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História Everything Changes in a Snap of Fingers - 20 minutes (20 minutos)


Escrita por: sophiaviena

Notas do Autor


Heeey, voltei! Se gostarem comentem, porque da mais motivação <3
Boa leitura

Capítulo 1 - 20 minutes (20 minutos)


 

Lá estava eu, no chão do banheiro da minha casa tendo mais uma crise de ansiedade que tinha se tornado rotina na minha vida desde que minha mãe foi parar no hospital. O meu coração parecia que estava saindo pela minha boca, eu já não tinha mais forças nas pernas, e bom, minhas mãos tremiam de uma forma que eu não sabia como parar. “Molhar o rosto, beber um copo d’água, inspirar e expirar” esses são três quesitos básicos para se controlar quando se está em uma crise de ansiedade, porém ninguém te informa como é difícil encontrar força e ar nos pulmões para fazer isso...

-Por que de novo?-essa pergunta tinha se tornado regular na minha vida, e naquele momento em que sentia minhas lágrimas caindo por conta própria, eu só queria a minha mãe.

Não sei como eu consegui forças para cumprir os três quesitos em uma crise, pois só me lembro de estar ligando para minha melhor amiga e a pedindo ajuda. Muitos consideram isso como frescura, eu diria que não tem como controlar, pois muitas das vezes elas acontecem do nada, ou pelo menos eu acho que é. Nunca soube ao certo quanto tempo eu ficava nesse estado, porém são momentos sufocantes e que muitas das vezes eu perco a noção do que esta à minha volta, andar fica quase impossível, respirar é sufocante, pensamentos confusos,e muitas das vezes eu não sei se seria bom ou não meu coração parar, porque quanto mais ele bate mais sufocante tudo fica...Estava no chão da sala quando a Kylie entrou e me abraçou como se eu fosse uma criança que se encontrava desolada por ter se perdido da mãe, e acredite era reconfortante esse fato dela se preocupar comigo, acho que além da minha mãe ela era a única que fazia isso.

-Não diga nada, eu to aqui e não vou embora, pelo menos não hoje.-ela disse dando um sorriso de lado.

-O-obrigada...-eu ainda estava me recuperando do que tinha acabado de acontecer.

-Onde seu padrasto está?-eu apenas revirei os olhos e ela entendeu tudo- Não me diga que ele ainda está traindo sua mãe com aquelas putas?

-Eu só quero que ele suma, e se isso fizer ele sumir só espero que seja logo.-disse tentando me levantar com a ajuda da Kylie que me segurava como se eu fosse cair a qualquer momento.

Bom, acho que já fazia uns 3 meses que minha mãe se encontrava no hospital por causa de um bendito tumor, só que antes fosse só isso. Sempre foi eu, minha mãe e meu pai, até ele sumir para o Canadá à uns 15 anos atrás, depois disso tudo ficou ruim, porém à um ano atrás quando o babaca do namorado da minha mãe veio morar conosco tudo ficou péssimo ou melhor dizendo, um inferno. Nunca acreditei no amor dele pela minha mãe, ainda mais no dia em que eu o encontrei me olhando de uma forma nojenta, naquele dia eu percebi que a minha mãe tinha entrado na maior furada... Minha mãe sempre esteve comigo, sempre me amou e me amou até pelo meu pai, ela era o único motivo para eu não ter feito nenhuma merda na minha vida, pois vê-la sofrendo era horrível pra mim e eu evitava o máximo possível, e desde que ela foi para o hospital eu tentava afastar todos os problemas dela e também evitava de visitá-la, porque no fundo algo que dizia que aquela seria a ultima vez.

-Você sabe que precisa controlar isso né?!-Kylie disse enquanto me dava o suco de maracujá.

-Sim, eu sei. Só que as vezes eu não espero que aconteça e quando eu vejo já estou ligando pra você...-disse enquanto mexia no celular esperando alguma mensagem da minha mãe, pois desde quando ela foi para o hospital era assim que conversávamos.

-Eu acho que tudo isso é por causa da sua mãe, desde quando ela foi você só tem piorado e eu sinceramente acho que evitá-la não vá ajudar muito.-ela disse tão seria que eu já sabia onde ela queria chegar.

-Vou visitá-la amanhã, mas quero que você vá comigo!-disse fazendo um biquinho para convencê-la.

-Eu vou, mesmo não querendo ver sua mãe nesse estado.-ela disse levando os copos pra pia.

