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História Evolução - Capítulo 4


Escrita por: Naryan

Notas do Autor


Gente novo capítulo, muito longo porém feito com muito carinho. Espero que gostem e comentem, acho que agora vai demorar um pouquinho mais pra sair o próximo porque terei de fazer umas coisas que vão me roubar muito tempo, mas prometo que tentarei fazer o quanto antes.
Boa leitura.

Capítulo 4 - Capítulo 4


 

Uma semana depois dos acontecimentos Vegeta e Tarble estavam conversando no quarto de Tarble.

            -           Você só pode estar brincando. Tia Gine e tio Bardock vivendo na terra? Com filhos? Sayajins da família real que não sabem nada sobre nossa raça? Isso só pode ser piada. Goku e Raditz são uma vergonha para nossa raça, e o pior é que nem é culpa deles  – príncipe Vegeta andava de um lado para o outro como se fosse furar um buraco no chão completamente estressado.

            -           Acalme-se Vegeta, mamãe já disse que os tios não gostavam da vida da família real sayajin, ou das batalhas, e francamente, eu os compreendo perfeitamente. E não sei porque todo esse estresse, nem os conhecemos pra você estar tão apegado – respondeu Tarble que estava deitado em sua cama com um dispositivo que lembrava muito um tablete nas mãos, e nele lia partituras musicais calmamente querendo dar risadas da revolta do irmão.

            -           Tarble não seja ridículo, você é um herdeiro do trono, nem se atreva a pensar em deixar o planeta e essas bobagens. Veja que porcaria de exemplo a tia Gine deixou agora. – rosnou Vegeta.

            -           Ah irmãozinho, eu não deixaria o trono ou o planeta, o que você faria sem mim? – disse Tarble com uma risada.

            -           Pode brincar moleque, pode rir, mas agora mamãe quer fazer contato com o tal planetinha azul lá do outro lado do universo, talvez até vá lá. Eu já falei que existe uma priminha no meio disso? Um bebê, menina, uma menina, sabe o quanto é raro nascer uma menina na família real? Ah, e veja isso, o tio Bardock, o maior general que já tivemos na história desse planeta é um agricultor, um agricultor, pelo amor dos deuses ele planta pra viver!!! – Dizendo isso Vegeta se dirigiu para a porta quase fora de si.

            -           Deveria estar feliz, ganhamos uma família maior, nossos tios vivem felizes e tranquilos. Fora que junto com os nossos primos vieram aquelas moças, observastes como são lindas? Poderiam dar uma bela rainha príncipe herdeiro.

            -           Não diga absurdos fedelho, já disse que não haverá herdeiros meus nesse trono, isso é com você. Ainda mais mestiços, sabe que nossa raça não se mistura

            -           A capitã me pareceu chamar sua atenção irmãozinho, infelizmente elas são bem mais velhas do que eu, e eu não teria a menor chance, mesmo sendo mais lindas que qualquer mulher sayajin que eu já tenha visto.

            -           A capitã é bonita mesmo, mas é uma inconsequente sem qualquer senso de juízo, não tem sequer uma lua aqui e já quase morreu.

            -           E você o príncipe charmoso a salvou daquele robô infantil extremamente perigoso – disse Tarble com um sorriso malicioso.

            -           Deveria ter ficado mais tempo na regeneração, acho que seu raciocínio ainda não voltou ao normal alteza. – e dizendo isso Vegeta saiu do quarto deixando Tarble rindo sozinho do irmão estressado.

 

Na ala médica Bulma acordava em uma cama e sorriu ao ver Raditz, que ao perceber que ela havia despertado ficou mais aliviado.

            -           Como está Bulma? – peguntou se aproximando e tocando no ombro da amiga.

            -           Eu estou bem, me desculpe por isso, eu não...

            -           Está tudo bem, você se recuperou completamente, é o que importa disse ajudando-a a sentar-se na cama. -  A medicina aqui é bem impressionante, você estava com várias fraturas, hematomas e olhe pra você, parece até mais jovem.

Eles sorriram e em minutos um sayajin entrou e reverenciou Raditz, e disse que ela poderia ir embora, tudo estava bem. Assim que o sayajin saiu da sala os esclarecimentos começaram, Raditz explicou tudo sobre sua família para Bulma e a história de Freeza. Ela olhava completamente incrédula. Sim, fazia sentido, mas era impressionante demais até pra fazer sentido.

