História Exo, My Neighbor? - The Neighbors

- VERSÃO ELLEIRBAG - 
01h00 AM

- Preciso de mais rameon na minha vida. - digo assim que saímos do restaurante e Chung fixa seu olhar para algum lugar ignorado por mim - Eu poderia comer mais se não estivesse tão cheia. - suspiro 

- Só faltou você comer o prato. - ela estava quase que anestesiada devido à bebida que tomou

- Por que você bebeu aquilo? - ela começa a rir intensamente e recebe um olhar sério - Chung. 

- Uou! Relaxa. - ela mostra suas mãos em algum tipo de rendição - É Soju, meu anjo. - seu dedo indicador passa a cutucar meu nariz de uma forma terrivelmente irritante - Eu esperei muito tempo para beber isso novamente. 

- Você está bêbada. - cruzo meu braço ao seu tendo plena certeza de que ela acabaria caindo

- Ah, qual é! - me olha incrédula - Foram só dois copos... - ela tosse em meio a risos

- Chung, foram duas garrafas!

- Opa! - ela contém qualquer tipo de reação e volta a rir

Decido não opinar mais nada, ela estava bêbada. Não quero nem ver quando acordar com enxaqueca, vai ser um incômodo.
Seguimos em silêncio - se é que isso era possível já que Chung ria de cinco em cinco minutos - até chegarmos em casa.

- Por favor, não durma agora! - sinto-a pesar seu corpo ainda mais sobre o meu - Eu não sou o Hulk, não tenho tanta força assim. 

Avisto uma van preta parada em uma casa na frente da casa em que morávamos.

- Que van é essa? - pergunto e Chung rapidamente se ajeita para observar

- Vieram pegar você. - não consigo evitar o riso por conta daquela informação sem sentido

- Você precisa dormir. - balanço a cabeça em reprovação e ela volta a rir

Chung cambaleia apertando meu braço com força e logo ajudo-a entrar na casa. Levo-a até a cama e ela respira de forma pesada. Jogo sua bolsa em qualquer canto do meu quarto e tiro o suéter que estava, ficando apenas com um top preto.

- Não me faça querer agarrar você. - volto meu olhar ao seu e pego-a observando cada movimento meu - Não brinque com uma mulher bêbada. 

- Boa noite, mulher bêbada. - vou até ela, que estava deitada sobre um colchão inflável e beijo seu rosto

 

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- Elle. Já dormiu? - ouço Chung me chamar e levo meu olhar ao seu - Lembra daquele coreano? - assenti com a cabeça - Será que... - ela morde o canto de seus lábios e ri contido

- Nada é por acaso. - ela se mantém atenta ao que eu estava dizendo - Mesmo que você não acredite, sempre tem um dedo do destino. - ela esconde seu sorriso com o travesseiro - E se vocês vão se encontrar de novo? Quem sabe... O mundo dá suas voltas. 

- Af, você e suas frases. - ela me joga uma almofada e não seguro meu riso - Você é feliz? - pergunta e eu demoro alguns segundos para raciocinar 

- Por que essa pergunta? - deito minha cabeça sobre o travesseiro e aguardo sua resposta, mas não havia nada, ela estava dormindo - Você bêbada vira outra pessoa. - preciso segurar o meu riso para não acordá-la 

-10H00AM-

 

Acordo com barulhos de motores, vozes e risadas altas.

Eu não acredito, eu sei que acordo de mau humor quase todos os dias, mas isso... Já era demais! Realmente não dá para acreditar. São dez horas da manhã e já tem gente enchendo o saco. Dez horas da manhã!!!

- Onde você vai? - Chung levanta seu olhar cansado e confuso para mim - Elleirbag você está sem a blusa! - ela grita assim que me vê abrir a porta do quarto e ignorando o fato de estar com um top de decote V 

 

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- Ei! Sabe que horas são? -  paro atrás de um coreano - não muito alto, de cabelos castanho escuro e ele usava uma camiseta azul escuro - e o cutuco indignada

- Dez e quin... - o coreano se volta a minha frente e me olha assustado

- Suho você pegou a... - outro coreano surge, paralisando no mesmo lugar e me olha de forma igualada ao coreano que estava em minha frente

- Mas o que foi? Estou descabelada? Sinto muito, mas acordei agora devido à baderna que vocês estavam fazendo. - penso em silêncio

Mais dois coreanos saem da casa aos risos e ao me verem congelam de forma automática. 

