História Evolução - Capítulo Único

 Eles eram o complemento um do outro: enquanto Jinwoo transbordava sentimentos e os demonstrava de todas a maneiras possíveis, Taehyun estava sempre impondo limites aos seus relacionamentos, construindo barreiras que o impediam de se abrir inteiramente com alguém. Não era antipatia, ignorância ou nada  parecido, era o seu jeito e as vezes machucava as pessoas, fazia elas se sentirem sem importância quando ele queria demonstrar o contrário. No fundo, o mais novo só precisava de alguém que não desistisse dele, não alguém que o aceitasse, mas sim uma pessoa capaz de fazê-lo superar essas limitações. Em sua concepção, o amor nunca foi conformismo, acreditava que fazia parte do sentimento, no entanto admirava muito mais quem se propunha a ajudar na superação de alguns defeitos e não simplesmente aceitá-los como uma "prova de amor". Evolução era algo que o agradava bastante e qualquer um que fizesse uma melhoria na sua vida ou nele próprio, merecia mais respeito do que quem apenas consolava. 
   E foi assim que Jinwoo, a personificação da espontaneidade e do carinho, o conquistou por completo. Já não haviam mais barreiras na relação deles. À curtos passos o hyung foi o ensinando a confiar nos outros, mostrou a ele que pedir ajuda não era uma demonstração de fraqueza e que se sobrecarregar impediria seu crescimento, e isso ia contra a maior ambição do menino. Uma por uma as barreiras foram derrubadas e Taehyun passou a se sentir em casa quando via Jinwoo.
  Por outro lado, o excesso de sensibilidade desse o causava ferimentos constantes e foi com o maknae que ele aprendeu a remediar suas atitudes, evitando que se aproveitassem da sua ingenuidade. Eles eram extremos que se equilibraram na presença um do outro,  ambos admiravam muito tudo que haviam construído. Tinham agora alguém que os compreendia por inteiro e não precisavam usar máscaras. Tinha aceitação, mas acima de tudo, uma constante evolução. 
  Por isso quando Tehyun beijou os lábios de Jinwoo pela primeira vez, não houve resistência nenhuma, não existia necessidade para isso e eles se entregaram. Mergulharam, nadaram, afogaram-se e dormiram nos beijos, no toque e nos braços um do outro. E aquilo parecia tão certo, como se finalmente estivessem unidos, como metades que se encaixavam perfeitamente pela primeira vez.