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História Evolução - Capítulo 13


Escrita por: Naryan

Notas do Autor


Oi gente linda que acompanha, terão de me perdoar, prometi batalhas no capítulo passado e nesse ainda não tem, mas foi porque precisei explicar e mostrar muitas coisas, mas... Espero que tenha ficado bom. A partir daqui a fic ganhou forma e vida própria kkkkk, nem eu sei bem o que vai acontecer, pois não esperava mesmo algumas coisas, mas espero que gostem.
Aproveitem a leitura.

Capítulo 13 - Capítulo 13


 

Gohan decidira que seria melhor irem apenas dali uns dois dias, e começaram a fazer os ajustes na nave que estava danificada pela retirada das cadeiras,e apesar dos esforços o concerto não era tão simples, ainda mais sem Bulma.  A rainha fornecera gentilmente 4 câmaras de regeneração e muitos equipamentos médicos, além de alguns equipamentos para melhorar a nave deles no futuro, em cápsulas. O castelo estava agitado, não achavam nenhum dos três desaparecidos, acreditavam em sequestro, e os ânimos haviam pesado muito. Na parte da tarde Bra estava em frente ao lago na floresta do castelo, ela lembrava de lá, já fora levada pelo pai várias vezes. Ela tocou no pescoço dolorido tristemente, não chorou, talvez as lágrimas houvessem acabado. Ela olhava serenamente para a água quando sentiu uma energia familiar se aproximar e sorriu.

            -           Alguns dias em coma e eu terei de te ensinar a esconder sua energia príncipe?

            -           Eu não tentei esconder princesa. – disse Trunks rindo e sentando-se ao lado da irmã observando-a, ele tinha os mesmos olhos azuis, mas era a cara do pai. Suspirou colocando o braço em volta dos ombros da irmã aconchegando-a em um abraço – Estão todos preocupados com você Bra. – ela o olhou de soslaio e bufou irritada.

            -           Eu entendo, mas sabe Trunks, se não fosse o detalhe do meu pai ter tentado me matar na frente de todos, meu irmão e amigos terem estado todos de uma vez a beira da morte, minha mãe ter sido sequestrada e meu namoro estar ruindo eu acho que estaria um pouco melhor. Ah sim, nossa realidade catastrófica no futuro também atrapalha um pouco meu estado de espírito.

            -           É, ter uma versão feminina do papai como irmã nem sempre é fácil. Precisa de todo esse sarcasmo? – perguntou ele dando um suspiro cansado.

            -           Desculpe. – disse ela sincera. – Mas estou tão cansada - disse ela aninhando-se mais nos braços do irmão, era muito raro Bra precisar de colo, nisso ela era extremamente parecida com Vegeta, mas havia horas que ela lembrava que era só uma menina de 18 nos, e que estava assustada e cansada de tudo aquilo, e somente Trunks, Gohan e Goten testemunhavam esses raros momentos.

            -           Eu sei, são anos de lutas, perdas... – disse ele suspirando cansado também. – Mas eu realmente acho que estamos chegando próximos a reta final disso tudo. – Disse Trunks com um sorriso esperançoso. Bra sorriu um pouco amarga. Trunks sempre teve um espírito bem mais positivo que o dela. Parecia muito com Bulma.

            -           O que achou de revê-los?

            -           Doloroso, e até um pouco assustador. Tio Tarble tem a minha idade. – disse ele rindo.

            -           Tia Lunch a minha. Acredita que ela falou sobre sexo comigo? – respondeu ela rindo, mas em seguida seu semblante se entristeceu e ela perguntou. – Vamos mesmo embora e deixá-los nessa situação? Mamãe nunca foi sequestrada em nossa realidade. – disse ela triste.

            -           Não se preocupe, Gohan não vai conseguir deixar a mãe desse jeito. Muito menos o Goten. Por sinal, vocês...

            -           Eu não sei. – disse ela baixando a cabeça, e o irmão a abraçou mais forte beijando-lhe a testa.

            -           Quer tomar um banho de rio? Como nos velhos tempos? A mamãe iria dizer que você precisa mandar essas energias embora. – disse Trunks sorrindo se despindo e ficando apenas com a parte de baixo de seu uniforme e Bra sorriu e foi.

