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História Everything is Blue - Destiel - 03


Escrita por: Eva_Z

Notas do Autor


Chegay!

Mais cap sim, como eu disse a fic já ta escrita, essa é só uma releitura, então, é fácil postar com frequência kkkk

Enfim, desculpa os errinhos e tudo mais... BEIJOOOS

Capítulo 3 - 03


Oia - Grécia

Quem será o ser que comanda os caminhos da vida? Quem é este que controla o destino e define os acontecimentos? Se é que tal ser existe, ele é no mínimo sádico, age como um dementador, se alimentando do sofrimento alheio,nos tendo como marionetes exclusivas, as quais vivem a sua mercê. E se tal deus existe e fomos nós feitos a sua imagem e semelhança, não seríamos também, sádicos e dissimulados?

Somos todos miseráveis, pecadores e incoerentes, essa é uma realidade irrevogável. Mas a escuridão só se estabelece quando agimos por conta própria, deixando que o corpo assuma o controle da vida, incluindo o pensar e o agir, deixando a alma em segundo plano, deixando portanto que o mal se sobreponha ao bem. Mas e se, contrariando todos os princípios de Platão, tanto seu corpo quanto sua alma forem rendidos inteiramente a sombriedade? Neste caso, não tens salvação?

Castiel pensava desse modo, tanto sua alma quanto seu corpo estavam completamente submersos nas travas.Sua salvação portanto deveria estar no racional, que tanto foi moldado pelo que dizem ser moralmente correto, tornando-se assim seu ponto de equilíbrio entre o certo e o errado. O moreno estava neste exato momento tentando ao máximo escutar seu lado racional, que dizia desesperadamente para que ele largasse aquela lâmina e fosse dormir, estabelecendo uma guerra interior e exigindo que ele fosse mais forte que si mesmo. E a luta pela preponderância, travada entre estas duas força, o desmoronava por dentro.

Seus pensamentos fluíam livremente enquanto observava seus pulsos, marcados de todas as vezes que quis deixar de existir.Afinal, valeria mesmo a pena viver, só para ver o quanto ele seria capaz de suportar? Por quanto tempo sobreviveria a essa desavença dentro de si mesmo? Testemunhando a morte lenta que é viver e ter tido o infortúnio de nascer, por vontade ou não de um, considerado superior, ser?

Foi tirado de seus pensamentos ao escutar o som do celular, limpando uma lágrima que escorria em seu rosto. Respirou fundo, guardou o objeto afiado na capa do aparelho e finalmente olhou a mensagem.

 

Charlie: Castiel, amanhã tem uma festinha na praia, você podia ir comigo. O que acha?

Castiel: Não sei se é boa idéia.

Charlie: Vamos bebê, vai ser legal, eu garanto que vai gostar. É melhor do que ficar em casa sem nada pra fazer.

 

Pensou por um tempo, talvez realmente fosse divertido, afinal ele havia gostado muito de Charlie, a ruiva que conhecera naquele mesmo dia mais cedo. Era inteligente, bonita e extrovertida, garota franzina de sorriso largo e gosto apurado, típica da Pensilvânia, estava passando as férias na Grécia assim como o mais novo, além de gostar muito de ler, o que para Castiel já eram alguns bons pontos positivos.

 

Castiel: Eu topo ruiva.

Charlie: Você é ótimo! Às oito da noite, nos encontramos no porto. Pode ser?

Castiel: Fechado!

Sorriu olhando para o celular, bloqueando o aparelho e deitando-se, respirou fundo se ajeitando melhor no colchão, não demorou muito para que pegasse no sono, afinal já estava bem tarde.

Castiel afundava cada vez mais, tudo em volta era escuro, mas podia sentir que estava na água, sentia seu corpo imergir como se fosse puxado para o fundo. “Cassie” Ouviu a voz fina gritar, tentou responder mas as palavras não saíram. “Cassie, por favor me ajude.” Sentiu-se desesperado tentando seguir o som da voz tão familiar, mas era impossível, ele só era puxado, mais fundo e mais fundo. “Cassie, por favor me ajuda”. E então sentiu-se parar e aos poucos voltar a superfície, não viu nada além de um sorriso e um par de olhos verdes mas quando aqueles lábios se abriram a voz não era a que se esperava. “A culpa é sua Castiel” foi o que ouviu por fim.

