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História Everything - Between the raindrops


Escrita por: elmaxswanmills

Notas do Autor


Heey, pequenos gafanhotos, como estão?

Bem, cheguei com o capítulo final dessa short, espero ter conseguido manter a qualidade do primeiro e espero que gostem. <3

Música título: Between the raindrops - Lifehouse.

Obrigada pela dica, Tarsi. <3

Sem mais delongas, aqui está. >.<

Capítulo 2 - Between the raindrops


Emma se espreguiçou manhosa e um sorriso enfeitava seus lábios. Flashes da noite anterior invadiram sua memória antes mesmo que ela abrisse os olhos. Ela rolou na cama e alcançou o celular.

Bom dia, espero que tenha dormido bem. – E.

Bom dia! Dormi feito um bebê. E você? – R.

Maravilhosamente bem! O que acha de fazermos algo mais tarde? – E.

Acho ótimo! Desta vez posso escolher o lugar? – R.

Como quiser, madame prefeita. Aonde pretende me levar? – E.

Regina revirou os olhos rindo de como Emma a chamara. Ela sabia que era apenas para provoca-la e resolveu responder na mesma moeda, rindo alto no quarto.
Surpresa, xerife Swan. Esteja pronta daqui duas horas. Está no apartamento de seus pais? – R.

Sim. Que roupa devo usar? – E.

Uma confortável. E não se preocupe com a comida, também é por minha conta hoje. – R.

Então acho melhor dispensar o café da manhã que minha mãe está preparando. Nos vemos em duas horas. :D – E.

Regina riu alto com a última mensagem da loira e colocou o celular no criado-mudo novamente. Ela rolou na cama e se perguntou como tinha ido parar lá já que acabara adormecendo no sofá. O pensamento de que talvez Henry a tivesse levado para o quarto não durou mais que um segundo, logo o nome de sua irmã veio a sua mente e ela deduziu que ela a tivesse transportado para o quarto através de magia. A morena se levantou e foi tomar um banho e se preparar para colocar em prática o que planejara para aquele dia.

Emma fez sua higiene matinal e desceu para a cozinha encontrando Snow, Charming e Henry preparando o café da manhã. Sua mãe estava fazendo waffles enquanto David fritava alguns ovos e bacon e Henry colocava a mesa. Os quatro se sentaram e serviram iniciando a refeição em silêncio. Snow olhava para o marido e o neto e mexia a colher sem comer nada, apenas brincando com a comida.

 

Look around you
(Olhe ao redor)
There’s no one but you and me
(Não há ninguém além de você e eu)
Right here and now
(Bem aqui e agora)
The way it was mean to be
(Do jeito que deveria ser)
There’s a smile on my face
(Há um sorriso em meu rosto)
Knowing that together everything that’s in our way
(Por saber que juntos, tudo esteve em nosso caminho)
Were better than alright
(Foi melhor do que bom)

 

— Eu não aguento mais! Preciso saber tudo que aconteceu ontem! – Ela disse largando o talher e atraindo a atenção dos três.

— Snow! – Charming a repreendeu, mas ela apenas deu de ombros e balançou as sobrancelhas olhando para Emma.

— Não aconteceu nada demais. Nós fomos jantar e depois a levei em casa. – Emma deu um longo gole no suco de laranja a sua frente e David apenas balançou a cabeça negativamente ao ver a esposa estreitar os olhos para a filha.

— Eu quero saber o que aconteceu depois que vocês deixaram o Granny’s. Você chegou tão tarde aqui por? Se perdeu no caminho da casa da Regina para cá? – Ela a olhava desconfiada.

— Não, mãe. Nós ficamos assistindo um filme e depois eu vim para casa. – Emma desviou o olhar para o pai como se pedisse ajuda.

— Emma... – Snow encostou na cadeira e cruzou os braços.

— O que?

— Só isso? Não pode ter sido só isso. Vocês não se beijaram? Não...

