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História Everything happens in Rosewood - Emison - Não acredito que você me traiu!


Escrita por: gunspider

Notas do Autor


Oooi minhas pessoinhas, como vocês estão? Eu espero que tudo bem!
Antes de qualquer coisa eu queria agradecer por todos os comentários e favoritos! Vocês me deixam cada dia mais feliz viu?! O nosso Emison pode não ter ganhado o TCA mas será eterno em nossos corações certo? E é por esse casal que eu estou com vocês aqui hoje! Fiz um momento fofinho pra vocês matarem a saudade dessas duas.
Eu quero dedicar esse capítulo pra uma pessoa e agradece-la também! Eu não estaria aqui hoje se não fosse por ela, vamos ressaltar isso kkkk Pensem numa pessoa que está sempre do meu lado me incentivando, me dando broncas, me ajudando com ideias, me pedindo para me cuidar, me fazendo comer e que está sempre me protegendo (não é a minha mãe). Pensem em uma pessoa que sempre compartilha o melhor da sua vida comigo (estamos falando de camren? brincadeira), que sempre segura a minha mão quando estou com medo e que fica ao meu lado quando tudo parece que vai desabar. Pensaram? Pois é, agora imaginem o quanto é foda ter uma pessoa assim ao seu lado. Imagina que sensação maravilhosa ter uma melhor amiga dessas bicho! Rari, esse capítulo é pra você! Porque esse momento é seu! Obrigada por tudo minha parceira! Estamos juntas até mesmo depois do fim, conta comigo sempre ok? Ily <3

Bom pessoal, boa leitura!

Capítulo 56 - Não acredito que você me traiu!


Fanfic / Fanfiction Everything happens in Rosewood - Emison - Não acredito que você me traiu!

POV WAYNE

Depois do almoço de domingo chamei a Pam e meus filhos para irem assistir uma corrida de cavalo comigo, mas só meu filho aceitou meu convite, as mulheres da minha vida estavam jogadas no sofá e pelo jeito não sairiam de lá tão cedo. Saímos de casa, joguei as chaves para Caleb e me sentei no banco do passageiro. Ele me olhou surpreso, porém em seu rosto tinha um sorriso sincero. Liguei o som do carro, coloquei em uma rádio que tocava rock e guiei meu filho até chegarmos no Jockey Club. Durante as corridas eu pude notar o brilho nos olhos de Caleb, acredito que ele esteja encantando com os cavalos ou com a quantidade de pessoas que estão aqui hoje. Fizemos algumas apostas, torcíamos juntos e comemorávamos quando o nosso favorito cruzava a linha de chegada em primeiro lugar.

—Quando eu era um pouco mais novo que você seu avô me trazia aqui. – Falei sorrindo ao me lembrar da minha adolescência.

—Obrigada por me trazer e me considerar realmente da família pai! – Caleb falou, olhei para ele e sorri.

—Sabe Caleb, eu sempre amei a minha família, amei acima de qualquer coisa e seu avô sempre me ensinou isso. Desde muito novo ele me falava o quanto era importante estar presente na vida das pessoas que amamos e não colocar nada na frente da nossa família. – Falei olhando em seus olhos, coloquei meu braço em volta dele, pousei minha mão em seu ombro e o guiei para sairmos do meio da multidão. —Eu sabia que sua mãe era a mulher da minha vida no dia em que a vi no corredor da faculdade e ela não poderia ter me dado presente maior do que ter aceitado ser a minha esposa. Eu me sentia completo e achava que nada mais deixaria a minha família mais perfeita, até que então nasceu a Emily, e meu coração transbordou de amor e alegria. Depois da chegada da minha menina tudo ficou mais vivo dentro de mim e em nossa casa. No começo as coisas eram difíceis financeiramente, trabalhávamos muito e por conta disso desistimos de ter mais filhos. Mas mesmo assim eu me sentia completo, ou, pelo menos, eu achava que estava completo. Eu sempre imaginei como seria ter um filho homem correndo pela casa, como seria ensinar sobre futebol ou andar de moto.

—Mas a Emily faz tudo isso pai! – Caleb falou rindo.

