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História Ex-Girlfriend Club - 12. Apostas Confissões II


Escrita por: hyein e Lullaby

Notas do Autor


Novo capítulo a ser postado <3
Thanks Lulz por seres maraperfeita 8D

Capítulo 12 - 12. Apostas Confissões II


 

— Por quê? — Perguntou Min Jin entrando na casa de Park Soo Jung. — Porque é que nos fizeste isto, Soo Jung? — Gritou com lágrimas a formarem-se. Tinha um grande nó na garganta e o estômago às voltas. Tremia como louca e sabia que a qualquer momento poderia ter um colapso, mas mesmo assim não quis, ou melhor, não conseguia desistir sem saber realmente o que se tinha passado há oito anos.  

Ao princípio Soo não entendeu, mas depois lembrou-se do desafio daquela manhã. Ela tinha realmente ido falar com Woo Bin? Ficou sem ar e não sabia bem como explicar o que se tinha passado. Realmente, não tinha certezas de nada e de como iria conseguir explicar-se sem que ela o odiasse para sempre. Depois lembrou-se do que tinha feito. Ela iria odiá-lo mesmo que ele tivesse cuidado com as palavras, e não a podia culpar, ele tinha realmente sido um idiota. Mas quem não o é quando está apaixonado?  

— Estamos a falar de quê? — Não queria mostrar que já tinha compreendido os interesses de Min.  

— Park Soo Jung. — Quis gritar, mas controlou-se. — Diz-me porque é que me separaste do Woo Bin, porque é que nos mentiste e disseste que eu fugi e o traí?! Porque é que nunca lhe disseste o que eu pedi?! — Reclamou agarrando-lhe na camisa. Ela estava demasiado perto, pensou Soo Jung, suspirando para que controlasse as suas emoções. Conseguia sentir o cheiro do perfume doce dela. O tão característico cheiro de canela do seus cabelos.   

— Eu... eu amava-te, Min Jin. — Disse. — Ainda amo. — Falou num fio de voz para ela não ouvir, mas esperando que ela ouvisse. Os olhos dela tornaram-se maiores com o choque. — Larga-me. — Pediu agarrando-lhe as mãos para se libertar. — A verdade é que vocês nunca estiveram bem um com o outro. — Gritou mais enervado. — Vocês nunca iam durar! 

— Isso não era para tu decidires! — Gritou Min de volta. — Eu podia estar agora casada, podia agora ter o meu primeiro ou segundo filho. — Gritou ainda mais alto com lágrimas nos olhos. — Tens noção de que destruíste algo bom porque estavas embirrado? Oh, pobre de mim, a moça que eu gosto está a namorar o meu melhor amigo, vamos foder-lhes as vidas e criar problemas para ver se ela fica comigo. — Pegou em alguma coisa e partiu-a no chão. Era uma moldura com uma foto deles os quatro. Arregalou os olhos quando viu a foto. — Estamos assim tão agarrados ao passado? — Troçou, mesmo que fosse dela um pouco. 

— Foram os melhores momentos. — Encolheu os ombros. — Tu sabes bem, Min Jin, que Woo não te iria fazer feliz. Eu tive que separar-vos e foi no melhor momento. Tu própria sabias que não ias ficar com ele, se não tinhas aceite logo o pedido de casamento! — Gritou.  

— Eu ia aceitar, Soo Jung. —horava tanto que o rosto tinha ficado vermelho, os olhos pareciam frágeis e tão vermelhos que ele, por momentos, preocupou-se. A última vez que a tinha visto assim ela tinha ido embora da sua vida e voltado oito anos depois. — Eu ia aceitar nessa noite, se não tivesse recebido a notícia de que o meu avô tinha falecido. Eu ia pedi-lo em casamento no avião de volta para casa. — Caiu por terra com as mãos na cara enquanto chorava e chorava. Um pranto tão angustiante que até ele sentiu vontade de cair no chão. A sua espinha tremia enquanto o som dos grunhidos de Min enchiam a sala. — Eu odeio-te. — Levantou-se e deu-lhe uma bofetada. — Eu realmente odeio-te, Soo Jung. Tu não és nenhum Deus para escolher quem fica com quem. Tu não és a peça central na vida de todas as pessoas. — Ajoelhou-se para pegar na carteira, mas cortou-se num pedaço de vidro. Não quis saber, apenas queria sair dali, correu para fora do apartamento e saiu sem fechar a porta.  