— Snow! – Charming a interrompeu.

— Eu acho bom essa garota me dizer que ao menos beijou a Regina. Eu não estou esperando a anos por esse momento para ela me dizer que não fez nem isso! E não, eu não perdi uma noite a sós com você para a noite dela não ter tido ao menos um beijo. O que a Regina vai pensar sobre o charme natural da nossa família? – Snow bufou e se virou para a filha novamente. — E então, Emma?

— Céus! Sim, nós nos beijamos. Satisfeita? – Swan sentiu seu rosto corar e ela o escondeu entre as mãos.

Ao mesmo tempo em que estava constrangida, ela se perguntava se teria sido assim se tivesse crescido com eles. Se se portariam dessa maneira ou seriam mais rígidos, ou talvez mais liberais. Ela pôde ouvir sua mãe batendo palmas e sabia que ela sorria, assim como Henry e seu pai.

— Finalmente! – Snow se levantou e depositou um beijo em meio aos cabelos da filha indo para a sala em seguida e pegando o pequeno Neal.

Emma terminou seu café da manhã e subiu para tomar um banho e se arrumar para encontrar com Regina mais tarde. Ela deixou a água do chuveiro escorrer por seu corpo enquanto permanecia com a cabeça encostada contra os azulejos e os olhos fechados. As imagens da noite anterior a invadiram novamente e ela sorriu involuntariamente. Cada toque, cada palavra, cada sorriso e cada beijo de Regina estavam impregnados nela como tatuagem.

Regina desceu após o banho e preparou um bolo de chocolate e uma torta de maçã. Ela ligou para o haras que mantinha no interior de Storybrooke e pediu que preparassem dois cavalos e deixassem a casa em ordem pois ela passaria o final de semana lá. Por um momento ela imaginou se seu filho sabia dos sentimentos existentes entre elas e qual seria sua posição em relação a isso. Regina gostaria que Henry fosse com elas para o haras, mas achou melhor que esse final de semana fosse reservado apenas para as duas. Embora tudo ainda fosse muito recente, saber que Emma se sentia do mesmo modo que ela deixava seu coração em paz ao mesmo tempo que a fazia se sentir como uma adolescente novamente.

— Zelena, eu acho que passarei o final de semana fora. – Regina se virou ao ver a ruiva adentrando a cozinha com a filha nos braços. — Se precisar de algo me ligue.

— Não se preocupe, sis. Se eu precisar de algo recorro aos seus amados sogros. – Ela respondeu com uma careta. — Ou até mesmo a Granny. Não irei atrapalhar o seu final de semana com a salvadora.

Regina revirou os olhos e pegou o bolo e a torta que estavam na bancada da cozinha e os levou para o carro. Ela havia preparado uma pequena mala com algumas mudas de roupas e a colocou no banco de trás do Mercedes partindo em direção ao apartamento dos Charming em seguida. Ao chegar lá ela subiu as escadas e mal teve tempo de bater à porta. Emma abriu e a empurrou delicadamente em direção as escadas descendo atrás dela.

— Emma, o que está acontecendo? – Ela perguntou confusa ao chegarem a rua.

— Evitando que você passe pelo mesmo que eu hoje de manhã. – Ela respondeu revirando os olhos e sorrindo em seguida.

— O que houve? – A morena estreitou os olhos e não conseguiu conter um sorriso divertido, imaginando qual seria a resposta.

— Minha mãe. – Emma respondeu corando. — Vamos antes que ela apareça aqui. Por favor.