—É verdade, ela faz! Mas eu sei que o futebol e algumas outras coisas ela faz para me agradar. Enfim, eu achava que estava completo até surgir a oportunidade de adotar você! A vida novamente me deu mais um presente e eu não podia recusar isso! Eu que agradeço por você me dar a oportunidade de ser o seu pai, te ensinar coisas banais e coisas importantes! Eu que agradeço por você tornar a nossa família realmente completa! – Falei sorrindo e acolhi Caleb em meus braços.

—Obrigada! Por tudo isso! Agora eu consigo entender o motivo da Emily sempre dizer que o senhor era e é o melhor pai do mundo! – Ele falou sorrindo quando nos afastamos. —Eu nunca consegui me apegar a ninguém por motivos óbvios e agora com vocês, eu finalmente consigo sentir um amor verdadeiro se instalando em meu peito.

—Eu sei que esse sentimento ainda está se instalando e vejo a agonia em seus olhos toda vez que a campainha de casa toca. Fica tranquilo, não é um sonho e nenhuma assistente social vai aparecer em nossa porta, e dizer que você terá que se mudar! – Falei calmo e ele me olhou surpreso.

—Como sabe que eu penso nisso? – Ele perguntou curioso.

—Acho que eu sei porque eu tinha esse mesmo medo quando você chegou em nossa casa, sua mãe foi me acalmando com o passar dos dias e hoje eu consigo descansar em paz sabendo que você está seguro. – Falei e ajeitei meu boné na cabeça de Caleb.

—Eu não tenho palavras para tudo que vocês estão me dando, não sei nem como retribuir tudo isso! – Ele falou sem graça.

—Mas eu sei! Filho, prometa-me uma coisa. – Pedi olhando em seus olhos.

—Qualquer coisa pai! – Ele falou concentrado no que eu iria falar.

—Prometa-me que quando eu estiver ausente cuidará da sua mãe e da sua irmã, prometa-me que será o homem da casa e não deixará que nada as machuque! – Falei quase exigindo que ele fizesse o que eu estava pedindo.

—Eu prometo! – Ele falou e sorriu. Retribui seu sorriso, respirei fundo e relaxei meus ombros. Eu sabia que Caleb cumpriria essa promessa, isso me deixou muito mais aliviado. A ideia de que Pam ou Emily ficassem desprotegidas acabava comigo. Agora eu sabia que minha família estava completa, além da Emily, agora eu tinha mais um Fields para passar meu sobrenome para frente e eu não poderia estar mais orgulhoso disso.

 

 

POV EMILY

Acordei sem ânimo pra esse domingo, me arrastei para fora da cama e tomei um banho demorado. Enrolei mais que o normal para me vestir, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e calcei meus chinelos. Hoje não estava com vontade de fazer nada, queria ficar em casa e me afundar no sofá até fazer parte dele. Me juntei aos meus pais e ao Caleb na mesa para tomar café da manhã, comi tudo com calma, e fui contando os detalhes de como foi andar de moto novamente. Minha mãe parecia mais aliviada agora, meu pai tinha uma expressão orgulhosa em seu rosto e Caleb me fez prometer que daria uma volta com ele mais tarde. Claro que eu concordei, quem negaria uma volta de moto não é mesmo? Ajudei minha mãe com a louça, guardei tudo em seu devido lugar e depois começamos a preparar o almoço. Eu só obedecia as ordens que minha mãe dava, lavava os legumes e mexia algumas coisas nas panelas. Enquanto minha mãe falava sobre seu trabalho, eu me mantinha quieta e meus pensamentos viajavam para encontrar a Alison. Eu estava morrendo de saudade dela, sentia falta do seu sorriso, dos seus toques, do seu beijo e do seu cheiro. Eu sentia a falta dela durante minhas noites, sentia falta de tê-la dormindo em meus braços e das nossas conversas. Eu amava ouvir a voz da Ali, não me importava nem se a gente brigasse, eu ficava feliz apenas de tê-la por perto. Ficar sem nenhum tipo de contato com ela estava acabando comigo, só faz alguns dias e meu coração está destruído. A Alison era o meu lugar favorito no mundo, em seus braços eu encontrava a minha paz. Sem ela eu não tinha para onde ir, meu céu perdia todas as estrelas e me faltava coragem para enfrentar qualquer coisa. Essa briga, sei lá o que está acontecendo entre nós, me fez ter uma certeza, eu prefiro brigar com ela do que sorrir com qualquer outra pessoa.

