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História Everything starts in Paris - Corra os riscos


Escrita por: IamCamz

Notas do Autor


Oi, gente! <3

Voltei
Desculpem por não postar o capítulo tão rápido dessa vez. Eu não tava tendo tempo pra escrever no meio da semana, tô tão cheia de provas, estudando igual uma loucaaaaaa.
Mas aqui estou eu com mais um capítulo fofinho pra quem shippa Merry hajahashahsa

Leiam as notas finais depois, vou falar algumas coisas <3
Boa leitura!

Capítulo 18 - Corra os riscos


Fanfic / Fanfiction Everything starts in Paris - Corra os riscos

   Os dias voaram depois daquele domingo.  

   Nesses últimos dias, eu e Harry estávamos mais próximos como nunca, junto de Alicia e Liam. Tínhamos virado um quarteto inseparável. Liam sempre brincava dizendo que éramos o Quarteto Fantástico, fazendo assim Alicia e eu sempre brigarmos para ver quem iria ser a Mulher Invisível. E a forma mais civilizada e madura a qual podíamos resolver isso era no Par ou Ímpar. 

   No fim, era como se não estivéssemos vendo o tempo passar. Se bem que um dos fatores provavelmente foi devido à época de provas. Nas épocas de prova eu passava um tempo consideravelmente maior estudando, porque queria ter a certeza de que não esqueceria tudo na hora das avaliações – coisa que era bem a minha cara. Minha cabeça estava com um turbilhão de coisas nos últimos dias, e às vezes eu podia jurar que ela iria explodir. 

   Ontem eu havia ido dormir tarde pois fiquei até de madrugada conversando com Harry. No fim, eu não havia tido nem cinco horas de sono. Quando dou por mim, minha mãe já estava gritando pelo meu nome. 

    – Melissa! – ela acende a luz do quarto e eu cubro a minha cabeça com o travesseiro – Acorde, querida. Você está atrasada.  

   Eu resmungo.  

   – Mãe?  

   – Sim?   

   – Se eu faltar da aula hoje, ainda vou ter um futuro promissor?  

   – Creio que não Mel, sinto muito. Os seus dias como estilista estarão contados se a senhorita faltar hoje. – ela diz com certa ironia. Quase posso vê-la revirando os olhos. 

   – Droga de sociedade. 

   – Vamos, se levante. Ah, e coma alguma coisa antes de sair, por favor! – ouço a porta bater e abro os meus olhos devagar por causa da luz. 

   Merda, sussurro para mim mesma. 

   Depois que visto minha calça jeans e minha camiseta dos Rolling Stones, passo um pouco de corretivo abaixo dos olhos e vou andando saltitante até a cozinha. Meu pai está na cozinha comendo waffles enquanto minha mãe estava em algum lugar pela casa.  

   – Bom dia, pai. – dou um beijinho em sua bochecha e pego um cookie que estava no pote em cima da mesa da cozinha. 

    – Bom dia, Mel. – ele responde, estranhando um pouco a minha alegria momentâneo em plena manhã.  

    – Como vão as coisas no trabalho? – eu pergunto, me sentando à mesa com ele.  

   Ele desvia a atenção de seu waffle para mim, colocando a mão no queixo. Meu pai era jornalista e trabalhava como editor-chefe de uma revista famosa aqui de Nova York.  

    – Tudo ótimo! – ele responde, olhando em seu relógio de pulso – Oh, falando nisso, eu já vou indo. Daqui a pouco terei uma reunião importante. – ele diz enquanto se levantava da cadeira e pegava suas coisas que estavam em cima do balcão. 

    – Eu também já estava indo. – digo, me levantando em seguida – Vou acompanhar o senhor até lá em baixo. 

    – Ótimo. – ele sorri – Tem certeza de que não quer uma carona? – ele diz esperançoso. Meu pai ainda estava se acostumado com a ideia de que ele não me levava mais para a escola como quando eu era mais nova.  

    – Absoluta, pai. – eu sorrio também ao vê-lo me perguntar isso pela milésima vez – A Alicia já deve estar lá em baixo há tempos. E ela odeia atrasos. 

   Ele ri e nós nos despedimos de minha mãe. Entramos no elevador juntos e ele comenta algo sobre política, mas eu não presto muita atenção, pois estava muito preocupada em escolher o lugar em que eu enfiaria a minha cabeça no momento seguinte. Quando o elevador se abre, minha atenção é tomada pelo carro preto estacionado que me era tão familiar agora, assim como a pessoa que me esperava encostado no veículo, que olhava distraidamente – e charmosamente – para o chão. 

   Harry?  

