele sorria em um misto de dor e alegria, segurou suas mãos afagando-as.

- Não tem nada para ser dito, Jon.

Ele retesou com medo.

- Nada disso foi nossa culpa, não havia nada que nós pudéssemos ter feito de diferente.

- Não, eu me envolvi com outra pessoa...

Julia abaixou a cabeça.

- Eu também.

Jon ergueu-a pelo queixo.

- Eu te amo, mais do que eu jamais seria capaz de amar qualquer outra pessoa.

Julia sorriu, derramando mais lágrimas com aquelas palavras.

- Eu sempre vou te amar, Jon. Mesmo que você nunca recuperasse a memória, eu continuaria te amando secretamente.

Seu choro aumentou, dificultando sua fala.

- Mas eu nunca te traí, tentei ajudar o Daniel e agora ele está morto, mas eu nunca me envolvi com ele depois de ter te conhecido. Eu juro que...

- Não!

Jon a interrompeu, completamente ruborizado de vergonha por ter feito ela se punir por tanto tempo com suas falsas acusações.

- Jules, me perdoa... – pediu com olhos aflitos.

Ela se limitou a se encolher novamente em seu abraço, onde ficaram vários minutos na mesma posição até uma copeira entrar para servir seu almoço. Jon contou sobre tudo o que acontecera com a banda desde que ela saíra do apartamento, os ensaios, as apresentações, concursos, Alec e o novo álbum.

- É maravilhoso – exclamava ela.

Continuou as narrativas até serem interrompidos por uma batida na porta. Henry estancara na entrada do quarto, encarando Jon.

- O que...?

Julia começou a se levantar, Jon ainda não sabia que ele era o responsável por sua expulsão do hospital, mas ainda assim encarava-o com raiva.

- Jon, por favor... – pediu mentalmente que ele os deixasse a sós.

Jon se retirou sem desviar os olhos do médico.

- Henry, como você ousou proibi-lo de me visitar? – perguntou calmamente.

Tudo estava acertado entre ela e Jon, não havia mais motivos para se esquentar com aquilo.

- Jules, por que ele...

- Henry, ele recuperou a memória.

O médico empalideceu, balançava a cabeça negativamente.

- Por que você fez isso? – perguntou lentamente, mesmo já sabendo a resposta.

- Eu... Eu não queria que você ficasse pior por causa das confusões dele. Eu não sabia que ele tinha recuperado a memória.

- Henry, você não tinha esse direito...

- Eu sei.

Ela ficou em pé, aproximou-se sem tocá-lo.

- Seus pontos... – apontou para a frente da camisola, tentando mudar de assunto.

- Está tudo bem – cortou-o bruscamente – Henry, eu gosto muito de você.

Ele ficou mais tenso, em sua mente soava um alerta de despedida.

- Jules...

Ela ergueu a mão pedindo que não a interrompesse.

- Você sempre terá o meu mais sincero carinho e gratidão, mas é só o que eu posso te oferecer. Não adianta brincar de “uma hora você me retribui na mesma medida”, porque você sabe que eu não vou conseguir, principalmente agora.

Ele desviou os olhos.

- Essa é a sua escolha?

- Não tem escolha, sempre foi ele.

(...)

Jon aproveitara o meio tempo em que a deixara com Henry, seu apetite finalmente voltara e sentia que já poderia comer algo com gosto. Foi até a cantina, escolheu caprichosamente uma refeição completa, mas devorou tudo em poucos minutos, pois sabia que a conversa entre eles não demoraria muito.

Quando voltou ao quarto foi a vez de Julia narrar todo o período de sua vida em que eles estiveram separados. Uma longa história, mesmo com ela tentando ocultar a forma como se sentira diante de tudo aquilo, ainda assim Jon podia ver os traços de angústia em seu rosto ao lembrar-se de cada coisa. Pararam no meio da tarde para que ela tomasse o lanche servido pelo hospital. Ambos estavam sonolentos, mas tentavam driblar o sono para continuarem aproveitando a presença do outro.

- Você precisa dormir – observou Jon assim que ela terminou a refeição.

Julia não se opôs, não aguentaria ficar acordada por muito mais tempo, agora que estava inundada pela tranqüilidade de estar com ele.

- Você também, mas eu já falei com Henry...

- E eu preciso me resolver... com a Emilly – acrescentou receosamente.