-Bom, eu vou dormir, porque esse suco me deixou mais cansada que o normal sem contar com essa dor de cabeça que está me consumindo.-disse indo em direção ao quarto.

-Enquanto você dorme ficarei conversando com o Jason.-ela disse sorrindo.

-Vocês dois parecem namorados.-disse revirando os olhos- Só espero que não se esqueça que amanhã você vai comigo no hospital.-disse me enfiando debaixo da coberta.

-Boa noite pra você também, chatinha.-ela disse isso e eu apaguei.

Assim que acordei a primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem pra minha mãe dizendo que eu passaria o dia todo com ela, logo depois fiz minha higiene pessoal, tomei um calmante e meu café da manhã e decidi acordar à apaixonada que ainda estava dormindo, e não duvido nada que ela tenha passado a noite acordada conversando com sua nova paixonite.

-Não quero acordar, para de ser tão chata!-ela disse colocando o travesseiro no rosto.

-Eu mandei você não passar a noite toda conversando.-eu disse a puxando pelo pé.

-SUA MALUCA EU POSSO BATER A CABEÇA NO CHAO, TER UM TRAUMATISMO CRANIANO E MORRER!-ela disse me chutando para que a soltasse- Você quer que eu morra? Tudo bem, bom que ai você vai sozinha pro hospital e sente minha falta.-ela disse ficando de pé.

-Na verdade, você vai acabar indo para o mesmo lugar que eu, então...-ela me olhou incrédula.

-Como eu ainda sou sua amiga?-ela disse indo para o banheiro.

-Eu te amo!-eu disse enquanto ia para a sala.

Eu amava quando meu “padrasto” não estava em casa, pois eu poderia ser feliz por alguns dias e eu torcia para que minha mãe melhorasse logo e ele fosse embora para sempre de nossas vidas. Assim que a Kylie tomou café fomos direto para o hospital que ficava a uns 20 minutos de casa, ir pra lá sempre me dava um frio na barriga já que sempre encontrava minha mãe pior do que na ultima vez e isso me destruía por dentro. Não posso mentir que já imaginei que ela pode ir embora pra sempre e que eu não sei como eu fico no final, talvez sem rumo ou sei lá o que... Quando chegamos a Kylie insistiu para que comprássemos flores e então comprei as flores favoritas da minha mãe, tulipas amarelas.

-Olha só quem chegou...-minha mãe sorria com uma fraqueza estampada no rosto enquanto se ajeitava na cama.

-Sua querida, maravilhosa, deusa e linda filha.-disse enquanto lhe dava um beijo na testa-Trouxe tulipas ama...-ela completou enquanto sorria para as flores.

-Amarelas, tulipas amarelas.-eu pude ver uma lagrima caindo em seu rosto e eu não sabia o que fazer-Chegue mais perto Kylie, você sempre sendo envergonhada.-ela dizia sempre com um sorriso no rosto e eu fiquei imaginando o dia em que eu não veria mais isso.

-Ai tia, faz tanto tempo que pensei que não se lembraria de mim...-ela sorria envergonhada, pois eu sabia como aquilo era difícil pra ela depois da mãe ter passado pela mesma coisa.

-Deixe de ser exagerada, só faz 3 meses que estou nesse hospital.-ela disse sorrindo, só que eu sabia que era de tristeza.

Kylie ficou umas 2 horas com a gente, pois ia sair com o Jason e não a culpo por isso já que ela tinha feito muito por mim naquelas 24 horas. De todas as vezes que eu tinha ido para o hospital eu nunca ficava muito ou quando ficava eu não sabia como agir, mas daquela vez era como se nada de ruim tivesse acontecido nas nossas vidas e era apenas eu e ela no mundo. A hora passou tão rápido que eu só me dei conta quando ela me pediu para dormir ali com ela e por incrível que pareça eu aceitei, ficamos conversando tanto que eu só lembro de ter acordado no meio da noite pela enfermeira falando que eu não podia ficar na cama junto com a minha mãe. Acordei no outro dia primeiro que ela, tomei café e ficaria até um certo horário já que eu tinha que resolver algumas coisas da faculdade, pois eu não conseguiria fazer naquele ano já que tinha que cuidar da minha mãe quando ela saísse do hospital. Estava tudo ótimo até minha mãe perguntar sobre o meu padrasto e quando eu gritei com ela enquanto ela o defendia , aquilo era demais pra mim, não conseguia aceitar como o amor poderia cegar alguém a esse ponto, nunca consegui entender...

