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História Experiência - ABO - Ledo engano


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


Eu ainda estou por aqui, só venho pedir para não desistir de mim.

Capítulo 14 - Ledo engano


 

Três dias passaram e muita coisa aconteceu.

Os pais do ômega quase tiveram um ataque ao saber que seu precioso Wonwoo estava no hospital. Mingyu contornou a situação afirmando que foi apenas exaustão devido às provas da faculdade, uma mentira deslavada, mas para conseguir conter os mais velhos por enquanto era necessário. Afirmou também que iria cuidar muito bem dele, e isso definitivamente não era mentira.

 Os Jeon só não viajaram para ir até o hospital porque a filha do meio, iria noivar e Mingyu garantiu que daria notícias todos os dias. Não contou sobre a gravidez, queria conversar com Wonwoo antes de tomar qualquer atitude, de falar qualquer coisa.  Até porque seria uma histeria total, muito para explicar, muito a discutir. E a única coisa que o preocupa agora é o bem estar do ômega, e de seus filhotes. 

Já a mãe de Mingyu apesar de não acreditar na situação de “exaustão” de Wonwoo, ajudou bastante quanto à conta do hospital, já que Mingyu queria simplesmente o melhor, quarto exclusivo, monitoramento de primeira linha e médico de plantão, não foi nada barato. E foram três dias difíceis.

– Ele não acorda. – Jun estava ali também, na verdade ele não saia do hospital. Nesses três dias, Mingyu, apesar de não admitir, se sentia grato pela presença do outro alfa ali, afinal não ficaria sozinho, todo mundo na sala de espera já os conhecia, a senhorinha da recepção sempre trazia pão doce para eles.

– Eu sei. E isso me deixa louco. – Respondeu cansado. Não ia para faculdade nesse meio tempo, sabia que estava perdendo muita matéria, mas não deixaria Wonwoo, não mais. Nunca mais, mesmo que não pudesse vê-lo, sair do hospital estava fora de cogitação.

– Já falou com o médico hoje? – Era um diálogo quase que decorado, pois Junhui sempre perguntava a mesma coisa, e infelizmente, sempre ouvia a mesma resposta.

– Sim. Ele disse que não tem nenhuma novidade, apesar de ele estar estável, não podemos entrar ainda no quarto, os feromônios dele ainda estão desordenados.

O silêncio reinava na sala de espera, tudo parecia que iria ocorrer do mesmo jeito, como todo santo dia. Até que o médico de Wonwoo, se aproximou dos dois, Jin era um homem bonito e simpático, sempre carregava um sorriso pequeno no rosto.

– Boa tarde. – Os alfas levantaram e olharam esperançosos para o médico. – Eu tenho notícias para vocês.

– Diga, doutor Kim, estou aflito. – Mingyu parecia um velho de 89 anos prestes a ter um infarto.

– Bom… Wonwoo precisará de acompanhamento médico extra. Vou recomendar um amigo, ele acabou de se formar, mas ele é excelente e poderá ver de perto tudo o que Wonwoo precisará, para ter a melhor gravidez possível, já que o quadro é muito delicado.

– Certo, tudo o que for preciso.

– E mais uma coisa. – Jin sorriu mais aberto. – Quem quer ver um ômega que tem olhar de raposinha? – Mingyu  e Jun não entenderam o que o médico quis dizer, tanto que fizeram a maior cara de confusos, o mais velho entre eles sorriu brando. – Wonwoo senhores, ele acordou.

 Mingyu sentiu como se o coração fosse sair pela boca. As mãos suaram e os olhos arderam. Estava nervoso demais, parecia que iria fazer um teste surpresa valendo toda a nota do semestre.

– Quem vai primeiro? – Jin perguntou simplista olhando para sua prancheta.

— Eu, lógico. – Jun tomou a frente. – Você foi a última pessoa que ele viu antes de tudo isso, acho que ele não vai querer vê-lo agora.

