- VERSÃO ELISA -
Los Angeles — Sete horas da noite
Saio do banho indo em direção ao meu quarto e rapidamente visto uma roupa, sendo essa uma calça jeans azul de tom escuro e uma blusa regata e logo calço uma sapatilha preta.
Em seguida vou para o quarto de minha mãe. Abro a porta do local e vejo-a dormir profundo, sinto dó de acordá-la, mas eu precisava.
- Mãe. - acaricio seu rosto e ela abre seus olhos lentamente - Preciso ir para a faculdade agora. Você vai ficar bem?
- Sim.
- Não esqueça dos seus remédios.
- Certo. - ela passa suas mãos sobre meus cabelos que no momento estavam molhados
- Você pode me ligar a qualquer momento e eu virei correndo.
- Não se preocupe, filha. - como se isto fosse fácil
- Me ligue, está bem? - ela confirma com a cabeça - Eu amo você. - abraço-a e sinto o seu calor
- Amo você. - ela beija meu rosto e em seguida pego meu casaco preto e minha bolsa logo saindo do local
- VERSÃO ELISABETH -
Deixo a TV ligada para não ficar um silêncio desagradável e novamente me deito sobre a cama. E é neste momento em que milhares de pensamentos passam por minha mente.
Eu estava sendo um fardo para Elisa. Ela faltava na faculdade para me vigiar e verificar se estava tudo bem. Claro, eu sei que ela é minha filha e já que somos apenas nós duas, devemos cuidar uma da outra.
Mas como poderíamos fazer isso, sendo que ela cuidava apenas de mim? E quanto a ela e a sua vida?
Elisa tem um gênio muito forte em cuidar de quem ama acima de si mesma.
Confesso que estou sendo burra por esconder essa doença de Elleirbag e eu me culpo por isso todos os dias, mas sabe o motivo de não contar? É porque eu sei como ela agiria. Ela e Elisa apesar de não serem gêmeas, são iguais em certas atitudes.
Meu Deus, por que dei educação à elas mesmo? Está bem, se eu não desse seria bem pior, mas eu não... Ai, minha mente martilizadora.
Quando finalmente deparo-me estou chorando.
- VERSÃO ELISA -
Estava sentada em uma arquibancada de assentos reclináveis, assim como todos os outros alunos.
As horas vão passando e ainda não consegui me concentrar naquela aula devido a minha preocupação com minha mãe.
Sozinha o dia inteiro... Tenho medo de sua situação piorar e ela ignorar a ideia de me ligar, pensando que pode se virar sozinha. Sendo que não pode. Ela é teimosa demais.
Eram exatamente nove horas da noite, meu coração estava apertado e situações horríveis passavam por minha mente, eu precisava vê-la. Ela estava precisando de mim.
Levanto daquele acento, tendo a atenção de todos em cima de mim, inclusive a do professor que não dirige nenhuma palavra a mim assim que saio daquele local.
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Saio daquele local e procuro um táxi, logo encontrando o mesmo e indo direto para casa.
Chegando lá, vejo minha mãe caída de joelhos no chão, ela chorava tanto que não percebe minha presença.
- Mãe? - ajoelho em sua frente e consigo ver que seu rosto estava vermelho - O que houve? - toco em sua testa e ela estava queimando
- Minha cabeça está explodindo, junto com o meu coração.
- Por favor, não diga isso. - sinto uma lágrima cair por meu rosto - Onde está seu remédio?
- Eu não sei... - ela responde e vou até o banheiro do quarto, abro o armário e encontro o remédio
- Tome, rápido. - entrego dois comprimidos para ela que toma em seguida
- O que faz aqui? - pergunta ela já calma
- Cuidando de você.
- Como você sabia? Espera, o que deu em você? E a faculdade?
- Como eu sabia? - rio contido - Eu apenas sabia. - ela se mantém séria assim que respondo - Eu não ligo para a faculdade, eu ligo para você, mãe. Você é a minha prioridade.
- Filha, eu... - interrompo-a
- Mãe, eu vou trancar a faculdade. Só por um tempo, até você ficar boa novamente.
- Não, você não pode fazer isso consigo mesma! - disse ela
- É uma decisão minha, mãe. Está tudo bem.
- Eu sinto muito.
- Mãe... - meu coração aperta assim que vejo suas lágrimas caírem
- Me desculpe por ser um fardo.