Eles seguiram para seus quartos e já havia comida os aguardando, tudo belo e colorido, Bulma achou a quantidade extremamente impressionante, mas imaginou que para Goku e Raditz era o normal. Raditz comeu e saiu discretamente de seu quarto, bateu na porta do quarto de Nara, e ela o atendeu totalmente furiosa.

            -           O que quer doutor? Estou doente? – perguntou irônica.

            -           Nara por favor, eu não...

            -           Qual é o seu problema Raditz?

            -           Nara, o que tivemos na nave... Escute, eu não tenho nada com a Bulma, você sabe, todos sabem, por que esse ciúme?

            -           Ciúme? Você só pode estar de brincadeira não é? Como posso ter ciúmes de você em meio a todos esses soldados lindos que me olham com bem mais atenção que você? Já percebeu doutor? – disse ela irônica.

            -           Já percebi sim. – disse Raditz um tanto furioso.

E nesse momento ele a pegou pela cintura, a puxou para si e a encostou na parede próxima encurralando-a e colocando seu corpo junto ao dela e com o rosto extremamente próximo podendo sentir ela arquejar com o susto e com o desejo repentino que ela ficou ao sentir ele tão próximo e tão quente. As respirações ficaram agitadas e entrecortadas, mas ela não ofereceu qualquer reação, pois suas pernas amoleceram completamente. Raditz sorriu vitorioso e disse:

– Mas eu aposto que nenhum deles faz você sentir isso. – E dizendo isso ele a beijou com voracidade, e suas mãos que prendiam a cintura fina e delicada dela subiram por suas costas por baixo da blusa que ela usava e ela suspirou e se arrepiou inteiramente, Raditz a enlouquecia, e ela se pendurou com as pernas ao redor da cintura dele o beijando e tirando a camisa que ele usava, e ele a segurou firmemente contra o seu corpo forte e quente pelo desejo. O clima esquentava a cada carícia e quando Raditz a levou para cama e começou a tirar a calça que ela usava alguém bateu na porta.

Bulma começara a andar novamente pelo castelo, estava totalmente decidida a não se meter em encrencas daquela vez, jurou que não tocaria em nada, havia tentado bater nos quartos de Chichi e Nara para acompanhá-la em seu passeio, mas Nara não abriu, deveria estar dormindo, já Chichi até abriu, mas não estava nada bem, e Goku estava cuidando dela, ela disse que estava com muitos enjoos, dor de cabeça forte e completamente fraca, culpava a comida temperada demais dos sayajins, mesmo Goku afirmando que não era isso, ele estava bastante preocupado. Bulma sugeriu chamar Raditz pra ajudar, mas ele não estava no quarto, deveria estar andando pelo palácio, ou na ala hospitalar estudando a tecnologia médica dos sayajins. Bulma ficou um pouco com a amiga, mas ao ver que ela estava muito bem acompanhada por um sayajin completamente cuidadoso, preocupado e que olhava para Chichi como se ela fosse algo totalmente precioso e indispensável, definitivamente Bulma estava sobrando ali, e saiu pra sua caminhada.

            -           Chi, já tem dias que você está assim, deveria deixar Raditz te examinar, poxa você está piorando a cada dia, não suporto te ver assim. – Disse Goku acariciando o rosto da moça deitada na cama.

            -           Não precisa ficar nervoso Goku, eu só estou com algum tipo de gripe ou coisa parecida, daqui a pouco passa. Ainda mais com você cuidando de mim. – respondeu ela docemente pegando na mão de Goku.

            -           Chi, eu só quero que você fique bem logo. – disse ele um tanto chateado.

            -           Claro, deve estar sentindo falta desse corpinho né. – disse ela dando uma risada.

            -           Você que deve estar sentindo falta, seu fogo não acaba. – respondeu ele rindo.

            -           Estou mesmo. Mas enquanto estou impossibilitada você não precisa ficar aqui o tempo todo, pode sair e dar uma volta, pra conhecer mais sobre a sua raça, ver outras pessoas, afinal, ficar com gente doente em uma viagem não fazia parte do plano de diversão – disse ela sorrindo meio desanimada.

            -           Minha diversão nessa viagem está tão impossibilitada quanto você. Eu quero mesmo conhecer mais sobre a minha raça e essas coisas, mas... Sem você não tem graça. – respondeu ele calmamente com um lindo sorriso bobo.

            -           Goku, combinamos não nos envolver até certo ponto lembra? Não queremos repetir os mesmos erros de antes, não queremos nos apaixonar, seria um problema, você disse isso – disse ela um pouco chateada.