 

Walking between the raindrops
(Caminhando entre as gotas de chuva)
Riding the aftershock beside you
(Cavalgando pelo tremor ao seu lado)
Off into the sunset
(Em direção ao pôr-do-sol)
Living like there’s nothing left to lose
(Vivendo como se não houvesse nada a perder)
Chasing after gold mines
(Caçando minas de ouro)
Crossing the fine lines we knew
(Cruzando os limites que conhecíamos)
Hold on and take a breath
(Espere e tome fôlego)
I’ll be here every step
(Eu estarei aqui a cada passo)
Walking between the raindrops with you
(Caminhando entre as gotas de chuva com você)

 

Regina sorriu e sem que a loira esperasse lhe deu um beijo rápido e caminhou em direção ao carro em seguida. Emma ficou parada no meio da calçada olhando para ela com a mão sobre os lábios.

— Vai ficar parada aí ou vai entrar no carro? – Mills destravou as portas do veículo e logo Swan estava entrando do lado do passageiro.

— Para onde vamos? – Swan perguntou ajeitando o cinto.

— Surpresa. Eu já disse. – Regina ligou o carro e saíram. — Você e Henry são tão parecidos.

— Ele se parece muito com você também. – Swan abriu um sorriso tão doce que fez o coração da prefeita acelerar. Mills tomou o caminho para o interior da cidade e elas foram conversando amenidades durante todo o trajeto.

Ao chegarem na entrada do haras a loira abriu e fechou a boca algumas vezes. O lugar crescia imponente diante dela. Acima do portão de madeira a placa talhada com o sobrenome Mills cuidadosamente moldado a fez pensar que aquilo só poderia ter sido feito por Marco. Um homem abriu o portão para elas e sorriu para Regina enquanto o carro passava portão adentro. Ela sentiu o carro chacoalhar levemente e manteve seu olhar atento ao lugar. Parecia que o haras havia sido colocado no coração de uma floresta. Ao longe um casarão imponente se destacava fazendo jus a rainha que Regina era. Do outro lado ela avistou o que provavelmente seria o estábulo e um pouco mais adiante ela podia ver um caminho entre as árvores. Mills guiou o carro até a entrada da casa e desceu se esticando manhosa. Fazia tempo que ela não dirigia por tantas horas seguidas. A manhã estava quase no fim quando chegaram lá. Uma mulher morena de cabelos grisalhos apareceu na porta e as saudou formalmente. Ela não tem ideia de como Regina mudou. Emma pensou ao ver o modo como a mulher se portava diante da morena.

— Que surpresa a senhora aqui! – A mulher desceu as escadas e cumprimentou a morena com uma breve reverência.

— Fazia tempo que eu não aparecia, mas algo me diz que isso está para mudar. – Regina sorriu e piscou para a loira ainda parada do outro lado do veículo.

Ela se virou e pegou a cesta com o bolo e a torta e a entregou a mulher.
— Leve isto para a cozinha por favor.

— Claro senhora Mills. – A mulher pegou a cesta e com um aceno de cabeça deixou as duas sozinhas novamente.

Regina caminhou até o porta-malas e retirou a sua de lá chamando a loira com o dedo em seguida. Ao ver a pequena mala Emma disparou que a prefeita deveria tê-la avisado de que precisaria de roupas e coisas do tipo quando foi surpreendida novamente com os lábios da morena contra os seus.

— Você nunca relaxa? – Mills perguntou ao cessar o beijo.

— Não temos tido muito tempo para relaxar nos últimos anos. – Swan respondeu corada. — Então, porque nunca me contou sobre esse lugar?

— Eu não venho aqui desde... – Regina sentiu um nó na garganta ao se lembrar da última vez em que estivera ali. — Desde que Whale trouxe Daniel de volta a vida e eu...

— Sinto muito. – Emma a interrompeu acariciando seu rosto.

— Está tudo bem. Eu já superei isso. É só que... – Ela respirou fundo e prosseguiu. — Fazia tempo que eu não pensava nisso e tanta coisa mudou nos últimos anos.

— Para melhor eu espero. – Swan sorriu e beijou a bochecha dela.

— A maioria sim. – Ela enlaçou seus dedos aos da loira e seguiram para dentro da casa.