No castelo Gohan e Goten conversam em uma biblioteca que Gohan encontrara...

            -           Vamos mesmo deixar a mamãe nessa situação?

            -           O que sugere Goten, modificar mais ainda essa realidade?

Goten apenas suspirou e olhou seriamente para o irmão. E Gohan sorriu derrotado, era muito claro que ficariam ali até resolverem tudo aquilo.

            -           O que aconteceu entre você e a Bra? Parecem distantes. – perguntou Gohan que já observava o jeito do irmão com a menina.

            -           Acha que namorar a versão feminina e sexy do tio Vegeta é fácil? – perguntou Goten debochado e Gohan não pode conter a gargalhada.

            -           Deveria se resolver com ela.

            -           Acho que ela precisa de um pouco de espaço agora. Ou eu preciso. Ou nós dois precisamos de um tempo.

            -           O tempo, o espaço. Irmãozinho se tem uma coisa que eu aprendi é que tudo isso é muito relativo. Acho que do jeito que as coisas estão vocês não precisam perder tempo com esse tipo de bobagem de espaço. – Goten apenas o observou pensativo.

Quando a noite chegou os meninos se reuniram no jardim do castelo, estavam pensativos quanto ao sequestro e o que poderia ter acontecido, quando Gohan viu Touma se aproximar de todos os reverenciando.

            -           Com licença, mas a família real os convoca para a sala do trono.

Todos observaram e assentiram com a cabeça. Mas ao passarem por Touma Trunks virou-se para ele e disse:

            -           Você é da guarda pessoal do príncipe Vegeta não é?

            -           Desde que ele era uma criança senhor.

            -           E Napa?

            -           O General Napa nunca foi da guarda pessoal do príncipe, ele sempre foi um guerreiro dos exércitos.

Ao escutar isso Bra achou um pouco estranho, lembrava-se claramente de Napa como guardião de seu pai e sua mãe, e na verdade não lembrava de Touma.

Eles caminharam para a sala do trono com ânimo de prisioneiros que caminham para a forca. Chegando lá todos reverenciaram os quatro membros da família real e viram Goku, Nara, Raditz e Lunch ao lado. Mas foi o rei que tomou a palavra.

            -           Sabemos que pretendem partir em breve, e que existem muitos problemas a serem resolvidos no futuro. Mas realmente gostaríamos de pedir que nos ajudassem a trazer Bulma, Chichi e Gohan de volta em segurança antes de partirem.

Todos olharam muito espantados para o rei, ele realmente estava pedindo ajuda? Por um momento Bra achou ter tido uma alucinação. A rainha levantou-se e disse:

            -           Acredito que a ajuda de vocês, que são todos grandes guerreiros, pode ser muito válida quando acharmos...

            -           Não precisa esclarecer majestade, já havíamos decidido ficar e ajudar. – disse Gohan interrompendo, ele imaginava o quanto deveria ser difícil para aqueles sayajins resolverem pedir ajuda a um bando de adolescentes.

            -           Ótimo, então podem seguir os empregados que já prepararam quartos mais permanentes para vocês. Colocamos Trunks, Gohan, Goten e Minosh em um e Mai, Videl, Yui e Bra em outro, ambos na ala de hóspedes, são quartos enormes com cômodos individuais para cada um. – disse a rainha animada.

Depois de um tempo, era tarde da noite, Goku foi ao quarto dos filhos, mas os encontrou pela energia em um local bem diferente, estavam no laboratório. Ao chegar viu Gohan sentado observando os computadores e Goten a procura de alguma coisa.

            -           Olá rapazes. – disse ele amigável. Os dois olharam para o pai e não conseguiram evitar o sorriso, era exatamente igual ao que lembravam, mas um pouco mais jovem.

            -           O senhor não dorme? – perguntou Goten sorrindo e olhando para a hora em um relógio da parede.