—Filha? – Minha mãe me chamou, desviei meus pensamentos e olhei para ela.

—Oi? – Perguntei sorrindo.

—Tá tudo bem? Te chamei algumas vezes, você parecia estar longe. – Ela falou com um sorriso fraco no rosto.

—Tá sim mãe, só me distraí. – Falei e desviei o olhar.

—Sua distração tem nome? – Ela perguntou me encarando.

—Como assim? – Perguntei como se não tivesse entendido sua pergunta.

—Você me entendeu Emily! – Ela falou séria, parei de mexer a panela que estava cuidando e me afastei do fogão.

—Tem, mas eu não quero falar sobre isso por enquanto. – Falei, me virei para sair da cozinha e fui interrompida pela mão da minha mãe.

—Filha, se quiser falar sobre o que está acontecendo entre você e a Alison, pode falar! – Ela falou e olhei para ela.

—Eu não quero e eu não sei o que está acontecendo, por favor mãe, não insiste. – Pedi e ela assentiu.

—Tudo bem, mas independe do que for eu sei que vocês ficarão bem! – Ela falou confiante, senti uma lágrima escorrer por meu rosto, me soltei da minha mãe e saí da cozinha. Subi direito para o meu quarto, me joguei na cama e encarei o teto.

FLASHBACK ON:

—Posso te perguntar uma coisa? – Toby me questionou.

—Claro! – Falei sorrindo.

—Como estão as coisas entre você e Alison? Notei que ficou desanimada quando perguntei mais cedo. – Ele perguntou direto e reto. Meu coração se apertou e eu encarei seus olhos azuis, assim como os de Ali.

—Pra ser sincera? Eu não sei! – Falei com sinceridade olhando em seus olhos.

—Como assim? Vocês estavam tão bem! – Ele falou incrédulo.

—Ai, nem me fale! Eu fui jantar na casa dela quarta-feira e depois que eu saí de lá parece que alguém bateu na minha cabeça. – Falei e tomei um gole da minha cerveja.

—Não entendi. – Ele confessou e eu ri.

—Eu saí de lá e tudo estava bem! A mãe dela e eu tínhamos nos dado bem, a comida estava boa, estávamos bem uma com a outra, e no dia seguinte a Alison estava estranha. Parecia que eu tinha perdido alguma coisa sabe? Como se eu estivesse com amnésia. Enfim, ela matou aula, estava triste e não falou quase nada. Pra piorar minha ex apareceu, houve algumas faíscas entre elas e quando eu mencionei que a morena do estacionamento era a minha ex, pronto! Alison não quis mais saber de mim e eu me encontro aqui agora, sem saber o que aconteceu depois que saí de sua casa e sem saber se ela ainda me quer. – Falei e senti uma lágrima escorrer no meu rosto.

—Onde ela está? – Ele perguntou me olhando.

—Foi para o chalé com a Spencer e as meninas. – Falei e dei de ombros.

—Ah sim, o chalé. Mas porque você não foi? – Ele perguntou novamente.

—Alison precisava colocar as ideias no lugar, sei lá, ela não queria me ver… Algo assim. Ela não falou comigo e as meninas não souberam explicar. – Falei e encarei os carros que passavam na rua.

—Algo deve ter acontecido para ela ficar desse jeito, se ela precisa de um espaço, respeite e conversem quando ela estiver com a cabeça em ordem. Acho melhor ela ter se afastado para pensar do que ter agido por impulso, não é? – Ele perguntou sorrindo fraco.

—É, acho que foi melhor mesmo. Alison deve ter motivos para isso e vai me contar quando estiver pronta. Eu só quero que ela saiba que pode contar comigo. – Falei e abaixei a cabeça.

—Tenho certeza que ela sabe! E se não souber, saberá assim que lhe contar o que estiver acontecendo. – Ele falou e me abraçou.

—Obrigada parceiro! – Falei com a cabeça afundada em seu peito.

FLASHBACK OFF.

