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História Everything Can Change - Nó.


Escrita por: MilisKell_Black

Capítulo 8 - Nó.


Capítulo Sete

Eles me avisaram que as escadas mudam de lugar.

Juro que eles me avisaram! 

Mas eles não deveriam ter falado isso quando estou comendo. Eu nunca escuto nada quando estou praticando meu hobby preferido, que é encher minha linda barriguinha. 

Para uma pessoa como eu, que geralmente tropeça até mesmo por causa do vento (e sim, isso já aconteceu. Meu nariz é sensível até hoje por causa do tombo que levei), uma escada que tem vida própria por perto seria um verdadeiro desastre. 

E foi graças às escadas ambulantes de Hogwarts que quase tive minha primeira visita a ala hospitalar. 

Não foi algo engraçado. Se não fosse por James ter me segurado a tempo quando elas começaram a se mover, agora eu seria tipo uma abóbora amassada de Samantha. Nada legal. 

Mas fazer o que? Não seria eu se algo assim não acontecesse de hora em hora. Maldito azar Potter, que só acontece comigo.

É sério. Parece que houve uma disputa entre o azar e a sorte, e acabou que eu fiquei com o azar e meu primo com toda a sorte. E isso é tão injusto.

O bom foi que o resto do caminho até o Salão Comunal da Grifinória foi tranquilo, sem tombos, esbarrões ou tropeços. Um verdadeiro milagre para mim.

Paramos em frente de um quadro de uma mulher gorda, que era chamada de... Mulher Gorda. Quanta criatividade para nome! Ela parecia bem animada para alguém que estava dentro de um quadro e que guardava a porta para o salão dia e noite.

Depois de dizerem a senha (tortinhas de abobora), ela deu espaço para que atravessássemos e entramos direto em uma sala circular, repleta de poltronas e mesas que estavam espalhados pela sala.

Em uma das paredes se encontrava uma enorme lareira e em sua frente um sofá e uma pequena mesinha, Também percebi que eles levam o lance das cores bem a sério por aqui. Todas as paredes eram cobertas por diversas tapeçarias escarlates.

Não deu tempo de observar muita coisa antes de ser arrastada para o dormitório pelas meninas que já estavam a minha espera em frente à escadaria em espiral que levava ao dormitório feminino.

Ao acordar no dia seguinte com pequenos raios de sol batendo em meu rosto, não pude deixar de me sentir extremamente feliz para começar meu primeiro dia de aula. Posso não se a melhor aluna de todas, mas tinha certeza que ali eu poderia me superar.

Levantando-me da cama com cuidado para não cair embolada na coberta, percebi que não era a única acordada àquela hora. Enquanto todas as outras três meninas ainda dormiam, Lily já terminava de ajeitar a gravata em seu pescoço.

_ Bom dia, Sam! – disse a ruiva animada – Pronta pro primeiro dia de aula?

_ Bom dia, Lily! Você não faz ideia. – respondi com um grande sorriso, mesmo estranhando o fato de ter acordado cedo sem precisar ser chamada por ninguém.

Pequei meu uniforme que já estava em cima do malão e rumei para o banheiro. Ao mesmo tempo em que terminava de escovar meus dentes e começava a arrumar meu cabelo, ia me lembrando de ontem à noite, quando, mais uma vez, meu lado atrapalhado entrava em cena.

Já podia até sentir um ardor em minhas bochechas, e não precisava nem olhar para saber que estavam ficando vermelhas.

Não gostava que os outros me achassem uma destrambelhada, por mais que eu saiba que sou uma.

Tentei mais uma vez dar um nó decente na gravata vermelha, mas não estava dando certo. Nunca havia usado uma gravata antes, e por mim, nunca usaria. Parece que irei me enforcar a qualquer momento.

Nosso uniforme no Instituto de Salem era um simples vestido azul escuro de manga, que ia até a altura dos joelhos. Usávamos também um blazer preto com pequenas pedrinhas peroladas por cima, e nos pés uma sapatilha também preta.

Uma grande diferença das vestes de Hogwarts, que consistiam em uma camisa abotoada branca lisa, uma malha cinza grossa com decote em v e uma saia plissada. Nos pés um simples sapato preto e meias cinza. Uma capa preta com o símbolo da casa completava o uniforme.

Soltando um suspiro frustrado, deixei a gravata solta em torno do meu pescoço mesmo. Se alguém viesse reclamar que a arrumasse pra mim.

Será que existe uma aula para dar nó nessa coisa? Estou precisando.

Depois de pronta sai do banheiro dando de cara com Alice Cooper, minha outra colega de quarto junto de Lily, Marlene e Dorcas. Pelo que me contaram ontem antes de dormir, deveríamos ter nos conhecido ontem no Expresso de Hogwarts, mas ela havia decidido ficar matando a saudade de seu namorado, Frank Longbottom.

Acenei para ela e caminhei até minha cama para guardar meu pijama, pegando minha mochila em cima da cama em seguida.

Como a Evans já havia descido e não estava a fim de esperar pelas outras meninas que ainda estavam se levantando, desci sozinha mesmo torcendo para que ao menos um dos meninos já estivesse no Salão Comunal.

E parece que, pela primeira vez na vida, Merlin ouviu minhas preses.

Ao chegar lá em baixo encontrei Remus Lupin sentado no sofá em frente à lareira lendo um livro. Sente-me ao seu lado e ele nem deu sinal de que havia me visto, de tão concentrado que estava em sua leitura.

_ Bom dia, lupin! – exclamei alegremente, fazendo o garoto ao meu lado se assustar ao ouvir a minha voz.

_ Bom dia, Sam! – falou ele se recuperando do pequeno susto e guardando o livro em sua mochila.

_ Onde esta os outros meninos? – perguntei mesmo já prevendo qual seria a resposta.

Durante as férias descobri que James e Sírius tinham o sono mais pesado que o meu, tanto que eu vez demorei quase meia hora para tira-los da cama.

_ Quando saí do quarto eles ainda estavam dormindo. Daqui a pouco eles acordam. E vão se atrasar como sempre. – ele respondeu. E continuou depois de apontar para meu pescoço – Não sabe dar nó na gravata?

_ É tão obvio assim? - certo! Agora eu estava embaraçada. Até os pirralhos do primeiro ano pareciam dar nó melhor do que eu.

_ Não muito. Só quem observar bem a sua gravata vai ver que esta toda amassada pelas tentativas de dar nó. – é impressão minha ou ele estava se segurando para não rir? Isso, Lupin! Ria da desgraça alheia.

_ Não ouse rir de mim, Lupin. – ralhei com ele – Olha ali os primeiranistas. Até eles sabem arrumar esta coisa e eu não.

_ Quer que eu arrume para você? – perguntou depois de uns minutos em silêncio – Logo, logo você aprende.

_ Se não for muito incomodo, eu aceito a ajuda. – respondi timidamente. Sim, sou tímida para pedir ajuda para qualquer pessoa. Talvez tenha algo a ver com o orgulho Potter.

Depois de se aproximar de mim, ele começou a dar varias voltas com os dois lados da gravata, fazendo um nó perfeito em questão de segundos.

_ Obrigada. – agradeci com um sorriso.

_ Vamos andando para o Salão Principal. Os meninos pelo jeito vão demorar. – chamou ele já indo em direção ao quadro da mulher gorda.

Caminhamos lado a lado enquanto ele me contava algumas das situações em que os “Marotos” se meteram nos últimos anos.

Não preciso nem dizer que, ao chegarmos a mesa da Grifinória, eu já chorava te tanto rir, só imaginando se a escola se aguentaria em pé agora que eu cheguei.



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