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História Everything Is Different - Capítulo 5


Escrita por: multifandom0514

Capítulo 5 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction Everything Is Different - Capítulo 5

- Disseste que tinhas que me contar umas coisas. – Disse Ukwon e eu lembrei-me da conversa que tivemos antes de irmos jantar. – Lembraste?

- Sim. Tem que ser agora? – Perguntei eu. Tenho que arranjar uma desculpa, acho que não consigo ficar muito tempo com ele aqui, comigo, os dois sozinhos no meu quarto a esta hora da madrugada, ele está sem blusa, eu não sou capaz de me controlar. Tudo bem que ele é meu tio, mas tipo… corpo de Deus. Abanei a cabeça para afastar estes pensamentos e sem querer deixei escapar um riso. “Fudeu”.

- O que aconteceu para te rires? Sei que és um bocadinho maluca, mas acho que não és assim tanto. – Disse Ukwon levantando-se e ficando de frente para mim, enquanto eu estava sentada na cadeira em frente à secretária.

- Não foi nada, apenas me lembrei de uma coisa engraçada que aconteceu.

Fiquei algum tempo calada, à espera que ele dissesse alguma coisa. Confesso que estou envergonhada, sinceramente não gosto de me sentir assim, ele é o único que é capaz de fazer com que eu me sinta assim. Por um lado gosto da sensação, mas por outro lado não gosto porque sinto que ele tem um certo controlo sobre as minhas emoções e provavelmente também sobre a minha forma de agir.

- Por onde queres começar a conversa que íamos ter? – Perguntou Ukwon sentando-se na ponta da cama.

- Ah… - Disse eu tentando lembrar-me do assunto pelo qual ele tinha ido ao meu quarto àquela hora, quando toda a gente já está a dormir. O facto de ele estar sem blusa incomoda-me porque não me consigo concentrar o suficiente nas coisas que quero dizer. Fechei os olhos e virei-me de frente para o ecrã do computador. Não posso ficar a olhar para ele sem ele estar com blusa, é um facto.

- S/n… está tudo bem? – A forma como ele disse o meu nome… a maneira como falou… fechei os olhos para não pensar em nada que fosse menos próprio e tentei concentrar-me no que dizer.

- Então… eu vou ser direta. – Disse eu fixando o meu olhar no jogo. – A Minah traiu o Zico com o Jaehyo, e eu nasci. Pelo que ela me disse, eles têm poucos meses de diferença e assim, e cresceram juntos e apaixonaram-se, só que lembraram-se que apesar de serem da mesma idade, são tio e sobrinha, portanto a Minah afastou-se, conheceu o Zico, apaixonou-se e tiveram dois filhos, o Taeil e o Kyung. Anos mais tarde ela voltou a encontrar o Jaehyo, o amor que tinha por ele voltou e ela traiu o Zico com o próprio tio.

- Quê? Calma… como assim isso aconteceu? Uau…

- Pois. Agora entendes o porquê de eu ser assim com ela e com o Jaehyo.

- Sim… de facto tens motivos… mas mesmo assim… a minha irmã não deixa de ser tua mãe apenas porque cometeu um erro.

- Um erro? Tio, tu estás a falar de mim… por causa do que ela fez, eu nasci… nasceu um erro. É isso que queres dizer? – Perguntei eu. Senti os meus olhos ficarem molhados. Merda, eu não posso chorar agora… não na frente dele…

- S/n… desculpa, eu… não queria dizer isto desta forma… e… por favor… não me chames tio… faz-me um bocado de impressão… especialmente por causa da forma como nos conhecemos.

- O que é que tem? – Perguntei eu, de forma rude, olhando para ele. – Tu és meu tio, nenhum de nós pode alterar isso. E eu não vou ser como a minha mãe… eu não me vou envolver com o meu próprio tio de forma alguma… mesmo que o sentimento que tenha seja mais forte do que aquilo que eu alguma vez senti em toda a minha vida.

- É isso que sentes por mim? Um sentimento que é mais forte do que aquilo tudo que já sentiste em toda a tua vida?