- Pare, não diga isso. - meu abraço alcança o seu de forma apertada e carinhosa
- Eu sinto muito, filha.
- Mãe, por favor... A culpa não é sua. - ela se mantém em silêncio, mas eu ainda conseguia ouvir o seu choro
Eu já estava soluçando devido ao choro e ela manteve aquele abraço quentinho e seguro por mais algumas horas.
Ela continuava com este pensamento de ser um fardo. Eu nunca sei o que dizer para ela, eu não sei o que fazer e isso é o que mais me machuca.
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As horas se passaram e nós ainda estávamos ali, deixando o abraço falar por nós mesmas.
Ouço o toque de chamadas do meu celular ecoar de forma alta.
- O que é? - ela pergunta assim que alcanço o celular dentro de minha bolsa
- É uma chamada de vídeo.
- Elleirbag? - pergunta
- Sim. O que faço?
- Não atenda.
- Por que? Mãe, nós... - digo e ela me interrompe
- Nós não estamos bem agora.
- Simplesmente ignoramos ela?
- Eu sei que é difícil, mas você conhece sua irmã.
Suspiro: - Certo.
Assim que desligo o celular, meu coração aperta novamente e um sentimento de culpa surgem em mim.
- VERSÃO ELLEIRBAG -
Seul - Dez horas da manhã
- Urg! Por que elas não me atendem? Que raios... - desligo e jogo o celular sobre a cama depois de vinte chamadas ignoradas
- Calma. - Chung estava ali, sentada na cabeceira de minha cama me observando de forma séria
- Elas não me atendem. - sinto meu coração apertar e minha preocupação aumenta
- Você não sabe, Elle.
- Não sei o quê?
- Você não sabe o que pode ter acontecido, elas devem estar ocupadas ou estão dormindo.
- Que horas são em Los Angeles?
- Eu não sei. Umas dez horas da noite?
- Eu não entendo isso.
- Muito menos eu. - ela comenta e vejo um sorriso em seu rosto
- Por que você está sorrindo?
- Eu? Não estou sorrindo.
- Hum.
- Estou rindo da sua cara.
- ChungHee!
- O quê? Você realmente é muito fofa quando está preocupada.
- Sério, Chung? - pergunto incrédula e acerto uma almofada nela
- Cancele o que eu disse. Você é muito agressiva, isso sim.
- Quer me ver irritada?
- Quero. - ela afirma e mudo minha expressão facial - E-eu vou dar uma volta por aí.
Acabo rindo: - Idiota.
- Você me assusta, sabia?
- Não, mas obrigada por me informar. - digo e ela abaixa sua cabeça saindo do local
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Estávamos saindo de casa quando encontramos Kai e Chanyeol em frente a casa deles. Eles usavam roupas pretas e bonés na mesma cor.
Sinto meu coração palpitar de forma dolorosa no momento em que nossos olhares se encontram.
- Hey yo! - Kai nos cumprimenta com um sorriso enorme enquanto Chanyeol se manteve em silêncio
- Olá. - falo formalmente me curvando rapidamente para eles
- O que é isto? - ouço Chanyeol resmungar em baixo tom e antes que eu pudesse responder Kai interrompe
- Como vocês estão?
- Bem, obrigada. - respondo ainda formalmente e Chung aperta meu braço contra o seu
- Nós temos que ir agora... - Chung se manifesta e percebo que Chanyeol mantinha seu olhar em mim e miro o meu olhar em uma árvore qualquer - Se cuidem!
- Vocês também! - Kai responde mostrando outro sorriso e fazemos o mesmo
Sinto Chung me puxar e retomamos nosso caminho até o ponto de ônibus mais perto.
- VERSÃO KAI -
- O que foi isso? - ouço Chanyeol indagar de forma incrédula - Ela realmente falou formalmente conosco?
Rio contido: - Parece que sim.
- Que sexy...
Não, eu não ouvi aquilo. Estou ouvindo coisas.
- O que você disse? - me surpreendo com o que Chanyeol acabara de dizer
- Oi? Nada... Pensei alto.
- Hum.
- Vamos logo. - sinto-o me cutucar e começo a rir - Coloque sua máscara.
- Certo.
- VERSÃO ELLEIRBAG -
- Não acredito que você falou formalmente com eles. - diz Chung e tento controlar meu riso, era impossível - Você é ridícula!