Ela havia dito que saberia sua resposta se ele não a procurasse até o fim do dia, mas seria injusto simplesmente deixá-la de lado como se nunca tivesse existido.

- Nós não podemos apagar o passado – disse Julia como se pudesse ler seus pensamentos – Eles sempre serão uma parte importante dele, não têm culpa por nada do que aconteceu, assim como nós.

Jon confirmou com um aceno de cabeça. Curvou-se sobre ela e a beijou intensamente pela primeira vez, ainda cauteloso com seu estado físico, mas com toda a efervescência que sentia.  Ainda parecia surreal tê-la de volta.

Ligou o celular assim que deixou o hospital, dirigiu primeiro até o estúdio para avisar a todos que voltaria ao ritmo normal na segunda feira.

- Esperou até sexta feira para anunciar isso – David revirou os olhos ironicamente.

Temeu que ele e Tico voltassem também ao ritmo normal de queixas sobre suas decisões, mas eles apenas sorriram.

- Você está bem – comentou Tico em uma forma discreta de dizer “queremos o seu melhor”.

Só então seguiu para a loja, torcendo para que Emilly não estivesse de folga ou tivesse saído mais cedo. Ela estava lá, reorganizando discos por ordem de gênero. Não demonstrou ânimo ao vê-lo.

- Eu sabia que você viria mesmo que para um adeus, só não imaginei que fosse tão cedo.

Seus cabelos desmanchavam-se de um rabo de cavalo alto, deixando seu rosto ainda mais magro e os olhos maiores. Jon tirou os CDs de sua mão, forçando-a a olhá-lo nos olhos.

- Eu não achei que teria coragem... – começou ele.

- Jon, seja breve. – interrompeu-o grosseiramente, mas deu um sorriso sem humor – É doloroso.

Jon concordou.

- Eu estive confuso quando nós nos conhecemos, não sabia quem eu era ou quem eu queria ser. A única certeza que eu tinha era do quanto eu gosto de você, isso nunca vai mudar. Eu não vou ficar tentando justificar a minha escolha, nem sei se eu teria palavras para isso, mas nada te consolaria realmente.

Ela o abraçou com força, mas não disse mais nada durante todo o tempo em que ele permaneceu ali.

(...)

No domingo de manhã Martin e Victoria estavam pontualmente às dez horas no quarto de Julia. Jon terminava de recolher seus objetos pessoais enquanto Julia se preparava para deixar o hospital.

- Você não vai com a gente, não é mesmo? – perguntou o pai.

Julia abraçou-os de uma só vez.

- Eu não quero mais fugir.

Sua mãe começou a chorar, mas não impediu sua voz de soar afável.

- Seu quarto sempre estará lá para você, assim como nós. Por anos nós achamos que você voltaria ou apenas continuaria incomunicável, mas talvez o meio termo seja o melhor que poderíamos ter. Eu não quero você de volta em nossa casa daquele jeito, sem vida, de coração partido. Nenhuma mãe desejaria manter o filho perto nessas condições, mesmo que eu tenha demorado tanto tempo para ver isso.

Seu pai tomou a fala, mas não para ela.

- Jon Bon Jovi, eu já te acertei uma vez e não hesitarei em acertá-lo outras.

- Pai!

Jon deu uma leve risada assustada, mas Martin sorriu com ternura para a filha.

O casal foi para o apartamento, os pais ficariam em hotel próximo até desocuparem o imóvel de Daniel para vender e voltariam para Manhattan. Julia observou atentamente enquanto Jon destrancava a porta.

- O que foi? – indagou ele.

- É como se eu estivesse entrando pela primeira vez, em uma cidade nova, sem emprego, sem saber nada sobre o futuro, só com você.

Ele sorriu.

- Vamos recomeçar, esquecer tudo – brincou.

- Ah, Jon, não faça piada com isso! – esbravejou fazendo-o rir.

Entraram na sala, Julia admirava tudo ao seu redor.

- Tudo vai ser como antes... – divagou sorrindo para ele.

- Não...

Jon tirara uma caixinha de veludo do bolso da calça com a inscrição de uma joalheria, abriu-a lentamente mostrando o anel dentro enquanto se ajoelhava.

- ...nada vai ser como antes.


Notas Finais


Aaaaa acabou! Espero que tenham gostado!
Estou trabalhando em outra fanfic, mas ainda não tenho previsão de quando vou postar.
Quem quiser me seguir no instagram é larahenio.
Obrigada!!


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