Tiro.

As palavras do outro alfa doeram como tiros em seu peito, faz todo sentido, Wonwoo passou mal  depois daquela conversa, muito provavelmente ele não queira o ver.

Ficou estático vendo Junhui e o médico caminharem até o corredor se perdendo entre aquelas portas.  Não, não podia ser assim, ele estava aflito a dias, Wonwoo gerava seus filhotes, ele que teria que vê-lo primeiro, sentia seu lobo lhe rasgar por dentro, ele precisava, era definitivamente uma decisão egoísta, mas ele precisava mais que tudo. E por mais louco que poderia ser, sentia que o Wonwoo também precisava de si.

Correu pela em meio a sala tentando alcançar os dois.  Avistou Jin passando algumas orientações para o alfa na porta do quarto, correu mais rápido e segurou a maçaneta impedindo que continuasse.

Jun ia protestar, iria fazer um escândalo se preciso, ele queria ver Wonwoo, não era agora que Mingyu iria brotar do tártaro e impedir de conseguir o que queria, mas infelizmente ouviu um chamado através da porta, e não era pelo seu nome.

— Mingyu? Mingyu é você? – Apesar de fraca era definitivamente a voz de Wonwoo, e o alfa não esperou mais, entrou no quarto, seu coração estava tão apertado e uma sensação de angústia tão forte, mas tudo passou e ao mesmo tempo piorou,  quando viu seu ômega sentadinho na cama, os olhos brilhantes, o nariz afilado e aquela boquinha, meio pálida, por causa da fraqueza, mas tão adorável. – Mingyu, são dois, Deuses, são dois. –  Wonwoo levou as mãos a barriga, assustado demais para encará-lo, sentia o medo de Wonwoo, sentia seu desespero tomar seu cerne e transbordar em lágrimas,  foi aí que ele não aguentou mais e abraçou o menor, tão forte quanto conseguia, e pela graça divina, Wonwoo o abraçou de volta.

Os sentimentos confusos um pelo outro foi deixado de lado por alguns instantes, pois ninguém no mundo entendia melhor Jeon Wonwoo naquele momento que Kim Mingyu e vise-versa.

Estava tudo tão confuso e tão angustiante que Wonwoo sentia que iria desmaiar de novo, porém ter os braços do mais novo em sua volta, causavam um conforto tão aliviador que tudo era quase suportável.

 

     Alguns instantes de silêncio se instalaram no quarto, não era constrangedor, era só silencioso e confortável. Wonwoo ainda não tinha noção de seu estado até ouvir do médico o qual delicado era sua gravidez, o quanto era de risco não só para os filhotes mas para sua própria vida, SeokJin explicou que iria precisar ficar mais um dia em observação, se não sentisse mais nada, nenhum desconforto ou sintoma de fraqueza, teria alta.


 

 

 Wonwoo chegou em casa a cinco minutos e já estava estressado, não só por causa dos dias que passou no hospital, porque foi necessário mais três dias depois que acordou.  Nem pelo sermão do tamanho da bunda do Seungkwan que levou da mãe, e ainda teve que aturar Junhui e Mingyu  como duas crianças disputando quem o ajudava a descer da cama, abrir a porta ou descer do táxi. Um verdadeiro inferno.

— Se vocês não pararem com isso agora, eu mando os dois embora e fico na casa do Jihoon. – Jun e Mingyu que estavam discutindo mais uma vez por quem carregava a mochila com as poucas roupas que Wonwoo usou no hospital, param imediatamente, até de respirar eu diria, e entraram no pequeno apartamento como crianças que levaram bronca da mãe.

 O de cabelos negros respirou fundo, a casa estava arrumada, afinal ele tinha arrumado tudo antes de apagar, mas estava com um cheiro de abafado e a primeira coisa que fez foi abrir a janela, apesar de não fazer tanta diferença no cheiro, pelo menos era uma esperança.