- Cale a boca. - digo e vejo ela revirar seus olhos
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Descemos do ônibus e seguimos até a Cafeteria Kwang, havíamos marcado um encontro com Hunnybe às onze horas.
Entramos no local e nos deparamos com a mesma sentada ouvindo música completamente dispersa. Sigo em passos rápidos até ela e pulo em sua frente, assustando-a.
- Droga. - a coreana dá um pulo na cadeira e não controlo minha risada - Você me assustou!
- Desculpe, Hunny. Ela tem problemas. - diz Chung e rimos
- É verdade, tenho muitos problemas e o principal deles é você ChungHee. - argumento e jogo um sorriso cínico para a mesma
- Você não sabe brincar. - Chung responde e rio com a companhia de Hunnybe
- VERSÃO KYUNGSOO -
Acordo e vejo as horas no celular, era meio dia.
Nunca dormi até tão tarde em toda minha vida.
Levanto rapidamente e vou até o banheiro e em seguida tomo um banho rápido.
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Saio do banheiro e vou até o guarda-roupa alcançando a primeira blusa que vejo, sendo essa uma regata preta e logo visto uma calça moletom cinza onde estava escrito Supreme.
Em seguida saio do local e vou até a cozinha. Vejo Chanyeol e Kai indo até a cozinha com pacotes do Starbucks.
- Bom dia. - ouço Chanyeol me cumprimentar de forma calma
- Quase tarde. - o cumprimento e ele me mostra um meio sorriso
- Compramos pão de queijo para você. - diz Kai me entregando um pacote e jogo uma piscadela para ele
- Você viu o Suho? - pergunto e antes que Kai pudesse responder, Suho aparece junto dos outros meninos
- Escutei meu nome. - ele apóia suas mãos em meus ombros e olha para Kai - Estavam falando de mim? - ele pergunta e logo negamos em silêncio
- Você dormiu bem, pelo visto. - Chen comenta em seguida sentando-se ao lado de Kai e Chanyeol que se mantinham quietos
- O sonho foi bom? - ouço as risadas de Xiumin e antes que pudesse argumentar, Suho interrompe
- Não comecem. - diz o nosso líder e agradeço mentalmente - Só porque ele tem uma namorada e vocês não. Invejosos. - ...até você, Suho?
- Nós somos amigos. - aperto minhas mãos de forma irritada
- Assim como Suho é amigo de Elleirbag. - Lay se manifesta
- Quem disse isso? Eu não sei muito sobre ela. - Suho argumenta - Nós apenas conversamos no Central Park.
- O que vocês conversaram? - pergunta Sehun curioso assim como todos os outros ali, mas ele não responde
- Você gostou de dançar com ela, Suho? - Chen pergunta e olho para Chanyeol vendo que seu semblante se fechava rapidamente
- Ela é legal, me senti bem ao lado dela. - vejo o sorriso envergonhado nos lábios de Suho
- Ela é bonita, não é? - pergunta Baekhyun e vejo alguns concordarem sem hesitação
- Por que vocês não calam a boca? - antes que mais alguém indagasse algo, Chanyeol se manifesta irritado - Estão me dando dor de cabeça. - o coreano sai rapidamente da cozinha e vejo-o sair da casa
- O que deu nele? - Kai pergunta sem entender assim como os outros
- VERSÃO CHUNG -
Enquanto Hunny pedia algo para comermos, ouço o toque de notificação do meu celular e rapidamente o tiro do bolso da calça jeans que usava, deparando-me com uma mensagem no KakaoTalk.
KyungSoo: Boa tarde, Chung.
E logo respondo.
ChungHee: - Boa tarde, Soo.
KyungSoo: - Como você está?
ChungHee: - Estou bem. E você?
KyungSoo: - Um pouco cansado, mas bem.
ChungHee: - Você dormiu bem?
KyungSoo: - Acho que sim. E você?
ChungHee: - Eu também.
KyungSoo: - O que está fazendo agora?
ChungHee: - Estou em uma cafeteria com Elleirbag e uma amiga da universidade.
Kyungsoo: - Sério? Droga...
ChungHee: - O que foi?
KyungSoo: - Os garotos querem ver um filme. Eu gostaria que vocês viessem...
Chung-Hee: - Elleirbag não iria querer... Desculpe.
Antes que pudesse ver sua resposta, Elleirbag cutuca meu braço de forma irritante.