Estava tão ansiosa para que o dia de hoje chegasse ao fim, queria tanto ver a Alison, mesmo não sabendo se ela falaria comigo amanhã ou não, eu queria vê-la. Decidi ficar em meu quarto até a hora do almoço, peguei um livro, abri em uma página marcada e acabei cochilando no meio da leitura.

As mãos da minha mãe acariciavam meus cabelos enquanto assistíamos a um filme, na casa não se ouvia nada, estava quase dormindo quando meu celular começou a tocar. Antes que eu pudesse ver quem era, minha mãe o pegou e atendeu.

—Alô? – Ela falou e olhou pra mim. —Não Hanna, é a Pam! Ela está aqui, quer falar com ela? – Minha mãe perguntou e eu pulei no sofá. Será que elas já tinham chegado? Peguei o celular em minhas mãos, aproximei-o de meu ouvido e sorri ao ouvir a voz da minha banana.

CHAMADA ON:

—Oi banana!

—Emily, graças a Deus! Preciso da sua ajuda! – Ela falou afobada.

—Aconteceu alguma coisa?

—Aconteceu! O carro da Spencer quebrou e estamos aqui abandonadas no meio do nada! Não conseguimos nenhum mecânico e nem falar com os pais da Spen. Pode vir buscar a gente?

—Claro! Onde estão? No chalé ainda?

—Não, acho que estamos na metade do caminho.

—Tudo bem então, estou indo!

—Obrigada Em!

—De nada banana!

CHAMADA OFF.

Fui em direção ao quarto do Caleb pegar as chaves do carro, procurei em todos os lugares, mas não achei. Desci as escadas, fui até o gancho das chaves e nada. Perguntei para minha mãe, ela disse que podia estar com ele, mas ela não tinha certeza. Fui para o meu quarto, sentei na cama e bufei. Não acredito que vou deixar minhas amigas na mão! Peguei meu celular para avisar a Hanna, porém vi o número do Toby e tive uma ideia. Liguei para ele, perguntei se ele poderia guinchar o carro das meninas e ele concordou, só me pediu para ir na frente guiando-o, pois ele não tinha decorado o caminho. Troquei de roupa, peguei minha carteira de motorista, desci as escadas e peguei as chaves da minha moto.

—Mãe, eu vou até a casa do Toby, depois vamos para o chalé buscar as meninas. O carro da Spencer quebrou de novo e elas não estão conseguindo ajuda. – Falei e ela assentiu com a cabeça.

—Toma cuidado, qualquer coisa me liga! – Ela gritou e saí de casa. Tirei a moto da garagem, peguei os capacetes, coloquei um em minha cabeça e amarrei o outro na garupa. Sorri ao pensar na possibilidade da Alison aceitar vir embora comigo de moto.

Estávamos a caminho do chalé, fazia vinte minutos que tínhamos saído da casa do Toby e não havia nenhum sinal das meninas. Será que elas ainda estavam no chalé e a Hanna tinha mentido? Aumentei a velocidade da moto e segui por mais alguns metros. Avistei de longe uma loira andando até o meio da estrada, sorri ao ver que era a Alison, diminui a velocidade conforme me aproximava e notei seu olhar incrédulo sobre mim. Parei a moto, tirei meu capacete e balancei minha cabeça para soltar meus cabelos.

—Alguém pediu ajuda? – Perguntei sorrindo enquanto descia da moto. Vi que Alison estava me encarando, ela quase deixava uma baba escorrer de sua boca aberta, sorri satisfeita e caminhei em direção a Hanna.

—Você veio buscar a gente numa moto? – Hanna perguntou irônica.

—Não banana! O Toby está chegando com a caminhonete para guinchar o carro! Eu só vim guiar ele! – Expliquei sorrindo.

—Entendi! Obrigada por vir! – Hanna abriu os braços e eu a abracei apertado. Que saudade que eu tava dessa menina. Cumprimentei a Spencer com um breve abraço e a Mona com um beijo na bochecha. Ali se aproximou lentamente, olhei em sua direção e sorri pra ela.

—Ooi? – Falei em tom de pergunta. Eu não sabia se podia falar com ela, se ela queria que eu falasse ou se ela me responderia.