 

Take me now
(Leve-me agora)
The world’s such a crazy place
(O mundo é um lugar tão louco)
When the walls come down
(Quando os muros vierem abaixo)
You’ll know i’m here to stay
(Você saberá que estou aqui para ficar)
There’s nothing I would change
(Não há nada que eu mudaria)
Knowing that together everything that’s in our way
(Por saber que juntos, tudo que esteve em nosso caminho)
Were better than alright
(Foi melhor do que bom)

 

Sem que ela esperasse Emma pegou sua mala e a carregou. Ela mostrou a loira a sala, a cozinha, a biblioteca e depois subiram em direção aos quartos. Mills caminhou direto até o último e o adentrou com a loira a seu lado. Swan deduziu que aquele fosse o quarto da prefeita e colocou a mala dela em uma poltrona que havia perto da cama. Regina caminhou até as cortinas e as puxou deixando a claridade entrar no cômodo. A vista dali era magnífica. Uma densa floresta se estendia a perder de vista, um lago de tamanho razoável com alguns cisnes e patos ficava um pouco antes da entrada da floresta e do outro lado ela pôde ver uma espécie de estufa. Chegando mais próxima a janela ela notou que havia uma piscina nos fundos da casa e ela estava apenas esperando por elas.

— E então, o que tem em mente para nós hoje? – Emma perguntou se aproximando de Regina e a abraçando pela cintura.

— Para hoje apenas não, para o final de semana. – A morena sorriu e ajeitou uma mecha do cabelo da outra atrás da orelha.

Emma novamente havia deixado o cabelo secar naturalmente e lá estavam os cachos que Regina tanto gostava. Ela sentiu a loira enrijecer um pouco e a puxou mais para perto de si.

— Não precisa se preocupar. Nosso filho ficará bem. Assim como seus pais. – Regina depositou um beijo no pescoço da loira e a sentiu estremecer suavemente. — Vamos apenas aproveitar esse momento de calma, como você sugeriu que fizéssemos ok?

Emma assentiu e relaxou um pouco beijando a morena novamente. Seu coração batia descompassado à medida que o beijo aprofundava e Regina acariciava sua nuca. Quando o beijo cessou elas permaneceram com as testas coladas e sorrindo enquanto seus olhos conversavam em silêncio. Swan acariciou o rosto da morena com as pontas dos dedos afundou seu rosto no vão de seu pescoço.

— Por mais que ficar em seus braços seja uma das coisas que mais quero agora, acho melhor começarmos a colocar em prática tudo que preparei para nós. – Mills beijou a ponta do nariz da xerife e soltou-se do abraço puxando-a pela mão.

— Eu não vejo a hora de saber o que tem em mente para nós, mas tem algo que realmente preciso perguntar. – Emma a puxou suavemente.

— E o que seria?

— Como posso passar o final de semana aqui se não tenho uma muda de roupa? – Ela arqueou a sobrancelha e fez um bico que fez Regina sorrir.

— Todo esse potencial e você ainda não aprendeu a usar a magia para coisas simples. – A morena se moveu e se posicionou atrás dela. — Concentre-se nas suas roupas. Nas coisas que tem em seu closet e pense no que gostaria de ter com você aqui.

Swan sentiu um arrepio percorrer seu corpo com tal proximidade e não conseguiu evitar estremecer ao sentir a respiração da outra contra sua pele. Com alguma dificuldade ela conseguiu se concentrar e fazer o que Regina estava mandando. Aos poucos a imagem de seu closet se firmou em sua mente e com a ajuda da morena ela conseguiu fazer com que algumas mudas de roupa surgissem em cima da cama. Ela se virou e seu corpo acabou se chocando de leve com o da prefeita.

— Viu como é só se concentrar que você consegue? – Regina ajeitou um cacho para trás da orelha dela.

— Consegui porque você me guiou. – Emma sorriu e a beijou brevemente. — Onde fica o meu quarto?