- Ei! Que raios vocês estão fazendo parados? - um coreano - o mais alto de todos - sai da casa com uma caixa de papelão nas mãos e assim que me vê, derruba a mesma no chão

 

Ao todo eram cinco. Cinco coreanos.

- Puts! E mais uma vez me meto em encrenca. - meus pensamentos estavam a mil, eu não sabia o que fazer

- E-eu... - minha respiração trava e me esqueço do que eu estava fazendo ali

- Elleirbag! - Chung corre em minha direção com uma blusa regata nas mãos e os cinco coreanos passam a dividir seus olhares entre eles - Desculpe, não queríamos incomodar. - ela apóia suas mãos em meus ombros e seguimos em direção a nossa casa, deixando aqueles coreanos confusos com tudo aquilo

- Você ficou louca? E se eles fizessem algo com você? - não sabia dizer se Chung estava irritada ou preocupada

- Ah! Que vergonha! - começo a rir e me jogo sobre minha cama

- Porque você está rindo? - ela pergunta ainda incrédula

- É de nervoso. - afundo minha cabeça no travesseiro

Eu não tenho noção das coisas mesmo!

- Mas o quê...? - começo a rir com mais intensidade e Chung balança a cabeça em reprovação

- VERSÃO SUHO -

 

- Quem era aquela louca? - Baekhyun quebra o silêncio de todos ali

- Você conhece ela, Suho? - Chanyeol pergunta e rapidamente nego com a cabeça - Então por que ela falou com você?

- Ela perguntou se eu sabia que horas eram... - apoio a mão sobre a nuca, ainda sem entender - Por que você está assim? - pergunto sentindo sua gigante frustração 

- Ele ficou incomodado. -  Baekhyun começa a rir sendo acompanhado por Sehun

- Parem. - Xiumin se manifesta na tentativa de nos fazer calar a boca, mas isso não era possível no momento

- Você conhece ela, Chanyeol? - provoco-o

- Não. - ele me encara de uma forma terrivelmente séria

- Chanyeol você quebrou o abajur, sabia? - olho para Sehun e vejo-o agachado em frente a caixa que antes havia sido derrubada por Chanyeol

- Tanto faz. - ele entra na casa ignorando todos ali

- Vamos terminar de arrumar as coisas. - pego uma caixa pesada, levando-a para dentro da casa
 

- VERSÃO CHUNG -

 

- Ainda não acredito que você fez isso. 

- Você viu a cara deles? - Elleirbag volta a rir como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo

- E você ainda acha graça? Super normal, uma americana apenas de calça moletom e um top de decote V... Você queria o quê? Queria que eles agissem com uma normalidade que, no caso, seria mega estranho? - percebo seu rosto vermelho e acerto seu braço com um tapa não muito forte - Você é muito louca!

- Nunca mais saio de casa. - ainda na cama, ela pega sua coberta e põe sobre sua cabeça

- Até me arrepiei de tanta vergonha alheia. - começo a rir ao ser acertada por um travesseiro seu

 

-07h00PM-

 

- Vamos sair para comer? - vejo Elleirbag deitada de bruços na cama com seus fones de ouvido - Até quando vai ficar assim? - dou um leve tapa em sua bunda, chamando sua atenção

- Chung... - ela tira um lado do fone e me olha séria - Não quero sair.

- Nem para fotografar? - pergunto e ela hesita

- Af. - ela se levanta amarrando seus cabelos em um coque - Vamos.

- Boa! - bato palmas e rio ao receber um olhar negativo da mesma

 

          - VERSÃO ELLEIRBAG -

 

Visto uma blusa preta com algum pequeno símbolo de cor vermelha e uma  calça jeans escura com um All-Star para acompanhar. 

 Refaço o coque de antes e deixo alguns fios curto de cabelo soltos.
Chung vestia uma blusa regata preta com um casaco xadrez amarelo por cima e uma calça jeans escura acompanhado  de um tênis da vans preto com rosas vermelhas. Seu cabelo estava molhado então, ela o deixou solto.

 

- Vamos comer rameon? - pergunto

- Como você quiser. - ela me joga uma piscadela e faço o mesmo para ela

 

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- Chung. - chamo sua atenção - Vou dar uma volta por aí... - mostro a câmera e ela ri

- Tente não se perder, certo?

