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História Experiência - ABO - Em busca do novo


Escrita por: Yoongi_bts

Capítulo 1 - Em busca do novo


– Hyung, nós precisamos conversar. – Mingyu tinha chamado o ômega para sua casa, onde finalmente poderia contar o que estava lhe incomodando.

– Sou todo ouvidos. – Wonwoo, mesmo sentindo uma aflição absurda, não quis deixar transparecer. Ele era um ômega, sim, mas nem por isso precisava ser hipersensível. Entrou no quarto do maior, fechando a porta para que a mãe dele não ouvisse a conversa.

– Hyung, nós estamos juntos desde o nosso primeiro cio. Você me ajudou e eu agradeço muito por isso, mas… – Mingyu parou o que falava e mordeu o lábio inferior, ele estava incerto do que dizer.

“Mas...” Sim, com essa bendita palavra um sentimento ruim floresceu no peito do Jeon, de uma maneira que sentiu todos os nervos de seu corpo rígidos.

– Mas…? – O mais velho incentivou que o maior falasse de uma vez, aquele suspense não fazia bem para ele.

– Mas acho que deveríamos conhecer outras pessoas… – O acastanhado falou rápido, como se uma demora maior o faria se arrepender de dizer. Sim, ele gostava muito de Wonwoo, muito mesmo, mas ele era jovem, queria conhecer outros ômegas, queria sentir outros cheiros e não ficar mal por isso. Mingyu queria ser livre. Um alfa sem dono.

Já na cabeça de Wonwoo, estava o verdadeiro apocalipse. Mingyu era seu alfa, nunca havia se imaginado sem ele. Bom… Romanticamente falando. Não só pelo fato dos cios, e sim porque os dois também eram muito amigos. Desde que suas famílias mudaram para Seul, eles eram parceiros. Wonwoo tinha sentimentos reais, apesar de ser o mais velho e totalmente dependente da proteção do maior – mesmo Mingyu nunca tendo o marcado –, ele usava as camisas do outro para camuflar seu cheiro e por isso nenhum alfa chegava perto dele. Sentia-se em um relacionamento, ele tinha Mingyu e não precisava de mais ninguém.

Pois é, ele TINHA.

– Mas, por quê? – A voz do Jeon estava baixa, perdida, e o maior sentiu uma pontada no peito com isso, mas ele tinha tomado sua decisão. Se ainda não havia marcado Wonwoo, esse era o momento para ser livre e experimentar. Se não desse certo, ele voltaria para o ômega.

– Porque eu acho que devo ter experiências. Sou um alfa, hyung, eu preciso disso.

– Ainda seremos amigos? – Dessa vez a voz do moreno estava rouca e escondia uma vontade imensa de chorar. Internamente, o Jeon amaldiçoava seus hormônios de ômega por isso. Mingyu estava terminando com ele, mesmo que eles não tivessem nada oficialmente. Ambos sempre foram melhores amigos, no entanto, esse alfa que estava simplesmente lhe dispensando, que estava a sua frente o tratando como um nada, não era o seu amigo, ele não o reconhecia.

– Bom, podemos continuar nos falando, claro, eu gosto muito de você, mas acredito que uma proximidade maior poderia nos prejudicar e acho que seria ruim, as pessoas já vinculam muito nossa imagem e apesar de não sermos marcados as pessoas acham que você é o meu ômega, acredita? – Mingyu debochou do fato deles juntos como se não fosse realmente importante. Wonwoo acreditava, acreditava que ele era o ômega de Mingyu e o pouco caso na fala dele machucou ainda mais.

– Ok. A gente se vê por aí. – Wonwoo queria chorar e amaldiçoar todos os Deuses por fazerem isso com ele.

– Ah! Hyung, você poderia depois mandar as minhas roupas que estão na sua casa? – Wonwoo engoliu em seco, sem as roupas de Mingyu e sem o cheiro dele, qualquer alfa poderia se aproximar. Alfas ruins. E ele tinha medo, mas não iria demonstrar, não poderia ser fraco.

– Uhum – Foi a única coisa que disse antes de abrir a porta e sair pelo corredor, com a mão direita no rosto tentando conter o choro. Wonwoo não era de chorar e nem de demonstrar sentimentos, mas aquilo doía, doía muito.