—Oi! – Ela falou e sorriu de lado. Meu coração disparou só com essa palavrinha, minha saudade estava a mil e eu não podia negar isso. Tinha vontade de ir agarrá-la, mas eu tinha que respeitar o seu espaço. Toby chegou logo, cumprimentou todas as meninas e foi dar uma olhada no motor do carro da Spen. Hanna se aproximou de mim, a olhei e ela sorriu animada.

—Você vai me levar para dar uma volta nessa moto né? – Ela perguntou e eu gargalhei.

—Claro! Quando você quiser! – Falei e ela sorriu mais ainda.

—Ai, eu não acredito que você está pilotando uma moto, meu Deus! Sempre quis andar de moto e não tinha amizade com alguém que tinha uma! Agora a morena mais linda do universo é minha amiga e ainda tem uma moto, e eu vou andar com ela! – Ela falou e eu voltei a rir.

—Não precisa puxar meu saco banana, eu vou dar uma volta com você! – Falei brincando e ela mostrou a língua.

—Não estou puxando seu saco, você é linda Em e ficou incrivelmente sexy andando de moto! Aposto que a Alison até babou! – Ela falou rindo.

—Quem dera, ela nem deve ter olhado muito! – Falei fingindo não perceber o olhar da Alison em mim.

—Ah tá! – Hanna falou brincando e rimos novamente.

—Bom, eu vou ter que guinchar, quando chegarmos lá eu posso dar uma olhada melhor. – Toby anunciou sorrindo.

—Eu vou indo, as meninas te guiam de volta, tudo bem? – Perguntei para ele.

—Claro! Pode ir parceira! – Toby falou e foi pegar algo na caminhonete. Caminhei até a moto, montei na mesma, ajeitei meu cabelo, coloquei o capacete e peguei o outro atrás de mim.

—Alguém quer ir comigo? – Perguntei olhando para as meninas e entendi o capacete em direção a elas. Torci para que a Alison falasse que queria ir e acho que todos torciam pelo mesmo, afinal, todos olhavam em sua direção esperando sua resposta.

 

 

POV ALISON

—Se você não for, eu vou! – Hanna falou me encarando, sorri fraco para ela e assenti.

—Eu posso ir? – Perguntei me aproximando da Emily.

—Dã! Não acredito que você perguntou isso. – Hanna falou e todos riram, inclusive a Emily. Mantive minha expressão séria, ao notar isso Emmy parou de rir e balançou positivamente a cabeça. Enrolei meu cabelo em um coque, peguei o capacete de sua mão e o coloquei. Montei na moto, coloquei minhas mãos sobre minhas coxas e respirei fundo.

—Vai devagar! – Pedi baixo e ela riu.

—Confia em mim! – Ela falou enquanto ligava a moto. Estremeci quando começamos a andar, aproximei mais meu corpo do seu, envolvi minhas mãos na cintura da Emily e a apertei com força involuntariamente. Conforme andávamos eu confiava mais nela, mas não afrouxava minhas mãos ou tomava distância. Estava com tanta saudade dela que não era capaz de romper o contato entre nossos corpos, eu precisava disso, eu precisava da Emily. Ela dirigia com calma, não corria muito e colocava sua mão vez ou outra por cima da minha. Chegamos rápido em Rosewood, notei que estávamos indo para minha casa e apertei mais a cintura da Emily para ganhar sua atenção.

—Não quero ir para casa! Precisamos conversar! – Falei quase gritando e ela assentiu com a cabeça. Acelerou mais e em poucos minutos estávamos na praça perto da escola. Desci da moto primeiro que ela, lhe entreguei o capacete e a aguardei. Ela me olhou curiosa, sorri de lado e lhe ofereci minha mão. Emily olhou para a mesma, respirou fundo e a segurou com firmeza. Caminhamos até um banco, me sentei com ela ao meu lado, me virei de um modo que ficasse de frente para ela e encarei seus olhos sem brilho algum.

—Antes de qualquer coisa, eu só queria que você soubesse que eu senti muito a sua falta! – Ela falou e respirou fundo.

—Eu também senti a sua falta! – Confessei e ela sorriu.