— Como assim? – Mills a olhou confusa.

— Eu pensei que fôssemos ficar em quartos separados. – Emma respondeu corada.

— Oh, sim, claro. – Regina se soltou do abraço dela e deu alguns passos em direção a porta. — Pode escolher o quarto que achar melhor.

— Gina, – A xerife a alcançou e a virou colocando seus braços ao redor de sua cintura. — Desculpe-me. É só que ontem você disse que achava melhor irmos com calma e eu não quis parecer que estava forçando algo, mas eu adoraria dividir o quarto com você.

— Tem certeza? – Ela fechou os olhos ao sentir a loira distribuindo beijos por seu rosto. — Não precisa se não quiser.

— Eu tenho certeza. – Swan a beijou novamente.

A loira guardou as mudas de roupa no lugar indicado por Regina e em seguida delas desceram de mãos dadas e foram em direção ao estábulo. Emma olhava com atenção para cada pedaço daquele pequeno paraíso escondido no coração da cidade e se perguntava porque nunca fora até lá antes. Mills as guiou até as baías e o mesmo homem que abriu o portão do haras as esperava lá.

— Senhora Mills, que bom vê-la por aqui novamente. – O senhor sorriu e indicou o caminho para elas. — E o jovem Henry, como está?

— Quase um homem formado. – Ela sorriu de volta para ele e apertou de leve sua mão contra a da loira. — É bom estar de volta.

— Eu preparei os dois cavalos como a senhora pediu. Como fazia tempo que não vinha para cá achei mais prudente preparar dois dos mais mansos. – Ele disse parando diante de duas baías.  

— Regina...

— Sim?

— Nós vamos mesmo andar a cavalo? – Emma alternava seu olhar entre a morena e o animal a sua frente.

— Não sabia que tinha medo de cavalos. Em Camelot...

— Em Camelot a situação era outra. Eu não era eu... – Ela riu levemente ao ver a careta da morena.

— Não precisa se preocupar, eu estarei ao seu lado o tempo todo e se preferir, você monta comigo.

— Moça, não existe ninguém nesse mundo melhor que a dona Regina para conduzir um cavalo. Pode confiar nela. – O homem disse com um sorriso largo e seu tom era de admiração.

— Eu confio nela mais do que o senhor possa imagina. – Emma respondeu sem desviar seu olhar do da morena.

O homem se retirou e Regina pegou uma cenoura entregando-a para a loira e a guiou até que ficasse diante do animal.

— Relaxe, deixe que ele te conheça, não tem necessidade de ter medo dele. – Regina se posicionou atrás da loira e segurou sua cintura levemente. — Entregue a cenoura a ele, mantenha-se firme. O cavalo é seu amigo.

 

Walking between the raindrops
(Caminhando entre as gotas de chuva)
Riding the aftershock beside you
(Cavalgando pelo tremor ao seu lado)
Off into the sunset
(Em direção ao pôr-do-sol)
Living like there’s nothing left to lose
(Vivendo como se não houvesse nada a perder)
Chasing after gold mines
(Caçando minas de ouro)
Crossing the fine lines we knew
(Cruzando os limites que conhecíamos)
Hold on and take a breath
(Espere e tome fôlego)
I’ll be here every step
(Eu estarei aqui a cada passo)
Walking between the raindrops with you
(Caminhando entre as gotas de chuva com você)

 