— A TUA MELHOR AMIGA TAMBÉM TE TRAIU, ELA DORMIU COM O TEU NAMORADO NA NOITE EM QUE TE FOSTE EMBORA! — Gritou Soo Jung batendo com o punho na parede.  

Min Jin estava tão louca de raiva e tristeza que nem se apercebeu de que tinha batido em Woo Bin quando corria no corredor.  

 

*** 

 

Quando Jae Rim chegou ao apartamento, que os sogros lhe tinham oferecido para viver com Min Jin, o cheiro a vinho era impossível de passar despercebido. Teria Min cozinhado e deixado a garrafa aberta? Teria partido quando a tirou do frigorifico? Talvez. Mas quando acendeu a luz lá estava a sua noiva. Sentada no balcão da cozinha, com uma garrafa de vinho vazia à sua frente e outra na mão, a meio. Tinha os olhos vermelhos e inchados, a tez branca tinha um tom fúnebre e as bochechas estavam levemente coradas pelo álcool.  Os cabelos completamente desalinhados, vestia uma t-shirt velha dele e os boxers dele também. A cabeça pendia-lhe para o lado esquerdo e murmurava algo antes de dar outro gole da na garrafa.  

Jae deixou a pasta cair no chão e apressou-se a chegar ao pé dela para lhe tirar a garrafa. O que teria acontecido de tão grave para a deixar naquele estado? Os olhos de Min encheram-se novamente de lágrimas quando olhou para o seu noivo. Não sabia bem como abraçá-lo ou como viver com ele agora. Tirou o anel de noivado do dedo e tentou entregá-lo. 

— Min Jin...  

— Fica com ele, vamos acabar com o noivado, oppa. — Disse sem grandes forças. Os seus olhos encheram-se novamente de lágrimas, que caíram em grandes gostas, manchando a alcatifa castanha.  

— O que é que se passou para não queres continuar o noivado?  

— Hoje descobri que o meu amor foi-me roubado. — Disse. — Hoje descobri que tudo o que achava ser verdade não o era. Oppa, o Woo nunca me deixou. Fomos os dois marionetas de alguém e é por isso que estamos agora aqui. — Ele quis dar-lhe o anel de volta. — Escuta-me. Eu sei que não me amas. Não faças essa cara, eu sei o que tu és, assim como tu sabes o que eu sou. Eu amo-te mais que tudo, mas como amigo. E eu vi os teus olhos a brilhar quando encontramos aquele  jovem no outro dia. Tu ama-lo e eu estaria a roubar a tua felicidade ao casar-me contigo. Vamos ser apenas amigos, ele merece este anel, não eu. Vai e ama-o como bem entenderes, sejam felizes, deves-me isto. E, se algo te acontecer, se alguém ousar magoar-te avisa-me, que eu irei tratar do assunto.  

— Min Jin... — Abraçou-a enquanto chorava. O anel ficou em cima da bancada. O coração dele batia freneticamente. Ela sabia desde sempr,e mas nunca dissera uma palavra, tinha esperado para que fosse ele a dizer algo, e, se Min não tivesse falado agora, nunca o teria feito. Estava profundamente agradecido e, ao mesmo tempo, triste. Ela estava a sofrer e não conseguia lidar com isso. Desde que a conhecia, Min era uma pessoa com as emoções em ordem, com a vida em ordem, com o cabelo perfeitamente alinhado. E aqui estava ela, uma gigante realidade de problemas, bêbada e a tentar fazer alguém feliz no meio dos seus problemas. — Eu amo-te. — Disse. O tipo de amor que se tem por uma amiga, por alguém que nos é tudo, sem ser o tudo.  