   Quando nossos olhares finalmente se encontram, eu o olho com uma cara de “que porra você tá fazendo aqui?” misturado com “justo agora?”, mas Harry balança a cabeça negativamente como se não estivesse entendendo o que eu estava querendo dizer. Droga! Eu detestava quando ele não entendia a minha linguagem de olhares.  

    – Onde está a Alicia, filha? Ela ainda não chegou? – meu pai me pergunta olhando para os lados, ao chegarmos na calçada do meu prédio. 

   Eu encaro-o encostado em seu carro a alguns metros de nós, por um instante: estava tentando segurar a risada, assim como eu. Ele faz gestos com as mãos, como se dissesse que me explicava tudo depois. Assim, ele se aproxima lentamente e toca o meu ombro, dando um sorriso gentil. 

    – Oi, Melissa. Acho que eu vou ser sua carona hoje. – ele diz olhando em meus olhos e meu coração dá um pulo. Meu pai se vira para encará-lo, com uma expressão confusa: 

    – Desculpa? 

   Ah, não. Isso não está acontecendo. 

    – Ah, desculpe, eu fui rude. – Harry balança a cabeça negativamente como se estivesse repreendendo a si mesmo e depois estende a mão para o meu pai – Eu sou Harry, amigo da Melissa. A Alicia não pôde vir hoje, então eu passei pra dar uma carona. Espero não ter atrapalhado. – ele diz daquele seu jeito polido e educado que sempre usa perto de pessoas mais velhas.  

   Eu sabia que aquela não era totalmente a verdade. Eu apostava que me dar carona havia sido ideia de Harry. É bem a cada dele. 

    – Ah. Compreendo. – foi o que meu pai disse depois de cumprimentá-lo – Prazer. 

   Meu pai olha-o de cima a baixo por alguns segundos, como se o analisasse. Eu podia sentir o meu rosto fervendo por causa daquela situação constrangedora, e a única coisa que eu queria naquele momento era que uma nave alienígena viesse me abduzir e me levar para bem longe. 

    – Ok, sem problemas, Harry! – eu corto aquele silêncio incômodo enquanto sorria amarelo para meu pai – Bom, acho melhor irmos logo se não quisermos nos atrasar. Tchau, pai! – eu me despeço com um beijinho no rosto e entro no carro antes que dê tempo de ele falar algo. Ele apenas pisca freneticamente várias vezes como se estivesse assimilando aquela situação que para ele parecia tão nova.  

   Sim, pai, eu saio com garotos. 

   – Tchau, filha. – ele diz e depois inclina a cabeça para encarar Harry, que agora estava ao meu lado no carro – E... Tchau, Harry. Foi um... Prazer conhecê-lo. – ele respira fundo, pronto para se virar e ir embora, mas parece se lembrar de algo: – Ah, e dirijam com cuidado, crianças! Nunca ultrapassam o limite de velocidade e nem os... 

   – ...sinais vermelhos. – eu completo. 

   Harry me olha de cara feia, como se estivesse me repreendendo. Depois volta a encarar meu pai. 

   – Claro. Não se preocupe, Sr. Kingston, irei dirigir com cuidado. – Harry liga o carro e dá um breve aceno com a mão – Até mais! 

   Harry pisa no acelerador e eu vejo meu pai ficando para trás rapidamente. 

   – Ok, nesse exato momento o seu pai deve estar desejando a minha morte bem lenta. – Harry se arrepia e eu rio. 

   – Ah, Harry! Meu pai gostou de você. – minto. 

   – Eu me apresentei como “amigo da Melissa”. E estou levando a filha dele para o colégio.  

   – Ok. Não gostou. 

   – Eu sou um homem morto. 

   – Ele vai superar. Está tentando superar até hoje a ideia de não me levar mais para escola. 

    – Pais nunca superam que suas filhas beijam outros caras. 

   – Combinado. Lembra? – eu o olho de cara feia e ele ri. 

   – Eu estou brincando, Mel.  

   Sorrio internamente ao vê-lo me chamar pelo apelido.  

   – A pergunta é: por que você é tão certinho perto de pessoas acima de trinta anos de idade? – eu levanto uma sobrancelha. 

   – Eu só tento causar uma boa impressão. – dá de ombros. 

   – E meus pais estão incluídos na lista? 

   – A sua mãe já me conhece. – diz, despreocupado – E agora o seu pai é o primeiro da lista. 

   Tento não pensar no que Harry quis dizer com essa frase. 

   – O seu jeito de falar perto deles me dá vontade de rir. 

   – Por quê? – ele ri – Esse “meu jeito de falar” é como eu falo com a minha família normalmente, sabia? 