Aos poucos Emma foi relaxando e se permitiu aproximar-se do animal. Regina se manteve ao lado dela o tempo todo como prometera e a pedido da loira as duas montaram o mesmo cavalo. Ela ajudou Swan a subir e em seguida ela sentiu o corpo da morena contra o seu em cima dele. Elas começaram devagar deixando que a xerife se acostumasse ao animal e seu ritmo enquanto Regina ia contando histórias de quando morava na Floresta Encantada e do quanto amava o tempo que passava ao lado de seus adorados cavalos, em especial de Rocinante. Swan estava extasiada com essas pequenas descobertas que estava fazendo em relação a morena e deixou seus pensamentos vagarem novamente sobre como teria sido se tivessem se conhecido em outra situação, se sua mãe não tivesse cometido aquele erro e Regina tivesse conseguido fugir com Daniel. Ela ouvia cada história com atenção, como se seus pensamentos estivessem em uma linha paralela, mantendo sua atenção em cada palavra que a morena dizia. Aos poucos Regina foi aumentando a velocidade com que o cavalo percorria o terreno e o som de sua risada preencheu tudo ao redor expandindo-se e alcançando o coração e a alma de Emma. Esse era sem dúvidas um dos sons preferidos da xerife e ela acompanhou a risada da outra. O vento batia contra seus rostos, esvoaçando seus cabelos e a cada batida das patas do cavalo contra a terra e quanto mais a velocidade do cavalgar aumentava, mais seus corações batiam apressadamente.

Quando deram por si elas estavam diante do lago que Emma vira da janela do quarto de Regina e a morena puxou as rédeas do cavalo devagar o fazendo parar aos poucos. Elas desceram e ela o guiou até a sombra que algumas árvores faziam para que o animal pudesse descansar. Ela tirou as botas e subiu a calça até os joelhos caminhando em direção à beira do lago. Swan a olhava com um sorriso bobo e em seguida estava ao lado dela colocando os pés dentro da água.

— E então? – Regina se virou para ela sorrindo.

— Isso é melhor do que todas as vezes em que me imaginei ao seu lado. – Emma respondeu sincera.

— Você se imaginava ao meu lado? – A morena estava realmente surpresa.

— Sempre.

— Mas Hook... vocês...

— Eu aceitei ficar com ele porque eu tinha medo. Medo de ser rejeitada novamente, medo do que meus pais pensariam, medo do que nosso filho pensaria. Simplesmente tinha medo. – Swan se moveu aproximando-se dela. — Eu precisava ter você por perto de algum modo. Nem que fosse apenas como minha amiga. E depois Robin apareceu em sua vida. Mas eu estraguei tudo ao trazer a esposa morta que não era a esposa de volta e naquele momento eu pensei que você me odiaria e nunca mais falaria comigo novamente. E tudo que veio depois foi como uma grande avalanche. As trevas, o submundo e quando pensamos que teríamos um pouco de paz, Hyde aparece dizendo que Gold deu a cidade para ele e todas aquelas pessoas aparecem aqui e como a cereja do bolo a sua metade má e muito sexy aparece na cidade.

— Minha metade má e muito sexy... – Regina repetiu estreitando os olhos em direção a loira. — Então você me acha sexy?

— Eu... – Swan sentiu seu rosto corar violentamente. Ela abria e fechava a boca em busca de uma resposta quando a morena explodiu em uma gargalhada a deixando confusa. — O que?

— Não tem porque ficar desse jeito, Emma. – Regina puxou suavemente as mãos que cobriam seu rosto. — Eu sei o que a Evil Queen pode causar nas pessoas e por muito tempo eu gostei dessa sensação. Quando nos conhecemos, por exemplo e você me levava ao limite com aquelas provocações todas, eu tinha que exercer um autocontrole enorme para não deixar a minha metade má e muito sexy dominar e colocar tudo a perder. Mas você, – Mills roçou seu nariz no da outra. — Você chegou batendo de frente comigo e quando me dei conta você estava em cada parte dessa cidade e de mim.

