1. Spirit Fanfics >
  2. Everything is Blue - Destiel >
  3. 02

História Everything is Blue - Destiel - 02


Escrita por: Eva_Z

Notas do Autor


Voltei...

Aqui estou mais uma vez, estou postando com uma frequência maior pois esse é só o começo, esses capítulos apenas introduzem a história.

Enfim, espero que gostem, desculpa pelos errinhos e até mais...

Capítulo 2 - 02


Oia - Grécia

Olhava em volta admirando a paisagem, era lindo, não podia negar,apesar de preferir imensamente o clima frio. Sentia o balanço da balsa, lutando para não esbarrar nas pessoas ao lado ao que os movimentos do mar se acentuavam. Ao chegar do outro lado suspirou em alívio, descendo juntamente com Miguel. No meio de toda aquela confusão só pode ouvir do primo para que ficasse perto evitando que se perdesse em meio a multidão.Avistou um homem grisalho ao lado de três jumentos, logo o reconheceu, era Chuck, seu avô. Aos poucos se aproximaram dele vendo-o sorrir abertamente e abrir os braços.

 

-Castiel. _ disse sorridente e carregado de sotaque, na verdade poucas pessoas ali não possuíam um sotaque carregado, mas não podia reclamar, era uma sorte sua família ao menos falar inglês.

Abraçou o mais velho meio sem jeito, não eram lá muito próximos. O homem apertou o garoto nos braços e ao soltar segurou seu rosto entre as mãos, assoprando-lhe a face e dizendo alguma coisa em grego a qual Castiel não pode entender, também não fazia questão.

-Vamos? Castiel deve estar cansado, vovô. _ Miguel disse já amarrando as malas na lateral de um dos jumentos.

 

Quis correr, pular no mar e voltar para os Estados Unidos nadando assim que percebeu que de fato ele teria que montar em um jumento. Será que não poderiam simplesmente chamar um táxi? Sorriu simpático fingindo entender tudo o que o mais velho dizia, quando na verdade estava concentrado demais em xingar sua mãe mentalmente por tê-lo mandado para aquele lugar.

Rumaram ilha acima, passando pelas estreitas ruelas, típicas da Grécia, agora entendia, um táxi não passaria ali. Durante o percurso o velho cumprimentava a todos de maneira animada, e Miguel da mesma forma. Chegaram em uma parte mais bonita da cidade, a divergência entre o ponto mais alto e mais baixo de vilarejo era notável. Castiel sorriu ao ver algumas garotas acenando para o primo durante o caminho, aquilo deveria ser algo bem recorrente, o rapaz era realmente muito bonito. Muitos velhos aglomeravam-se em pequenas rodas, jogando jogos ou tocando instrumentos de corda enquanto mulheres e crianças dançavam de forma divertida, sorriu ao constatar que gregos eram mesmo muito animados e que se enganou ao pensar que sua mãe exagerava nas histórias.

Enfim pararam, olhou em volta a porção de casas altas e aglomeradas, telhados azuis e formato circular, isso era a Grécia, era diferente, mas belo. Desceram dos animais, tirando as bolsas de cima dos mesmos, o mais novo apenas acompanhou os outros dois escada acima. Assim que acabou de subir pode ouvir diversos gritos, em sua maioria femininos, quando olhou direito para o local viu as pessoas, todas espalhadas naquela imensa varanda, não se deu o trabalho de reconhecer ninguém além de sua avó, afinal sentia-se envergonhado por estar sendo observado.

-Meu pequeno Castiel, como cresceu. _ a velha veio em sua direção sorridente e o garoto retrucou da mesma forma.

 

Naomi era velha, mas não aparentava ter a idade que tinha, “genética boa” pensou. A mulher vestia roupas leves e tinha seus cabelos castanhos bem presos, se parecia muito com a mãe do moreno. Hanna era a filha mais nova de oito irmãos, não, os gregos não assistem muita televisão, também era a única que deixara o país, todos os outros continuavam ali.

-Olá vovó. _ disse rindo fraco ao que a mulher desprendeu o abraço segurando seu rosto e o assoprando, repetindo as mesmas palavras do avô.