Enquanto me perguntava estas coisas, ele aproximou-se de mim, talvez demasiado até…

Ukwon olhou-me de uma forma exorbitante e eu retribui e enquanto o observava, pude reparar nas suas pupilar a dilatarem-se e os pelos do seu braço a eriçarem-se. Conseguia sentir o meu corpo a deixar de reagir de acordo com a minha mente e tive necessidade de morder o lábio inferior como se fosse um impulso para voltar à realidade. Ele aproximou-se ainda mais de mim, as costas da sua mão acariciaram as minhas bochechas de forma carinhosa, e eu fechei os olhos como se fosse algo automático. Senti os seus dedos a passarem pelas minhas pálpebras, descendo até aos meus lábios e quando abri os meus olhos, o seu rosto estava a apenas poucos centímetros do meu. Conseguia sentir a respiração quente dele na minha cara. Levantei-me da cadeira à pressa para me afastar dele, mexi no cabelo e passei as mãos pela cara numa tentativa completamente falhada de me tentar acalmar.

- Acho que é melhor parar… - Disse eu ainda tentando recuperar do seu toque no meu rosto e do seu hálito na minha face. Ukwon aproximou-se novamente de mim, com bastante calma, sorriu um pouco e pegou-me na cintura.

- Shhh… - Disse ele num tom de voz bastante baixo. Eu ia responder, mas não tive tempo porque os seus lábios se colaram aos meus de uma forma gentil e carinhosa. A sua língua explorava o interior da minha boca, os seus dedos emaranhavam-se nos meus fios de cabelo de forma a termos mais contacto físico, e as minhas mãos caminhavam até ao seu peito descoberto, onde pude sentir o calor da sua pele através dos meus dedos. Tive um choque de realidade nesse momento e afastei-o de mim.

- Nós não podemos… - Disse eu. Sentei-me de novo na cadeira em frente ao computador e pus um dos meus fones de forma a tentar concentrar-me na música que estava a dar.

- Podemos… - Disse Ukwon. Senti as suas mãos nos meus ombros, mas não fiz nada que o fizesse parar. – Eu sei que sentiste o mesmo que eu… tu querias aquilo…

- Eu não posso Ukwon! – Disse eu virando-me para trás, para o encarar. – Por mais que possa querer, eu não posso. Nós não vamos ter nada um com o outro, este beijo foi um erro, nunca devia ter acontecido.

- Não digas isso S/n…

- Mas é a verdade, não é ético aquilo que acabou de acontecer.

- Ambos queríamos… e ainda queremos.

- Não interessa o que eu quero. Simplesmente… não… e por favor tio… sai do meu quarto…

- S/n…

- Por favor… - Disse eu. O meu tom de voz foi igual ao de alguém que está a suplicar por alguma coisa. Ukwon olhou para mim, baixou a cabeça e ficou quieto durante breves segundos. De seguida aproximou-se de mim, desviou-me um cabelo que eu tinha na cara e beijou-me a bochecha. Este momento parecia ter parado, aconteceu da forma mais lenta possível. Ele separou os seus lábios da minha bochecha e saiu do meu quarto.

Desliguei o computador e fui sentar-me na cama. Pensei em tudo o que tinha acabado de acontecer, eu contei-lhe a verdade sobre a minha mãe e depois eu e ele beijámo-nos. Gostava de entender como é que passámos de um assunto sério para algo que não devia ter acontecido. No entanto, ele tem razão, eu queria e ainda quero. Não quero tornar-me na minha mãe, não me quero envolver com o meu tio… não o posso fazer… é errado. Tudo isto é errado… pensando bem… até eu sou um erro… alguém que nasceu de uma traição, algo que não era suposto acontecer… o Taeil tem razão… ele também diz que eu sou um erro, ele odeia-me porque eu sou a prova vida que a mãe traiu o Zico… apesar do Kyung ser simpático comigo, eu sei que ele também acha que tudo isto é errado, eu sei que ele também me considera uma prova da traição da mãe, mas em vez de descarregar em cima de mim, simplesmente afastou-se da nossa mãe. Acho que mesmo assim ele está a ser mais correto que o Taeil… afinal de tudo eu não fiz nada de mal… nem sequer pedi para nascer… muito menos de uma traição. E depois aparece o Ukwon e faz com que todos os meus problemas pareçam desaparecer… mas depois descubro que ele é meu tio. Sem saber como, adormeci com todas estas coisas na minha cabeça.