—O que aconteceu depois do jantar em sua casa? – Ela perguntou e eu desviei o olhar. Olhei para o enorme lago que tinha em minha frente e suspirei.

—Depois que você saiu de casa meu pai chegou e eu decidi contar para ele sobre nós… – Contei tudo o que havia acontecido, sobre a bebida, o tapa, a briga entre ele e Jason e, sobre as palavras que cortaram meu coração. Emily me olhava de uma forma doce, acariciava as minhas costas para me dar coragem e escutava tudo com atenção. —Me desculpa se eu te magoei ou te deixei preocupada, mas eu não sabia como reagir. – Falei e senti lágrimas brotarem em meus olhos. Emily me abraçou, chorei com força em seus braços, meu corpo tremia e soluços escapavam de minha garganta. Ela não fez menção em me soltar em momento algum e me apertou com mais força até eu me acalmar.

Eu ainda estava chateada com ela, mas não queria estar em mais nenhum outro lugar nesse momento. Emily era capaz de me tirar do sério completamente, mas, ao mesmo tempo, era ela que me proporcionava calma e serenidade. Ela me entendia melhor do que as minhas amigas e eu confiava completamente na minha namorada. Lembro-me de quando tivemos que ficar separadas e o que isso causou em meu coração, esse fim de semana foi necessário para eu pensar, mas só de imaginar ficar mais tempo longe dela um buraco se abre no meu coração.

—Alison? – Ela me chamou com um tom de voz doce. Meu nome soava maravilhosamente bem em sua boca e eu podia ouvi-la me chamando o dia inteiro. Me afastei dela, olhei em seus olhos, ela sorriu levemente e enxugou minhas lágrimas com suas mãos. —Você não me deve desculpas por absolutamente nada.

—Mas eu te afastei de mim e as meninas falaram… – Comecei a falar e ela colocou o dedo indicador sobre minha boca.

—Esquece tudo o que as meninas falaram ok? Você passou tudo isso com o seu pai e tem o direito de se manter em silêncio, e falar só quando estiver com vontade. Eu não podia te obrigar a contar e fico mais tranquila agora em saber o que houve. Claro que eu fiquei preocupada, mas e daí? O momento era seu! Você enfrentou isso e não eu! Eu lamento por não estar com você e por não te defender desse tapa, eu levaria esse e muitos outros em seu lugar! Me perdoa por não estar lá, eu prometo que estarei sempre ao seu lado em momentos como esse! E quanto ao seu pai… – Ela fez uma pausa e passou a mão em meus cabelos. —Eu lamento, mas por ele! Ele não sabia o que estava falando e magoou a menina mais linda da face da terra. Espero que ele repense, que ele caia na real e enxergue o enorme erro que cometeu! Espero que ele consiga te dar o devido valor e perceber que nada mudará em você! E espero que você consiga abrir o seu coração para perdoá-lo. – Eu perdi o meu ar com tudo que ela falou. Me joguei em seus braços, ela me abraçou e novamente eu estava chorando.

—Eu não sei se consigo! – Confessei. —Não sei se consigo perdoar ele!

—Amor, dê tempo ao tempo! As coisas se resolverão entre vocês, eu tenho certeza! – Ela falou e se afastou de mim. Enxuguei minhas lágrimas e assenti com a cabeça. Ficamos alguns minutos em silêncio, olhava em seus olhos que agora brilhavam e sentia algo bom dentro do meu peito por causa de seus olhos.

—Tem mais uma coisa. – Falei enquanto a encarava. Meu estômago revirou ao me lembrar da cena que vi dias antes, me arrependi de ter aberto a boca, mas não poderia amarelar agora. Eu não podia voltar para casa sem conversar com ela sobre algo que estava me incomodando, queria esclarecer tudo o que estava acontecendo. E uma das coisas era saber o motivo do abraço que ela deu na sua ex.

—Pode falar amor. – Ela disse e sorriu.

—Porque você abraçou a Maya? – Perguntei de forma seca e ela me encarou confusa.

—Como sabe disso? – Ela questionou.

—Eu vi pela minha janela, estava indo falar com você e vi vocês duas se abraçando. – Expliquei e ela abriu um pouco sua boca.

