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História Experiência - ABO - Sai da minha casa, Idiota!


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


Olá!
Por favor ignorem os errinhos!

Capítulo 15 - Sai da minha casa, Idiota!


 

A semana passou rápido, aulas, trabalho, pessoas perguntando o porquê do cheiro dele estar diferente, Jihoon e Seungkwan fingindo que nada estava acontecendo e ignorando a situação, e Wonwoo agradecia muito por isso, xingava Mingyu a cada cinco minutos, ele não saia do seu pé, o alfa lhe levava comida e esperava na porta da sua sala de aula para lhe dar o remédio e vitaminas de uma forma ridiculamente pontual.  

Mandava ele ir embora de sua casa o tempo todo, sempre que via ele transitar pela casa, cozinhando, arrumando ou dormindo no sofá, ele fingia que não ouvia, era uma incógnita, Mingyu era presença constante, mas não perto. Pelo menos não o suficiente para sanar a necessidade do seu ômega pelo alfa e não longe o suficiente para esquecê-lo. 

— Oi! Boa noite! Está com fome? Quer comer algo em especial? —  Era por volta das 20h, Wonwoo tinha acabado de chegar do estágio e  estava estressado demais para responder as perguntas constantes do Kim.

— Eu quero que você saia da porra da minha casa, idiota! —  Disse irritado batendo a porta ao entrar. Mingyu comprimiu os lábios e respirou fundo.  

— Hoje está frio, tomou o isotônico que coloquei na sua bolsa? 

— Não enche, Idiota. —  Bateu outra porta, mas desta vez a do quarto. Não queria ver a cara de Mingyu. Porém, assim que saiu do banho, o alfa entrou em seu quarto com uma bandeja com sopa e algas, e suco verde! 

—  O médico me passou sua dieta, eu fiz algo rapidinho, mas é rico em fibras e vitaminas, está bem quente, mas eu posso esfriar para o Hyung! —  O alfa sorridente e orgulhoso de seu feito se aproximou do ômega, a fim de acomodar a sopa quente em uma ponta da cama, porém Wonwoo arredio não deixou.

— Não quero comer sua comida. —  Falou seco e viu o sorriso do outro tremer de leve.

— É só fingir que não fui eu que fiz! —  Sorriu mais um pouco apertando a bandeja nas mãos.

—  Eu já disse que NÃO QUERO! —  Se exaltou.

—  Tudo bem, eu posso sair para comprar alguma coisa, o que quiser, mas precisa que coma algo saudável, pelo menos um pouquinho. 

—  Eu DISSE QUE NÃO QUERO! —  Wonwoo bateu na bandeja e a entornou sobre Mingyu. O alfa soltou um chiado de dor, e puxou a blusa grosseiramente, pois a sopa estava realmente fumegante, tanto que a vermelhidão em parte do abdômen ficou instantaneamente marcado pela queimadura.

A porcelana da sopa caiu mas não quebrou, porém o copo de suco espatifou no chão indo caquinhos por todos os lados.

— Não se mexa, Hyung, pode se machucar. —  Mingyu abaixou e pegou o que conseguiu do vidro e saiu do quarto, voltando logo em seguida com panos de chão e material para limpar o quarto onde a sopa caiu e retirar os vidros quebrados.

Wonwoo ficou atônito, ele não queria machucar Mingyu, não fisicamente   pelo menos, ficou chocado pelo o que aconteceu, porém não pediu desculpas. Se amontoou na cama e esperou o outro limpar tudo.

Acabou cochilando quando ouviu a porta do quarto abrir e fechar, Sentou na cama limpando, esfregando os olhos, catando coragem para ir procurar o que comer, até que notou ao lado da cama, em cima do aparador tinha outro copo de suco verde e um sanduíche natural, com um post-it azul.

“Não fui eu que fiz, foi minha mãe. Pode comer tranquilo :) ”.

 

Ele devorou o lanche sem pensar duas vezes.

 

[***]

 

A pele dele era tão leitosa que as mãos deslizavam com tamanha facilidade, o alfa simplesmente adorava aquela sensação, era tão certo, tão completo  o  ter nos braços é uma realização, as milhares de pintinhas espalhadas pelo dorso, era como olhar para o céu mais estrelado.  Os olhos semicerrados, as bochechas coradas, as orelhas e pescoço vermelhos, a boca que antes era mordiscada agora estava rosada e convidativa, libertando por ela afetos tão cheios de carinho e luxúria que Hansol não podia imaginar como sobreviveu tanto tempo sem aquilo tudo.