   Eu me viro para encará-lo. 

  – O que... Você fala com seus pais assim? – pergunto um pouco surpresa e ele balança a cabeça afirmativamente – Tipo, “me dê a honra de acompanhá-la até a sala de jantar, querida mamãe?” 

   Nós dois rimos e ele me dá um empurrão no ombro.  

   – Não é engraçado, tá? – ele diz – É, talvez seja um pouco. Mas isso acontece apenas quando estamos com pessoas ao redor. Conselheiros. Guardas. Público. 

   – Ah. Sempre. 

   – Hm... É. 

   Eu mudei de ideia, aquilo não era engraçado. Era triste.  

    – Harry, esse não é o caminho para o colégio.  

   Harry havia virado duas quadras antes da onde teria de virar para chegar ao New York High School. Agora estávamos em uma ruazinha cheia de pequenos comércios. 

    – Eu sei. Mas eu ‘tô morrendo de sono. – Harry boceja, automaticamente me fazendo bocejar também. Maldito reflexo – Vou passar para comprar um café para a gente.  

    – Eu agradeceria. Ninguém mandou ficarmos conversando até de madrugada. – digo com ar de reprovação. 

   – Ei, estávamos falando de coisa séria! – ele defende, visivelmente ofendido. 

   – Você me ligou pra falar do episódio novo de Game of Thrones, Harry! – acuso – E eu não gosto de Game of Thrones! 

   – Você não gosta porque nunca assistiu! – ele revira os olhos. 

   Cruzo os braços. Aquela discussão era ridícula e não levaria a lugar nenhum. 

   – Vem, chegamos. – Vejo ele estacionar o carro em frente a um pequeno estabelecimento de nome “Maille’s Coffee” 

   Parecia algo como uma cafeteria de estilo rústico. A porta era de madeira e havia algumas plantas em volta da entrada do lugar, parecidas com aquelas plantas trepadeiras. Quando desço do carro, vejo uma placa na frente escrito ABERTO. Eu esperava que fôssemos em algum Starbucks como sempre costumávamos ir, mas eu realmente gostei do estilo do lugar. Parecia calmo e aconchegante, como se ali o tempo tivesse parado no século XIX.  

   – Eu gostei daqui. – sussurro em seu ouvido ao entrarmos na cafeteria. Ele sorri como se já esperasse isso vindo de mim. 

   – Eu sabia que gostaria. Pena que temos pouco tempo. – dá um suspiro frustrado, enquanto se dirigia até o balcão principal – Vem, vamos ser rápidos. O Liam e a Alicia devem estar soltando fogo pelas narinas neste exato momento por estarmos demorando.  

   – Tudo bem. 

   – Ah...! – parece se lembrar de algo. 

   – O quê? 

   – Eu pago. – ele pisca para mim e pede dois cafés expressos.  

   Reviro os olhos. Harry definitivamente não tinha jeito. 

[...] 

   As aulas foram normais. Um pouco cansativas por causa das provas, mas o lado bom era que tinham sido as últimas desse período. Todos agora estavam em ritmo de comemoração, inclusive eu. 

   Quer dizer, todos tirando quem havia tirado notas baixas.  

   – Meu Deus! Eu não acredito! – Alicia grita se aproximando de mim, Harry e Liam, que estávamos conversando no corredor após o término da última aula. 

   A cara de Alicia era de desespero misturado com ansiedade, como se ela tivesse acabado de ver um fantasma.  

   – O que aconteceu? – Harry pergunta preocupado. 

   – Alicia, não me diga que... – eu começo a dizer, um pouco hesitante em terminar. 

   – Tem a ver com... Geometria? – Liam franze o cenho. 

   Todos estávamos pensando a mesma coisa, mas ninguém queria ser o primeiro a dizer isso em voz alta. Alicia tinha tirado notas baixas em geometria de novo.  

   – Tem sim.  

   Merda. 

   – Mas... – ela dá um sorriso de orelha a orelha – Dessa vez é porque eu fui com 9,0 na média! VOCÊS TÊM NOÇÃO DO QUE É 9,0 EM GEOMETRIA? – ela grita empolgada e nós três soltamos um suspiro de alívio antes de comemorarmos com ela. 

   – Parabéns, Ali! – eu parabenizo – Até que enfim você tomou jeito. 

   – Bom, na verdade eu devo 90% dos créditos ao Liam por ter me ajudado a estudar. – ela olha de soslaio para Liam, que sorria orgulhoso. 

   – Eu não fiz quase nada. Você mereceu essa nota por ter se esforçado. – Liam sendo Liam. Tão modesto. 