A mãe do alfa, que estava na sala e viu o rapaz passar, colocou as mãos no peito. Ela tinha uma expressão preocupada na face, mas Wonwoo só fez uma breve reverência à senhora e saiu da casa. Mingyu era seu melhor amigo, o alfa que poderia contar e o Kim simplesmente lhe dispensou para “ter experiências”. Quer dizer que ele não bastava? Que não era o suficiente? Wonwoo chorou enquanto fazia o caminho de casa correndo, não se importando se poderia tropeçar e cair, ou ser atropelado, só queria ir pra casa e chorar, chorar de raiva da sua ingenuidade, chorar pela dor do abandono, da insuficiência, de toda uma história jogada fora. A casa de Mingyu não era perto da sua, mas ele precisava extravasar toda a energia e frustração, então resolveu ir correndo, talvez assim aquela agonia passasse.

Já Mingyu, mordeu o lábio e ficou pensativo. Será que havia tomado a decisão certa? Ele tinha sentimentos pelo mais velho, isso era fato, mas eram suficientes para marcá-lo e viver o resto de sua vida juntos?

Não, definitivamente não.

Mingyu não perdeu tempo. Na primeira noite “livre” chamou Seungcheol e saíram pela noite, com o objetivo de conhecer e pegar pessoas.

Entraram em uma boate, que tinha cheiro de cigarro e outras substâncias no ar, e logo chamaram atenção. Dois alfas não marcados, na flor da idade e que são, no mínimo, lindos, não se vê todo dia. Logo foram cercados por ômegas, betas e até outros alfas que dançavam se esfregando neles como animais.

Estava divertido e os dois riam da situação que nunca viveram, mas não durou muito já que Seungcheol ficou admirado por dois ômegas, tais que dançavam sensualmente em um palco mais próximo. Eles não ligavam para o resto das pessoas, muito menos os olhos fixos do alfa, eram concentrados em dançar e tocar um ao outro.

Mingyu se afastou do amigo e deixou ele babando pelos dois dançando e caminhou até o bar para tomar alguma coisa. Queria se divertir mais. Estava bom, mas não o suficiente. Faltava alguma coisa. Pegou sua bebida e virou-se para a pista de dança, avistando uma mulher que parecia ser uma noona, dançando muito envolvida com a música. Achou aquilo bonito, a forma como ela se entregava à batida frenética. Ela era bonita e usava um vestido que brilhava demais. A mulher não demorou muito para notar o olhar sobre si.

Dava risinhos enquanto dançava e logo os dois estavam se atracando no banheiro imundo daquela boate. Os beijos afoitos e sedentos, a mulher, uma beta, tinha as mãos presas no cabelo do alfa que dava puxões nada delicados nos fios. O alfa não conseguiu deixar de sorrir porque Wonwoo tinha essa mania, mas também sabia a hora de parar e de só fazer carinho. Aquela mulher, que nem fez questão de perguntar o nome, estava o machucando, tanto que ele mesmo teve que tirar as mãos dela dali. Dentro daquela cabine apertada a beta se abaixou para ficar na altura do membro do alfa, abriu o zíper da calça e abaixou junto com a boxer apenas o suficiente para colocar o pau dele em sua boca. Mingyu se apoiou na porta para poder aproveitar aquilo, mas apesar de estar duro não sentia prazer nenhum com o ato. A mulher fazia movimentos rápidos demais ou lentos demais, até chegou a segurar seus cabelos para ditar um ritmo que lhe agradava, mas não estava funcionando, ela tinha uma boca mole e com muitos dentes, bem diferente da firme e precisa que sempre lhe levava a loucura apenas com uma simples provocação. Por um momento, imaginou o Jeon ali, agachado e lhe chupando com tanto afinco como sempre fazia. Wonwoo sabia fazer uma oral como ninguém e o Kim gemeu só com a lembrança. A mulher ali parou os movimentos sorrindo, iludida, achando que o gemido do alfa foi por sua atuação em chupa-lo.

Mingyu precisava mudar aquele pensamento. Não poderia pensar no ômega, não quando tinha uma mulher linda à sua frente. Amanhã ele ligaria pra Wonwoo e marcaria de se encontrarem para tornar sua imaginação realidade, mas por agora ele queria experiências, então prensou a mulher na parede e beijou-lhe a boca, levou sua destra entre as pernas da beta, estimulando-a, mas nem precisou fazer muita coisa. A mulher gozou em sua mão tão rápido que não era necessário continuar, já estava de saco cheio mesmo. Trocou telefones com a moça e saiu do banheiro, fazendo questão de apagar o número do celular em seguida.

