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História Everything is Blue - Destiel - 06


Escrita por: Eva_Z

Notas do Autor


Demorei né? Desculpa

Enfim agora eu to aqui.

Releva os erros e tudo mais e não desiste de mim. kkkkk

Capítulo 6 - 06


Oia - Grécia

Sentia sua cabeça latejar, talvez pelas lágrimas caindo ou pela confusão de problemas perturbando sua mente. Quem dera fosse fácil amar e identificar o verdadeiro amor. Não são todas as pessoas que o encontram no caminho da vida e nas voltas que o mundo dá. E mesmo que o encontrem, como reconhecer algo tão peculiar?

Momentos da noite anterior rodavam em sua mente, sentia vívidas as sensações dos lábios juntos, o calor emanado pelo corpo do loiro cujas mãos possessivas tocavam seu corpo e revivia, acima de tudo, suas juras mudas de amor.

Não queria se deixar levar, não podia se deixar levar. Não devia se entregar, e mesmo que quisesse não conseguia. Sabia que mesmo que por um milagre, cedesse ao fato de que estava de fato apaixonado, não saberia como lidar. Não havia sido feito para amar, caso contrário não teria um coração tão frio, tão desinteressado, auto suficiente, inexpressivo e cinzento.

A única certeza que tinha naquele momento é que Dean fora o mais perto que ele chegara de realmente sentir. Perdeu a noite de sono, repassando cada momento que tiveram juntos, tentando chegar a um consenso com o qual sua consciência estivesse de pleno acordo. Já pela manhã, ainda estava ali, finalmente decidindo que não era justo levar adiante. O loiro era tão bom, correto e feliz, Castiel não se sentia no direito de estragar isso só por prazer, ou amor; que seja.

Sentiu mais uma fisgada forte na cabeça e então tomou coragem para se levantar. Abriu a gaveta, pegou duas de suas pílulas azuis e tomou-as a seco. Deitou-se sentindo o corpo pesar, uma última imagem de Dean sorrindo pintou-se em suas pálpebras já pesadas, ao mesmo tempo em que uma lágrima descia, levando-o ao tão desejado sono.

 

XXX

 

Do outro lado da ilha, Dean conversava com sua prima Jo, que o olhava descrente de que era realmente  ele quem dizia tudo aquilo.

-É o garoto com o olhar mais distante que eu já vi em toda minha vida. Mesmo que esteja sorrindo, parece triste. _ tentava descrever o moreno

-Nossa Dean, eu sinto muito. _ respondia sincera e atenciosa.

-Sente? Mas por que sente? Isso é ótimo! _ ele exclamou

-Como? _ se esforçava para compreender a linha de raciocínio do mais velho

-É por isso que eu estou tão fascinado por ele, você não entende? _ falava como se fosse óbvio. _ Ele vê as coisas de um jeito próprio, faz tudo como quer, não se importa com os outros. Ele é tão diferente.

-Isso é amor Deanno? _ riu debochada.

-Tá mais para admiração. _ respondeu descontraído, não tinha problemas em compartilhar coisas do tipo com a loira. _ Porque além de tudo isso que eu já te disse, o cara ainda é fodidamente lindo.

-Opa, agora eu me interessei mais. _ se ajeitou no sofá. _ De zero a dez em, vamos lá! _ já sabendo das intenções da outra o garoto também acomodou-se melhor sorrindo animado. _ Cabelo?

-9.

-Olhos?

-10.

-Ombros?

-Com certeza 10.

-Pernas?

-7

-Abdômen e quadril?

-ahn… 8 e 10.

-Boca?

-34

-Bunda?

-Pretendo descobrir.

-Sorriso?

Os dois já seguravam os risos que sucediam a brincadeira tão conhecida por ambos, mas a expressão do maior se transformou assim que a última pergunta foi feita.

 

-E-eu não sei direito. _ falava mais para si mesmo do que com a outra, concentrado em um ponto qualquer no chão.

-Bom… _ Jo continuou a fim de quebrar a tensão. _ Fiz os cálculos e é inevitável, você está amando. _ deu ênfase a última palavra, cutucando o primo e caindo na gargalhada em seguida.

Dean a acompanhou nos risos, abraçando-a de maneira carinhosa e brincalhona, mudando de assunto em seguida. Porém na sua cabeça uma palavra ressoava, como um infinito eco que tinha a voz irritante da loira, “AMANDO” era tudo o que ouvia. E torcia internamente para que ela estivesse errada, caso contrário poderia se considerar inegavelmente fodido.

 

XXX

 

Na tarde daquele mesmo dia, o loiro estava jogado sobre o sofá, sem absolutamente nada para fazer. Já que Sam não estava em casa tudo o que lhe sobrara foi cuidar de Adam enquanto seu avô Caim não chegasse e lhe mandasse fazer qualquer coisa relacionada a barcos e peixes.

Pegou o celular abrindo na conversa com Castiel, escreveu uma mensagem, leu, releu, apagou, bloqueou o celular bufando frustrado. Que merda estava acontecendo com ele? Sentou-se respirando fundo e passando a mão pelos fios loiros. Novamente pegou o celular e discou o número de Charlie que não demorou a atender.

*

-Alô, Lie, preciso de ajuda, preciso muito. Você está ocupada? _ perguntou assim que a linha fora atendida.

-Opa Dean, vai com calma. Na verdade estou um pouquinho, mas você parece desesperado. O que foi?

-Eu não sei como dizer isso, é sobre o Castiel, eu não paro de pensar nele.

-Uou! Isso é novo vindo de você. Pensei que fosse só mais um dos seus turistas.

-Eu também. _ sua voz ganhou um tom triste e pensativo. _ Por isso preciso de ajuda.