            -           Não consegui sem a Chi e o Gohan... – ele se calou e seu semblante mudou para uma expressão de dor. – A Chi morreu no tempo de vocês não é? – perguntou temendo a resposta, já sabia que sim, mas queria mais informações. Os dois se olharam e caminharam até ficar frente ao sayajin, Gohan era praticamente da altura dele e Goten era apenas um pouco menor, o mais velho colocou a mão no ombro do pai e disse:

            -           Nossa realidade não é a sua, o que aconteceu lá não significa que vai acontecer aqui. Nós vamos achá-la junto ao seu filho e vamos traze-los de volta. – disse o menino com um sorriso sincero e confiante que tranquilizou um pouco o pai.

            -           Mas me falem um pouco sobre vocês. – disse ele de forma abrupta. Ele pensava que sua Chi iria adorar saber. Mas nesse momento Gohan sentiu uma forte dor no braço direito e caiu ajoelhado, não compreendia o que estava acontecendo, era uma dor muito intensa, como se tivesse acabado de quebrar. Goten o olhou assustado mas caiu do chão desacordado após sentir uma fortíssima dor de cabeça. Gohan se alarmou e correu para ajudar o irmão acionando a ala médica, Goten não estava respirando.

Próximo a varanda do castelo Bra conversava com Trunks e Mai quando Minosh apareceu correndo com um semblante muito assustado.

            -           Gohan... Goten... - Mas nesse momento Bra e Trunks acabaram desmaiando após colocar as mãos na cabeça, Bra não respirava.

Algum tempo depois Goten e Bra estavam em coma profundo e estavam sendo mantidos por aparelhos, Gohan sofrera uma fratura no braço que estava sendo curada em câmara, mas estava bem. Trunks ainda estava desacordado, mas suas funções vitais pareciam estáveis. Raditz analisava cada um, mas não concluía nada quando Nara, Mai e Minosh entraram na sala de internação.

            -           Raditz, Mai e Minosh tem uma teoria, mas você terá de ter a mente muito aberta. – disse Nara o encarando preocupada.

            -           Nossos filhos do futuro tem uma teoria sobre o que está acontecendo com os filhos do futuro de nossos amigos no nosso presente, ah sim, eu preciso mesmo manter a mente aberta meu bem. – disse ele um pouco sarcástico. Mas Nara o olhou irritada e Mai acabou não contendo o riso, afinal era realmente muito louco o que estava acontecendo ali. – Bem, pra qual teoria devo manter minha mente aberta?

            -           Papai achamos que...

            -           Raditz. – corrigiu o sayajin. – Eu acho estranho...- mas antes que pudesse concluir o pensamento Mai se corrigiu.

            -           Raditz, achamos que Tia Bulma e Tia Chichi foram feridas, assim como o bebê Gohan. Trunks e Gohan já existem nessa realidade, então estão em estado menos grave, pois as lesões provocadas neles são reais nessa realidade e com isso podemos identificar e tratar, ou pelo menos tentar. Mas Bra e Goten não são sequer cogitados nesse tempo, com isso as mudanças na história afetam diretamente a existência deles. – disse Mai com um semblante pensativo igual ao de Raditz.

            -           Em teoria o tempo é linear, mas achamos que a viagem no tempo promove mudanças não influenciadas diretamente por nós os viajantes, e sim pela simples viagem ter sido realizada, a criação de um novo passado que corre paralelo ao futuro, de onde viemos. Mas não podem existir duas realidades. Isso quer dizer que essas linhas temporais tendem a se fundir em algum momento pra criar o futuro de onde viemos, mas com mudanças. – dizia Minosh olhando para os monitores de Goten e Bra preocupado.

            -           Então eles podem morrer por causa das mudanças na história que podem fazer com que eles não nasçam? Como a morte prematura de Bulma ou Chichi, ou mesmo uma separação de casais nesse tempo pode comprometer a existência de algum de vocês? – Perguntou Raditz completamente perplexo.

            -           Isso. – respondeu Nara tristemente. – Mas também significa que Chi e Bulma estão sendo machucadas, e até Gohan que é só um bebê.

Raditz olhou horrorizado para Nara e saiu da sala furioso. Ela e os filhos o observaram e viram o semblante preocupado de Nara.

            -           Raditz normalmente não comete idiotices, mas quando se trata de Bulma... – disse ela tristemente.