Procurou rapidamente por seu amigo, mas nem sinal dele. Mandou mensagem, mas a única coisa que recebeu foi "Estou ocupado. Duplamente ocupado”.

Pegou um táxi e foi pra casa, bastava de experiências por hoje. Chegou em casa e sua mãe já estava dormindo, então subiu as escadas fazendo o mínimo de barulho possível e foi direto para o seu quarto, tomar um banho e dormir, porque no dia seguinte teria faculdade e precisava descansar.

As aulas correram tranquilas, Seungcheol estava com uma cara de poucos amigos, a noite do mais velho não foi tão boa quanto ele achava que seria, o que causou um alfa bravo e irritado até com o vento que batia no rosto. Tanto que durante as aulas que tinham juntos ele nem tentou um diálogo.

Na hora do almoço os dois foram até o enorme refeitório ao ar livre e sentaram com o amigo americano.

– Então… Falou com ele ontem, hyung? – Hansol perguntou, ainda com o sanduíche na boca.

– Sim, e já saímos ontem mesmo. – Mingyu sentou de frente para o outro e apoiou as mãos na mesa. Refletindo, agora, lúcido sobre ontem, foi divertido, mas não como ele esperava. O moreno ao seu lado bufou.

– E que caras são essas? – O americano observava o refeitório à procura de algo ou alguém.

– Como sabe qual cara estou fazendo se nem olha pra mim?

– Ahh! Hyung, não enche. Preciso achar o garoto novo.

– Que garoto novo? – Perguntou o mais velho dos três que instintivamente começou a olhar envolta à procura de um rosto que não conhecia.

– Chegou um grupo novo de alunos essa semana, do curso de música e arquitetura, daí tem um carinha que pelo cheiro parece um ômega e que muito me interessa.

– Tenham uma coisa em mente, nunca pague adiantado. – Cheol falou amargurado.

– Que porra de aleatoriedade é essa!? – Hansol murmurou, baixinho por que caso o hyung mais velho escutasse, no mínimo um olho roxo ele ganhava.

– Sério, me conta o que aconteceu! Ontem você parecia bem animado. – Mingyu virou de frente para o amigo que brincava com a comida, o vendo fazer uma careta e suspirar.

– Eu estava lá, com dois ômegas maravilhosos mas eles não deram bola pra mim, levaram meu dinheiro e não fizeram nada, nem um boquetezinho', acredita? – O mais velho falou, irritado, e os outros dois caíram na gargalhada.

Logo um grupo de ômegas se aproximou, e um deles – um rapaz de cabelos descoloridos, magro e alto –, se afastou um pouco do grupo e ficou de frente para o alfa maior.

– Mingyu hyung. – Chamou e o alfa virou-se para ele, entendendo o que era aquele burburinho todo. Ele queria se confessar. – Eu fiz chocolates para você, espero que goste. – O menino fez uma reverência simples e iria se afastar, mas Mingyu segurou seu pulso, fazendo o mais novo encará-lo, surpreso.

– Você pode sentar aqui e comê-los comigo, o que acha?

– C-Cl-Claro. – O ômega sentou ao seu lado e viu o alfa colocar o primeiro chocolate na boca. Era gostoso, mas Wonwoo fazia uns com canela que era de revirar os olhos.

Falando nele, o Jeon se aproximou da mesa onde os quatro estavam sentados e sentiu seu coração apertar com aquela cena. Aquela cena onde o novato estava ao lado de seu alfa.

Quer dizer....

– Mingyu, eu posso falar com você? – Perguntou receoso.

– Pode falar, Wonwoo hyung, não tenho segredos com meus amigos. – Mingyu não olhou para o ômega que estava em pé ao seu lado, em vez disso permaneceu com os olhos fixos no outro ao seu lado.

– Por favor, Mingyu, é sério. – Hansol e Seungcheol trocaram olhares e o outro ômega ficou completamente sem jeito pela cena presenciada.

– Diga logo o que quer, Wonwoo. – Finalmente o alfa levantou o olhar para o mais velho e seu coração acelerou, ele tinha os olhos avermelhados e olheiras.

– É... que meu cio está chegando, e eu queria saber se eu posso ficar pelo menos com algumas de suas roupas, para evitar alguns acidentes. – Wonwoo falou, completamente envergonhado, principalmente por ter mais pessoas ouvindo.