            -           Eu sei, mas todos dizem que eu falo muitas bobagens de vez em quando Chi. Essa foi a maior delas. Como eu poderia dizer que não queria me apaixonar por você se já estava completamente apaixonado por você? – disse ele com seriedade.

Nesse momento o coração de Chichi parecia ter parado por um segundo, seu corpo esquentou e ela não pode impedir o surgimento de um lindo sorriso e um certo brilho em seus olhos. O que começara com um beijo voraz e sexo casual na cozinha da nave dois meses atrás depois de uma troca de confidências sobre relacionamentos frustrados em uma madrugada regada a bebida, agora ganhava uma conotação mais forte, o que estava surgindo ali? Os dois se observaram por um tempo, estavam mesmo apaixonados um pelo outro.

            -           Chi, eu quero você, eu quero algo sério com você, namora comigo Chichi?

Ela apenas sentou-se na cama sorrindo e o beijou com delicadeza dizendo sim para tudo o que seu coração estava sentindo, aceitando sua paixão por Goku.

 

Finalmente depois de muito andar Bulma chegara em uma varanda alta, que dava uma vista incrível para o jardim. Era lindo, as cores tão vibrantes, o clima tão delicadamente frio, parecia tudo tão perfeito. Nesse momento ela escuta uma voz.

            -           Fico feliz que estejas melhor capitã.

            -           Príncipe Tarble, obrigada. Também estou feliz pela sua recuperação. Sua mãe estava bastante preocupada, todos estávamos. – disse Bulma fazendo uma pequena reverência.

            -           Gosta de nossos jardins? perguntou ele sorrindo.

            -           São lindos alteza.

            -           Pode me chamar de Tarble. A realeza não me cai tão bem como em meus pais e meu irmão.

Nesse momento a rainha e mais três damas da corte adentraram a varanda e Tarble e Bulma fizeram uma reverência respeitosa.

            -           Capitã Bulma, fico feliz que já tenha se recuperado. – disse a rainha.

            -           Obrigada majestade. Mas pode me chamar de Bulma, por favor.

            -           Está certo. Escute Bulma, eu e meu marido tivemos uma idéia, gostaríamos que nos ajudasse, sendo uma cientista em tecnologia e com sua equipe, bem, você já deve saber que seu médico e seu guerreiro são filhos de minha irmã, e eu gostaria muito de entrar em contato com ela.

            -           Será um prazer ajudar majestade, Gine e Bardock são amigos de minha família há anos, ficarei imensamente feliz em colocar todos em contato.

            -           Que ótimo, então amanhã eu levo você ao laboratório de comunicação. Tarble venha comigo até a sala do trono querido, seu pai precisa falar com você. Desculpe Bulma, mas com Freeza desaparecido precisamos fazer muitas coisas para proteger o palácio e o planeta.

            -           Não há problemas majestade.

Todos se retiraram e Bulma novamente estava só. E ao olhar mais ao longe viu um campo, azul, ela não conseguia ver se realmente eram flores. Olhou a direção e desceu pela lateral da varanda indo para o jardim e seguiu em frente. Caminhou bastante até ver um portão, era uma entrada para um enorme roseiral, talvez o maior que Bulma já havia visto na vida, mas as rosas, eram lindas, azuis escuro, com um perfume muito delicado. Era tudo muito bonito. Nesse momento, como há algum tempo não acontecia Bulma sentiu-se profundamente triste, pois pensou em Yamcha. Ele gostaria daquele jardim? Seria verdade mesmo que aquele amor, aquele grande amor havia acabado? Outra mulher realmente teria tomado o lugar de Bulma? As promessas de amar para sempre, todos os dias, mais do que o dia anterior, promessas de casamento, filhos, era tudo uma grande ilusão. Ela um dia iria querer se apaixonar novamente? Ela teria um grande amor novamente? Aquela tristeza começou a apertar Bulma por dentro, não era saudade de Yamcha propriamente, era saudade do amor, saudade daquela sensação boa que aquece o coração quando se pensa na pessoa, saudade do sentimento de paz e segurança ao lado de alguém, saudade de abraços e beijos, de sorrisos cúmplices, era saudade de amar. Yamcha havia tirado aquilo dela? Seria possível ela confiar e amar alguém novamente? As palavras dele jamais sairiam da mente dela, a dor indescritível de ouvir que ele estava apaixonado por outra, que ele não a amava mais, que não sentia mais nada por ela, a sensação de que o chão lhe faltou, de que nada mais seria como antes. Lágrimas começaram a cair, ela podia até não amar mais Yamcha como antes, mas ela lembrava cada coisa que ela havia feito por ele, a dedicação que tinha, o quanto lutou pra que desse certo, o quanto se esforçou pra fazer ele feliz, e o quanto doeu ver ele simplesmente desistir deles tão facilmente. Sim aquilo a machucava demais, o fato dele levar flores pra ela naquele dia, o bilhete, aquele maldito bilhete, o fato de ter dito que a amava como se não fosse absolutamente nada, o quanto ele queria ser legal com ela, quando ela só queria que ele se afastasse e a deixasse em paz. E ela saiu do planeta por isso, sim ela começava a se achar burra, ou pelo menos exagerada, mas aquela dor ainda precisava de mais tempo, aquela ferida ainda não estava cicatrizada, ela sentou-se no chão em frente ao roseiral ficou dispersa, já havia enxugado as lágrimas e agora apenas observava o balançar das rosas com o vento levemente frio.