- Com quem está falando? - ela pergunta curiosa mesmo sabendo qual seria a resposta - É com ele? - ela passa a me olhar de uma forma estranha e engraçada
- Cuide da sua vida. - respondo e dou um leve tapa em seu braço
- Doeu. - ela faz uma expressão de dor e controlo minha risada no momento - Você é má.
- Não sou. - rebato
- Vocês duas... - Hunny ri - Vou começar a filmar vocês, é engraçado. Teria milhões de views no YouTube.
- Boa ideia. - falo em um tom moderado, mesmo sabendo que Elleirbag odiava a ideia de ser filmada ou fotografada
- Nem pensar. Nunca! - ela se mantém séria enquanto Hunny e eu voltamos a rir
Alguns minutos depois, nossos pedidos chegam e logo o atacamos.
- VERSÃO CHANYEOL -
Eu realmente não sei o que está acontecendo comigo.
Eu me sinto como uma biblioteca, onde cada livro representa um sentimento diferente.
Saio daquela casa e encontro o motorista Lee que havia acabado de chegar com um novo carro e parecia cansado.
- Oh, jovem mestre. Boa tarde. - ele se curva rapidamente para mim e faço o mesmo - Vai para algum lugar? - ele pergunta e solto um suspiro longo e pesado
- Podemos ir para qualquer lugar?
- E onde fica isso, jovem mestre? - ele indaga com um semblante sem graça
- Você já almoçou? - pergunto e o mesmo nega em silêncio - Então, vamos almoçar. - toco no ombro do mesmo e logo entro no carro
- Eu conheço um ótimo restaurante de rameon, perto do Central Park. O que acha? - o motorista pergunta e afirmo em silêncio com um leve sorriso
– minutos depois –
- Chegamos. - ouço a voz do motorista no banco da frente e pendo minha cabeça para o lado observando o local
- Tem muitas pessoas. Eu não posso ser visto. - comento e o motorista se mantém quieto - Vá você. Eu espero aqui.
- Jovem mestre, nós podemos ir a outro lugar... - antes que ele continuasse eu o interrompo
- Senhor Lee, você pode ir. Eu não estou com fome. Está tudo bem. - falo calmamente e de forma séria
- Certo. Eu não vou demorar.
- Não tenha pressa. Sério.
- Obrigado, jovem mestre. - antes que ele saísse do carro, chamo sua atenção
- Senhor Lee. - ele rapidamente se volta para mim - Por favor, apenas "meu jovem" está bom.
- Certo. - ele concorda e sai rapidamente logo alcançando a porta do restaurante e some devido ao movimento
Alcanço meu celular no bolso do casaco que usava, coloco uma música em meus fones e em seguida pego no sono.
- VERSÃO ELLEIRBAG -
Hunnybe nos convidou para dar uma saída. Resultado, nós demos a volta por Seul.
Depois da cafeteria, Hunny nos levou até uma feira pública onde haviam várias barracas com diferentes comidas, o que me chamou bastante a atenção.
- Com licença. - chamo a atenção da vendedora de bolinhos de peixe em espetos e ela rapidamente me olha - Eu poderia...? - mostro a câmera que agora estava sendo apoiada por meu pescoço e a coreana passa a ficar envergonhada - As fotos não irão para nenhum site.
- Está bem, fique à vontade.
Com a permissão da senhora tiro algumas fotos, desde o momento em que ela fazia os bolinhos aos mesmos prontos em uma tigela grande de molho apimentado.
- Poderia me dar três? - chamo mais uma vez a vendedora, ela apronta três bolinhos de forma rápida e em seguida me entrega - Muito obrigada! - agradeço a mesma e volto minha atenção a Hunny e Chung que observavam outras barracas - Peguem. - entrego um espetinho para cada e logo como o outro
- Obrigada. - elas agradecem de forma sincronizada e continuamos nossa caminhada pelo local com várias fotos tiradas por mim
Eu realmente não me importava se a fotos ficariam boas ou não, eu apenas queria registrar aquele momento.
- Podemos comprar aquele, certo? - Hunny aponta para uma barraca um pouco longe de onde estávamos
- O que diz? - mantenho meus olhos atentos ao nome da barraca, mas não conseguia entender muito bem - Galinha...
