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História Exânime - Exânime


Escrita por: JullyLove

Notas do Autor


1.As partes em aspas são trechos de flashback;
2.É uma Deathfic porém sem sangue;
3.Essa fic tem uma música que combina muito com ela, mas não é uma song fic;
4.Capa é uma foto que consegui no bom e velho Google e fiz algumas edições em cima dela;
5. Exânime é um sinônimo para desfalecido, desmaiado,inconsciente, etc.
6. Essa fic encontra-se postada no Nyah Fanfiction numa conta com o mesmo nome da desta, pois seus direitos pertencem a mim. Lembrem-se Plagio é CRIME.

Capítulo 1 - Exânime


Fanfic / Fanfiction Exânime - Exânime

Então naquela noite ele voltou para casa. Não especificamente a casa que chamava de lar ou tinha as mais belas e dolorosas lembranças. No momento encontrava-se encarando um espelho, estava mais pálido do que o normal, mais magro do que antes e obviamente seus olhos perderam o brilho. Sendo honesto com sigo mesmo, tudo que ele tinha havia perdido o brilho. Ajeitou o sobretudo preto grosso sobre o corpo agora extremamente magro e começou a rodar pelo lugar.

As mãos com unhas perfeitamente feitas que ganharam um tom de laranja vivo estavam passando pelas paredes cinzas daquela casa. Há quantos anos ela havia abandonado aquele lugar? Quanto tempo se passou desde que os lençóis grafite estavam sobre os móveis que estavam ali? Um mês ou um ano? Ela já nem se lembrava mais, apenas sentia. E como ela sentia, o tempo passava por ela como um ventania forte na tempestade.

Foi nesse momento que eles se cruzaram, passaram lado a lado. E foi apenas nada, era como se cada um estivesse preso dentro de si mesmo. Do lado de fora um trovão corta o céu, brilhando como um enorme raio de sol. Eles olham juntos para janela e uma vez mais ambos não conseguem se encontrar. Ele preso num passado que foi deixado para lá  e ela segurava firme o casaco azul vibrante tentando se proteger das lembranças dolorosas.

Entraram no mesmo quarto, ela estava deitada sobre a cama e ele olhando pela janela. Não falavam, não se viam, não mais estavam ali. Ray estava com os olhos refletindo a tempestade que batia na janela, Keira apenas chorava e rezava bem baixinho. A loira se ergue e o corpo dela parecia pesar cinco vezes mais que antes, o moreno deitou-se e sentia-se como uma pena sendo arrastada pelo vento. Realmente os dois haviam se devastado por dentro, se destruído e acabado com o melhor um do outro.

No chão empoeirado ela pode ver as flores mortas e os cacos do vaso que se espatifou no dia que ele abandonou aquela casa. Pegou um dos cacos com a ponta de seus dedos, ela cuidava pois aquele vaso foi feito por ele, seu amado havia feito de aniversario para ela com sua cor favorita. Fechou os olhos e como se tudo voltasse no tempo, o vaso já não estava mais quebrado a seu lado. Era um dia quente de verão, ela olhava para a janela se questionando onde havia esquecido o que precisava.

Key buscava um envelope com seu nome no exterior, finalmente achou e foi ver se era o bendito envelope de trabalho que ela esqueceu em casa, mas não era. Jay ao ve-la com o mesmo na mão teve uma crise, gritou, mandou-a soltar e então eles brigaram como nunca antes. Depois do som do vidro se quebrar, ele arrumou suas coisas e seguiu para longe dali. Talvez se ela soubesse o quão importante era aquele envelope, ela teria brigado mais para saber do que se tratava e não o acusaria de adultério tão fácil. Acordou de seus pensamentos quando o sangue saiu de sua mão devido a um caco que ela apertará com força demais.

