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História EXODUS - Eu não aguento mais.


Escrita por: taekxing

Notas do Autor


É rapaz, chegamos na metade da fanfic

Parece que foi ontem que postei o primeiro cap!

Só digo que é agora que as coisas vão ficar interessantes.

Capítulo 36 - Eu não aguento mais.


- 1 mês depois -

- Lay, por favor, me liga quando ouvir esse recado. Onde você está? O quê aconteceu?

Terminei o recado e desliguei o celular.

Mas que raiva! Tudo estava tão bem!

Há um mês desde que viajamos para a casa de campo do meu pai. Tudo vinha sendo perfeito desde aquilo. Os meninos pararam de implicar com meu namoro, Lay fez uma cópia da chave da casa dele pra mim, adotamos um gatinho, minhas notas estão maravilhosas e também ganhei um anel de compromisso muito lindo. Eram os anéis que eu havia visto no porta-luvas do carro do Lay.

Tudo estava perfeito... até os últimos três dias.

~Flashback on

Saí da escola e fui direto para casa do Lay. Ele ainda está no trabalho, então posso aproveitar para limpar a casa, fazer o jantar e esperar ele chegar.

Nossa, tô me sentindo a esposinha!

Andei depressa e logo cheguei. Peguei a chave na mochila e enquanto abria a porta liguei para Kris para avisar que eu ia dormir na casa do Lay. Entrei em casa e larguei minha mochila em cima do sofá enquanto falava com Kris.

- Vou dormir aqui hoje, já fazem uns 2 dias que eu não o vejo.

- Ele está muito ocupado no trabalho?

- É.

- Tudo bem, só tenho uma pergunta.

- Manda.

- Posso comer seu chocolate?

- Kris!

- Ah, Lia! Você não está aqui pra comer.

- Ok, me convenceu, mas divide com Tao e Chen, eu prometi que ia dividir com eles.

- Tá bom, eu divido. Você volta amanhã?

- Volto! Tchauzinho, Kris.

- Tchau, Tokki.

Encerrei a chamada e só senti aquelas patinhas em meu tornozelo. Uta, nosso gatinho, estava tentando chamar minha atenção de todo jeito.

- Oi, meu amor! Que saudade de você. -Disse e me abaixei no chão para pegá-lo no colo. Eu e Lay estávamos passando na frente de um abrigo de gatos quando o Uta fugiu correndo de lá e se escondeu no meio das minhas pernas. Foi amor à primeira vista. Fiz de tudo para convencer Lay à levar o Uta para casa, e consegui.

Comecei a arrumar o que dava com o Uta no colo, depois, o coloquei em sua casinha no quarto do Lay e comecei a arrumação pesada. Liguei a música no volume máximo e fui. Varri a casa, passei pano, limpei a poeira, lavei roupa, lavei louça, lavei banheiros e por fim, caí morta de cansada no chão. Uta subiu em minha barriga e se deitou nela. Eu queria ficar alí dormindo, mas ainda tinha que preparar o jantar.

- Sai de cima de mim, filho. -Pedi e o empurrei com cuidado de cima de mim. Me levantei e fui para a cozinha, cozinhar que é o melhor que sei fazer dessas coisas de casa.

Quando o jantar estava quase pronto olhei a hora e faltava meia hora para o Lay sair do serviço. Terminei calmamente e fui tomar banho. Depois do banho vesti uma roupa mais pra bonita do que mendiga e me atirei no sofá para esperar, eu e o Uta ficamos deitadinhos, assistindo desenhos.

O problema foi que se passou meia hora, uma hora... e nada dele aparecer. Tentei ligar e caiu direto na caixa postal. Primeiro, achei dele ter ficado até mais tarde no serviço, então resolvi ligar para o meu pai e perguntar.

- Olá, meu amor.

- Oi, papai. Tudo bem?

- Tudo sim e com você?

- Tudo ótimo! Você sabe se o Lay já saiu da empresa?

- Não, mas posso ver aqui pra você.

- Se o senhor puder, eu agradeceria. É que ele ainda não chegou em casa e já era pra ele estar aqui há uma hora.

- Por quê ao invés de ligar pra mim você não ligou para ele?

- Aish, pai! Eu até tentei ligar, mas caiu na caixa postal.

- Entendi... bom, filha, aqui nos registros consta que ele saiu hoje às 7:00, como sempre.

- Sério? Então vou perguntar aos meninos se alguém sabe onde ele está. Muito obrigada, papai. Eu te amo.

- Também te amo, Lily.

- ... Há muito tempo você não me chama de Lily.

- Eu sei! Você gostava tanto, lembra?

- Ainda gosto! Agora, vou te deixar trabalhar. Tchau, pai.

- Tchauzinho, Lia.

Ele não está no trabalho, não veio pra casa... espero muito que esteja com algum dos meninos.

Liguei para Xiumin, Luhan e Suho... nada! Depois liguei para o Kris e perguntei se ele estava lá em casa... nada também!

Onde o Lay se meteu?

~Flashback off

Eu não sabia onde ele estava, tudo que eu sabia era que ele iria ouvir muito quando chegasse em casa!

Mas esse é o problema.

Ele não apareceu em casa desde aquele dia.

Não tem ido trabalhar, não aparece em casa, não atende o telefone. Ninguém sabe do Lay! Xiumin, por saber do problema dele, está me ajudando a procurá-lo freneticamente e a essa altura temo que o pior já tenha acontecido.