-Você precisa é chamá-lo para sair. Não para ir a boate, mas sair mesmo, só vocês dois, se conhecendo melhor, só aí terá certeza de que está sentindo alguma coisa.

-Ma-mas, eu não sei fazer isso.

-Não é difícil, só saia com ele e converse, arrume um lugar legal e sossegado. O Castiel é ótimo, você vai ver que é fácil conversar com ele.

-Tudo bem, eu vou. Quando acha melhor?

-Agora!

-Mas, agora?

-Pelo amor de Deus, é claro que é agora, aproveita que o dia tá lindo. Eu preciso ir, não me decepcione em.

*

 

XXX

 

Castiel acordou com seu celular tocando, olhou na tela e se assustou com as milhares de mensagens de Gabriel e as chamadas perdidas de… Dean. Seu coração quase saiu pela boca ao ver o aparelho tocar mais uma vez, com o nome do loiro brilhando no visor. Respirou fundo e atendeu.

*

-Até que enfim você me atendeu em.

-De-desculpe. _ respondeu ainda sonolento e com a voz rouca.

-Tá tudo bem?

-Tá sim…

-Que ótimo, porque vamos sair. Vou te levar em um lugar legal.

-Mas Dean eu...

-Espero que essa frase termine com um “não poderia dizer não.”_ disse ouvindo o moreno bufar do outro lado da linha.

-Em meia hora, no porto.

-Combinado.

-Tudo bem, tchau.

-Cass?_ diz antes que o outro desligue

-Dean?

-Eu amei ontem. _ sua voz era suave e calma

-E-eu tam-também.

 

Castiel desligou o celular o mais rápido que pôde, sentindo seu rosto queimar e um nó formar-se em sua garganta. Merda! Ele havia decidido não levar isso adiante e agora ia encontrar Dean? No que estava pensando?

Ignorando todos os pensamentos e conflitos, ele levantou da cama decidido a ir, talvez fosse melhor dar um fim nas coisas pessoalmente, olhando diretamente para aqueles olhos verdes e…. Deus, estava mesmo perdido.

Já de banho tomado e devidamente vestido, o moreno sai do quarto, seguindo pelo longo corredor, distraído com a manga de seu casaco que teimava em subir, sua atenção só se desviou da peça de roupa ao trombar com algo, ou melhor, alguém. Olhou para cima prendendo a respiração e quase batendo continência ao que viu seu bisavô Julian encarar-lhe com a feição vazia, agora entendia porque sua mãe o chamava de Morte.

-Me-me desculpe. _ falou rápido já se desviando para seguir sua antiga rota

-Onde você vai? _ perguntou, ao menos foi isso o que Castiel conseguiu entender das palavras carregadas de sotaque.

-Eu… Ahn… Vou ao porto. Ler. Isso, vou ler. _ sorriu amarelo, suando frio pelo nervosismo.

-Não vejo livro algum.

-Ahhn… De fato, tá vendo? foi ótimo trombar com você… com o senhor. _ corrigiu. _ eu já ia me esquecendo do livro. Quem é que vai ler sem levar o livro não é? _ dizia já andando em direção ao quarto novamente. _ Que cabeça a minha, deve ser a mudança de continente, afeta… ahhnnn, a circulação.

 

Tudo o que o velho fez foi trocar o peso de uma perna para outro e arquear uma das sobrancelhas, entrando em um dos quartos logo em seguida. Castiel soltou o ar preso nos pulmões assim que o outro saiu de sua vista, sacudindo a cabeça entrou no quarto e pegou o primeiro livro que viu. Passou pelo quarto onde o bisavô estava, levantando o livro e sorrindo, saindo de casa em seguida.

 

XXX
 

Chegou no lugar marcado já ofegante por ter ido o mais depressa que pode, sorte a sua que o loiro o esperava no topo das escadarias. O avistou de longe, sentindo seu coração disparar, pensando no quão ridículo isso soava. Tentou manter a respiração regulada, falhando miseravelmente ao ver o sol de fim de tarde sobre os fios dourados e um sorriso escancarado aparecer no rosto do outro. Dean brilhava, como sempre. Castiel pensou seriamente em dar meia volta e sair correndo, mas provavelmente cairia ou morreria de cansaço assim que chegasse na esquina, maldito sedentarismo.

Repetiu como um mantra na sua mente que tudo ficaria bem, ele se sairia bem e provavelmente até conseguiria dar um basta naquela brincadeira toda. Afinal, esse era mesmo o planejado, mas tinha que ser bem no dia em que Dean estava vestindo uma camiseta de uma de suas bandas preferidas? Talvez se ele fosse um pouco menos encantador as coisas fossem mais fáceis.

Ainda sim estava decidido, não se deixaria levar, de jeito nenhum, ele seria mais forte. No fim das contas era bom estar com Dean, mas depois o sentimento que tinha não era nada agradável.  Gostaria, inclusive, de saber nomear tal sensação, chegou a pensar que talvez fosse falta, mas não era bem isso, e se negava a aceitar que fosse paixão.

Estava tão focado em concentrar-se que acabou por perder a concentração, sendo trago de volta a realidade pela voz aveludada do loiro e um puxão firme em sua cintura.

-Eu já tava com saudades. _ ouviu antes de sentir os lábios juntos.

Dissolvendo qualquer intenção que antes o moreno tivera, o loiro deixou para Castiel apenas uma certeza: ele estava perdido em toda aquela luz. E Dean? Bom, Dean acabara de confirmar a suposição de Jo, por mais que demorasse um tempo ainda para perceber ou admitir.


Notas Finais


Acabo.

Espero que tenham gostado, deixem o comentário com a linda opinião de vocês, e até a próxima.


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