            -           Sei que você sempre teve inseguranças em relação a amizade do papai e da tia Bulma, mas isso vai acabar logo. Papai nunca amou uma mulher como ele amou você, e ele vai provar isso. – respondeu Mai tocando a mão de Nara.

            -           O problema não foi a tia Bulma exatamente. – disse Minosh olhando para Gohan que começava a sair da câmara de regeneração.

Na sala de música enquanto Yui tocava o instrumento que parecia um piano Videl a observava da poltrona.

            -           O que achou de ver nossos pais assim, da nossa idade praticamente? – perguntou Videl curiosa.

            -           Não sei, não parecem exatamente eles. – respondeu Yui tranquilamente. Videl a olhou estranhando a resposta e levantou-se indo sentar-se ao lado da irmã.

            -           Um dueto?

            -           Estamos bem destreinadas não? O nosso se foi tem o que? Uns quatro meses. – respondeu Yui sorrindo.

As duas começaram a tocar uma melodia belíssima, eram extremamente talentosas, tocavam lindamente, os pais encantaram-nas com música desde o ventre, Videl aprendera a primeira melodia com quatro anos e Yui com três.

–          Você lembra deles dançando essa no aniversário de casamento deles? – perguntou Yui sorrindo.

-           Como eu poderia esquecer? Trunks me tirou pra dançar e Gohan enlouqueceu de ciúmes. Foi o dia do meu primeiro beijo. – disse Videl sorrindo.

As duas continuaram tocando por mais um tempo até perceberem que Tarble e Lunch entraram curiosos com o som. Ele não conseguiu evitar um sorriso orgulhoso ao ver que as duas tocavam seu instrumento favorito. Elas o olharam e retribuíram o sorriso. Ele e Lunch sentaram-se na poltrona, aquele casal praticamente da idade delas trazia saudade. Depois que elas terminaram a melodia eles aplaudiram sorrindo e elas reverenciaram agradecendo.

No dia seguinte, ao amanhecer Trunks despertou, ele viu Bra e Goten naquele estado e cobertos por eletrodos e levantou-se rapidamente chamando-os, mas Gohan aproximou-se do amigo e meneou um sinal negativo com a cabeça. Trunks tocou no rosto de Bra e lágrimas foram inevitáveis, Gohan o abraçou e disse com um suspiro:

            -           Nós vamos trazer eles de volta.

Lunch, Mai, Minosh, Nara, Yui e Videl vasculhavam o labratório e a sala de comando da sala de gravidade atrás de pistas

            -           Minosh, olha esses acessos. – disse Yui mostrando no computador.

            -           Touma? Quem é? – perguntou curioso.

            -           Touma é o cão de guarda de Vegeta. Ele tem acesso ao computador de Bulma porque Vegeta é um tanto desconfiado, mas sem acesso aos resultados das pesquisa, apenas aos projetos. – respondeu Nara se aproximando e observando os acessos com desgosto.

            -           Por que ele acessa os seus arquivos também? – perguntou Mai em frente ao computador da mãe.

            -           E aos da tia Chichi também disse Videl em frente a outro computador.

Nara e Lunch começaram a observar os acessos e se assustaram, ele havia acessado os relatórios da câmara de gravidade, os registros médicos de Chi, Bulma e Gohan e toda a pesquisa do projeto Evolução.

            -           Acho que acabamos de pegar o nosso traidor. – disse Minosh começando a copiar os arquivos de acesso.

Vegeta entrou na ala médica resmungando, estava furioso por não terem avisado a ele que Bra e Trunks não estavam bem, mas ao ver que Trunks estava sentado ao lado da irmã inconsciente ele parou por um tempo para observar a cena. Trunks percebeu a presença do pai e perguntou friamente:

            -           Precisa de algo?

            -           Me disseram que estavam doentes. – respondeu ele calmamente.

            -           E? – perguntou Trunks desafiador fazendo Vegeta rosnar. Mas antes que uma discussão começasse novamente iniciou-se uma movimentação estranha do lado de fora, muitos soldados correndo e Touma entrou correndo na ala a procura de Vegeta.

            -           Alteza! – disse ele de forma exaltada. - Ela está de volta!

