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História Everything Can Change - Quase Presa


Escrita por: MilisKell_Black

Capítulo 5 - Quase Presa


Capitulo quatro

Quase Presa

 

Minha Querida Lena,

Desculpe-me por ter ficado tanto tempo sem lhe dar notícias, mas as coisas por aqui andam bem agitadas. Em compensação, nunca estive tão feliz antes. Desde que voltei para casa há quase dois meses não houve um momento se quer em que eu poderia ter escrito a ti, pois fui mantida ocupada por quatro seres irritantes e por meus tios. 

Por falar em meus tios devo te confessar que achava que eles fossem ficar completamente chocados por eu quase ter sido expulsa do Instituto, mas me enganei. Se eles ficaram com raiva? Sim. Se ficaram tristes? Sim. Mas não chocados. Acho até que eles já esperavam que isso fosse acontecer mais cedo ou mais tarde. Eu nunca pertenci a aquele lugar. Fato que todos já sabiam menos eu. Eles então me colocaram de castigo, que foi um dos motivos por eu não ter me comunicado com você antes. Não pude sair de casa por duas semanas, não podia escrever carta para ninguém e, a pior parte de todas em minha opinião, tive que ficar sem meus doces durante um mês inteiro. Sabe o quanto é difícil ficar sem um docinho sequer? Foi uma tortura.

Lembra-se que te contei sobre meu primo e seus amigos? Eu os conheci de um jeito bem estranho, mais estranho do que meu estranho normal. Mas acabamos nos dando bem depois, já que temos quase os mesmos gostos e um amor incondicional por pegadinhas (se bem que nesse quesito eles são bem mais encrenqueiros do que eu, e isso é algo raro de se encontrar. Você se surpreenderia com tudo que eles já aprontaram). Eles são incríveis! (que eles nunca saibam que eu escrevi isso, seus egos já são grandes demais para saberem disso) Em menos de dois meses nós cinco destruímos o quarto um do outro, colocamos fogo na lata de lixo do vizinho, quebramos sem querer uma estatua de um velho rabugento e quase fomos presos por isso. Sim, eu quase fui presa. Eu te disse Helena, tudo pode acontecer em minha vida. Até que foi uma situação engraçada. Estávamos caminhando por um pequeno parquinho numa vila vizinha quando vimos um velho ranzinza brigando com umas crianças só porque elas estavam jogando bola em frente sua casa. Não teríamos nos metido se ele não tivesse ameaçado a bater em uma das crianças com um pedaço de pau, ele havia ido longe de mais. Como não podíamos usar magia, pelo fato de sermos menores de idade e pelo velho ser um trouxa, pegamos uma das bolas das crianças e a jogamos contra o velho. Ele acabou caindo por conta do susto que levou e ainda por cima a bola voltou por conta do impacto contra o cara e acertou uma estatua, que se espatifou ao cair no chão. Depois de muita discussão ele acabou chamando a policia trouxa, que quase nos prendeu por “agressão ao idoso”. Claro que tudo se resolveu quando explicamos o que aconteceu e quem se deu mal foi o velhote. Tia Euphemis quase teve um enfarte quando soube do ocorrido, e os meninos passaram dias fazendo piadinha da situação.

Acredita que eles se alto intitulam de Os Marotos? Diferente, eu sei. Sirius Black é o mais safado deles, tanto que já perdi a conta de quantas vezes ele já me cantou. É um verdadeiro galanteador. Remus Lupin é, como eu posso dizer, um nerd. Sempre é visto com um livro na mão. Não preciso nem dizer que nos demos super bem, né? Ele é tão... Fofo. Mas é um pouco desconfiado, sempre medindo as palavras e tal. Peter Pettigrew age como se fosse à sombra dos outros três, sempre está escondido e com fome. Mas admito que ele conheça algumas piadas engraçadíssimas. Do meu primo não tenho nada a dizer, já disse tudo na última carta.

E antes que você pergunte sim, são todos solteiros sua sem vergonha.