 

There’s a smile on my face
(Há um sorriso em meu rosto)
Knowing that together everything that’s in our way
(Por saber que juntos, tudo esteve em nosso caminho)
Were better than alright
(Foi melhor do que bom)

 

Emma não respondeu. Não era preciso. Ela simplesmente se moveu e capturou os lábios da prefeita em um beijo carregado de sentimentos. Dizer a ela todas aquelas coisas foi como tirar um peso enorme de suas costas e saber que ela era correspondida a deixava como se estivesse caminhando nas nuvens. Aos poucos elas foram relaxando e quando notaram seus corpos estavam deitados contra a grama. Suas línguas deslizavam em sincronia enquanto as mãos da morena deslizavam para cima e para baixo em suas costas e apertavam levemente sua cintura. Regina sentiu a loira pressionar sua coxa entre suas pernas e cada célula de seu corpo se arrepiou.

— Acho melhor voltarmos. – Mills disse cessando o beijo.

Swan rolou para o lado e sentou-se estendendo uma mão para ajudar a morena a sentar também. Elas calçaram as botas e montaram no cavalo fazendo o caminho de volta para o estábulo com sorrisos largos em seus rostos e os corações batendo apressadamente.

Enquanto Emma tomava um banho rápido Regina preparou uma lasanha para elas e separou um vinho para acompanhar. Quando a loira chegou a sala de jantar a mesa estava posta, mas não havia sinal algum da morena por ali. Ela então caminhou até a mesa e destampou a travessa que estava no centro fechando os olhos ao sentir o aroma do molho bem temperado invadir seus sentidos. Regina estava parada próxima a estante e olhava para a cena com um sorriso estampado em seu rosto. Lentamente ela caminhou até a loira e a abraçou por trás beijando seu ombro.

— Então hoje eu irei provar a famosa lasanha de Regina Mills? – Swan brincou virando o rosto para trás e beijando a bochecha da morena.

— Espero não decepciona-la.

— Está brincando? – Emma se virou nos braços dela. — Eu sempre quis provar a sua lasanha. Só é uma pena ter demorado tanto. O cheiro está divino!

Ela capturou os lábios da prefeita em um beijo gentil enquanto suas mãos acariciavam o rosto da outra. Ao cessarem o beijo Mills sorriu e puxou a cadeira para que ela se sentasse servindo-a em seguida. Ela sentou diante da loira e se serviu. Emma cortou um pedaço da lasanha e levou-o a boca, fechando os olhos soltando um resmungo satisfeito ao sentir um de seus pratos preferidos se desfazendo.

— E então? – Regina perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

— Regina, isso é divino! Eu vou querer comer isso todos dias quando... – Emma se interrompeu ao notar o que estava prestes a dizer.

— Quando? – Regina tentou.

— Desculpe-me, eu estava me precipitando um pouco. – Swan respondeu corada. — Sua lasanha é fabulosa, como Henry e minha mãe sempre disseram. Eu não acredito que até o David já provou sua lasanha e eu demorei tantos anos para isso.

O jantar seguiu tranquilo com Emma saboreando cada pedaço como se fosse o último. Regina sorria ao ver a loira saborear sua lasanha com tanta vontade e imaginou o que ela diria quando servisse a sobremesa. Quando a loira recostou satisfeita ela se levantou e retirou os pratos trazendo a sobremesa em seguida.

— Essa é sua famosa torta de maçã? – Swan sorriu divertida.

— Espero que goste.

— Tenho certeza que irei.

Emma provou a torta e sua reação foi praticamente idêntica à que ela teve com a lasanha, deixando o sorriso de Regina ainda maior. Após terminarem de comer a loira a ajudou a tirar a mesa e organizar a louça no lava-louça e em seguida elas foram sentar na varanda. A noite estava agradável, o céu estrelado e apenas o som dos animais na floresta ao redor podia ser ouvido. A xerife a abraçou de lado e sorriu ao sentir a cabeça dela contra seu ombro. Elas permaneceram ali por algum tempo e Regina sugeriu que vissem um filme como na noite anterior. Elas entraram de mãos dadas e sorrisos involuntários estampando seus rostos. Regina fechou a casa e pegou um edredom no quarto o levando para a sala e se ajeitando no sofá ao lado da loira enquanto ela dava play no filme. Dessa vez elas iriam assistir Imagine Eu e Você. Quando o filme chegou ao final Regina se virou para falar algo para a loira, mas não teve tempo pois ela capturou seus lábios em um beijo apaixonado. Emma a apertou suavemente contra si e a envolveu em um abraço. Elas se perderam na sensação de seus corpos tão próximos e suas línguas se movendo em sincronia, mal percebendo quando Regina se moveu e sentou-se no colo da outra. Ela sentiu as mãos da xerife adentrarem sua camisa timidamente e deslizarem contra sua pele suavemente.