-Venha, venha! _ disse puxando-o _ Todos querem te conhecer. _ ia conduzindo-o em meio as pessoas.

 

Castiel reconheceu algumas delas, na sua grande maioria tios os quais já tinha visto quando mais novo, cumprimentando de maneira educada e tendo que aguentar um por um abraçar-lhe e lhe soprarem o rosto, repetindo sempre as mesmas palavras em grego, os únicos que não o fizeram foram os adolescentes, e que quantidade de adolescentes.

-Estes são seus primos. _ a avó começou ao que todos fizeram uma espécie de fila. _ Hael, Samandriel, Raquel, Muriel  e… depois eles se apresentam melhor. _ a velha sorriu _ O Miguel você já conhece não é?

-Sim vovó. _ Miguel riu se aproximando e colocando uma das mãos no ombro do moreno.

 

O lugar estava um tumulto, o garoto se surpreendeu com a quantidade de pessoas, todas de sua família. Sabia que eram muitos, mas não imaginou que fossem tantos.

-É… Quantos primos temos? _ perguntou sem graça para o mais velho enquanto continuava sendo conduzido para dentro da casa.

-Um punhado deles, não se preocupe aos poucos você conhece todos. _ o mais alto disse animado.

 

Ia passando pelos cômodos da casa, observando as coisas em volta, era grande e, apesar de rústico, bem bonito. Quando passava pelo corredor sua atenção se prendeu em um dos quartos, que se encontrava de porta aberta, lá dentro um homem sentado, de frente para uma enorme janela. Era extremamente magro, aparentava ser alto, tinha a pele clara e seus cabelos levemente compridos eram de um negro intenso, segurava em mãos uma bengala de corpo preto e ponta prateada. Castiel parou por um minuto, ignorando as vozes ao seu redor, aquele era vovô Julian, ou como sua mãe o chamava: Sr. Morte.

-Venha Castiel, venha ver seu quarto. _ A avó falou tirando o mais novo de seus devaneios. _ Eu coloquei os melhores lençóis, afinal, você é um convidado de honra.

-Ela teve que tirar o tio Zacarias para você dormir. _ Ouviu uma garota morena dizer, Hael se bem se lembrava. Riu de leve com o comentário.

-Já não era sem tempo né. _ outro deles comentou, por mais que se esforçasse Castiel realmente não se lembrava de seu nome.

-Vê bem como fala do meu pai. _ Anna retrucou, ela era uma das mais velhas, portanto Castiel se lembrava dela.

 

Todos ali eram muito animados, o garoto sorria educado tentando acompanhar o ritmo dos demais. Suspirou aliviado quando eles deixaram-no a sós para ajeitar suas coisas, não que não tivesse gostado deles, mas todos ali eram bem… barulhentos. Sentou-se na cama olhando o cômodo, era pequeno porém aconchegante. Pegou seu celular vendo as milhões de mensagens de sua mãe, respondeu que já havia chegado e comentou sobre como todos ali eram extremamente eufóricos, muito diferentes dela. Assim que deu notícias para a mais velha abriu na conversa com Gabriel.

 

Gabe: cASSIE

Gabe: Já chegou bebê?

Gabe: Me avisa assim que der.

Castiel: Oi Gabe, acabei de chegar na casa dos meus avós.

Gabe: Pela santa Madonna, Castiel. Eu já estava preocupado.

Gabe: Como é aí?

Castiel: Frenético, quente e velho.

Gabe: Pare de reclamar, é a Grécia!

Gabe: Já viu algum deus grego por aí?

Castiel: Para com isso Gabe.

Gabe: Qual é, eu to falando sério.

Castiel: Não, não vi, aliás, todos aqui parecem ser meus primos. kkkk

Gabe: Castiel, não minta para mim, nenhunzinho?

Castiel: Tem o Miguel, mas como eu disse, ele é meu primo.

Gabe: Um incesto as vezes faz bem. kkkkk

Castiel: Que nojo Gabriel. kkkkkk

Gabe: Ah fala sério, tem que ter alguém aí. É a porra da Grécia.