            -           Olá. – disse uma voz masculina atrás de Bulma. Ela virou-se rapidamente e viu um sayajin alto, com cabelos negros e muito longos que iam até os joelhos, e usava uma capa roxa.

            -           Olá. – respondeu ela curiosa. – quem é você?

            -           Eu sou Broly. Mas e você quem é? Nunca vi você por aqui no palácio.

            -           Eu sou Bulma. – respondeu ela ficando de pé e percebendo que aquele sayajin lhe causava  medo.

            -           Bulma. Você não é uma sayajin, tem esses olhos e esse cabelo diferentes, não tem uma cauda, e é bem fraca.

            -           Como você é observador. Mas agora com licença, está escurecendo e ficando frio aqui, preciso entrar.

            -           Espere, me diga de onde vem Bulma, o que faz aqui no palácio, por que nunca a vi antes? – disse ele a segurando delicadamente pelo braço.

            -           Pergunte ao rei, sou convidada dele. - Disse Bulma se soltando do enorme sayajin e seguindo para o palácio um pouco mais assustada.

Bulma caminhava com tranquilidade até o castelo quando as portas se abriram de forma inesperada e vários soldados correram na direção dela. Ela parou imediatamente com o susto, mas todos passaram por ela. Ao virar-se viu quando cercaram Broly, e ele foi preso sem qualquer resistência. Nesse momento o rei Vegeta saiu com os príncipes que viram Bulma parada observando tudo no caminho. O rei aproximou-se dela e disse:

            -           Você o conhece?

            -           Ele apareceu e veio falar comigo, disse que se chamava Broly, queria saber quem eu era e de onde. Quem é ele majestade? - perguntou ela alarmada.

            -           Filho de lorde Freeza. Você respondeu as perguntas dele?

            -           Não.

            -           Ótimo.

Broly estava sendo escoltado calmamente e quando passou por Bulma e pelo rei sorriu de forma maléfica para a garota, o que a fez arrepiar. Os príncipes se aproximaram do rei e Tarble perguntou:

            -           Ele machucou você Bulma?

            -           Não. Respondeu ela ainda olhando para Broly assustada.

Todos entraram no palácio e Bulma voltava para o quarto quando encontrou Raditz e Nara no grande corredor. Eles estavam completamente aflitos.

            -           Bulma, é a Chichi, ela não está bem. – Disse Nara bastante alarmada.

            -           Levamos ela para a ala médica, Goku está com ela, precisamos tentar contato com a terra.

            -           Contato com a terra? Por que?

            -           Bulma, ela está muito mal, não acho que ela vá conseguir. – Disse Raditz muito sério e preocupado.

            -           Raditz do que diabos está falando? – disse Bulma se desesperando.

Raditz não respondeu, e Bulma apenas correu em direção a ala médica, quando chegou lá foi impedida de entrar por dois sayajins. Mas Raditz disse que deveriam permitir a entrada dela. A cena era a pior possível, Chichi estava horrível, pálida como a morte, haviam tubos conectados a ela, e muitos monitores. Goku estava ao lado com uma feição desolada. Chichi respirava com ajuda de uma máscara. Bulma não pode evitar as lágrimas.

            -           O que aconteceu?

            -           Não sabemos, ela esteve enjoada esses três dias, vomitava e estava a cada dia mais fraca, mas achávamos que era uma gripe ou coisa parecida, mas não estava com febre, mas ela foi piorando hoje, e começou a vomitar mais e houve a dor de cabeça e ela desmaiou. Quando a trouxemos começaram a tentar manter ela viva, agora que ela ficou estável, ela tinha sintomas que parecia ela estar entrando em choque, mas não identificamos nenhuma perda de sangue, mas ela está com profunda anemia, ainda não conseguimos achar a causa. Não há sinal de hemácias mortas, não há sinal de nada.