 

Walking between the raindrops
(Caminhando entre as gotas de chuva)
Riding the aftershock beside you
(Cavalgando pelo tremor ao seu lado)
Off into the sunset
(Em direção ao pôr-do-sol)
Living like there’s nothing left to lose
(Vivendo como se não houvesse nada a perder)
Chasing after gold mines
(Caçando minas de ouro)
Crossing the fine lines we knew
(Cruzando os limites que conhecíamos)
Hold on and take a breath
(Espere e tome fôlego)
I’ll be here every step
(Eu estarei aqui a cada passo)
Walking between the raindrops with you
(Caminhando entre as gotas de chuva com você)
Between the raindrops with you
(Entre as gotas de chuva com você)
Between the raindrops with you
(Entre as gotas de chuva com você)
Between the raindrops with you
(Entre as gotas de chuva com você)

 

Regina suspirou baixo ao sentir Emma distribuir beijos pela linha de sua mandíbula e pescoço, não querendo para-la novamente. Ela queria sentir o corpo da loira contra o seu mais do que tudo no mundo. Perdidas entre beijos e carícias mal se dão conta quando Swan se levanta com a morena em seu colo e segue para o quarto que iriam dividir. Ela a deita suavemente na cama cobrindo o corpo dela com o seu sem deixar de distribuir beijos e carícias.

Swan desce beijos delicados pelo pescoço e colo semicoberto da morena e a olha antes de prosseguir, recebendo apenas um incentivo silencioso. Não demora muito e suas roupas estão espalhadas pelo chão do quarto e seus corpos se movendo em uma sincronia que elas jamais pensaram ser possível. Ambas sentiam como se estivessem se despedaçando e se refazendo em seguida. Seus olhos presos aos da outra o tempo todo, palavras desconexas e sussurros gentis, suor escorrendo por seus corpos, cabelos grudados na testa e pescoço, beijos apaixonados e gemidos entrecortados ao atingirem o ápice juntas. Emma apoiou seu peso em seus cotovelos e tentou manter seu peso enquanto olhava admirada o rosto de sua amada enquanto os espasmos de seu corpo cessavam.

— Você é sem dúvidas a mulher mais bela que eu já vi em toda a minha vida. – Swan a beija calma e delicadamente, acariciando seu rosto e afastando alguns fios de cabelo que estavam em sua testa.

Ela deitou ao lado da morena virando-se para ficar de frente para ela e as duas sorriam tímidas debaixo do lençol. Haviam compartilhado um momento extremamente íntimo e intenso, mas ao mesmo tempo pareciam duas adolescentes se descobrindo. Mills acariciou o rosto da xerife e a beijou mais uma vez, aconchegando-se contra seu corpo e sorrindo contra sua pele ao sentir Emma a envolvendo em um abraço.

— Eu te amo, Emma Swan.

A xerife tocou o queixo da morena suavemente e a beijou novamente.
— E eu amo você, Regina Mills.

Ela depositou um beijo na testa da morena a aconchegou em seus braços. Não demorou muito para que as duas adormecessem com a certeza inabalável de que nada poderia separa-las agora que finalmente haviam se entregado a sentimentos tão intensos e tão antigos. 


Notas Finais


E então, meus pequenos gafanhotos, gostaram?

Deixem-me saber nos comentários. =)

Beijos e bom final de semana. <3


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