 

Acordou ofegante, suando frio e com os olhos vermelhos. Sentou-se na cama respirando pesadamente, era apenas mais um sonho. Deixou algumas lágrimas escaparem, levou as mãos até a cabeça segurando firme as mechas desgrenhadas, repassando o sonho em sua mente um trilhão de vezes. Porque diabos sonhara com o garoto da balsa? Antes que pudesse cogitar qualquer que fosse a hipótese  o moreno se levantou, abrindo a gaveta e vasculhando entres as roupas até achar suas preciosas pílulas. Tomou duas delas a seco, já que não queria ter que ir até a cozinha. Deitou-se novamente, pegando no sono rapidamente, como já era de se esperar.

 

XXX

 

No dia seguinte permaneceu em casa, não queria ir até o porto, não mesmo. Tentou convencer a si mesmo que só estava cansado ou sei lá, mas no fundo sabia que estava evitando o lindo loiro de olhos verdes. Suas primas não lhe deram sossego, mas surpreendentemente ele não se incomodou tanto, elas até que eram engraçadas.  Faziam milhões de perguntas sobre como era viver na América e se todos aquelas coisas dos filmes eram reais, os bailes da escola, o jogador de futebol popular, as lideres de torcida etc. O moreno apenas assentia e contava como eram as coisas, apesar de nenhuma delas fazer de fato parte do seu contexto de vida.

Castiel não era exatamente do tipo “atlético”, seu esporte preferido era maratona de séries e amava correr com as leituras, ainda mais quando o livro era bom, sendo assim, agradecia a sua genética a qual não o permitia engordar. Se achava muito magro, no entanto tinha um físico bom, ombros largos e definidos, abdômen bem delineado apesar de não muito musculoso. Tal porte se dava por conta das aulas de natação a qual o mesmo fizeram durante anos, parou por realmente não ter nenhum gosto pela atividade, o tempo que fez, fez para auxiliar na asma, quando viu que os ataques já não eram frequentes parou imediatamente.

Por volta das quatro da tarde encontrava-se jogado na cama, lendo um livro o qual tinha pego emprestado com Charlie. Sim, ele acabara de conhecê-la e eles já trocaram livros, esse era um claro sinal de confiança, já que para ele os livros eram seu xodó. Perdia-se na leitura, era realmente muito bom, já ouvira falar na Trilogia de Merlin antes, mas nunca se interessou de fato, até ouvir a ruiva dizer o quanto era bom e como o mais novo só viveria de fato depois que lesse esses livros.

Parou a leitura ao ver a tela do celular, olhou para conferir se era sua mãe mais uma vez, se fosse não faria questão alguma de responder. Vendo que não se tratava da mais velha e sim de Gabriel o moreno deixou o livro de lado para poder responder o amigo.

 

Gabe: Cassie… Como você tá amore mio?

Castiel: Oi Gabe. Eu to ótimo e você?

Gabe:Que bom que respondeu rápido.  Estou devastado, to no chão, chorando em posição fetal. Lúcifer e eu terminamos.

Castiel: Nossa Gabe, isso é péssimo, eu sinto muito. O que houve?

Castiel: Isto é, se quiser falar sobre isso, deve estar muito mal.

Gabe: Claro que quero falar, não estou assim tão mal.

Castiel: Mas acabou de dizer que estava devastado

Gabe: Foi um momento de loucura, eu estou bem.

Gabe: Para falar a verdade eu estou bem até demais, acho que não éramos mesmo feitos um pro outro, era só atração física sabe? E no fim das contas, ele sempre foi um pé no saco.

Castiel: Eu não disse nada porque pensei que você gostasse mesmo dele, mas ele era meio chato mesmo.

Gabe: Quem avisa amigo é. No caso você é falso mesmo.