-Daqui a dois dias eu venho visitar você, tenho algumas coisas para resolver...-disse enquanto dava um beijo em sua testa.

-Saiba que eu te amo muito Hailey, que nada e nem ninguém vai nos separar! Eu te amo desde o dia em que te vi nos meus braços e agora posso dizer que você se tornou uma grande mulher que sempre terei orgulho! Nunca duvide de si mesma, porque você pode voar alto minha querida e saiba que você sempre terá aprovação para todas suas escolhas, porque o seu coração é bom e ele sempre vai te ajudar. Toda vez que se sentir só, saiba que eu estarei sempre ao seu lado, olhe para o céu e eu estarei lá, você sempre será minha princesinha...-eu não consegui me segurar, eu a abracei e prometi a mim mesma que nunca mais deixaria de visitá-la.

-Eu te amo tanto mãe, você não imagina o quanto! Se eu sou uma pessoa maravilhosa, foi tudo mérito seu, porque você foi mais que uma mãe pra mim. Eu te amo de uma forma que nunca vou conseguir explicar.-eu disse isso apenas para ela no seu ouvido, pois queria que ela se lembrasse disso para sempre.

-Agora acho melhor a senhorita ir, está um dia maravilhoso para você ficar aqui no hospital.-ela dizia enquanto segurava em minha mão.

-Acho melhor ficar aqui com você.-eu disse com firmeza.

-Isso foi uma ordem Hailey.-mesmo ela numa cama conseguia mandar em mim e ser a mãe que sempre foi.

Eu apenas assenti e sai daquele quarto esperando voltar logo para lhe dar o abraço mais apertado que eu pudesse dar, pois toda a angustia que eu estava sentindo antes tinha sumido ali. Quando cheguei no primeiro andar a caminho da saída eu vi um agito que começou no hospital, enfermeiras saíram correndo  para o elevador, um enfermeiro levava a maca e um médico junto com outra enfermeira seguravam uma fixa como se fosse a coisa mais importante do mundo, até que eu sai do meu mundo quando eu escutei ele dizendo.

-Todos vocês corram para o quarto 214, temos uma emergência número 5.-ele dizia enquanto dava a fixa para a enfermeira.

 Eu tentava lembrar ao máximo como era aquele quarto, tinha que ter mais alguém além da minha mãe nele e foi ai que lembrei que tinha e por um segundo eu torci para que não fosse minha mãe. Entrei no segundo elevador indo para o mesmo lugar que eles, quando cheguei no andar me deparei com a enfermeira do lado de fora da sala para impedir que qualquer pessoa entrasse ou saísse.

-Com licença, para quem foi essa emergência?-eu dizia tentando parecer o mais tranquila possível.

-A senhorita é alguma coisa de algum dos pacientes?-ela estava séria.

-Sou filha da Meredith Baldwin.-eu disse esperando qualquer expressão menos aquela.

-Ah... Sua mãe se encontra no meio de uma parada cardiorrespiratória e estamos tentando reanima-la.-ela foi me afastando da porta e me fazendo sentar no banco ao lado- Vamos conseguir, ficarei aqui com você.-ela disse enquanto se sentava ao meu lado.

Eu não sabia o que fazer, não podia ser, ela estava tão bem e eu a visitaria daqui a dois dias, ela não podia ir assim do nada. Aqueles 20 minutos foram os mais aterrorizantes e angustiantes da minha vida, eu queria entrar naquela sala e tira-la de lá e mostrar a todos como ela estava bem, eu queria chorar, gritar, correr, porém a única coisa que eu consegui fazer foi ficar sentada naquela cadeira olhando para a parede branca que se encontrava na minha frente como se dali minha mãe sairia bem e viva. Não sei quanto tempos eles ficaram lá, só sei que quando todos saíram o médico olhou diretamente para enfermeira, abaixou os olhos e foi ai que eu percebi que eu perdi a única pessoa que se importava comigo no mundo, a única pessoa que foi capaz de me amar, foi ai que eu percebi que agora era apenas eu.


Notas Finais


E ai pessoal, vocês curtiram?? Opiniões que acrescentam são sempre bem-vindas! Na quarta terá o segundo capítulo, porque estou tentando adiantar bastante a história pra ir postando aqui e não deixar faltar capítulo pra vocês, favoritem, comentem e claro compartilhem se gostarem. XoXo
Obs.: Não tem capa, porque não sou muito boa nisso


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