            -           Quem? – perguntou Vegeta. Mas nada precisou ser dito, Bulma estava sendo trazida em uma maca, estava ferida, mas estava consciente e agitada.

            -           Bulma! – Vegeta se aproximou, mas ao vê-lo ela começou a gritar apavorada.

            -           Fique longe de mim seu monstro! – berrou ela protegendo a barriga com as mãos e tentando se levantar da maca, mas fora impedida pelos médicos que a sedaram e levaram diretamente para a internação para avaliarem os machucados e o bebê. Vegeta ficara sem qualquer reação e Trunks viu os sinais vitais de Bra despencarem bruscamente. O menino observou os médicos começarem uma ressuscitação em sua irmã, ele olhava tudo com completo pavor, não conseguia imaginar a vida sem ela. Ele olhou para a equipe aterrorizado, quando viu os médicos se afastarem e os monitores começarem novamente a mostrar os sinais vitais mais contínuos e estáveis.

–          Touma explique! – vociferou o príncipe para seu guarda.

            -           Senhor a senhorita foi encontrada na capital em um veículo que parecia uma moto, ela estava ferida, os soldados a reconheceram e trouxeram para cá.

            -           Ela não disse quem a sequestrou, onde estão os outros? Não fizeram perguntas a ela bando de inúteis.

Mas nesse momento o rei, a rainha e Tarble entraram com Napa e alguns soldados.

            -           Touma, você está preso por alta traição e por atentar contra a vida de um membro da família real do planeta Vegeta. – disse o general Napa. Vegeta observava tudo perplexo, Touma não ofereceu qualquer resistência apenas disse:

            -           Não haverá mais a família real ou qualquer descendente depois que tudo isso acabar. – e ele foi nocauteado e levado para a prisão.

Antes que os questionamentos que passavam pela cabeça de Vegeta ganhassem voz Goku e Raditz entraram e avistaram Tarble, estavam aflitos:

            -           Nara e Lunch sumiram. – disse Goku de forma muito direta, e novamente o alarme da ala médica soou e vários médicos começaram a entrar e retiraram todos dali colocando-os na sala de espera, e Trunks olhou com horror seus amigos serem trazidos um a um em macas, estavam todos em estado grave. Gohan apareceu correndo e ao ver Trunks desperto ficou um pouco mais aliviado.

            -           Gohan o que...

            -           Estão destruindo o futuro. – respondeu ele aflito. - Vão nos matar.

Nesse momento o médico saiu de dentro das alas de internação e se dirigiu a Trunks.

            -           A senhorita Bulma está desperta, e quer falar com você, a sós. – Trunks olhou para todos ali, mas foi Gohan que se aproximou do rapaz e disse:

            -           Vá falar com ela com calma e traga toda a informação que puder. – Trunks meneou com a cabeça afirmativamente e entrou. Encontrou a mãe sentada na cama e com as mãos sobre o ventre pontudo. Ela sorriu ao vê-lo.

            -           Você podia ser menos agitado aqui dentro. – disse ela rindo deixando-o muito envergonhado.

            -           Mãe... O que aconteceu?

            -           Freeza e o doutor Maki estão mortos. – disse ela sem qualquer rodeio. – Os androides 16,17 e 18 estão despertos e eles tem como objetivo acabar com os sayajins, mas ainda não o fizeram porque estão incompletos, mas existe um outro inimigo bem mais poderoso que eles, que os está controlando diretamente.

            -           O que? Outro?Quem?

            -           Seu pai. – Quando Bulma disse aquelas palavras Trunks a olhou com completa incredulidade, será que sua mãe havia enlouquecido?

            -           Mãe, acalma-se papai esteve aqui o tempo...

            -           Você estava com ele? – perguntou ela friamente.

            -           Não. Mas ele sempre estava com...

            -           Touma? Ele estava lá também. Seu pai me torturou, e quase nos matou. – disse ela com a voz carregada de ódio.

            -           Mãe pare! O papai estava atrás de você. Ele esteve nesse castelo o tempo todo. Eu não sei o que...

            -           Trunks, se você vai defender aquele monstro saia daqui. Eu vou provar que ele é um maldito traidor. – disse ela com algumas lágrimas caindo pelo rosto.