Castiel: Menos. kkkkkkk

Gabe: E como estão as coisas por aí?

Castiel: Está tudo bem, até que as minhas primas são engraçadas. Fiz uma amiga ontem, ela é da Pensilvânia, veio passar férias aqui, é mais velha que eu, mas mesmo assim é bem legal. Vamos sair juntos hoje.

Gabe: To feliz por você, mas não nego que estou com ciúmes. Não ouse me trocar.

Castiel: Nunca.

 

XXX

 

Já estava quase na hora da festa, Naomi não vira problema em deixar o neto ir, só o advertiu para que não chegasse muito tarde. Castiel tomou um banho antes de vestir-se com uma blusa de frio cinza-escuro, uma jaqueta de couro preta e uma calça preta levemente rasgada nos joelhos, finalizando com um coturno preto já gasto, mas não se importava, isso só deixava com uma cara mais despojada e ele amava, amava também o efeito do capuz cinza para fora da jaqueta. Assustou-se ao ver quanto tempo ficara em frente ao espelhos, pegando um maço de cigarros, colocando no bolso e saindo em direção ao porto, torcendo para ainda se lembrar do caminho.

Assim que chegou viu a ruiva sentada o esperando, se desculpou pelo atraso, envergonhou-se com os elogios e seguiu a mais velha até o local da festa. Era em uma praia que ficava a poucos metros do porto, o lugar parecia ótimo, era literalmente uma espécie de boate montada a beira mar.

Sentia-se a vontade com a garota, riram, beberam e conversaram por quase duas horas seguidas, e apesar de estar bebendo bem menos que a outra, Castiel já se sentia alterado.

-E o que uma Hacker americana faz na Grécia?

-Ah Cassie, sabe como é, eu adoro a paisagem e a história. _ o moreno apenas a olhou com as sobrancelhas erguidas. _ Tá bem, foda-se a história, eu venho pelas gregas. _ riram juntos. _ Por falar nisso, vou ter que pedir licença, se importa de ficar sozinho um minuto? Aquela deusa ali está me olhando desde que chegamos.

 

Mesmo antes do moreno responder Charlie já caminhava em direção a uma linda morena que dançava de forma sensual na pista, olhando para a ruiva de um jeito bem provocante. Castiel riu ao ver a amiga simplesmente chegar e começar a dançar com a outra, gostaria de ser assim tão espontâneo.

Ficou ali por um tempo, acabou de beber sua cerveja e caminhou até um lugar mais afastado, precisava de um cigarro. Escorou-se no balcão, acendeu puxando a fumaça e soltando em um suspiro aliviado.

-Não é muito jovem para fumar? _ uma voz soou atrás de si, fazendo-o paralisar por completo, sabia exatamente quem era.

-Não é muito jovem para dar uma de pai?

-Calma cara, só me importo com o seu bem estar. _ ergueu as mãos em rendição.

-Você não se preocupa com meu bem estar, você nem me conhece. _ revirou os olhos, voltando a olhar para frente, tragando mais uma vez.

-Isso é muito fácil de se resolver. _ o loiro disse dando de ombros. _ Sammy, cuida aqui, eu já volto. _ gritou para um garoto que apenas assentiu.

-O que está fazendo? _ perguntou ao que o mais alto tomou o cigarro de suas mãos apagando a brasa no mármore da bancada.

-Vamos dançar.

-Acho melhor não.

-Anda. _ pegou a mão do moreno levando-o até a pista de dança.

 

Dançavam ao som da música eletrônica, Castiel como sempre, não sabia o que fazer, então supôs que se quebrasse o silêncio seria menos constrangedor.

-Obrigado. _ gritou devido a música alta.

-Mas eu nem fiz nada ainda. _ sorriu safado

-Não. _ sentiu-se corar. _ Obrigado por me salvar, lá no porto. Eu não te agradeci.

-Que isso, como eu disse me preocupo com seu bem estar.

-Como eu disse, a gente nem se conhece.

-Claro que nos conhecemos, você é o Castiel.

-E você é o garoto da balsa.