Tenho passado meus dias aqui, na casa dele, sentada no sofá na companhia do Uta, girando a aliança no dedo e olhando o celular a cada 5 minutos. Xiumin não me deixa ir procurá-lo com ele, pois vai à bares, motéis, pontos de venda de drogas, casas de strippers... tudo quanto é tipo de lugar procurar o Lay. Por enquanto ele não foi achado em nenhum desses lugares.

E torço para que nunca seja. Torço para ele ser achado bem e sóbrio em algum lugar decente.

A situação ficou tão grave que fui obrigada à contar aos outros meninos e pedir ajuda. Enquanto eles procuram, eu fico com o coração doendo, aguardando notícias. O próprio Suho disse que se não o encontrarmos ou até uma pista sequer, ele vai na polícia registrar o desaparecimento do Lay.

Minhas dores de cabeça, os desmaios e os sonhos esquisitos voltaram e choro toda noite. Já tenho medo de dormir por causa deles, não quero aceitar nada que venha deles como real.

Eu estava - como sempre - sentada no sofá, abraçada com o Uta, morrendo de tanto chorar quando meu celular tocou.

~Ligação on

- Alô? -Atendi tentando disfarçar a voz chorosa. Nem vi quem era antes.

- Oi, Lia. Você... você tá chorando? -Tao perguntou e vi que minha tentativa tinha sido falha.

- Não, só estou com alergia.

- Certeza?

- Sim, não perdi a esperança ainda.

- Ótimo! Eu só liguei para saber como você está e avisar que estou indo para a rua procurá-lo com o Kai.

- Muito obrigada, Tao, agradeça ao Kai também. Vocês são ótimos amigos. E eu estou bem, dentro do possível.

- Quero pedir que se não o encontrarmos você volte para casa. Não quero você aí sozinha nessa casa.

- ... Eu volto, te prometo.

- Obrigado! Agora tenho que ir, tchau, Lia.

- Tchau, panda.

~Ligação off

Tudo o que me resta é esperar.

Coloquei o celular em cima do braço do sofá, segurei o Uta para que ele não caísse e me levantei. Fui para a cozinha e tentei jantar, mas depois de alguns minutos encarando aquele prato comecei a sentir enjoo. Guardei o prato para caso eu sinta fome e voltei para sala inclinada a pegar meus cobertores e travesseiros no sofá, meu gato e ir - tentar - dormir.

Foi exatamente isso que fiz. Desliguei a TV, catei minhas tralhas, minha "tralhinha" e fui dormir na cama. Assim que deitei, Uta subiu em mim e se enfiou no meu pescoço. Ele é bebê ainda, então parece só uma bolinha preta. Acho que se não fosse essa merdinha de gato eu estaria bem pior, realmente ter a companhia dele me ajudou bastante.

Depois de alguns segundos - devido ao cansaço - acabei apagando.

(...)

Acordei com o gato quase assassinando a porta tentando sair. Ele miava desesperadamente, arranhava a porta e primeiro, taquei uma almofada nele.

Não funcionou, ele continuou desesperado, então levantei para abrir a porta antes que ele viesse pisar na minha cara. Assim que a abri, Uta saiu em disparada para a sala e estranhei. O segui e antes de entrar na sala, no corredor mesmo, as lágrimas me vieram aos olhos.

~Flashback on

Eu e Lay estávamos prontos para dormir. Tinhamos acabado de voltar de uma festa na casa de Luhan e estávamos morrendo de cansaço, mas eu ainda tinha que conversar com ele.

- Lay?

- Eu.

- Eu queria ter uma conversa séria com você, sobre aquele problema...

- Qual problema?

- O seu problema.

Ele respirou fundo depois assentiu.

- Diga.

- Eu... eu tô preocupada com você! O quê posso fazer pra te ajudar?

- Nada, amor. Eu estou bem.

- Eu ouvi sua conversa com o Xiumin oppa lá na casa do meu pai.

Foi então que ele mordeu o lábio inferior e ficou sem-graça.

- Aquilo foi um momento de desespero, mas te prometo que estou bem. Já tem um bom tempo que não sinto mais vontade de me drogar. Não há necessidade de nenhuma medida ser tomada, minha força de vontade está sendo suficiente por enquanto.

- Você tem certeza?

- Claro, pode ficar tranquila.

Ele me puxou para mais perto e me abraçou. Segurei seus braços com força enquanto ele acariciava meus cabelos.

- Eu só não quero que nada de mal aconteça à você. -Eu disse com os olhos cheios de lágrimas.

- Não vai, eu te prometo.

~Flashback off

Agora ele estava alí. De costas para mim, mas eu podia ver os estragos. A roupa toda amarrotada, suja, rasgada e os cabelos bagunçados.

- Lay? -O chamei e quando o mesmo se virou as lágrimas desceram de vez.

O rosto, as roupas... tudo coberto de sangue. Seu olho esquerdo tinha um hematoma enorme que impressionantemente quase não vi direito por causa daquele sangue todo. De longe eu sentia o cheiro de álcool e maconha.

O choque foi tão grande que nem consegui me mover. Fiquei encarando aquela pessoa daquele jeito, enquanto as lágrimas desciam sem eu conseguir controlá-las.

Eu não aguento mais.


Notas Finais


EU NÃO DISSE?

muwahahahaha

Próximo cap já tá pronto e promete ser destruidor. Kissus, até breve (eu acho) 💋💕


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