            -           Mãe por favor... Me escuta...

            -           Saia! – berrou ela já chorando e Trunks achou melhor sair. Ele achou melhor esconder sua energia e sair pelo outro lado, não queria falar com todos naquele momento. Mas ao deixar a ala indo para o jardim encontrou Gohan parado bem na sua frente.

            -           Acha mesmo que pode me enganar? Crescemos juntos, conheço todos os seus truques. – disse Gohan com um sorriso debochado. Trunks apenas suspirou cansado e os dois, com as energias camufladas sentaram-se debaixo de uma árvore no jardim um pouco longe do castelo.

            -           Descobriu alguma coisa com a tia Bulma? – perguntou Gohan imaginando a resposta pela cara do amigo.

            -           Só mais e mais interrogações. – disse Trunks deitando-se na grama derrotado. – Mamãe disse que foi o papai quem a sequestrou. – Nesse momento Gohan olhou para Trunks completamente confuso e já ia começar a fazer várias perguntas quando foi interrompido.

            -           Eu posso esclarecer isso. – disse um ser de pele azul clara, cabelos brancos espetados em moicano usando uma roupa que lembrava as roupas indianas usadas na terra, ele chegou caminhando com um doce sorriso nos lábios. – Eu sou o Kaioh Shin, sou um dos seres supremos que cuida desse universo – disse ele em meio a uma pequena reverência - E vim esclarecer algumas coisas.

Trunks e Gohan olharam para ele curiosos.

            -           Vocês fizeram uma bela bagunça temporal por aqui. – disse ele meio desapontado. – Mas acredito poderem resolver tudo. O ser que sua mãe viu não era Vegeta, nem o que Chichi viu era Goku, ele tomou essas formas para que pudesse destruir o futuro, vocês no caso. Elas os odiando jamais teriam o segundo filho, Bra e Goten estão quase mortos por isso. Mas esse ser, apesar de poderoso e muito perigoso, não pode matar diretamente, ele é um ser sagrado e puro, se ele matar ele deixa de existir, pois ele se tornará impuro. Por isso ele precisa dos androides. – Aquela revelação atingiu os dois como se fosse uma bomba, mais problemas, um novo inimigo, mas Gohan o olhou e perguntou nervoso.

            -           Ele vai matar a mamãe?

            -           Não. Ele tem de destruir todos os que vieram do futuro primeiro, para alinhar as linhas do tempo, para poder agir em seguida finalizando sua transformação para se tornar um deus. – respondeu Kaioh Shin com tranquilidade, mas um arrepio passou por aqueles dois híbridos ao analisar o que haviam acabado de ouvir..

            -           Você é um ser supremo, por que não pode se livrar dele e nos ajudar? – perguntou Trunks olhando-o com certa raiva. Mas Kaioh Shin apenas sorriu paciente.

            -           Vocês criaram ele, vocês devem destruí-lo, sempre devemos assumir as consequências de nossos atos. Resolveram brincar com o tempo e o espaço como se fossem deuses, que por sinal ficaram realmente furiosos com vocês, com isso, devem assumir as consequências do que fizeram. Ouçam, a ajuda que eu posso dar é esse esclarecimento, e avisá-los, ele é muito poderoso, e se torna mais forte a cada sentimento ruim que nasce, como o ódio de Bulma por Vegeta, de Chichi por Goku, do seu Trunks por seu pai. Não há como derrotá-lo em batalha, ele tem os poderes de um deus, mas vocês, os que vieram do futuro, poderão derrotá-lo.

            -           Não conseguimos sequer derrotar os dois androides que...

            -           Os androides são dessa linha, e precisam ser derrotados por seres dessa linha. Eles devem obter poder o suficiente para acabar com os androides por conta própria. E vocês não devem intervir.

            -           Como devemos chamá-lo? Digo, o tal ser maligno? – perguntou Gohan.

            -           Ele é o puro mal, podem chamá-lo como acharem melhor, mas compreendam que ele deverá lutar com os do futuro. Os dessa linha não devem intervir.

            -           Como faremos isso? Nossos amigos estão desacordados.