Também te escrevo hoje porque não sei quando poderei ter outra oportunidade de fazê-lo. Amanhã finalmente irei para Hogwarts, e os meninos me falaram tanto de lá que eu não vejo a hora de chegar até aquele lugar. Com toda a certeza em breve terei milhares de novas historias para te contar. E espero que você também tenha. Ao menos uma aventura me deixaria muito feliz, sabia?

Bem... Não tenho mais nada para lhe dizer, por enquanto claro, e prometo não demorar tanto da próxima vez.

Mande-me noticias, por favor!

Sinto sua falta.

Com todo amor e carinho da sua maravilhosíssima melhor amiga,

Samantha A. Potter

 

Suspirei pesadamente após terminar de escrever a carta para Helena. Conferi mais uma vez e a amarrei cuidadosamente em uma das patas de Blue, minha coruja branca com algumas penas cinza quase azul. Realmente sinto muito a sua falta, Loira pensei enquanto observava Blue sumir em meio à escuridão da noite.

Dois meses. Faz dois maravilhosos meses que estou em casa e só agora eu pude perceber o tempo que perdi enquanto estava no Instituto de Salem. Se eu não fosse tão persistente em querer estudar onde minha mãe estudou, eu teria tido momentos mais felizes e divertidos com minha família.

Mas sempre que eu olho para a minha foto na mesa de cabeceira, tenho certeza que não mudaria nada. É uma foto minha com Helena Siver, minha única e melhor amiga, em nosso primeiro ano. Ela foi uma das únicas coisas boas que me aconteceu naquele lugar.

— Amanha será um longo dia – disse para mim mesma – é melhor descansar um pouco.

Conferi mais uma vez meu malão para ter certeza que tudo esta no lugar e, olhando mais uma vez para a imensidão negra lá fora, deitei-me na casa e dormi quase que imediatamente.

(...)

Acordei em um salto ao sentir a água gelada escorrer pelo meu corpo. Parados a minha frente estavam James e Sirius, que gargalhavam com vontade da minha cara.

— Esta na hora de acordar, priminha. – disse James entre os risos – Minha mãe esta chamando para tomar o café da manhã.

— Se vocês tiverem amor as suas vidas, vão sair daqui agora mesmo! – rosnei furiosamente para eles enquanto lançava meu melhor olhar matador e me levantava da cama.

Eles apenas saíram rindo sem se importarem com minha ameaça.

— Garotos idiotas! – resmunguei indo em direção ao banheiro. – Já é a quinta vez que eles fazem isso. Eles ainda vão ver com quem mexeram.

Depois de devidamente arrumada, peguei meu malão e a gaiola de Blue e desci deixando-os ao lado da escada, para poder me encontrar com os outros na cozinha.

— Bom dia Tia! Bom dia Tio! – disse a eles depois de me sentar ao lado do Sirius. Faz pouco tempo que soube que ele passa a maior parte das férias aqui, pois não se dá muito bem com sua família. Os outros dois já haviam ido embora há alguns dias para passarem o resto das férias com suas famílias.

Tomar café da manhã em família ainda é um pouco estranho para mim, depois de tanto tempo junto com adolescentes mimados e nojentos, estar em família é algo quase que novo.

— Esta pronta para ir para Hogwarts, minha querida? – perguntou-me Tio Fleamont.

— Estou Tio. – respondi com um enorme sorriso no rosto – Acho que me darei muito bem lá. E se algo der errado, eu coloco a culpa no James. – disse apontando para o castanho a minha frente.

— Por que em mim?! – perguntou fazendo uma careta.

Não respondi. Apenas me levantei rindo e lhe lançando um sorriso maroto.

Minutos depois encontrava-nos parados entre a plataforma 9 e 10 na estação de King’s Cross. Segundo Tia Euphemia, devíamos atravessar a parede para chegar ao Expresso Hogwarts. Não é como se eu estivesse contente por ter que me jogar contra uma parede, mas fui logo depois de James e Sirius.

Mas eu não pude deixar de me impressionar ao encontrar do outro lado uma enorme e brilhante locomotiva vermelha e uma plataforma lotada de alunos e responsáveis.

Eu estava, pela primeira vez, na plataforma 9 3/4.



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