- Pés de galinha. - Hunny responde
- Que nojo. - falo em um tom de voz baixo, mas meu semblante se torna péssimo
- Tente disfarçar, pelo menos. - Chung me cutuca assim que percebe a reação curiosa do vendedor
- Desculpe, eu não consigo. - coloco minha mão sobre a boca e o nariz de forma enjoada - Acho que vou vomitar. Galinhas, por quê? O que elas fizeram para merecer isso... - me afasto da barraca enquanto Hunny comprava dois pés junto de Chung
- Você quer? - Chung se aproxima de meu rosto com aquele pé e fecho meus olhos de forma forçada - Fresca.
- Sério? - rio incrédula - Eu não consigo comer isso, sabendo que é literalmente o pé de uma galinha. - ouço a risada de Hunny enquanto comia o pé - Por favor, me dêem doces.
- Vamos. - sinto Chung e Hunny cruzarem seus braços aos meus me guiando até uma barraca maior do que as outras e haviam muitos doces de cores e formas diferentes
- Eu quero provar todos. - falo de forma inusitada e as coreanas ao meu lado se assustam
- Não acredito. - Hunny ri
- Acredite se quiser, ela só não come pedra porque não tem como.
- Nossa, mas você é tão magra... Nem parece que gosta de comer. - ouço o comentário de Hunny e me mantenho atenta aos doces
- Já ouviu aquela expressão de que nem tudo o que parece é? Então, resume a Elleirbag. - Chung responde e começo a rir alto assustando de alguma forma o vendedor
- Com licença, senhor. - chamo sua atenção - Pode me dar um de cada? - pergunto e o coreano rapidamente alcança um pacote e nele coloca os doces que haviam ali em seguida me entregando - Muito obrigada! - me curvo de forma rápida e vou em direção a saída daquele lugar junto das duas coreanas
- Não vai dividir? - Chung pergunta de forma irônica já sabendo a minha resposta
- Eu não. Vai comer seu pé de galinha. - digo e não controlo minha risada
- O que vocês acham de irmos ao shopping? - pergunta Hunny
- Não, não. - digo e rio contido, não queria magoá-la - O que você acha de um filme e um brigadeiro caseiro?
- Por favor, Elle! - Hunny implora com uma cara meiga e ainda nego - Chung, me ajude.
- Ela não gosta de shopping, não posso obrigá-la.
- Tem razão. - Hunny concorda com Chung e volta seu olhar para mim - Não posso obrigá-la a nada, desculpe.
- Está tudo bem. - digo - Vamos passear no Central Park, as flores das árvores estão rosas nesta época.
- Espírito de fotógrafa aparecendo novamente. - diz Chung e Hunny ri
- Sempre. - sorrio de forma fofa e jogo uma piscadela para a mesma
- Vamos. - Hunny cruza seus braços ao meu e de Chung e nos guia até um táxi mais próximo
- VERSÃO CHANYEOL -
Acordo do meu pequeno cochilo e percebo que eu ainda estava no carro.
Olho para a janela no lado direito do carro, tendo como vista o restaurante. Procuro pelo motorista Lee e não o encontro. O lugar estava realmente cheio.
Pego meu celular e deparo-me com duas mensagens de Kyungsoo. Ignoro e volto minha atenção a qualquer outra coisa na rua.
Até que algo, ou melhor, alguém chama minha atenção.
Coloco a máscara preta e o boné na mesma cor e saio do carro, me mantendo parado ao lado do carro.
E a pessoa do outro lado da rua tinha toda minha atenção.
- VERSÃO ELLEIRBAG -
– minutos depois –
Assim que chegamos no Central Park, alcanço a câmera que ainda estava sendo apoiada por meu pescoço e tiro fotos do lugar. Flores, pessoas, animais que passavam por ali eram registrados.
Vejo que Hunny e Chung conversavam tão distraídas que não percebem quando tiro algumas fotos espontâneas delas.
- Ei. - chamo a atenção das duas e elas me olham - Quando eu falar "três", vocês dizem "pés de galinha". - digo e elas se posicionam atrás de uma árvore, vejo Hunny fazer um coração com seus dedos e Chung faz um V
- Pés de galinha! - dizem elas e logo caímos na risada
- Tem um ótimo restaurante aqui por perto. - diz Chung e me lembro do dia em que ela voltou bêbada para casa - Há a melhor bebida do mundo neste local.