            -           Eu não posso resolver todos os problemas de vocês. – disse Kaioh Shin com deboche. - Mas escutem, eu despertarei seus amigos e os protegerei com a minha energia para que vocês possam ir para a batalha sem serem afetados pelas mudanças na história. Mas terão de ajudar seus pais primeiro. Eles ainda não tem poder o suficiente para derrotar os androides, Goku ainda não mantém a transformação e os outros sequer transformaram-se ainda.

            -           Já estão tentando isso há meses com treinamento, e até agora...

            -           O super sayajin é um estado de espírito a ser alcançado, não um status de força. Ele traz força, mas ele não é, se os guerreiros não acharem o sentimento que precisam, jamais se transformarão. Mesmo assim, vou levar a todos para treinar em uma sala especial que fica em meu planeta, lá o tempo corre diferente, um dia que se passa aqui equivale a um ano dentro da sala. Mas vocês terão de convence-los a deixar Bulma, Nara, Lunch e Chichi, assim como o bebê Gohan na situação em que estão. Garanto que não serão mortos, ele quer destruir vocês do futuro antes de tudo e não os outros, mas...

            -           Podemos treinar todos ao mesmo tempo e usar somente por um dia? – perguntou Gohan pensativo.

            -           Não, lá só entram 3 por vez, e sugiro que entrem pais e filhos, assim ficaria uma conta certa e o trabalho com sentimentos seria melhor, já que é o que falta para concluir a transformação deles. Vocês precisarão de 4 dias.

            -           Agora você vai dizer que não podemos falar sobre isso com ninguém e dar um jeito de convence-los a vir conosco sem questionar? – perguntou Trunks irritado. Mas Kaioh Shin apenas sorriu paciente.

            -           Não, claro que não. Como fariam isso? Podem conversar com todos. – dizendo isso o supremo desapareceu no ar, e Gohan e Trunks puderam sentir a energia de seus amigos forte novamente e correram para a ala médica.

Todos haviam despertado. Goku abraçara Goten quase que instintivamente ao vê-lo de pé. Mai e Minosh sorriram ao ver o pai os examinando cuidadosamente, e Raditz retribuiu o sorriso aliviado em ver os dois a salvo, assim como Tarble ao ver Videl e Yui sentarem-se quase ao mesmo tempo nas camas um pouco confusas.

Quando Bra abriu os olhos ela ainda estava um pouco zonza, mas desceu da cama calmamente. Ela viu Trunks se aproximar e sorriu, ele a abraçou e disse:

            -           Vamos ter de conversar seriamente.

Ela apenas o olhou curiosa. Depois dos cumprimentos Gohan e Trunks marcaram uma reunião com todos na câmara de gravidade. Bra foi visitar Bulma, mas falar sobre Vegeta estava completamente impossível, a mãe estava completamente irredutível. Vegeta até tentou se aproximar, mas Bulma ficou tão agitada que precisou ser sedada e ele achou melhor não arriscar, até por causa da gravidez.

Na câmara de gravidade Gohan e Trunks explicavam tudo o que haviam ouvido do supremo Kaioh Shin e todos pareciam bastante atentos. Houve muito protesto em se ausentar por quatro dias, mas depois de muita discussão todos ficaram de acordo e Bulma ficaria sob a vigilância do rei e da rainha. Kaioh Shin veio buscá-los e os levou para seu planeta supremo por meio de uma técnica chamada de teletransporte. Lá eles foram recebidos por empregados que ofereceram os trajes adequados para a entrada na sala do templo, eram trajes parecidos com as roupas utilizadas na terra para artes marciais, uma calça larga e uma camisa de malha, super resistentes, calças pretas e camisas brancas. Videl e Yui entrariam primeiro com Tarble.

 

Continua

 


Notas Finais


Obrigada por lerem, favoritarem, acompanharem e principalmente por comentar, até agora todos os comentários me trouxeram muita alegria e me ajudaram muito na continuação da fic, e não pensem que agradeço só os elogios não, de jeito nenhum, as críticas ajudam muito também, então estejam muito tranquilos para falarem o que acham com toda a sinceridade.
Só tenho a agradecer mesmo.
Beijos e até o próximo


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