Jun foi deixar a mochila no quarto enquanto Mingyu sentou no sofá de lado para poder observar Wonwoo escorado na janela. Vê-lo bem, em casa, com aparência saudável de novo era tão bom, fazia tão bem ao seu coração que ele finalmente pode respirar aliviado pela primeira vez em muito tempo.

— Eu marquei a consulta com o médico que o Doutor Seokjin recomendou, ficou para quinta-feira. Eu venho te buscar para irmos lá, certo? – Jun que tinha voltado do quarto se aproximou do ômega colocando a mão em sua lombar,  o outro alfa presente na sala, fuzilou aquela mão.

— Junnie, eu não aguento mais hospital. – Jun sorriu, sentiu saudade daquele Wonwoo manhoso consigo.

— Eu sei meu bem, mas não temos escolha, Sim?! Agora eu tenho que ir para avisar a minha mãe que você está bem e fazer algumas coisas atrasadas da faculdade, mas mais tarde eu volto aqui para te ver. – Wonwoo assentiu  e voltou seu olhar para a vista de sua janela. Era notório a relutância do alfa em deixá-lo sozinho com Mingyu, porém todos ali sabiam que eles precisavam conversar. 

Wonwoo ainda ficou parado alguns instantes depois que ouviu a porta fechar e só sentir o aroma de Mingyu pelo ambiente, suspirou fundo, deixando os feromônios do alfa lhe preencher os pulmões eles não estavam bem, nem de longe eles tinham feito as pazes, mas os dias que ficou no hospital, foram de trégua, eles agiam civilizadamente e até pareciam afetuosos em alguns momentos, no entanto neste momento a realidade é um tapa na cara e eles precisavam lidar com isso, de uma maneira ou de outra.

— Hyung? – O  mais novo chamou, mas não se mexeu. – A gente realmente precisa conversar. Por favor.

Wonwoo fechou os olhos e suspirou de novo segurando o ar dentro dos pulmões o máximo que conseguia, o soltando em seguida devagar pelo nariz, ele sabia que tinha que ter essa conversa, mas ele tinha dois sentimentos muito fortes dentro de si, sentimentos esses que entravam em conflito diretamente e causava uma verdadeira guerra em sua cabeça.

 Por um lado tinha o orgulho que foi ferido, maltratado e completamente desprezado desde que o alfa resolveu ter experiências com outras pessoas, caralho isso machuca tanto. Por que isso interferiu com toda sua estrutura, com sua alto estima, romantismo, carinho, cumplicidade e um sentimento de inferioridade, dele não ser o bastante, cresceu tão intensamente dentro de seu peito que criou raízes, fortes demais para serem arrancadas.

Por outro lado tem aquele sentimento que Wonwoo não conseguia imaginar chamar de outra coisa senão amor, puro, ingênuo e incondicional.

— Vamos Mingyu, vamos conversar. – Disse irônico. Virou e encarou o mais novo antes de caminhar e sentar no sofá de frente pra ele, em uma distância segura do outro.

Olharam-se por uns instantes e completamente concentrados na face alheia.

 Mingyu se perguntava, e se fosse diferente, se não tivesse decidido mudar, se essa ideia idiota de ter outras pessoas nunca tivesse germinado em sua cabeça, se não tivesse rompido com Wonwoo e tivesse ficado com ele.

Como estariam? Será que a saudade e a insanidade teriam permitido eles usarem preservativos e não estariam grávidos? Será que estariam em boa,  sorrindo e brincando no parque? Mingyu estava com tantos questionamentos  que se perdeu naqueles olhos tão negros e nariz afilado.

— Mas você não tem que ir embora? Sei lá, resolver assuntos da faculdade ou talvez com seus ficantes? – Wonwoo tinha uma voz noturna e sombria. Não conseguia ignorar o bolo na garganta, e nem provocar o outro, machucar Mingyu se tornou sua melhor defesa.