- Não faça isso. - digo e vejo que meu tom de voz estava alterado - Você não vai beber agora.
- Mas... - ela tenta argumentar, mas interrompo
- ChungHee. - digo encarando ela de forma séria e Hunny caia aos risos
- Ei, vejam! - disse Hunny e minha visão alcança um jovem homem com um violão nas mãos acompanhado de uma senhora
A senhora estava sentada em um banco do parque dando toda sua atenção ao homem, enquanto ele tocava violão e cantava uma música desconhecida por mim. Ele chamava a atenção de quem passava por ali.
A senhora segurava uma pequena cesta, onde continha uma pouca quantia em dinheiro.
Enquanto Hunnybe e Chung se aproximaram deles, eu permanecia no mesmo lugar.
Confesso que me encantei com a voz daquele homem e, principalmente, com aquela música ainda desconhecida.
Me aproximo deles e alcanço minha câmera registrando aquele momento. O dia estava realmente bom. Eu me sentia bem.
- Elle? - sinto Chung me tocar e desperto como se estivesse em algum tipo de transe - Tudo certo? - pergunta e apenas afirmo com a cabeça
Me aproximo mais um pouco daquela senhora, me sento ao seu lado e ela passa a me observar.
Ela estava sorrindo do jeito mais lindo que eu já tinha visto. Me curvo de forma devagar em sua frente e alcanço minha carteira, tirando todo o dinheiro que havia ali.
- Não faça isso, minha jovem. - estendo minhas mãos para ela e ela recusa - Não é necessário.
- Aceite vovó, por favor. - levo minhas mãos livres até as suas e entrego o dinheiro - É um presente.
- Muito obrigada. - ela me mostra um sorriso e curva sua cabeça rapidamente
Percebo que a música havia acabado e ouço aplausos vindo de minhas amigas. Vejo também que, o homem se aproximava da avó sem direcionar seu olhar para mim.
- Vovó. - ele chama sua atenção - O que achou desta música? - pergunta - É nova, escrevi ontem. - eles trocam sorrisos e quando me dou de conta, também estava sorrindo
- É muito bonita, minha criança. - responde a avó com sua voz calma e rouca
- Oh, olá. - ele finalmente percebe minha presença e se curva de forma rápida - Não vi você, me desculpe.
- Não tem problema. - digo e ele ainda mantinha seu olhar a mim - É a sua avó? - pergunto com um pouco de vergonha
- Sim. - ele continuava de pé em minha frente - A vovó está com alguns problemas de saúde. - disse ele e seu semblante muda - Por isso me apresento aqui em alguns dias da semana. - ele rapidamente coloca sua mão na nuca e ri sem graça - Eu não sei porque contei isso para você, nem nos conhecemos. Fui mal educado, me desculpe outra vez.
- Não se preocupe, ela irá se recuperar. - digo com firmeza - Sua música é linda.
- Obrigado, de verdade. - ele agradece me mostrando um sorriso
- Sou Elleirbag, prazer. - mostro minha mão livre para ele que de forma rápida me cumprimenta
- JooYoung. O prazer é todo meu. - ele sorri e faço o mesmo
- Vovó? Posso chamá-la assim? - pergunto e a senhora afirma com a cabeça - Eu preciso ir agora. Promete que a senhora irá ficar bem? - seguro suas mãos com certa força
- Certo, minha filha. Nos encontraremos de novo.
- Estarei esperando por isso. - digo e me curvo para eles que logo fazem o mesmo
Me sinto leve, sinto que conseguia respirar de forma mais tranquila.
Vou até minhas amigas tendo completa atenção delas.
- O que foi isso? Você deu todo seu dinheiro. - disse Hunny de forma incrédula
- Não me importo. - digo e ela desfaz seu espanto - Eles precisam mais do que eu.
- Você é tão boa! - disse Hunny e vejo Chung sorrir
- Não diga isso, não fiz isso para receber elogios. - digo de forma séria e mostro um meio sorriso para não soar de forma tão grosseira
- Esperem aí. - disse Hunny em um tom alto se afastando de onde estávamos
Ela caminha em passos rápidos até a senhora e logo ela entrega uma quantia em dinheiro. Vejo-a cumprimentar o homem de forma rápida e tímida em seguida corre em nossa direção com um sorriso no rosto
- Isso foi tão incrível! Faremos outras vezes, certo? - ela pergunta e Chung a abraça e vejo seu rosto se avermelhar
- VERSÃO CHANYEOL -
Eu ainda estava atento a cada passo que ela dava.