            -           O que os médicos daqui disseram? – Bulma sentou-se ao lado de Goku e o abraçou.

            -           Eles não acham que ela esteja contaminada por algo daqui, não há sinais de doenças conhecidas por eles, não há febre, eles não compreendem o organismo dela, eles acham que é como se o corpo dela estivesse... como se algo estivesse roubando a vida dela. – disse Raditz olhando os monitores com preocupação. – a oxigenação caiu, o batimento aumentou, ela está piorando.

            -           Raditz, você falou de algo matando ela... – disse Bulma pegando na mão da amiga.

            -           Sim, mas já buscamos parasitas, vírus, bactérias, o que mais procurar?

            -           Procurou um bebê? – perguntou Bulma fechando os olhos sabendo que sua pergunta iria gerar enorme supresa.

            -           O que? Bulma, está maluca? – respondeu Raditz, mas Nara interviu.

            -           Um híbrido, meio humano e meio sayajin, claro, sayajins são muito mais fortes que humanos, um híbrido, poderia matá-la.

            -           Do que diabos estão falando, eu nunca toquei nela, estamos aqui apenas a uma semana, não a vi com nenhum...

            -           Raditz, não estou falando de você ou de um sayajin daqui. Goku, ela pode estar grávida?

            -           Nara... eu... eu não sei – Goku olhava assustado para todos ali.

            -           Sim ou não? – brigou a morena.

            -           Só transamos três vezes sem camisinha, eu, bem, foi fora, não...tem como, tem?

            -           Depressa, se for preciso Bulma e eu doaremos sangue, faça um teste de compatibilidade com sangue sayajin, pode ser do Goku mesmo, acho que ela vai precisar dos dois tipos, faz uma ultrassonografia pra ver se tem um bebê, vou atrás de uma porcaria de um médico sayajin aqui, precisamos de respostas sobre a raça de vocês. – Disse Nara se apressando em sair do quarto em busca de alguém que pudesse responder sobre o que ela estava pensando em fazer.

Raditz apesar de incrédulo pela irresponsabilidade de Goku começou a correr para outra ala em busca de um aparelho que fizesse o que na terra seria uma ultrassonografia. Bulma começou a vasculhar armários e gavetas na sala ao lado em busca de agulhas e outros materiais. Porém, nesse momento Nara surgiu na porta com outro sayajin, o médico de plantão provavelmente, e ele disse:

            -           Podemos salvar ela, colocando-a em uma câmara de regeneração, mas teremos de manipular as dosagens, precisarei do médico de vocês pra isso, mas ela pode ficar bem, já vimos esse tipo de situação antes em estudos experimentais.

            -           E o bebê? – perguntou Raditz entrando na sala na hora com o aparelho e um médico de outra ala que pudesse ajudar.

            -           Não sobreviverá. Nunca conseguimos manter uma gestação de híbridos, ainda mais em uma raça tão fraca, por isso nunca houve uma mistura de raças. – respondeu o médico trazido por Nara.

O médico que acompanhara Raditz começou a olhar o aparelho de imagem em tempo real e todos puderam ver o pequeno feto, ainda minúsculo porém com boa formação.

            -           Parece estar de 4 meses se fosse humano, mas muito pequeno. – disse Raditz impressionado.

            -           Não, bem menos, deve ter um pouco mais de 2 luas, uns dois meses pra vocês humanos, mas veja, os vasos estão com pouca pulsação, e o saco de proteção me parece fino demais – disse o médico trazido por Raditz que observava o exame.

Novamente os alarmes indicando problemas no batimento cardíaco começaram a soar dos monitores e Raditz observou que a pressão começava a cair. As coisas realmente estavam começando a piorar gravemente.

            -           Temos de levar ela para a câmara de regeneração agora, pegue, faça essas contas para avaliar as dosagens para ela, eu vou iniciar o preenchimento da câmara com as mesmas dosagens que usamos para a outra terráquea que estava machucada. Leve-a – disse o médico que acompanhava Nara para Raditz e o médico que fazia as avaliações da imagem do feto.

Porém nesse momento Goku levantou-se furioso complicando bastante as coisas.

            -           Estão malucos? E quando ela acordar o que pretendem dizer a ela? Que foram lá e salvaram a vida dela, mas mataram nosso filho porque ele a estava matando? Ela morreria se soubesse disso.

            -           Ela vai morrer se não for assim. – disse o médico que já a colocava na câmara.