— Não fala assim comigo, Hyung. – Mingyu respirava fundo a cada palavra, notou que Wonwoo estava com a guarda levantada e que seria difícil lidar com o mais velho. – Eu quero conversar com você, e eu não vou a lugar nenhum.

— Nós não temos muito o que conversar para falar a verdade. As coisas são como são, não dá para mudar. Só temos que aceitar.

— Wonwoo, o que eu quero conversar com você é exatamente isso, como vamos aceitar e seguir? – Mingyu se endireitou no sofá e apoiou os cotovelos nas coxas cobrindo o rosto com as mãos. – Como iremos criar os filhotes?

Wonwoo travou. Digamos que ele entendeu o que aquela pergunta significava, afinal dependendo do caminho sua vida poderia ser mais fácil ou muito, muito complicada.

— Eles são meus. Meus filhotes estão dentro de mim. Vou dar um jeito nisso. Não estou dando golpe da barriga, Mingyu, eles são meus filhotes, você pode fingir que não sabe de nada e seguir sua vida. – O ômega parou de falar com o movimento brusco e irritado do mais novo.

— COMO É QUE É?  —  Levantou e passou a andar pela sala, tentando controlar seus feromônios. —  Eles são meus filhotes também. MEUS, eu realmente não queria ter filhos agora, e eu sei que você também não, mas aconteceu e eles são tão importantes pra mim quanto pra você então não seja estúpido de repetir uma coisa dessas de novo. – Mingyu se controlou muito para não gritar como outro mais. Como uma coisa estúpida dessas pode passar pela cabeça dele? 

— Foi você que se afastou de mim, não achei que quisesse ficar perto. – Wonwoo se encolheu um pouco no sofá. Aqueles pensamentos estavam lhe afligindo desde quando acordou no hospital.

— Se eu não quisesse ficar perto, acha que eu teria quase arrancado os cabelos todo dia que você não acordava, te ver todo dia naquela cama de hospital sem se mexer. Aquilo foi horrível. Não seja injusto comigo. 

— INJUSTO? –  Wonwoo também levantou-se e tentou se acalmar, seu medico disse que ele não poderia se alterar, mas aquela conversa com o alfa não estava indo por um bom caminho. – Mingyu não se faça de estúpido, porque isso não lhe cai bem. Você lembra quando me mandou sair da sua vida? Lembra? Lembra quando ME pediu para  SER sua Puta? Eu estou grávido, esperando dois filhos. E isso eu não posso e não quero mudar, afinal esses filhotes não tem culpa de nada. Mas só porque você ficou comigo no hospital não apaga o que você me fez, todas as coisas ruins que senti. Se você quer acompanhar o crescimento deles fique a vontade, não vou lhe tirar isso. PORQUE AO CONTRÁRIO DE VOCÊ EU NÃO SOU UM FILHO DA PUTA. – Estava tão alterado que ficou tonto e sentiu a visão escurecer por segundos, só não caiu porque Mingyu o segurou forte o fazendo sentar no sofá. O manteve perto até ver o mais velho recuperar a cor e abrir os olhos.

— Nós não vamos voltar. – Wonwoo falou ainda perto de mais do maior. Completamente exausto.

— Eu sei que não, mas eu vou ficar perto de vocês. Nada no mundo vai mudar isso. Amanhã eu venho morar com vocês.

— VOCÊ O QUÊ? – Wonwoo tentou se levantar novamente, mas ainda sentia-se fraco e acabou sentando de novo, olhou no fundo dos olhos do alfa atrás de alguma brincadeira, mas só via a mais pura verdade ali. Não, isso não poderia acontecer. Era demais para sua sanidade.

 — Eu me mudo amanhã, não estou fazendo isso por você Wonwoo. Estou fazendo pelos meus bebês. O médico disse que eu tenho que ficar o mais perto possível de você.  Você é meu ômega. Eu tenho que ficar perto. Você querendo ou não.