O loiro sorriu com o pseudônimo, se aproximando do menor, chegando os lábios próximos ao seu ouvido para que ele pudesse ouvir melhor, a música estava realmente muito alta. _ Meu nome é Dean. _ disse roçando os lábios propositalmente no lóbulo do outro.

 

Castiel foi pego de surpresa, não conseguindo evitar um suspiro que saiu de seus lábios, se arrepiando por completo. Aquilo foi a gota d’água para o loiro, que virou o moreno de costas, dançando ao ritmo da nova música, fazendo questão de proporcionar atrito entre os corpos, sem deixar de ter as mãos possessivas sobre a cintura do menor.

O moreno assustou-se com a ação repentina do outro, sendo assim não teve reação de imediato, mas logo rendeu-se aos toques, dançando como podia para tentar acompanhá-lo de alguma forma. Dean era preciso, sabia o que fazia, roçou a ponta de seu nariz na nuca do menor, dando em seguida um beijo leve em seu pescoço, ao mesmo tempo que movimentava o quadril para frente com mais força do que das outras vezes. Castiel gemeu abafado, mordendo os lábios empinou inconscientemente sua bunda contra o outro em busca de mais atrito, sentindo o loiro o virar de frente para si em seguida.

O mais velho atacou o pescoço do outro com mordidas e chupões, adorando marcar aquela pele tão branca ao que escutava os murmúrios do garoto que se encontrava de olhos fechados totalmente entregue. Na concepção de Dean, Castiel era perfeito, ficaria horas só observando o quão misterioso e diferente o mais novo podia ser, depois que o viu pela primeira vez imaginara várias vezes como seria tocá-lo, e agora, o fazia. Não que estivesse apaixonado ou qualquer idiotice assim, mas é que o moreno era fodidamente sexy, adoraria fazê-lo gemer seu nome a noite toda.

Castiel por sua vez não sabia o que estava acontecendo, sentia os lábios macios em sua pele, não conseguindo conter o que saía de seus lábias, tentando concentrar-se em sair dali, afinal, era um completo estranho. Um estranho que salvou sua vida, era fato, mas não deixava de ser errado. Sua mente o dizia para sair dali, mas seu corpo não obedecia aos comandos, sentindo Dean apertar sua cintura de forma bruta, enquanto explorava seu corpo com a outra mão. Sentiu os beijos subirem até o maxilar, Dean arrastou seus dentes por toda a extensão, roçando na barba mal feita, causando ainda mais arrepios em si. Entreabriu os lábios preparado para o que viria a seguir, quando sentiu um solavanco em suas costas e foi puxado para longe.

-Você só pode estar querendo morrer! _ Miguel gritava dando empurrões no loiro.

-Eu não o forcei a nada, ele estava aqui por livre e espontânea vontade. _ Dean respondia também irritado.

-Eu vou acabar com você. _ Miguel o segurou pela gola da blusa, erguendo-o parcialmente no ar.

-Parem com isso! _ Castiel foi até lá ficando entre os dois. _ Mas que porra é essa?

-Castiel, acho melhor você ir para casa. _ disse Miguel da forma mais paciente que podia.  

-Isso boneca, vai para casa, depois continuamos de onde paramos. _ o loiro falou piscando um olho para Castiel e sorrindo malicioso.

 

Na mesma hora Miguel pegou no pescoço do de olhos verdes, tentando ao máximo conter a raiva. Imediatamente Sam saiu de trás do balcão onde estava atendendo as pessoas e se pôs atrás do irmão, assim como mais meia dúzia de caras, todos amigos do loiro. O mais velho respirou fundo, deu as costas e pegou castiel pelo braço, arrastando-lhe para longe dali e de volta para casa.  

Castiel não ousou perguntar ao primo o que houve, não enquanto ele estivesse naquele estado de nervos, mas de fato estava louco para saber que infernos tinha acontecido lá.


Notas Finais


E aí???

Espero mais uma vez que vocês tenham gostado, deixem suas opiniões aí, pra eu ficar ciente do que estão achando.

Beijinhos e até mais.


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