— Eu sei, eu também. — Tinha finalmente parado de chorar. — Agora vai, declara o teu amor pelo homem da tua vida. Pede para ele ir viver contigo e tenham os momentos mais felizes de sempre. — Pediu afastando-se do estranho abraço.  

Mas ele não foi embora. Arrumou primeiro a garrafa do vinho, atirou a vazia para o lixo e depois pegou Min Jin ao colo. Ela estava demasiado bêbada para reclamar, demasiado triste para se importar. Jae deitou-a na cama de casal e deitou-se ao lado dela, acomodando-a num grande abraço onde ela chorou até adormecer.  

 

*** 

 

Quando acordou de manhã, numa extrema ressaca lá estava ela. Iseul sentada na ponta da cama, com um olhar preocupado e triste ao mesmo tempo. Ela sabia de tudo o que se tinha passado ontem à noite. Min abanou a cabeça, tentando puxar a dor de cabeça para longe e ignorar o estomago revoltado. Iseul entregou-lhe uma garrafinha que a jovem bebeu até ao fim, fazendo uma pequena careta de descontentamento, sabia mesmo mal.  

— Desculpa. — Min quebrou o silêncio. — Desculpa não ter estado lá. — Continuou. — Desculpa nunca mais ter ligado, nunca mais ter tentado remediar o passado. Desculpa ter sido a pior das amigas, desculpa-me.  

— Eu é que tenho que pedir desculpa. — Começou a chorar. — Desculpa não  ter conseguido ligar, desculpa ter ficado demasiado envergonhada por ter dormido com o teu namorado. Mas eu... 

— Iseul, tu não estavas em ti. — Suspirou profundamente antes que começasse a chorar. — Tu nunca farias algo assim estando completamente bem. Tu não és assim, tu és a pessoa mais honesta e leal deste mundo. Eu sei o que se passou, ou parte disso, e sei mesmo que tu nunca, mas mesmo nunca farias algo de mal, principalmente às pessoas que mais gostas. — Chamou-a para si e as duas abraçaram-se.  

Jae Rim entrou no quarto com um tabuleiro de sopa de ressaca e arroz acabado de fazer. Não era o melhor dos cozinheiros, mas conseguia fazer alguma coisa com a ajuda de uma boa receita com passo-a-passo. Pousou-o na cama e, com um sorriso, saiu do quarto. Não fechou a porta. 

— Bem, acho que é melhor irmos comer e depois ir para o trabalho. — Disse pegando na colher e na taça de arroz.  

— Tens mesmo a certeza? - Iseul tinha os seus hashi na mão pronta para comer os pequenos pratos que Jae tinha juntado no tabuleiro, Kimchi, porco frito e arroz com ovo por cima.  

— Nunca faltei a um dia de trabalho. Não irei começar agora. — Sorriu.  

 

*** 

 

Violet conversava de forma mais animada com Na Yoon. Começara, finalmente, a sentir-se mais à vontade e a participar mais das conversas de grupo. Adorava principalmente o pequeno-almoço em conjunto com o resto das meninas, mas hoje nem Iseul nem MinJin tinham chegado cedo, o que achou muito estranho. Pelo tinha visto, Min Jin parecia ser do tipo sério e que não gostava de chegar atrasada. Provavelmente tinha acontecido algo.  

— Alguém sabe onde é que estão Iseul e Min? — Perguntou olhando para a porta de entrada do escritório partilhado. 