O arrepio na nuca do mais velho foi inevitável, Mingyu falando finalmente essas palavras que ansiou tanto ouvir, mas infelizmente não nessas circunstâncias.

— Eu não sou seu ômega.— Agradeceu muito pela voz ter saído firme.

— Enquanto você estiver com meus filhotes na barriga, você é sim.

— Nós não vamos voltar. – Repetiu atônito, mas dessa vez sua firmeza estava abalada.

— Eu sei que não. – E definitivamente Mingyu mentiu.

 

[...]

 

—Ele passou todos esses dias no hospital? – Jun, Jihoon, Hansol, Seungkwan e Seungcheol estavam na famigerada cantina da faculdade, sentados em uma mesa pequena de mais para todos eles. – Como assim você não avisou, seu Hyung irresponsável. – Jihoon deu uma leve tapinha na nuca do chinês que fingiu uma dor bem teatral.

— Eu mal vi vocês durante esses dias, Jihoon seu cheiro ainda está bem forte. – Junhui aproximou o rosto do pescoço alheio para sentir melhor o aroma do pequeno ômega, mas a presença de Seungcheol sobre ele e o braço apertado em volta da cintura de Jihoon, o fez se afastar e não perguntar o porquê do cheiro daquele alfa marrento estava tão forte no corpo do seu pequeno amigo, bom talvez perguntasse sim, mas quando o outro não estivesse por perto, só para garantir a beleza de seu rosto intacta. — E vocês... –Apostou para o outro casal que estava cada um virado para um lado. – Brigam direto então resolvi não chegar perto para não acabar sendo motivo de fogo e explosões.

Hansol estava bravo com seu Boo, mais uma vez, o ômega insistia que Seokmin era a melhor pessoa do mundo e não largava ele de maneira alguma. E o outro alfa se aproveitava disso, sempre montando conversas e brincadeiras para deixar Hansol de lado.

Seungkwan não achava nada de mais e sempre acabava brigando com o mais novo por motivos idiotas. Bom, mas é sempre ele que vai atrás do alfa, ele sempre pede desculpas, ele sempre mima o americano para voltarem ao normal. Porém ele estava cansado disso, Hansol estava sendo infantil em achar que Seokmin tem algum interesse em si maior que amizade. A insegurança do alfa o deixava nervoso.

Então estavam assim, um de cara feia para o outro, nenhum querendo dar o braço a torcer.

— O que há com vocês? – Seungcheol perguntou baixinho para que só o amigo ouvisse, sabia que Jihoon pelo fato de estar muito perto também ouviria, mas o menor estava melhorando com esse lance de descrição então fingia que nada acontecia e continuava perguntando coisas a Jun sobre Wonwoo.

— Boo acha que eu sou idiota e que vejo coisas demais. – Hansol olhava para o centro da mesa onde ficava os temperos da lanchonete como se fosse as coisas mais interessantes do mundo.

— Você não está? – Hansol negou com a cabeça, ele sentia que aquele maldito alfa queria tomar o seu ômega. – Então não dê motivos para ele se afastar. Mostre pra ele que você é um bom alfa.  – Seungcheol sorriu e Hansol fez o mesmo, eles são amigos a muito tempo são capazes de se entender apenas com o olhar.

 O mais velho alertou que o intervalo já iria acabar e que era melhor se organizarem, Jun levantou e deu beijinhos no topo das cabeças dos dois ômegas ali presentes e saiu antes de ouvir qualquer reclamação vinda dos outros dois alfas.  Cheol não precisou puxar Jihoon porque o omega já havia entendido o que o alfa queria fazer, fez um “tchau” silencioso com a boca para Boo e desapareceu com o outro no seu encalço.