—Bom, eu não vou mentir pra você. – Ela falou, meu coração acelerou, fechei minhas mãos em punho e me levantei. Como eu poderia estar tão calma segundos atrás e agora querer matar a Emily?

—Não acredito que você me traiu! – Falei sentindo minhas pernas bambearem. Ela se levantou e ficou de frente para mim.

—Alison, não é nada disso! Eu não fiz nada! Se acalma! – Ela pediu e segurou em meus ombros.

—Então o que aconteceu? – Perguntei com medo da resposta.

—Maya me procurou, quis conversar comigo e eu aceitei. Aceitei porque eu conheço essa menina e eu sei que ela é capaz de qualquer coisa pra conseguir o que quer. – Emily falava com sinceridade olhando em meus olhos, me contou tudo o que aconteceu e ouvi com atenção. —Eu só fui conversar com ela por medo dela fazer algo contra nós ou contra você. Ela pareceu entender, me levou em casa, me pediu um abraço, então eu a abracei e foi só isso.

—Mesmo? – Perguntei desconfiada.

—Mesmo meu amor! – Ela falou olhando em meus olhos, sorri e me aproximei dela. Emily levou suas mãos em meu rosto, diminuiu ainda mais a distância entre nós, senti nossas respirações se misturarem e fechei meus olhos. Seus lábios tocaram lentamente os meus, abri minha boca para dar passagem a sua língua e ela entendeu o recado. Transmiti através do nosso beijo toda a saudade que estava em meu peito, afundei minhas mãos nos cabelos de Emily, suguei com força sua língua e deixei escapar um suspiro de minha boca. Eu amava minha namorada, não me restava dúvidas sobre isso, mas algo em meu peito ainda me incomodava. Me concentrei em nosso beijo novamente e ignorei meus pensamentos.

 

 

POV SPENCER

Fui com Toby em sua caminhonete enquanto Hanna guiava meu carro que estava amarrado apenas por uma corda. Conversamos o caminho inteiro, ele me contava sobre a moto da Emily com animação e eu lhe contei sobre meu fim de semana. Toby era atencioso, parecia se importar com tudo que eu falava e isso me deixava confortável ao seu lado. Quando chegamos em Rosewood ele deixou as meninas em suas casas e em seguida me levou pra minha. Desamarrou a corda com cuidado, jogou na parte de trás de seu carro e abriu o capô do meu. Ele olhava sério para o motor, mexia com as mãos em algumas peças e eu não conseguia conter um sorriso em meus lábios. Será que ele não tinha defeito? Era inteligente, bonito, era trabalhador, estudava engenharia e ainda entendia de carros? Meu Deus! Observava seu rosto com atenção, ele parecia concentrado no que estava fazendo e eu não queria atrapalhar, então permaneci em silêncio. Depois de um tempo ele me olhou e sorriu.

—Bom, acho que um mecânico pode ser mais útil que eu! Mas tenho certeza que é a bomba d'água. – Ele falou convicto e eu sorri.

—Você é bom mesmo com essas coisas né? – Falei e ele riu.

—Eu tento, mas não sou o melhor. Digamos que eu sei o básico para me virar em caso de emergência. – Ele falou e abaixou o capô do carro.

—Vou fingir que acredito em você! – Falei e ele arqueou a sobrancelha.

—Fingir? Eu não mentiria pra você, então pode acreditar! – Ele falou e comecei a rir.

—Ai Toby, você é tão bobo! Claro que eu acredito em você. Eu estava brincando. – Falei e ele me encarou.

—Eu entendi! Só estava brincando também! – Ele falou e desviou o olhar.

—Claro! – Falei irônica e ele me olhou.

—Posso te contar uma coisa? – Ele perguntou e eu assenti com a cabeça. —Mas você vai acreditar em mim? Ou vai fingir acreditar? – Gargalhei ao ouvir isso.

—Eu vou acreditar. – Falei e ele sorriu. Ele se aproximou de mim, segurou em minhas mãos e olhou em meus olhos.

—Eu senti a sua falta esse fim de semana! – Ele pareceu sincero, senti minha garganta secar e minhas pernas tremeram. —Queria ter te levado para jantar, mas uma amiga minha me contou que você estava fora.