— Não sei. — Reclamou Min Soo. — Nem delas, nem do Woo Bin ou do Soo Jung. Parece que todo o mundo decidiu desaparecer. — Foi quando a porta se abriu. Min e Iseul vinham juntas, demasiado pálidas e cansadas. Na Yoon reparou que Min Jin não trazia o seu anel de noivado, os seus olhos estavam demasiado vermelhos e a pele cálida e sem brilho. Aliás, não estava nada polida, o cabelo precisava urgentemente de ser lavado, a camisa estava amarrotada e as calças não pareciam ser dela. Iseul até parecia mais arranjada que Min. Aliás, qualquer uma delas parecia estar mais bem apresentada, o que nunca tinha acontecido.  

— Bom dia. — Iseul sorriu calmamente indo para a sua mesa para ligar o computador. Min cumprimentou todos os presentes com um aceno formal e, em modo zombie, caiu na cadeira. Tirou o guião da gaveta e pegou numa caneta. Abriu-o numa página qualquer. Na Yoon tinha quase a certeza que aquele nem era o guião novo.  

Antes de se sentaram, Soo Jung apareceu. Min Soo deixou escapar um guincho. Tinha a cara roxa e outros lados vermelhos, um dos olhos meio fechado, provavelmente da pancada que tinha levado e não parecia de bom humor, bem, quem é que estaria de bom humor assim? Pegou numa garrafa de água, o frigorifico tinha sido reposto no escritório delas e então não havia como escapar. Sem uma palavra saiu para o seu próprio escritório. Trancou-o.  

— Credo. O que terá acontecido? — Voltou-se para Na Yoon e Violet que encolheram os ombros em resposta — Vocês sabem de algo? — Recebeu silêncio como resposta por parte das duas amigas. Algo estava muito estranho. Demasiado estranho.  

— Acho que é melhor irmos trabalhar. — Comentou Violet arrastando Min Soo consigo. - Vamos lá, antes que algo aconteça.  

Woo entrou. Tinha a cara marcada também. Não tão grave como Soo Jung, mas mesmo assim notável. O maxilar estava roxo escuro e uma das bochechas igualmente marcada. O seu andar era decisivo. Parou em frente da mesa de Min Jin, que o olhou perplexa e confusa, como se não tivesse reparado antes em Soo. A verdade é que nem tinha olhado para ele de tão zangada que ainda estava. 

— O que...  

— Toma. — Tirou uma caixa do seu casaco. Era de veludo, azul e quadrada. Abriu-a antes de a colocar em cima da mesa. Era um anel de noivado. — Eu ontem ouvi a vossa conversa. — Disse num fio de voz. — Ontem finalmente entendi tudo e percebi que nunca foi culpa tua ou minha. Eu teria ido contigo, Lee Min Jin. Eu teria ido, teria aceitado o teu pedido. Talvez agora estivessemos casados e com dois filhos. Talvez a preparar o primeiro. Tantas possibilidades. A verdade é que foi-nos roubado um futuro juntos e agora não o podemos recomeçar. Estamos demasiado partidos para isso. Mas, eu amei-te e agora sei que também me amaste. — Fechou os olhos antes de continuar. — Eu guardei-o estes anos todos, e talvez as que vieram depois de ti o tivessem encontrado e deixado estar, a pensar que era para elas. Mas no interior está escrito o teu nome. — Mordeu os lábios. — Pertence-te, é teu, e assim fechamos uma etapa da nossa vida. Espero que agora possamos sarar. — E saiu da sala fechando a porta atrás de si. Um silêncio louco formou-se na sala com todas as mulheres de olhos postos em Minnie. Iseul olhou para o chão, nervosa, Na Yoon directamente para Violet, que estava vermelha de vergonha. Min Soo parecia estranha, um pouco perturbada, enquanto olhava para a Min Jin, que tinha a caixa na mão e a fixava com horror.  

Min Jin levou as mãos à cara, tapando-a parcialmente. Ia começar a chorar. Agarrou no anel e na sua carteira. — Eu não consigo mais. — Atirou para o ar antes de desaparecer.  


Notas Finais


Thanks por lerem <3


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