Hansol  não deu tempo para o garoto de Jeju  sair da mesa, segurou seu pulso o fazendo sentar de novo e com a mão livre segurou seu rosto e o beijou. Um beijo suave e apaixonado. Onde os lábios faziam carinhos uns nos outros aproveitando o sabor e a maciez. Seungkwan nenhuma vez protestou ou tentou se afastar, não podia, Hansol poderia ver coisas demais, mas era seu alfa e adorava os toques do mais novo. Mesmo que nunca tivessem passado dos beijos, sentia-se quente e adorado quando o alfa lhe tocava com tanto carinho e zelo.

Quando as bocas se separam, Hansol aproveitou e distribuiu beijinhos pelo rosto do outro ganhando risinhos e a timidez do ômega.

— Eu quero te provar.

—Me provar o quê?

— Que eu gosto de você e só de você. – Boo falava ainda baixinho e envergonhado.

— E como pretende fazer isso? – Hansol sorriu enquanto esperava tudo menos o que saiu da boca do ômega.

— Eu quero fazer amor com você.

—  O quê? — Perguntou rindo, porque seu cérebro não processou a fala do namorado.

—  Vai me fazer repetir? —  Deu um tapinha no braço do outro e se afastou com um bico nos labios.

— Seung… —  Começou mas as mãos do omega taparam sua boca.

— Eu quero, eu realmente quero, Hansol.  Quero que seja com você, eu quero.

 

[...]

 

O dia passou tranquilo, Wonwoo dormiu quase o dia inteiro. Mas obrigado do que por sono, Mingyu o fez ficar deitado não permitindo que ele ficasse no celular nem que assistisse TV, ou seja, só lhe restava dormir ou ruir pelo tédio eterno.

— Você tá’ chato. – Resmungou o mais velho ainda sentado na cama, vestia uma blusa gigante que mostrava suas clavículas e Mingyu tentava não olhar para elas.

— E você está falando demais, porque não fica quieto e toma logo essa sopa. – O alfa vinha aturando o mau humor do mais velho e estava prestes a socar a cara dele.

— Eu preciso comer algo sólido. Há dias que não mastigo nada nem seu se minha mandíbula ainda funciona.

— Lógico que ainda funciona, você reclama de tudo. – O mais novo cerrou os olhos para olhar o menor que fazia cara feia para comer a sopa que preparou.

— Só pra você saber… – Wonwoo colocou a tigela com a sopa ainda pela metade sobre o criado mudo ao lado e se arrumou melhor na coberta. – Se você vai mesmo morar aqui, coisa que eu ainda não estou completamente convencido, você vai dormir no sofá.

— Ah, vai sonhando, querido.  Vou dormir aqui do seu lado. Não é por você, nem por mim, é pelos filhotes. Eles precisam muito da minha presença e como você não está marcado eu preciso ficar perto de você. Ordens médicas. E outra, aquele sofá é pequeno demais pra mim. Lembra da vez que a gente acabou adormecendo nele quando fomos ver aquele filme de época super chato que você queria muito? Então, me senti feito de lego quando acordei no dia seguinte. E poderia desmontar a qualquer minuto.

— Eu acordei maravilhoso, não tive problema nenhum em dormir no sofá aquele dia. – Wonwoo falou com desdém lembrando perfeitamente bem do dia em questão.

— Mas é lógico, a princesinha dormiu literalmente por cima de mim. Quem aturou as costas quebradas pelo sofá fui eu não você.

Wonwoo não falou nada porque sabia que aquela lembrança não era saudável. Ele dormiu mesmo por cima do mais novo no meio do filme, lembra também do cheiro bom e do calorzinho confortável. Coisa que nunca mais irá acontecer.

— Você não vai dormir aqui comigo e ponto.

— Isso não é você que decide princesinha.

Aí uma almofada voou na cara de Mingyu e ele sabia que Wonwoo não iria protestar mais.

Lego engano.

 


Notas Finais


Se alguém quiser deixar algum comentário, sei lá, qualquer coisa me informando que não estou aqui sozinha, ia ficar muito feliz.


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