– Ah... – Mingyu abriu e fechou a boca algumas vezes. – Ah... Pode ficar com algumas para ajudar a sair nas ruas, mas o restante devolva, pra minha mãe de preferência – Falou com um semblante sério e virou-se para o outro ao seu lado. – Então, onde estávamos?

Wonwoo não estava surpreso, quando Mingyu queria ser um babaca, ele  mesmo se superava. O mais velho se afastou, dando um pequeno sorriso amarelo para os outros dois alfas, apesar de tudo eles ainda eram amigos.

O sinal tocou e o rapaz loirinho se despediu do alfa, prometendo se encontrar com ele mais tarde para “estudar”.

Mingyu estava feliz, ele provavelmente teria sua primeira experiência satisfatória. Tinha um sorriso besta no rosto enquanto Hansol ainda olhava em volta e Seungcheol brigava com um inseto que insistia em parar em seu nariz.

– Chwe Hansol interessado em alguém? Como assim? Quem é você e o que fez com meu amigo?

– É sério, eu preciso sentir aquele cheiro de novo.

– Você está obcecado, Hansol, melhore. – O mais velho levantou, catando sua comida quase intocada e seu suco que nem bebeu, para jogar fora. Mas, como Seungcheol é o desastre em pessoa, quando ele se virou indo até a lixeira, deu um encontrão com uma criança que tomou um banho de suco verde e macarrão.

– PORRA, VOCÊ NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO, Ô' IDIOTA? – A criança que tinha uma voz rouca demais para ser uma criança, esbravejou, tentando tirar o macarrão da roupa.

– Foi você que veio com tudo pra cima de mim, ô pirralho, e VOCÊ FALE BAIXO COMIGO! – Seungcheol, que estava uma pilha de nervos a manhã inteira, teve seu estopim e começou a gritar no meio do refeitório, com o garoto baixinho de cabelos loiros.

– POR QUÊ? POR QUE EU TENHO QUE FALAR BAIXO SE FOI VOCÊ QUE DERRUBOU COMIDA EM MIM?! SÓ POR QUE É UMA MERDA DE UM ALFA? AAAH NÃO QUERIDO, VOCÊ TEM QUE SER MUITO MAIS QUE ISSO PARA GANHAR MEU RESPEITO.

Seungcheol estava muito bravo, Mingyu sabia disso só pela vermelhidão que estava no rosto de seu hyung. Viu os olhos do alfa ficarem vermelhos e daquele baixinho ficarem amarelos, essa mudança na coloração dos olhos só acontecia quando os híbridos sentiam emoções muito intensas, ou seja, uma reação muito extrema para uma simples discussão. Mingyu levantou junto com Hansol para tentar conter uma possível briga, já que ambos estavam bem alterados e chamavam a atenção de todos em volta.

– “MERDA DE ALFA”? QUEM VOCÊ PENSA QUE É? EU ESTAVA AQUI DE BOA, E VOCÊ VEM COMO UM TROVÃO E ESBARRA EM MIM. VOCÊ É DOENTE?

O garoto baixinho ia responder, mas teve o braço tomado por um outro rapaz o puxando para trás e tentando levá-lo dali. Ele sabia que se continuasse naquele ritmo, o baixinho iria levar uma bela de uma surra.

– Jihoon hyung, deixe isso pra lá, vamos embora! – Mas o baixinho, que agora tinha um nome, aceitou? Lógico que não, puxou o braço de volta e ia voar no pescoço do alfa desastrado se a coordenadora não tivesse aparecido e acabado com a algazarra.

– LEE JIHOON E CHOI SEUNGCHEOL, PRA MINHA SALA AGORA!

Os dois pareceram cair na real naquele momento do show que estavam fazendo, os olhos voltaram a cor normal e não ousaram se olhar novamente.

A confusão se dissipou e todos foram mandados para suas salas.

– Você entendeu o que aconteceu? – Mingyu perguntou ao amigo americano, para tentar processar o que diabos havia se passado com seu hyung.

– Só podem ser duas coisas – Vernou soltou simplista. –, ou é muita tensão sexual, ou é muita atração sexual.

Mingyu riu, murmurando um “Você só pensa nisso” enquanto caminhavam para a sala da coordenação para saber notícias do mais velho.