Castiel: Eu vi um cara quando cheguei, mas só vi de longe, não sei nem o nome, ele era bonitinho.

Gabe: Opaa. Tomara que ele não seja seu primo né.

Castiel: kkkkkkk Mesmo se fosse, eu sou hétero e você sabe disso.

Gabe: Repita até se convencer.

Gabe: Tenho que ir, minha mãe está me chamando. Adeus bebê.

Castiel: Não me abandonaaaaaa.

Castiel: Droga, te odeio.

 

Desligou o aparelho jogando-o em cima do colchão, deitou-se esfregando os olhos e bufando, já estava entardecendo, o fuso horário era algo muito confuso. Depois de um tempo deitado levantou-se sonolento, a viagem o deixara exausto. Abriu a pequena janela de madeira azul, contemplando a linda vista da praia, águas cristalinas contrastando com a arquitetura antiga. Acendeu um cigarro levando-o até os lábios,  sentindo-se relaxar ao que a nicotina invadia seu corpo. Assustou-se quando a porta foi aberta, apagando rapidamente a brasa, lembrava-se de sua mãe lhe dizer o quanto a família era intolerante com esse tipo de coisa no meio dos jovens, apesar dos mais velhos fumarem todos, sem exceções.

-Vovó está te chamando para o jantar. _ disse o moreno na porta.

-Ah claro, já estou indo ahn… _ sorriu amarelo tentando se lembrar do nome do outro.

-Abner. _ disse ao perceber o desconforto do mais novo. _ E não se preocupe, não direi nada a ninguém.

 

XXX

 

A noite foi difícil, não conseguia dormir de forma alguma. A cama sempre fora o melhor lugar para pensar afinal, pensar na vida, no caso de Castiel isso era no mínimo deprimente. Viu o sol se pôr, assim como o viu nascer, não pregara os olhos. Levantou-se no dia seguinte, colocou uma roupa qualquer e foi até a cozinha, encontrando-se com sua avó.

-Bom dia. _ disse sonolento assustando a mais velha.

-Bom dia. _ sorriu largo e foi até o mesmo dar-lhe um beijo no rosto. _ O que faz acordado? Ainda é cedo demais.

-Acho que a culpa é do fuso horário. _ mentiu

-Bom, sendo assim vá tomar um banho, em breve Miguel estará de pé para trabalhar, assim vocês podem ver toda a cidade. _ a mais velha sugeriu e o garoto apenas respirou fundo pensando que teria de andar de jumento mais uma vez.

-Será que eu não posso ficar aqui hoje? Ou em algum lugar tranquilo, gostaria de ler. _ sorriu amarelo.

-Perfeito, Miguel trabalha em uma das tavernas no porto, lá é bonito e tranquilo, acredite, se ficar suas primas não o deixarão em paz. _ ela sorriu e Castiel percebeu que de fato ela estava certa.

 

Não era má ideia uma ida ao porto, observar o mar, sentir o vento e apenas ler um bom livro. Foi até seu quarto pegando algumas roupas e indo até o banheiro. Até o chuveiro era mais rústico, mas nada impossível de se mexer, tomou um banho e vestiu-se com uma calça Jeans e uma blusa de frio preta, apesar das mangas cumpridas seu pano era leve, calçou nos pés um all star qualquer e sentou-se à mesa esperando Miguel.

-Castiel, vovó disse que você vai comigo, está pronto? _ o mais velho tocou seu ombro sorrindo amigável.

-Estou sim, vamos? _ levantou-se e foi em direção a porta.

-Castiel. _ a avó gritou chamando a atenção de ambos. _ Não vai comer nada?

-N-não estou com fome vó, obrigado. _ sorriu e saiu rapidamente, detestaria ter que ouvir sermões da velha.
 

Foram andando, para a felicidade de Castiel, desceram ilha abaixo, parando para ver as coisas mais interessantes durante o percurso. Chegaram ao porto e Miguel logo mostrou lhe onde trabalhava, dizendo que se preferisse podia se sentar em uma das mesas para descansar e ler, dando-lhe um copo de água gelada para que pudesse se refrescar. Castiel por sua vez preferiu sentar-se na beira do porto, o lugar parecia mais tranquilo e arejado.