Ela era tão linda...
Volto aos meus sentidos e percebo que ela estava indo em minha direção ou parecia que estava. Meu coração acelera e de forma rápida abro a porta do carro, me jogando no banco.
- Gostaria de um pepero. - ouço sua voz ecoar naquele carro devido a sua aproximação - Você irá comprar para mim, certo Chung?
- Irei comprar uma garrafa de soju. - sua amiga responde - Estou com sede.
- Existe uma coisa chamada água. Conhece? - ela disse e acabo rindo
- Você acha que eu, ChungHee, ficarei bêbada com apenas uma garrafa?
- Certo, faça o que quiser. - ela responde e vejo-a se distanciar das duas meninas
- Para onde você está indo?
- Biblioteca! - ela responde parando um pouco distante, mas era possível escutá-la - Vá comprar o seu soju, ligo para você mais tarde. -ela diz e em seguida some do meu campo de visão assim como suas amigas
Saio do carro de forma cautelosa e sigo Elleirbag. Vejo que ela usava um fone de ouvido e estava tão distraída que não percebeu que estava sendo seguida. Essa garota...
Alguns coreanos passavam por ela quase derrubando-a devido a brutalidade e a falta de educação. Acabo me irritando e não me controlo.
- Olhe por onde anda, idiota! - digo esbarrando com certa força um homem que acabara de esbarrar nela, fazendo-a tropeçar e se desculpar com ele mesmo sem ter culpa
Ela paira em frente a uma loja de conveniência parecendo cogitar uma ideia, mas desiste e volta ao seu caminho logo dobrando em uma rua bastante movimentada. Enxergo a tal biblioteca e percebo que nunca havia parado para visitar o lugar, não tinha tempo para isso.
Elleirbag entra no lugar sem olhar para trás.
Entro na loja de conveniência e de forma rápido compro uma caixa de pepero. Meu chocolate favorito.
Em seguida saio e vou discretamente até a entrada da biblioteca.
- VERSÃO ELLEIRBAG -
Entro na biblioteca e me surpreendo com a quantidade de livros. O lugar era realmente enorme.
Haviam mesas para quem quisesse estudar ou ler e também escadas que levavam para outros andares. De forma discreta tiro uma foto de todo local e vou em direção a bibliotecária.
- Com licença, boa tarde. - chamo sua atenção e ela parecia estar de mau humor - Preciso encontrar um livro...
- Nome do livro? - pergunta
- É sobre o idioma coreano. - respondo e ela digita algo em seu computador
- Há uma estante com a bandeira da Coréia do Sul, por este lado. - ela aponta para uma estante realmente alta - Você irá encontrar o livro que deseja. Uma boa tarde.
- Certo, obrigada. - curvo minha cabeça em agradecimento e vou até aquela estante
- VERSÃO CHANYEOL -
Elleirbag procurava por algum livro em uma estante maior que ela mesma. Me aproximo da estante, tendo melhor audição e visão.
- Deve ter uma escada por aqui, certo? - ouço-a resmungar e me controlo para não rir
Estávamos separados por uma estante de livros. Sigo seus olhos e vejo o livro que ela desejava, mas não alcançava.
Rapidamente empurro o livro e vejo-o cair diretamente em suas mãos logo me escondo atrás de outra estante. Boa mira, Park Chanyeol!
- VERSÃO ELLEIRBAG -
Estava na luta para alcançar aquele maldito livro, quando de repente ele cai em minhas mãos ativando meu útil reflexo.
Me assusto e sem esperar muito dou a volta na estante. Não era como se estivesse alguém ali, certo?
- Tão de repente...? Apenas caiu? - resmungo tentando descobrir, mas era impossível
Sinto um arrepio correr por meus braços e vou para um local mais movimentado.
- Com licença. - coloco o livro sobre o balcão, chamando a atenção da bibliotecária e assim que consigo, lhe mostro um sorriso
- Encontrou? - disse ela segurando o livro com um sorriso estranho nos lábios - Hum, aprendendo coreano? - pergunta
- Quase lá. - respondo meio surpresa com a mudança de humor da moça - Estou aprendendo há bastante tempo, mas continuo me perdendo aqui e ali.
Ela me entrega o livro junto de um cartão.