– Eu acho que ele deve estar por aqui também – Vernon olhava em volta tentando achar alguém.

– Quê?

– O ômega que eu quero.

– Quê? – Repetiu.

– Ele era o amigo do Jihoon, foi ele que tentou tirar aquele baixinho invocado de lá.

– O Cheol tem razão, você está realmente obcecado, Hansol!

– Eu não estou obcecado, só estou tentando sossegar, não é todo mundo que tem sorte como você.

– Eu tenho sorte?

– Sim, de achar o ômega certo assim, de primeira!

– Não sei do que está falando. – Mingyu brincava com as alças da mochila enquanto se recostava na porta da sala da coordenadora, esperando a reunião deles acabar.

– Pena que você é babaca demais para perceber.

– Você não entende, Hansol, você pode curtir, aproveitar, nunca teve um dono, você teve.... variedades. – Mingyu se encolheu e fez careta da própria fala. – Mas se não der certo eu volto com ele. Eu gosto do hyung. Eu só quero sentir outras sensações.

– Aí está meu caro, achou o seu problema.

– Do que está falando? – O maior inclinou a cabeça visivelmente confuso.

– Mingyu meu filho, Wonwoo é um puta gostoso, sério, agora eu posso falar, ele é lindo pra porra, tem um cheiro delicioso, todos os alfas dessa faculdade queriam ou querem pega-lo pra si. Só não chegavam nele porque ele sempre andava com as suas roupas e tinha seu cheiro grudado nele. Agora que não vai mais te ter por perto, duvido muito que Wonwoo hyung fique solteiro por muito tempo.

– Eu não se... – Mingyu não pode evitar seu estômago revirar, e uma pontada no peito.

– Mas você escolheu ter “experiências” – Hansol fez aspas com os dedos, tentando ironizar o máximo possível a atitude do maior.

– Bom, ele faz o que quiser. Ele não é meu ômega. – Mingyu falou, convicto. Ao menos é o que parecia.

A porta da sala se abriu e de lá saiu o baixinho, que estava com cara de poucos amigos. Ele olhou para os dois alfas e bufou, logo atrás dele estava Seungcheol que parecia ainda mais bravo.

– O que aconteceu? – Vernon foi o primeiro a perguntar.

– Vamos ter que fazer trabalhos voluntários para a faculdade e de graça durante um mês, só para não termos as fichas marcadas por mal comportamento. Tudo por causa desse baixinho escroto que sai esbarrando nas pessoas. – Ter a ficha na faculdade marcada por mal comportamento era como seu atestado de óbito para uma grande empresa, na faculdade você pode fazer o que quiser, só não deixe ninguém descobrir.

– Foi você que derrub... – Jihoon foi interrompido por dois rapazes que se aproximaram dele.

– Jihoon, o que aconteceu com você? – Um rapaz, alfa, se aproximou de Jihoon e o seu amigo, passou a mão por seu cabelo, que estava um pouco sujo de molho de macarrão. Mingyu e todos os alfas daquela sala sentiram a presença ameaçadora de Seungcheol. O Kim não entendeu, mas sentiu que o mais velho poderia atacar a qualquer momento aquele alfa. Sua presença estava tão forte que fez os dois ômegas ali presentes – o amigo de Jihoon, que era a paixonite de Vernon, e o próprio Jihoon – se encolherem e choramingar baixinho, com medo.

– Hyung? O que está fazendo? – Mingyu perguntou num quase sussurro e teve a atenção do alfa possesso voltada para si.

Para falar a verdade, nem o próprio sabia o por que da raiva que tomou seu corpo por ver um alfa qualquer tocar o monstrinho desastrado. Porra, o que estava acontecendo consigo?

Seungcheol saiu andando pesado de volta a aula, não queria ver aquela cena estúpida.

 Hansol, por outro lado, aproximou-se do outro rapaz, perguntando se ele estava bem e começando um diálogo todo protetor, nem parecia o mesmo Hansol. Enquanto isso, Mingyu saiu de fininho sentindo que estava sobrando ali. Mesmo notando que a relação entre o pequeno Jihoon e o alfa, que pelo que ouviu, se chama Jun, é só amizade, não quis ficar para ouvir mais.

 


Notas Finais


Já já vem o próximo. Obrigada a quem comentou sobre o retorno. Fico realmente grata a quem entendeu.


Beijo no olho direito.


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