—Nem imagino quem seja essa amiga. – Falei e ele sorriu. —Jantar é? – Perguntei e ele assentiu. —Bom, você ainda pode me levar se quiser, só temos que marcar um dia.

—O dia eu deixo por sua conta, mas tem uma outra coisa que eu queria fazer. – Ele falou e sorriu de lado.

—O que? – Perguntei curiosa. Será que ele queria tomar mais sorvete?

—Isso! – Ele falou, colocou sua mão em minha nuca e aproximou seu rosto do meu. Envolvi meus braços em seu pescoço, fechei meus olhos e senti seus lábios nos meus. Seu beijo era calmo e doce, senti um arrepio percorrer meu corpo, minha respiração descompassou, e meu coração bateu forte no peito. Nossas línguas se acarinhavam e se conheciam no ritmo perfeito, suguei seu lábio inferior ao final do beijo.

—Clichê! – Falei de olhos fechados ainda. Toby colocou sua testa na minha e riu.

—Curiosa! – Ele falou e rimos juntos. Que ótimo casal! Um clichê e uma curiosa. Espera, eu estava mesmo considerando a hipótese de sermos um casal? Mas isso era ridículo. Nós estávamos nos conhecendo agora, não tinha tempo para isso, certo? Eu estava adorando conhecer o Toby cada vez mais, não podia negar isso. Mas considerar que já somos um casal, já é desespero Spencer!

 

 

POV ALISON

Emily e eu passamos o resto da tarde naquela praça. Conversamos, rimos, nos beijamos e trocamos carinhos. Contei para ela sobre a TPM da Hanna, da nossa tensão e do momento divertido que tivemos no lago. Ela sorriu largamente, mas em momento algum disse que queria estar com a gente. Fiquei feliz por ela entender que eu precisava pensar, estávamos bem agora e eu não queria me afastar dela tão cedo. Ela me contou toda a história da moto, meu coração se apertava por medo dela se machucar, mas sempre que a imagem dela pilotando vinha em minha cabeça eu ignorava qualquer preocupação. Emily ficava sexy e maravilhosa em cima daquela moto, eu quase babava só de me imaginar. E vê-la chegando hoje fez com que eu perdesse meu ar. Eu gostei muito da sensação de andar de moto com ela e mal podia esperar pra andar muito mais. Decidimos voltar para casa, caminhamos de mãos dadas até a moto, ela me entregou um capacete e colocou o outro. Esperei ela subir na moto, montei na garupa e coloquei o capacete. Segurei em sua cintura com firmeza, ela ligou o motor e acelerou. Chegamos em frente a minha casa em poucos minutos, desci da moto, lhe entreguei o capacete e estremeci ao ver o carro do meu pai parado em frente a minha casa. Será que ele voltou?

—Amor, o que foi? – Emily perguntou enquanto tirava o capacete.

—É o carro do meu pai. – Falei e olhei para ela.

—Ele voltou para casa? – Ela perguntou confusa.

—Não sei, mas se ele voltou, eu não fico aqui! – Declarei e ela segurou em minha mão.

—Eu vou entrar com você, qualquer coisa você dorme em casa, tá bom? – Ela perguntou sorrindo fraco.

—Tá bom! – Concordei. Caminhamos de mãos dadas até a varanda, segurei na maçaneta da porta, girei a mesma e entramos em casa. —Mãe?

—Aqui na cozinha filha! – Minha mãe gritou. Fui andando com a Emily atrás de mim e apertei sua mão com força ao ver meu pai sentado em um dos bancos.

—O que faz aqui? – Perguntei com raiva em minha voz.


Notas Finais


E ai? O que acharam? Esse momento do Wayne com o Caleb não foi a coisa mais fofa? O que estão achando do nosso Emison? E esse momento Spoby? São um casal ou não são? O que será que o pai da Alison foi fazer na sua casa e qual vai ser a reação dele ao saber que a Emily é a sua norinha hein? Hahaha. Espero que estejam tão ansiosos quando eu! Um beijão e até breve <3

PS. Pessoal, o Wayne começou narrando esse capítulo porque eu quis fazer uma homenagem pelos dias dos pais ok? Espero que tenham gostado.


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