- Idem. 

 

 

- VERSÃO CHANYEOL -

Estávamos na minha casa, todos os membros decidiram vir conhecer e aproveitaram para tirar as férias aqui, junto comigo.

 Estou no andar de cima, observando todos aqueles idiotas no andar de baixo, rindo e fofocando sobre nossas vizinhas, já estava uma bagunça e eu estava ficando irritado.

- Não acredito que perdi isso! - Kai acerta um tapa no ombro de Baekhyun assim que o mesmo termina de fofocar o que havia acontecido pela manhã e ambos riem

- Nem eu! - Chen ainda ria junto de todos os membros presentes na sala - Preciso conhecer essa garota.

- Ela não era coreana. - Suho coça sua cabeça em dúvida - Mas a amiga, sim.

- Ela tinha jeito de ser americana ou francesa. - Sehun se manifesta

- Espera! - Kyungsoo chama a atenção de todos - Você disse duas amigas, uma coreana e a outra americana?

- Ou francesa. Por que? - Sehun se intromete deixando Kyung bravo

- Nada não. - Kyung sai para algum canto fora da minha visão

- Ela parecia uma louca. - Baekhyun resmunga fazendo com que todos voltassem aos risos - Suho disse que ela havia perguntado as horas, mas eu não entendi muito bem.

- Eu gostaria de responder que horas eram... - a malícia no tom de voz do Kai gritava em meus ouvidos

- Chega! - grito do lugar onde estava e a atenção assustada de todos era minha - Quando vocês vão calar a boca? - desço as escadas com o olhar de todos em cima de mim e sigo em direção a porta, mas travo assim que Suho chama minha atenção

- Para onde você vai?

- Para qualquer lugar, longe de vocês. - fecho a porta com uma certa força ignorando todos e ando para qualquer direção sem me importar 

 

- VERSÃO ELLEIRBAG -

 

- Alô? Mãe? - digo após conectar a chamada de vídeo - Ei! - sorrio assim que a vejo junto de minha irmã, Elisa

- Elle! - minha irmã acenava euforicamente - Estou morrendo de saudades! - por mais que ela sorrisse, era possível ver as lagrimas que caíam por seu rosto

- Ei... Parem com isso. - digo secando as lágrimas que se manifestavam em mim - Acabei de chegar e vocês já querem me fazer voltar? Isso é jogo sujo, sabia?

- Estamos com saudades! - minha mãe estava deitada em uma cama e pelo que pude ver, Elisa estava sentada no chão ao lado da mesma com o computador em seu colo

- Eu também! - eu não conseguia sorrir direito e era tudo culpa das lagrimas que me atrapalhavam

- Onde você está agora? - pergunta minha mãe curiosa, se ajeitando na cama para poder me ver melhor e recebe um olhar preocupado de Elisa e então as duas passam a se olhar por um breve momento

- Eu? Ah... - viro a câmera do celular e mostro o lugar onde eu estava - É só uma praça. Vim fotografar. - abaixo a câmera frontal e mostro a máquina fotográfica que se encontrava em meu colo

- E Chung? - Elisa tenta procurar algo ou alguém, mas não consegue

- Foi comprar comida. - começo a rir ao perceber a cara de nojo que as duas fizeram ao ter falado a palavra comida, já que elas acham a comida coreana ruim sem nunca terem experimentado - A comida não é tão ruim, sabiam? 

- Não está muito tarde? - pergunta minha mãe e volto meu olhar às horas na barra de notificações e me pego rindo ao ver o olhar de preocupação das duas

- Não se preocupem tanto aliás, tenho a Chung.

- Igual a não ter nada. - Elisa tranca após ver meu olhar sério - Desculpe. Só estava brincando. 

- Ela cuida bem mais de mim do que vocês pensam. - acabo rindo de novo ao lembrar do acontecido pela manhã

- Eu devo me preocupar?

- Mamãe! - elas riem

- Diga para ela que estou com saudades. 

- Pode deixar, direi. Agora eu preciso ir, amo muito vocês.

- Nós te amamos! - elas acenavam e mandavam beijos enlouquecidamente, faço o mesmo e desconecto a chamada de vídeo

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A história da minha mãe, Elizabeth, é um tanto que complicada...