Jay pegou um caco na mão e oposto a sua ex mulher ele não se cortou. Olhava para os mesmos lugares e o sentimento dele era diferente. Sentia que talvez ele devesse ter contado tudo a ele, mas ele apenas foi capaz de fugir daquela dura realidade. Lhe doía como o inferno pensar no quanto foi covarde e nas horas gastas se lamentando por isso. No final ele não passava de um garotinho assustado que já não tinha mais a barra da saia da mãe para se agarrar. Ele deveria ter contado a ela, mas seu ego não deixo. Despertou apenas ao ouvir um choro agudo perto de si, olhou ao redor e não tardou a encontrar sua pequena.

A mulher chorava com todas as forças de seu corpo, que estava tremulo. A cada novo soluço, o rapaz era capaz de ouvir gritos de dor e a vontade de poder fazer algo crescia. Independente do futuro as coisas já não estavam mais nas mãos deles, o tempo para isso acabou tempos antes. Mesmo sabendo que de nada adiantaria, se abaixou e a abraçou como se quisesse protege-la de todo mal do mundo e no final ele sabia que o faria. O corpo antes tremulo e soluçante começou a se acalmar, a moça finalmente parecia se conformar. E ficaram assim por um longo tempo, tempo esse perdido decisões atrás.

 

Os minutos se arrastam, eles estão ali ainda se acalmando, se cuidando e se amando. Logo ergueram-se juntos, ajeitaram seus casacos, seus rostos e cabelos e por fim rumaram pra fora daquela casa. Nana mordeu os lábios pensando no que faria, estava com medo, mas acabou por se decidir. Seguiu pelo lado oposto de seu apartamento, pegou um jarro de vidro azul escuro e foi até a beira da alta encosta que dava vista para o mar. Sorriu olhando para o lado, bem onde Jay se encontrava. Fechou os olhos e ouviu aquilo que nunca imaginou ser capaz de ouvir de novo.

-Me desculpe pela minha covardia, minha fraqueza eu apenas não queria ve-la sofrer assim. –ele dizia com a voz rouca e cheia de dor. –Eu te amo e peço que nunca se esqueça disso, mas me perdoe pelo que fiz.

-Se tivesse me contando poderíamos ter resolvido. – a voz dela era baixa e incerta. –Juntos daríamos um jeito.

-Sinto muito por resolver fazer isso sozinho, mas eu não podia deixa-la se despedaçar ao me ver. – sorriu de modo suave e triste. – Não queria ver o amor da minha vida se quebrando bem na minha frente.

-Você decidiu sozinho o que era melhor para mim! – ela se enfureceu. –Isso não é justo, ninguém tem direito de decidir pelos outros.

-Se decidi por você naquela época, nos resta agora arcar com as consequências. –falou sorrindo. –Sinto muito princesa, mas chegou a hora de dar adeus.

-Idiota você escolheu sozinho e não vou te perdoar por isso. – a voz era mista de dor e raiva. – Eu te amo seu imbecil.

-Também te amo princesa. –dizia acariciando o rosto dela. – Cuide-se e não desista nunca mais! Pois a cada dia que vem a dor irá diminuir prometo!

A conversa entre eles acabou ali. Sem pensar muito ela abriu o pode de vidro e as cinzas começaram a sair de dentro do mesmo. Depois de sentir que havia acabado, a moça abriu os olhos e sorriu triste. Realmente era o fim, era o adeus o último adeus. Olhou pro seu e uma lagrima solitária deixou seus olhos.

-Se você tivesse me contando, se tivesse deixado eu decidir. – a voz agora era firme, embora triste. –Eu teria estado com você, você não teria morrido sozinho e com dor seu grande idiota.

Falou e deixou o pote cair de suas mãos e encontrar o mar depois de algum tempo. Se enrolou ainda mais no casaco, olhou para frente e seguiu para casa. Aquele inverno seria rigoroso, pois seria seu primeiro inverno sem ele depois de tantos anos.


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=U4IAGj8Z78Y (Fermata B.A.P)
O link a cima é da música mencionada, boa leitura e me digam nos reviews o que acharam, agradeço desde já.


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