            -           Por favor, tem de ter um meio termo, uma chance, uma tentativa. – disse Goku desesperado.

            -           Existe um meio, mas é muito perigoso, pode matá-la junto com o feto. – respondeu o médico trazido por Nara.

            -           Qual? – perguntou Goku.

            -           Podemos induzir uma parada respiratória na moça juntamente com uma redução importante da pressão, o feto sente o perigo de morte eminente de quem lhe dá a vida e cede para a mãe boa parte de suas reservas, nesse momento colocamos ela na câmara de regeneração com as doses para sayajin, pois haverá sangue sayajin circulando nela e ela talvez poderá aguentar o procedimento de regeneração.

            -           Quais as chances de dar certo? – Perguntou Raditz.

            -           Bem, nunca tentamos algo parecido, eu não posso responder. – disse o médico.

            -           Façam. – disse Goku seriamente segurando a mão de Chichi que estava deitada na câmara de regeneração que já começara a encher.

            -           Goku, eu sei que é seu filho, mas ela não vai suportar, as doses são altas demais e...

            -           Raditz, acho que o único que tem o direito de decidir isso na ausência dela sou eu, e se existe uma chance de salvar os dois...

            -           Ou matá-los – disse Raditz com raiva.

            -           Chichi jamais me perdoaria se eu não tentasse salvar essa criança, eu sei, eu conheço ela. – respondeu Goku com algumas lágrimas descendo pelo rosto.

Nesse momento Raditz o abraçou, entendia o irmão. Porém, gerando completa estranheza nos outros sayajins que estavam na sala. E começaram os procedimentos para a parada respiratoria e redução da pressão, Chichi foi ficando mais pálida e com os lábios roxos. Bulma abraçou Goku que observava tudo ao lado da câmara, estavam completamente apavorados. Nara olhava os monitores fetais junto ao médico que fizera os exames de imagem quando notaram algo importante:

            -           O bebê, reagiu. – disse Nara.

Nesse momento uma luz branca muito forte encobriu o corpo de Chichi e o médico que olhava os monitores fetais falou para o que monitorava a câmara de regeneração ligada aos monitores de Chichi:

            -           Pode iniciar o procedimento.

A tensão era enorme na sala, todos olhavam os monitores apreensivos, os batimentos de Chichi estavam muito baixos e a taxa de oxigenação tecidual estava crítica, e aquela luz que a encobria começou a aumentar cada vez mais.

            -           O feto está instável, o batimento começou a aumentar demais, os vasos são finos demais pra aguentar a pressão.

            -           Ela começou a respirar, veja a pressão está aumentando, o batimento, ela vai conseguir – disse o outro médico que monitorava Chichi.

            -           O feto, estamos perdendo ele. O batimento está caindo.

E nesse momento de extrema tensão Goku se ajoelhou diante da câmara, na altura da barriga de Chichi e disse chorando:

            -           Não desista filho, vocês são fortes, você está indo muito bem, eu confio em você, não desista agora, por favor, eu preciso de vocês.

Porém, nesse momento:

            -           Droga ela está desestabilizando novamente, batimentos caindo, vou precisar aumentar as dosagens, ou vamos perdê-la. – disse o médico que a monitorava.

            -           O feto está, o batimento, vamos perdê-lo. Aumente a dosagem – disse o médico dos monitores fetais.

            -           Vão matar os dois se fizerem isso. – disse Raditz impaciente e frustrado.

Goku levantou-se e estava chorando com as mão sobre a câmara, Bulma e Nara choravam também, era isso, iam morrer os dois, estava dando tudo errado. Porém nesse momento uma luz mais forte saiu da câmara, uma luz dourada e logo em seguida houve uma explosão e todos foram arremessados para trás com o impulso, mas pousaram tranquilamente e sem arranhões no chão circundados por um escudo que os dois médicos fizeram bem no momento que viram que iria explodir. E quando puderam olhar Chichi estava no chão desacordada.

Nesse momento muitos soldados apareceram, juntamente com o rei e a rainha.

            -           O que aconteceu aqui? – perguntou o rei olhando toda a destruição que a explosão causara.

Goku correu para ver Chichi assim como os amigos que sequer perceberam a presença da família real e quando Goku se aproximou e tocou no rosto de Chichi ela abriu os olhos e sorriu. Todos se emocionaram e sorriram, ela estava bem.

            -           Chichi. – Disse Goku com lágrimas nos olhos a puxando pra um abraço.

            -           Não se preocupe Goku, Gohan e eu estamos bem.