Pela lua.

 Estar dentro dele é sem dúvida o melhor lugar onde o mais novo já esteve, apertado, quente e simplesmente delicioso.

Os movimentos eram sincronizados e Seungkwan subia e descia tão dolorosamente gostoso que se ele pudesse ficar ali para sempre ele ficaria, sem pensar duas vezes.

— Vernonie... – O ômega suspirava enquanto acelerava os movimentos, sexo no cio é bom, mas a palavra certa seria “aliviante” sexo consciente, onde estar pleno de todos os atos é inebriante.

Seungkwan parecia estar fazendo tudo em slow motion, o mundo girava, as cores estavam misturadas e o som era opaco. Ele só tinha noção do alfa, do SEU alfa. Do qual abraçava e apertava os ombros. Sentia ele apertando sua cintura e beijando sua clavícula, mas principalmente sentia ele se movimentar dentro de si, os arrepios e os leves espasmos que seu corpo dava era um sinal de o quão bom estava.

— Beije-me.... – O omega não precisou repetir para ser o lábio suado com delicadeza, exatamente como queria, sentindo cada molécula da boca de Hansol. Provando do seu gosto mais uma vez. – Ame-me...

Hansol inverteu as posições e deitou o mais velho na cama, abraçou o corpo abaixo de si e acelerou os movimentos de sua pélvis.

Vermelho.

Amarelo.

Laranja.

Rosa.

Verde.

Azul.

Todas as cores que Seungkwan via mesmo de olhos fechados.

Calor.

Quente.

Fogo.

Tudo o que Seungkwan sentia, mesmo fazendo  só 12° graus lá fora.

Ele flutuava e ele caia.

— Você me faz incrível, Boo.

— Eu amo você.

— Eu amo muito você.

E então eles chegaram à borda do paraíso. Juntos.


    

[***]
 

Wonwoo acordou meio mole, estava sentindo enjoos constantes, eram aqueles de ficar sentindo-se mal, resmungando sobre tudo e morrendo em cima da cama, com vontade de colocar tudo para fora. E era como ele estava nesse momento, embolado nas cobertas, não estava nem um pouco a fim de ir para a faculdade naquele dia, porque passou mal durante  a madrugada, foi lhe explicado que os efeitos da gravidez em seu corpo é ainda mais complicado. Só não achava que seria tanto. Não ser marcado só lhe causava problemas.

 

Seus bebês estavam sugando todas as suas energias e ele estava com apenas 11 semanas.  Estava fazendo um acompanhamento médico com um rapaz sorridente e de olhos bem fechadinhos, era jovem, mas inteligente e dedicado. Kwon Soonyoung, indicação de Seokjin, então quem somos nós para contrariá-lo, não é mesmo?

Mingyu e Wonwoo se falavam pouco, o diálogo diminuiu ainda mais desde o episódio, da sopa a alguns dias, apesar de dividirem a mesma casa, o mais novo tinha alguns compromissos com a faculdade e com a mãe ajudando-a nas finanças. Certo que o cuidado que o mais alto tinha com ele era um negócio até meio exagerado, controle absoluto de seus remédios, vitaminas e consultas. Parecia ignorar o temperamento de Wonwoo, até melhor que Jun, que se afastou dele esses dias, porém, não podia cobrar nada do alfa, ele tinha suas obrigações e não podia e nem devia parar tudo por causa de si.

Wonwoo não queria levantar também não queria chamar o moreno que estava em algum  lugar pelo apartamento, porque conseguia ouvir passos. Estava sentindo aquela sensação ruim no estômago de novo. Não queria preocupar ninguém, mas estava difícil de aguentar.

E bem, a função daquele idiota em seu apartamento era essa não? Se não poder contar com a ajuda dele em momentos como esse, o que adiantaria ele ali?

— Mingyu! – Chamou meio que gritou e em um nano segundo depois o mais novo estava na porta do quarto, já estava vestido com roupas de sair e com uma escova de dentes presa na boca, bem desenhada.

— Que foi? Tá sentindo alguma coisa? Onde dói? Vai nascer?

— Nascer? Quê? Não! Eu preciso de ajuda, não estou me sentindo muito bem. Vai limpar a boca, isso é nojento!