   Mas não era para menos, Liam era dono de uma impressionante inteligência. Além de ser o mais maduro entre nós quatro. 

   – Isso merece uma comemoração, não acham? – Alicia diz, o sorriso ainda estampado em seu rosto. Oh, não. Eu conhecia esse sorriso. 

   – O que você sugere? – Liam pergunta curioso. 

   – Hm... Vamos sair pra dançar. O que acham? 

   Eu, Harry e Liam entreolhamo-nos. 

    – Festas noturnas? Alicia. – Harry começa – Você sabe que nós não... 

    – Temos idade para entrar. Sim, eu sei. – o sorriso de Alicia se alarga ainda mais ao ver a minha cara de “Alicia, não”. Os garotos à nossa frente a olhava como se não entendessem aonde ela estava querendo chegar – Mas não se preocupem. Eu dou um jeito. 

   – Alicia, não. Não. Da última vez que fizemos isso não terminou nada bem, e você sabe disso. – eu cruzo os braços, de cara fechada. 

   – Eu ouvi direito? – Liam diz, me encarando surpreso. – Última vez?  

   – Esperem aí. Quer dizer que vocês duas... – Harry ri sem humor, tão surpreso quanto Liam. Ah, qual é? É tão difícil de acreditar? – Deus! Como é que conseguiram entrar? Quer dizer, os seguranças pedem os documentos na entrada, certo? E a idade mínima é vinte e um, coisa que vocês não têm. 

   Eu e Alicia demos um sorriso cúmplice. 

   – Exatamente. – dizemos em uníssono. 

   – Eu não entendi. – Liam nos olha como se esperasse respostas. 

   – Era meu aniversário, algumas semanas antes de viajar para Paris. – dou uma rápida olhada para Harry – Nós decidimos comemorar, e então a Alicia deu a ideia de irmos em algum pub. No começo eu não queria, mas depois de um tempo eu disse para mim mesma “ah, quer saber? Dane-se. É meu aniversário.” E... Foi assim que conseguimos entrar com os documentos falsos que a Alicia conseguiu. – eu revelo com certa vergonha na voz. Ela, pelo contrário, sorria com ar de superioridade. 

   Harry estava tão boquiaberto como Liam. Ok, era realmente difícil de acreditar que nós éramos duas foras da lei. 

   – Não se atreva a contar a segunda parte. – ela me repreende enquanto cerrava os olhos em minha direção. 

   – Aquilo foi burrice. – eu provoco. 

   – Várias pessoas fazem isso. E fala sério, você se divertiu! 

   – Contem logo! Eu estou curioso! – Harry dizia ansioso. 

   – Melissa, não.  

   – Nós fomos pegas. – eu digo de uma vez. Os dois olhos se arregalam ainda mais em nossa direção como se eu estivesse acabado de dizer que havíamos matado alguém – Na verdade, já era madrugada e estávamos para ir embora. Porém, alguém escutou eu e Alicia conversando sobre as identidades falsas e acabou nos denunciando para os seguranças. – dou de ombros – Nunca soubemos quem foi. 

   – Vocês foram presas? – Liam exclama. 

   – Não! – eu digo rapidamente – Quer dizer, foi por pouco. Graças aos pais da Alicia, que são advogados influentes e conseguiram nos tirar de lá sem precisar manchar nosso nome.  

   – Aquele foi o dia que eu vi a morte de perto. – Alicia faz uma careta ao se lembrar da bronca que levou. 

   – Pois é. – concordo. 

   – Fomos imprudentes. Tudo daria certo se nós duas tivéssemos tomado mais cuidado.  

   – Exato. 

   – Tomaremos mais cuidado dessa vez.   

   – Sim, clar... Espera, o quê? 

   Oh, Deus. Alicia ainda não havia mudado de ideia.  

   – Parece ser divertido. – Harry se pronuncia de repente e todos os olhares de voltam para ele. Principalmente eu e Liam, que o olhávamos com cara de “tá maluco? Você não pode se meter em confusão, Styles!” – Não me olhem desse jeito. Eu gosto de adrenalina. 

   Adrenalina? E se o pai dele descobrir que o filho andou quebrando algumas leis nos Estados Unidos?  

   – Combinado, então. Nós vamos na sexta, antes que esses dois aí – aponta para mim e para Liam – mudem de ideia. 

   Desde quando Alicia decide as coisas por mim? 

   – Mas eu nem disse nada! – eu me defendo, levantando as mãos. 

   – E eu ainda acho arriscado. – Liam cruza os braços, tentando não demonstrar o quanto estava contrariado e preocupado com a situação. 