Tendo em conta que é sábado, acordei bastante cedo. São 7:15 da manhã neste momento. Agarrei no telemóvel para ver se tinha alguma mensagem e… bingo! Uma mensagem do B-bomb a dizer que às 8:20 está na praia para irmos apanhar umas ondas. Eu faço surf há algum tempo, a minha mãe sempre foi contra isso, mas eu deixei de me preocupar com o que ela acha assim que descobri toda a verdade. Talvez eu esteja a ser infantil, mas não consigo lidar com tanta coisa. Para isso, preciso de distrações e o B-bomb é a melhor pessoa que eu conheço quando alguém se quer distrair. Levantei-me da cama, fiz a minha higiene, vesti o biquíni, e por cima disso uns calções pretos e uma blusa simples, branca de manga curta. Meti as coisas que precisava numa mochila e quando ia a sair do quarto recebi uma mensagem. Era Chani a pedir para se encontrar comigo. Eu respondi que ia para a praia e ele disse que daqui a 15 minutos estava lá. De facto estou curiosa para saber o que ele tem para me dizer. A minha prancha ficava num armazém, ao pé da praia, junto à prancha de B-bomb e também de outros surfistas, portanto quando lá chegasse ia busca-la e ficava sentada na areia à espera de Chani. Saí do quarto e quando ia a descer as escadas ouvi vozes. Fiz pouco barulho e tentei ouvir a conversa. Mais uma vez, era a minha mãe com o Jaehyo. Pergunto-me o que ele faz aqui em casa a uma hora destas, mas enfim, acho que já nada me surpreende. Ouvi uma porta atrás de mim e virei-me. Vi Ukwon a olhar para mim com cara de quem tinha acabado de acordar.

- Bom dia S/n. – Disse ele. O seu tom de voz era triste.

- Bom dia Ukw… quer dizer… bom dia tio. – Disse eu. Ele pareceu ficar feliz quando eu quase o tratei pelo nome, no entanto, essa felicidade desapareceu assim que eu disse “tio”. Desci as escadas e quando passei pela sala vi a minha mãe a beijar Jaehyo. Não sei o que senti naquela altura, foi algo estranho, mas não me apetecia chatear com nada a esta hora. Simplesmente passei por eles sem dizer nada e saí de casa. Fui à garagem buscar a minha bicicleta e quando ia a sair, a minha mãe estava à porta de casa com cara de preocupada.

- Filha, eu… - Ela começou a falar mas eu interrompia-a.

- Não quero saber de nada agora, nem vou dizer nada em relação ao que vi, faz o que quiseres.

Foi a única coisa que eu disse antes de sair dali rapidamente com a bicicleta. Como é que ela é capaz de andar aos beijos com o tio na nossa casa? É preciso lata, de facto…

Todos os meus pensamentos desapareceram assim que senti o cheiro a mar, dava-me bastante calma e eu sentia-me bem. Fui buscar a prancha e dirigi-me à areia. Tirei a minha roupa e fiquei apenas com o biquíni. Sentei-me em cima da prancha a olhar o mar e minutos depois senti a presença de alguém a meu lado.

- Bom dia! – Disse Chani com um tom de voz animado.

- Bom dia! – Disse eu sorrindo para ele. – Então o que querias falar comigo?

- É sobre a tua mãe… e o Jaehyo…

- Ah… por falar nisso… achei muito bom a atitude que o Jaehyo teve ao adotar-te. – Disse eu ainda sorrindo.

- É mesmo sobre isso que eu quero falar contigo, há algo que tens que saber.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!


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