Mingyu respirou aliviado e preocupado ao mesmo temo, voltou ao banheiro enxaguando a boca rapidinho e voltou ao quarto ajudando o de cabelos negros a sentar na cama.

— Quer que eu chame o  Soonyoung? Ele vem rapidinho.

— Não, idiota, acho que não precisa, só me ajuda a chegar ao banheiro – Quando tentou levantar viu tudo rodar, Mingyu foi rápido aparar e deitar na cama de novo ao  sentar-se ao seu lado, o aparando e puxou o celular procurando o contato do médico.

— Soonyoung-ssi? Bom dia, é o Mingyu, você pode vir aqui em casa, Wonwoo não está se sentindo bem e queria que desse uma olhadinha nele. – Houve uma pausa na fala e depois de alguns segundos a ligação foi encerrada.

— Ele está vindo. Pediu para você evitar se mexer muito. – Digamos que Mingyu não precisava dizer tais ordens, já que o mais velho já havia se acomodado novamente nas cobertas e virado um bolinho no meio da cama. Não queria o médico ali, naquela hora da manhã, pois nem fazer xixi ele tinha feito ainda, mas duvidava muito que conseguiria levantar sozinho.

—  Você está exagerando, não precisava chamar ele. —  Wonwoo reclamou, mas Mingyu ignorou completamente sua fala.

    —  Vem, deixa eu te levar ao banheiro. —  Desembrulhou o omega no emaranhado de lençóis e ficou aliviado que ele não protestou, o pegou no colo o carregando até o banheiro, o colocou no chão e deu suas pantufas a ele para evitar tocar no chão gelado. —  Vou ficar aqui do lado, não feche a porta. Não se preocupe, não vou olhar, mas se precisar eu estou aqui para isso.

    Wonwoo o olhou feio e fez um gesto com a mão para se afastar, viu Mingyu sair do banheiro mas encostar de costas para a  parede ao lado da porta. Ainda estava meio tonto, mas conseguiu fazer xixi, sem muitos problemas, o banheiro estava gelado, mas achou que pelo menos os dentes deveria escovar, bom ele começou, mas a ânsia de vômito foi mais forte e passou a vomitar todo o jantar de ontem no vaso sanitário.  

    A pior coisa até aquele momento, em relação a estar grávido eram esses enjoos que não passam. Mingyu imediatamente, agachou no chão ao seu lado e fez uma massagem em suas costas, pois aprendeu a duras penas que não podia fazer nada além de estar ali ao lado Wonwoo. Ao terminar lavou o rosto e escovou os dentes de novo, completamente enjoado, queria socar Mingyu, por ele ter o engravido, por está ali no banheiro com ele, por estar sendo uma ótima companhia sem reclamar de nada mesmo quando vomitou nele ou reclama a cada cinco minutos de sua presença, o pior de tudo é que ele sentia, sentia que se Mingyu pudesse trocar de lugar com ele, ele trocaria. Odiava isso, odiava sentir sinceridade no alfa. Odiava gostar que ele estivesse ali.

Odiava Kim Mingyu.

    O alfa já nem pensava mais na prova que tinha naquele dia, sentou na ponta da cama e acariciava as costas do menor por cima das enormes cobertas.

Com exatos 15 minutos depois. Soonyoung chegou ao apartamento, examinou Wonwoo cuidadosamente, era exatamente o que ele achava que era. Só consequências da ausência da marca. Estava explicando para Mingyu como era a dosagem das vitaminas complementares e ácidos que o ômega teria que tomar a partir da 12ª semana. Quando a campainha tocou novamente, Mingyu pediu licença rapidinho e saiu do quarto para atender a porta, enquanto isso o médico e o ômega conversavam sobre como ele estava se sentindo, quando Mingyu retornou  um menino baixinho a 

— Vou ter que torturar quem para saber a verdade sobre o que está acontecendo? —   Jihoon entrou soltando fogo pelo nariz, o menino que não era lá muito paciente já estava de saco cheio daquela conversinha que Wonwoo está indisposto o tempo todo. Por isso brotou cedo na casa do amigo para descobrir de uma vez por todas o que estava acontecendo, soube que ele tinha ido ao hospital e nada mais, Jun não fala e Wonwoo menos ainda, cansou de bancar o compreensivo.

—Desculpe, mas Wonwoo não está em condições de ser torturado então acho melhor pular para outra pessoa suas ameaças. –  Soonyoung respondeu achando graça de como aquela criança ficava fofa bravinha.