            -           Gohan? – perguntou Goku.

E Chichi pegou a mão do Sayajin e colocou na barriga dela e sorriu.

            -           Nosso Gohan.

Todos ficaram muito emocionados, Goku pegou Chichi no colo e a abraçou, os amigos abraçaram o casal muito felizes e aliviados. Os outros Sayajins olhavam sem entender a cena e com muita estranheza todo aquele carinho, não fazia parte da cultura deles demonstrações tão explícitas, ainda mais em público, muito menos em presença da família real. O rei e a rainha se aproximaram e os cinco terráqueos prestaram uma pequena reverência.

            -           Poderiam explicar por que toda vez que eu vejo vocês temos uma explosão ou mais? – disse o rei um tanto mal humorado.

As explicações começaram, e foram até bem longas, os médicos tentavam esclarecer o que havia ocorrido, os soldados mencionaram que sentiram um enorme poder logo antes da explosão. Os amigos falavam sobre os acontecimentos e Chichi e Goku falavam dos motivos em esconder o relacionamento dos amigos, mesmo não tendo tido sucesso, pois ao que parecia apenas Raditz não sabia, enfim, eram muitos esclarecimentos. Até tudo ser explicado, foram horas. Porém depois de tudo esclarecido as coisas começaram a seguir. Com os dias passando Chichi sentia-se bem, às vezes ficava indisposta, mas era raro, e tornara-se uma verdadeira cobaia, estava sempre na ala médica com os médicos Touma (pediatra) e Salsa (obstetra) que haviam acompanhado o caso. Raditz e Nara também sempre estavam com eles em meio a discussões e conclusões médicas, além de infindáveis testes. Ao ver o que acontecera com Chichi e Goku o casal achou melhor ter mais cautela em seus encontros, uma gravidez ali definitivamente seria perigoso demais, e decidiram assumir um relacionamento para todos, esse sim foi uma enorme surpresa, pois ninguém sequer desconfiava, mas ficaram felizes pelo casal.

Goku descobrira as salas de treinamento do palácio e junto com os príncipes voltou a treinar e começou a estudar sobre a raça, lutas e claro, Freeza, que ainda estava desaparecido. Broly estava preso, mas não colaborava em nada nas investigações. Bulma comentara com o rei que ele estava ali por algum motivo, que ele havia se deixado capturar. O rei sabia disso, mas também sabia que Freeza jamais deixaria o filho para trás, e mantê-lo ali era manter Freeza ali também. Bulma agora passava boa parte dos dias trabalhando no laboratório tentando contato com a terra e estudando sobre a raça e a tecnologia deles.

Se passaram duas semanas até Bulma finalmente conseguir o contato com a terra, foi um momento incrível quando ela conseguiu ouvir a voz do pai e da mãe, ela estava imensamente feliz, finalmente, ela começou a falar de tudo que havia acontecido parcialmente e pediu que os pais reunissem os familiares de todos da nave para que pudessem conversar e matar as saudades. Mas não resistiu e perguntou por Yamcha para a mãe. Ela olhou para Bulma com certa dor no olhar e respondeu:

            -           Querida esqueça esse rapaz, ele é passado, já faz tempo.

            -           Mamãe o que você sabe? – perguntou Bulma totalmente surpresa com as palavras da mãe, pois ela vivia afirmando que os dois voltariam e que tudo aquilo era passageiro.

            -           Não sei nada meu amor, mas veja bem já fazem quase 5 meses que vocês saíram daqui e...

            -           Mamãe, diga o que está acontecendo? Ele está namorando com outra é isso? – perguntou Bulma já esperando uma resposta positiva.

            -           Querida O Yamcha vai se casar. - respondeu a mulher com tristeza.

            -           Mãe, diga ao papai para organizar a reunião com as famílias dos tripulantes eu preciso ir. - Naquele momento Bulma desligou o sinal de transmissão sem esperar qualquer resposta e saiu andando desnorteada. Não sabia o que estava sentindo, apenas sabia que doía, e muito. Sem perceber andou muito e chegou ao roseiral, olhando ainda muito dispersa desviou-se para a floresta e só parou de andar quando chegou a beira de um lago. Bulma sentou-se em uma pedra e ficou olhando para a água corrente. Ela não conseguia chorar, não conseguia sequer reagir. Estava totalmente em choque. Foi quando ouviu uma voz conhecida:

            -           O que faz nesse lugar? – perguntou o príncipe Vegeta que estava encostado em uma árvore próxima.

            -           Pensando príncipe, estou pensando. – respondeu ela com uma reverência.