Quando ela era adolescente, conheceu meu pai no ensino médio. Eles eram o casal perfeito, mas quando minha mãe engravidou, sem querer, ele a mandou abortar... Ela ficou tão frustrada com a inconveniência dele e a rejeição dos pais de ambos que, fugiu de casa e desistiu de tudo só para cuidar do bebê. Sim, este bebê era eu.

Ela passou por muitas dificuldades, uma delas foi ter que trabalhar na adolescência. Depois de uns anos, meus pais se reencontraram. Conversaram  bastante e passaram a noite juntos, mais tarde ele teve que ir embora - como sempre -, e ela descobriu que estava grávida de novo, mas decidiu escondeu. 

 O lado bom é que ela teve amigas que a ajudavam nos piores momentos e a única parte boa disso é que ela não se arrepende da gravidez. Ela nunca cansa de dizer que Elisa e eu somos a melhor coisa que já aconteceu na sua vida. Não tem preço.

Elisa tem esperanças de algum dia poder conhecer nosso pai, mas eu... Não sinto a mesma coisa, tudo o que posso sentir é raiva. Outra que, ela não faz questão de comentar dele... E é melhor assim.

Enfim, sempre fomos nós três contra o mundo. Admito que, é um pouco difícil estar longe delas já que sempre fomos bem unidas, mas mamãe sempre me dizia: "Vá em frente. Siga seus sonhos. Você pode descobrir coisas incríveis a cada novo passo que der. E não importa o quão difícil for, nem o tamanho do medo que você sentir, nunca pense no pior.. Sempre tem um jeito. 
As melhores coisas vem com o tempo. " 

E lá estava eu. Uma americana pouco ignorante sobre algumas coisas da vida, sentada em um balanço de criança, derramando lágrimas de saudades.

 

- Que boba... - penso em voz alta secando as lágrimas que estavam por meu rosto

- O que uma moça faz sozinha e chorando por aqui? - aquela voz grossa me assusta tanto que caio do balanço, parando de joelhos na frente do coreano - Você quer ajuda? - levanto meu olhar ao seu e me surpreendo ao lembrar quem era ele

- Não. Estou bem, obrigada. - levanto tirando o pouco de areia que estava em meus joelhos

 

Tento sair rapidamente, mas meu braço é segurado por ele e sinto meu coração acelerar.

- Você está bem? - solto meu braço e sinto seus olhos sobre mim

  Que olhar sério...

- Preciso ir. - digo nervosa e rapidamente fujo dali

 

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Sigo rapidamente na direção do restaurante e avisto Chung saindo do local com duas sacolas na mão. 

- Caramba! - ela se assusta ao me ver parada em sua frente - Você me assustou.

- Desculpe. - passo a andar ao seu lado segurando a alça da bolsa da câmera com uma força moderada

- Aconteceu alguma coisa? - ela prende seu olhar a mim, percebendo o meu nervosismo

- Não aconteceu nada. - respondo e ela tenta perguntar algo a mais, mas é interrompida por mim - Vamos logo? Estou morrendo de fome.

Ela ri: - Eu também.

 

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 - VERSÃO CHANYEOL - 

Então você está andando por aí, para esfriar a cabeça e se depara com uma moça sozinha e ...chorando.

Minha intenção era apenas ajudar, por que ela ficou tão assustada? Eu quem devia ter me assustado, aquela louca... Aparece na casa dos outros para perguntar as horas e... Com aquela roupa. Ela não sabe que aqui é a Coréia? Garota boba. Ela estava chorando e eu só quis ajudar, de alguma forma. Af, mulheres...

Decido ignorar o ocorrido e sento-me no balanço com as duas mãos no bolso e passo a observar a areia do local quando... Espera, o que é aquilo? Estendo minha mão esquerda até o objeto no chão e observo atentamente cada detalhe dele. Era uma chave, uma chave como qualquer outra, mas os pingentes do chaveiro eram muito bonitos. Havia uma máquina fotográfica, um panda em cima de outro panda e uma letra 'E' com pedras brilhantes. Será que... Não pode ser daquela louca, certo? Não acredito. Além de idiota é burra? E se fosse outra pessoa a encontrar esra chave? Essa garota não tem noção das coisas mesmo.

Começo a rir tomando uma certa decisão um tanto que cruel, mas se não fosse assim, não seria eu.

Decido guardar a chave e não devolver, por enquanto.