— E quem é você para dizer se ele pode ou não ser torturado? – Jihoon cruzou os braços e revirou os olhos usando sua voz de deboche tão característica.

— Sou o médico dele Kwon Soonyoung, muito prazer. – O mais velho  estendeu a mão para o comprimento e o menor engoliu em seco.

— K-Kwon S-Soonyoung?

— Foi isso que eu acabei de dizer, num foi?

— V-você...

— Eu... você não vai apertar minha mão? — Com a mão ainda esticada, o médico balançou um pouquinho achando fofo como ele corou rapidamente.

— Prazer... – O menor aceitou o cumprimento do outro.

— E você é? – Soonyoung estava o achando muito fofo, mas precisava ir então passou a arrumar sua maleta, guardando os utensílios que utilizou para verificar Wonwoo.

— Jihoon, Lee Jihoon. –E o sorriso no rosto do médico sumiu. Parou imediatamente o que fazia e o olhou com olhos esbugalhados. Mingyu até acharia graça se o clima não estivesse extremamente pesado. E se sua única prioridade não fosse um sonolento e rabugento omega deitado na cama.

— Isso parece muito estranho,e eu nem vou perguntar se vocês se conhecem, podemos conversar fora do quarto, o Hyung precisa descansar.  

Saíram do quarto e Jihoon estava desnorteado, não sabia o que fazer comas mãos e  fugia do olhar furtivo do alfa o tempo todo. Soonyoung se despediu de Mingyu e deu novamente uma boa olhada no baixinho que parecia se encolher a cada segundo.

— Não se esqueça da vitamina e o obrigue a comer, ele precisa manter o peso. — Disse por fim, se direcionando a Mingyu que assentiu diversas vezes concordando. —  Tchau, Jihoon-ssi. Foi um prazer.

O outro soltou pigarro de garganta. Como se a voz dele estivesse entalada.

Ao fechar a porta, Mingyu virou-se e encarou o menor que parecia perdido em pensamentos. 

— Wonwoo não quer falar agora, ele vai dizer quando se sentir preparado, mas nao iremos forçar nada, tudo bem?

Enquanto MIngyu falava, Jihoon mudou sua expressão de um gatinho medroso para um raivoso e violento.

— Eu não gosto de você, não me sinto bem com você perto do Wonu. Ele pode te perdoar, mas eu não, conheço ele a pouco tempo, mas sei que você não presta, que só o magoou e o destratou, e pessoas não mudam de um dia para noite. Eu vou embora porque vi que ele não está bem, mas eu volto, e se ele pedir eu tiro você daqui aos chutes, tá me ouvindo?

 

Mingyu ficou quieto e não se mexeu enquanto o menor passou por si, esbarrando propositalmente em seu braço. Sabia que o que fez foi horrível e seria difícil voltar como era antes e  talvez nunca volte.

Um tempinho depois arrumou a cozinha e passou a fazer algumas marmitas para deixar a janta pronta, de alguns dias, pois seus dias estavam tão corridos que precisava adiantar algumas coisas se quisesse que Wonwoo se alimentasse bem e coisas saudáveis.

Estava tão distraído que não ouviu quando o outro se aproximou da cozinha.

 — Você não vai para aula? – Wonwoo tinha a voz baixinha e rouca. Mas notoriamente já não estava mais tão enjoado. 

— Não, vou ficar aqui. — Apressou-se para puxar uma cadeira e fazer ele sentar. O serviu com frutas e mel, que estavam cuidadosamente cortadas.

— Vai?

— Vou.

—  Você leva jeito com a cozinha.—  comentou.

—  Estou melhorando cada dia mais, minha mãe vem me ensinando algumas coisas quando eu vou ao restaurante à tarde.

O silêncio reinou na cozinha, enquanto Mingyu lavava a louça e o ômega comia. Estava feliz pois era a primeira vez que Wonwoo o tratava feito gente desde que passou a morar ali.

—  Certo, obrigado pela comida. — Mingyu sorriu aberto ao ouvir o ômega. —  Mas agora pode ir embora da minha casa. —  Levantou e saiu de volta para o quarto.

—  Ele não me chamou de “idiota” dessa vez. —  Mingyu disse baixinho.

— Idiota! —  Wonwoo completou do corredor.

 


Notas Finais


Cadê Jun? Cadê?
Enfim, voltei rápido dessa vez!
Obrigada a quem chegou até aqui!


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