            -           Me parece furiosa.

            -           Talvez esteja mesmo alteza.  - respondeu ela de forma calma.

           -           Como vão seus trabalhos no laboratório? - perguntou Vegeta observando que Bulma parecia estar completamente dispersa, parecia perdida na verdade.

           -            Consegui o contato com a terra. – disse ela em tom pouco empolgado.

            -           Deveria estar feliz não? Trabalha nisso a dias.

            -           Estou, apenas soube de algo que me incomodou, eu acho. – dizendo isso ela tirou um anel que estava em seu dedo anelar direito e o jogou na água.

Vegeta a observou e disse:

            -           Não voltará a encontrar esse objeto, a correnteza aqui parece fraca, mas consegue levar pra longe objetos leves como esse que jogou.

            -           Talvez eu não queira mais encontrar príncipe Vegeta. Talvez eu não queira olhar nunca mais para aquela porcaria. - respondeu ela com a voz um pouco pesada, como se estivesse furiosa.  -  Me diga, existe algum impedimento em tomar banho nesse rio?

Vegeta olhou confuso para ela, mas resolveu responder:

            -           Não, muitos sayajins fazem isso em épocas quentes, mas agora está bem frio, a água deve estar gelada.

Porém antes mesmo que Vegeta finalizasse por completo a sua resposta Bulma começara a tirar a roupa ficando só de lingerie, que era azul escura, e pulou na água, que realmente estava muito gelada e começou a nadar um pouco. Vegeta apenas olhava para cena meio embasbacado ao ver o que a terráquea havia feito. Em seguida, depois de alguns minutos nadando, mergulhando e emergindo Bulma saiu da água e disse para o perplexo príncipe:

            -           Em meu planeta, quando queremos nos livrar de uma energia muito ruim que se instalou dentro de nós tomamos banho em um rio, mar, cachoeira, pra eliminar isso de nós, pra que a água leve isso pra longe e pra que nunca mais volte.

            -           Não deveria fazer essas vulgaridades assim de forma tão repentina, nem todos os sayajins vendo uma mulher como você nesses trajes se manteria longe. – disse ele observando com atenção e até com certo desejo o lindo corpo de Bulma, e ela percebeu e sorriu, fazia tempo que ninguém a olhava daquela maneira, e por mais incrível que parecesse, ela gostou de ser desejada e sem pensar muito ela perguntou de forma atrevida:

            -           E você príncipe? Vai se manter longe? – dizendo isso ela olhou para ele e sorriu com certa malícia mas bem disfarçada.

Vegeta ficou vermelho como um pimentão e virando o rosto respondeu:

            -           Eu sou o príncipe dos sayajins, jamais chegaria perto de uma mulher sem que ela autorizasse, eu não preciso disso pra ter uma mulher.

Bulma sorriu e começou a se vestir novamente pois achava que ia congelar daquela forma, estava realmente muito frio e ela estava tremendo, ainda mais agora que estava molhada. Mas aquele banho tinha lhe feito muito bem, as águas geladas daquele planeta, o frio, o olhar do príncipe, era o ponto final que ela precisava, ela havia deixado a água levar Yamcha para fora dela, ela havia deixado ele ir. E ao terminar de se vestir olhou novamente para o príncipe respondeu:

            -           Certamente que não alteza, mas preciso ir agora, está realmente muito frio e nós humanos não somos resistentes como vocês sayajins poderosos. – e Bulma sorriu novamente para ele e piscou um olho e começou a andar por onde havia chegado, quando notou o príncipe ao seu lado, como era rápido em se movimentar, pensou ela. Ele tirou a capa grande e vermelha cor de sangue que usava e colocou sobre os ombros de Bulma e disse:

            -           Use isso, vai lhe aquecer, o caminho até o castelo é longo e se lhe virem molhada dessa forma podem tentar lhe fazer algum mal. Vendo você com a minha capa ninguém se atreveria a tocá-la. Quando chegar ao palácio entregue a algum empregado que eles me devolverão. – dizendo isso ele foi embora voando e deixando-a sozinha.

            -           Obrigada príncipe. – respondeu ela em voz baixa, para si mesma, com um significado muito maior do que o príncipe poderia imaginar.

 

Continua...

  

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Genteeee espero que gostem de ler na mesma intensidade que eu amei escrever, por favor comentem vou amar muito saber a opinião de vocês.
Já sabem, críticas, elogios e sugestões sempre são muito bem vindos.
Sei que ficou muito grande, mas... Não consegui parar até o momento final dele.
Beijos


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