Colocou os pés para fora, mas a altura da estrutura não permitia que seus calçados passassem nem perto da água, o que era bom, não estava a fim de se molhar. Leu quase metade do livro, o ambiente era mesmo bem favorável. Miguel veio avisar-lhe que iria em casa buscar algumas coisas, perguntando se o mesmo gostaria de voltar, afinal já era hora do almoço, Castiel preferiu ficar ali, não queria comer e estava achando o lugar bem agradável.

Minutos depois que o primo havia ido embora, resolveu caminhar um pouco, colocou o livro, o maço cigarros e seu celular juntos no chão de madeira, apenas para que pudesse se levantar. Assim que se pôs de pé, antes mesmo que pudesse pegar suas coisas ouviu gritos altos e risadas se aproximando. “Adam! Adam volta já aqui!” Um moreno com os cabelos compridos vinha correndo em sua direção, estranhou pois não percebeu a criança se aproximando, só notando-a quando a mesma trombou consigo de forma brusca, fazendo-lhe cair na água.

Castiel mal viu o que aconteceu e já estava no fundo, tentou nadar para a superfície mas seus pés se prenderam nas cordas de um dos barcos. O desespero momentâneo o impediu de agir com clareza, sendo assim ele apenas tentava desesperadamente emergir, perdendo cada vez mais ar. Quando sentiu que começaria a engolir água, alguém pulou, desamarrando seus pés e o ajudando a chegar na superfície.

Estava assustado e ofegante, mas lúcido o bastante para desvencilhar-se dos braços que contornavam sua cintura firmemente, afastando-se do loiro que logo reconheceu, era o garoto da balsa. Ele falava alguma coisa tentando se aproximar, mas Castiel não podia entender uma só palavra. Definitivamente precisava aprender a falar grego.

-Ótimo, você não fala minha língua. Eu estou sozinho, ensopado, acabei de quase morrer e não sei nem como faço para agradecer a porra do garoto que me salvou. _ praguejou em voz alta ainda dentro d'água.

-Poderia dizer obrigado. _ o loiro falou fazendo o outro corar ao perceber que ele falava sim sua língua. _ Ou pode engolir mais um pouco d’água, assim talvez eu precise fazer uma respiração boca a boca. _ sorriu tentando se aproximar.

 

O moreno não soube explicar o que sentiu ao ver aquele sorriso, um arrepio subiu pela sua espinha, como alguém poderia se assim tão safado e encantador ao mesmo tempo? Repreendeu-se mentalmente pelos pensamentos, processando melhor o que havia acabado de escutar, aquele cara na sua frente realmente acabara de flertar com ele? Sentiu o rosto queimar, tentando inutilmente desviar o olhar para qualquer outro lugar que não aquele intenso verde.

-Vo-você… Eu tenho que ir. _ deu as costas, nadando em direção a margem    

-Ei espera. _ o loiro gritou fazendo o outro parar e olhar para trás. _ Posso pelo menos sabe seu nome?

-Castiel.

-Tem nome de anjo. _ sorriu novamente, um sorriso diferente do primeiro, o qual causou sensação ainda mais incômoda ao moreno.

 

Sem pensar duas vezes ou dizer uma palavra sequer, Castiel se afastou novamente, nadando até a margem com a cabeça cheia demais. Abraçou-se esfregando os braços devido ao frio e a passos rápidos voltou até onde estava antes da queda, no objetivo de pegar suas coisas. Surpreendeu-se ao que chegou e viu uma garota ruiva sentada na beirada, lendo seu livro e fumando um de seus cigarros.

-Olá? _ disse se aproximando.

-Ah, oi. _ respondeu em um pulo, desviando a concentração antes presa no livro _ Isto é seu? Peguei um cigarro, espero que não se importe.

-Posso fingir que não. _ sentou-se ao lado da ruiva também pegando um dos cigarros.

-A propósito, meu nome é Charlie.

-Castiel.


Notas Finais


E aí??

Espero que tenham gostado, deem a opinião de vocês...

Beijooos. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...