- O que é este cartão? - pergunto
- Quando você devolver o livro, entregue o cartão. - ela responde sem desvios
- Existe algum prazo de entrega?
Ela ri contido: Um ano.
- Obrigada, me sentarei ali. - concluo e antes que me afastasse do balcão ela me chama
- Ah, quase esqueci. - disse ela alcançando um pacote pequeno e largando em cima do balcão - Elleirbag, certo? - pergunta e afirmo com a cabeça de forma receosa - Pegue, alguém deixou para você. - hesito, mas logo pego o tal pacote e continuo meu caminho
Largo minha bolsa e o livro na mesa. Abro o pacote deparando-me com uma caixa de pepero.
Corro em direção a bibliotecária e ela se assusta.
- Quem deixou isto? Duas coreanas? - pergunto de forma ofegante
- Era um homem, moça. - ela responde - Ele apenas me pediu para entregar e também comentou que você estava com desejo por chocolate.
- Como era sua aparência? - pergunto
- Ele era alto, mas usava uma máscara. Sinto muito, não prestei muita atenção.
- Está bem, desculpe por incomodar. - agradeço
Vou até a mesa logo pegando minhas coisas e saindo do local.
O sol estava quase se pondo e o clima estava esfriando aos poucos. Guardo aquele chocolate na bolsa e alcanço meu celular logo ligando para Chung.
- Onde vocês estão? - pergunto assim que a ligação é atendida - Pode me encontrar?
- Certo... Aconteceu algo?
- Aconteceu algo estranho. - respondo
- Você está bem?
Suspiro: - Estou com medo. Venha rápido, por favor.
- Estamos indo.
Desligo a ligação e me sento em um degrau da pequena escada que dava acesso a entrada da biblioteca e espero por minhas amigas.
- VERSÃO CHANYEOL -
Consigo sair do local antes de Elleirbag e volto ao restaurante de forma rápida.
- Meu jovem, onde esteve? Pensei havia acontecido algo. - disse o senhor Lee de forma preocupada
- Tive que dar uma saída, me desculpe.
- Quer ir para algum lugar? - ele pergunta
- Para casa. - respondo e ele ri contido
Entro no carro e encosto minha cabeça no banco sentindo uma crise de risos tomar conta de mim. Eu devo ter algum problema.
- VERSÃO CHUNG -
Estávamos em casa e Elleirbag se manteve em silêncio durante todo caminho.
- Ei. - chamo sua atenção assim que ela se senta no sofá jogando sua cabeça para trás - O que aconteceu?
Ela suspira: - Nem eu sei.
- Conte o que lhe deixou assim. - disse Hunny sentando-se ao lado da mesma e logo faço o mesmo
- Vocês não estão brincando comigo, estão? - Elle pergunta
- Não entendi. - respondo
- Fui até a biblioteca e algo estranho aconteceu. - ela disse e esperamos por uma continuação - Eu estava com dificuldades para alcançar um livro que estava no alto da estante, quando de repente o livro caiu em minhas mãos. Depois disso a bibliotecária me entregou um pacote de pepero dizendo que alguém havia deixado para mim e ainda sabia o meu nome. Isso não é loucura?
- Nossa. - Hunny não disfarça sua surpresa
- O mais estranho é... - ela continuava - Como essa pessoa sabia sobre o chocolate? E o meu nome?
- Você comeu o chocolate? - pergunto e ela nega sem hesitar
- E se contém algum tipo de veneno? - disse ela e acabo rindo
- Cadê? - pergunto e vejo ela tirar o pacote de sua bolsa logo me entregando
- Você enlouqueceu? -Elle grita assustada assim que pego um chocolate - ChungHee!
- Vamos descobrir. - digo e rapidamente mordo um pedaço do chocolate - Ainda estou viva, certo? - pergunto e acabo rindo com a expressão incrédula de Elleirbag - Não contém nada, não se preocupe. Alguém quis brincar com você ou te achou bonita. Existem muitas possibilidades.
- Coreanos costumam presentear as mulheres que gostam com chocolates. - disse Hunny - Quem poderia ser? - pergunta de forma curiosa
- Inacreditável. Temos um admirador secreto? - digo e volto a rir comendo mais alguns chocolates
- Pare de comer, são meus! - Elle arranca os chocolates das minhas mãos e some do meu campo de visão tirando risos de Hunny
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