   Nem parecia aquele cara que nos ajudou a entrar em um show sem ter que passar pela fila. 

   – Liam... – Harry coloca o braço em volta de seu pescoço – É uma comemoração justa. A Alicia conseguiu a melhor nota dela em geometria por sua causa, cara! 

   – Exatamente! E pense que vai ser a estreia oficial de vocês em Nova York! – Alicia completa – Não vamos nos meter em confusão. Vai ser rápido, prometo que não iremos ficar por muito tempo. Por favor?  

   Harry faz biquinho e junta suas mãos, fazendo Liam revirar os olhos. 

   – Antes das duas?  

   – Fechado. – Harry vibra por um instante, até seu olhar cair sobre mim. 

   Ok, agora todos estavam olhando para mim. Que injusto! Era óbvio que eu definitivamente não tinha chance. 

   – São três contra um? – eu torço o nariz para eles, que balançam a cabeça afirmativamente com um sorriso travesso no rosto – Acho que não tenho chances. Tá, eu vou. 

   Os três à minha frente gritam tão alto que fazem algumas pessoas da escola olharem para nós assustadas. 

   – Uhul! – Alicia pula em cima de mim, fazendo eu me desequilibrar por um instante – Eu sempre soube que tinha um espírito aventureiro bem aí no fundo do seu ser, Melissa Kingston! – ela coloca o dedo indicador no meu peito e eu dou risada – Sexta à noite. Vai ser a melhor Comemoração de Notas Altas em Geometria de todos os tempos. 

   Talvez Alicia esteja certa com o “vai ser divertido”, já que agora a empolgação começava a crescer em meu peito. E talvez seja bom eu usar o meu espírito aventureiro por um tempo. É o mesmo espírito que eu usei quando saí de madrugada com Harry Styles há algumas semanas atrás, e eu realmente me senti viva com ele.  

   Por que não? 

   Quando saio de meus devaneios, posso ver Harry à minha frente com um olhar diferente do que estava a minutos atrás. Ele olhava para o chão com o maxilar travado, enquanto passava a mão pelo cabelo repetidas vezes. Ele estava nervoso, e eu podia ter quase certeza do porquê.  

   E se seu pai descobrisse, o que aconteceria? Harry teria que voltar para seu país? Pior, e se formos pegos e eles descobrirem quem Harry realmente é? Não tinha como sabermos, ele teria que correr o risco para saber. E ele queria correr riscos, esse seu desejo de sair por aí mundo à fora era tão visível quanto a minha paixão por fotografar. Com tudo o que Harry tem que se submeter contra a sua vontade, ele merecia poder fazer o que deseja pelo menos uma vez. E correr riscos era um deles. 

   Pego minha câmera em minha mochila e tiro uma foto do garoto distraído à minha frente. Ele sai do transe e olha para mim com um sorriso fraco. 

   – Melissa! Se continuar tirando fotos de mim, daqui a pouco vai ter um álbum apenas com fotos minhas. 

   – Droga, não era para você descobrir os meus planos. – digo com ironia e ele dá risada – É que você estava distraído, então resolvi tirar uma foto. 

   – Para guardar de lembrança como eu fico quando estou preocupado? – ele brinca. 

   – Não. – eu digo enquanto virava minha câmera em sua direção, mostrando-lhe a foto – É pra você se lembrar de que não precisa ficar preocupado enquanto está conosco. – tento levantar o seu astral – Vamos nos divertir. Nós quatro. 

   – E se tudo der errado? E se eu estragar tudo?  

   – Não pense nisso. Bancar a adulta madura e pensar nas consequências é o meu papel. Você gosta de adrenalina, não gosta? – pergunto. 

    O sorriso em seu rosto denuncia que sim, ele gostava da sensação de adrenalina. 

   – Então corra o risco, Styles. – eu digo em tom baixo – O seu pai está na Europa. Não pense nas consequências. Nós vamos nos divertir! – digo tão animada que nem parecia eu. 

   – Promete? – ele pergunta, estendendo a mão para mim.  

   Eu entrelaço nossas mãos. 

   – Prometo.


Notas Finais


eu primeiramente queria começar isso aqui agradecendo do fundo do me coração por todos os comentários da história. vocês não têm noção do quanto isso me deixa feliz, SÉRIO, OBRIGADA! <3 principalmente do capítulo anterior!!!!! meu Deus, eu fiquei tão feliz com o resultado daquele capítulo. ele é o meu xodó <3

Enfim, o que acharam?
O que acham que vai acontecer nessa festa? rs

muitos xxxx
Camila


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