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História Experiência - ABO - Melhor que qualquer um.


Escrita por: Yoongi_bts

Capítulo 16 - Melhor que qualquer um.


 

Wonwoo tinha um monte de trabalhos, exercícios e anotações da faculdade para fazer, seus professores e coordenadores estavam até bem compreensíveis com suas faltas, pois era um excelente aluno, apesar de pouquíssimas pessoas saberem de sua real situação, só realmente os necessários. Porém, ele não foi dispensado de nenhum teste, ou prova, o menino Wonwoo estava em casa sim, mas envolto de tantos documentos, canetas marca textos de tantas cores, que os papéis pareciam saídos do arco-íris de tantas coisas marcadas com tons diferentes e vibrantes, estudava até tarde e normalmente ele já estaria dormindo aquele horário, fazia várias pesquisas e como era um leitor nato isso não era incômodo, apesar de cansativo. 

Sua gravidez não lhe impedia de nada, apesar de dificultar tudo. Mingyu o ajudava em 100% dos afazeres domésticos, então com elo menos isso  não se preocupava mais. 

 Quase não se encontrou com ele essa semana. E tentava se convencer que isso era uma coisa boa, afinal, ter sua cabeça ocupada com assuntos que não seja seus gêmeos, Mingyu, ou o fato de sua vida estar de ponta a cabeça. Quando acordava tinha café da manhã pronto, a casa estava impecavelmente limpa e quando voltava do estágio tinha o jantar e a cama arrumada para deitar e dormir.

Wonwoo lançou a cabeça para trás a fim de respirar fundo e relaxar os músculos do pescoço que estavam reclamando de tanto que ficou na mesma posição. Ouviu barulhos de chave na porta da frente e respirou fundo novamente só para sentir o aroma intenso do alfa que lhe atormentava os pensamentos.

— Ainda acordado? Achei que essa hora iria te encontrar já no décimo sono. – Mingyu colocava suas coisas na entrada, retirava o casaco e observava o ômega pelo canto dos olhos. Wonwoo tinha expressão cansada, mas ele ficava tão bonito com os cabelos rebeldes assim.

— Não é da sua conta. – Respondeu sem olhar o mais alto que foi para a cozinha.

— Você comeu? – Mingyu gritou do outro cômodo. –  Quer que eu prepare alguma coisa? Ou posso comprar, se preferir.

— Eu quero que você cale a porra da boca. –  rosnou, mas Mingyu não deu bola, só trouxe um copo de suco de abacaxi, que Soonyoung disse que fazia bem para gravidos.

— Você parece cansado. – Sentou-se na mesa onde o mais velho estava absoluto entre tantos papéis, tomando cuidado para não encostar em nada.

— Deve ser por que eu estou. —  Tomou o suco, sem muita vontade.

 – Quer massagem? — Wonwoo  encarou  o outro, aquilo era algum tipo de brincadeira? Uma afronta? — O quê? Soonyoung disse que era importante eu ter esse tipo de contato, para os bebês.

— Não seja idiota Mingyu, vá tomar banho você está fedendo. – Lógico que não estava o cheiro do alfa era a melhor coisa do mundo, não importa como ele esteja. –  Saia de perto de mim.

Mingyu revirou os olhos e saiu, indo realmente tomar um banho para relaxar, teve um dia cheio mesmo, e com a proximidade de seu cio o deixava irritado e desgastado mais rápido.

Wonwoo também resolveu deixar aquilo para depois foi para o quarto, podia ouvir o barulho do chuveiro, e saber que o alfa estava relaxando lhe relaxava também, isso antes mesmo de estar grávido dele, Mingyu tem uma áurea muito vibrante, quando ele está feliz deixa todos felizes também e consequentemente quando fica estressado ou nervoso acaba deixando todos à sua volta da mesma forma, por causa da sua intensidade. E de cabelos negros sempre se orgulhou muito do fato de sempre conseguir acalmar seu alfa, sendo com carinhos, com doces ou com um bom sexo selvagem. Eles tinham uma ligação louca, mesmo sem uma marca.  

Com esses pensamentos controversos, Wonwoo se jogou na cama de barriga para cima se esparramando na cama cheirosa, seus músculos todos agradeceram e ele não quis mais se mover, ficou ali como uma estrela do mar jogado na cama.

Depois de um tempo Mingyu saiu do banheiro já vestido e secando os cabelos na toalha. Viu o ômega na cama e não conseguiu conter o sorrisinho, Wonwoo sempre fazia isso, era espaçoso. O alfa iria para o sofá como em toda noite, mas um pedacinho de pele da barriga lhe chamou a atenção, a pele leitosa e branquinha estava à mostra devido o moletom que levantou um pouquinho pela posição de braços levantados do mais velho. Mingyu suspirou e recostou-se ao batente da porta. 

— Posso me aproximar?  — perguntou baixinho. Mesmo já sabendo a resposta.

— Não. 

— Sua barriga está crescendo.

— Jura? Nem notei, nem é o meu corpo que tá mudando, não é o meu humor que está terrível, nem sou eu que tenho que me esconder do mundo. 

Mingyu ficou parado, sentiu seu coração doer com aquilo.

—   Existe algo que eu possa fazer para te ajudar. Qualquer coisa, é só falar. —  A voz estava quase falhada.

Wonwoo sentou, e o alfa podia ver a fúria em seus olhos.

—  Você podia sair daqui! Podia ir embora. Eu não quero ver a sua cara. É muito tarde para qualquer reparo, Mingyu. Sempre que eu te vejo minha vontade é só de bater em você, machucar você. Eu odeio isso. –  Wonwoo não notou, mas estava a ponto de chorar. –  Odeio essa situação, e eu tô morrendo de medo, medo de odiar meus filhos, por sua culpa! 

Mingyu comprimiu os lábios, digerindo a fala do outro, mas um nó se formou na garganta. Entrou definitivamente no quarto, se aproximou da cama e ajoelhou aos pés de Wonwoo, mas tomando cuidado para não encostar nele

— Hyung, você será um pai incrível, você é gentil, cuidadoso, inteligente, eles serão muito gratos por ter você,  eu tenho certeza que vai se sair muito bem, melhor que qualquer um. —  Mingyu tinha os olhos marejados, finas lágrimas escorriam sem sua permissão —  E se você… se você sentir isso, hyung, você deve mesmo me culpar, eu sou o único culpado, eu que estraguei tudo, não você, você é a pessoa mais preciosa desse mundo.

O silêncio durou alguns segundos, Mingyu limpou o rosto, mas Wonwoo sabia que ele tinha muito mais a chorar.

—  Então porque você quis ter "experiências''? —  Wonwoo disse finalmente. —   Porque você jogou tudo fora, Mingyu, porque você destruiu a gente?

Mingyu não respondeu, levantou-se e voltou para a porta do quarto. Tomando uma distância segura do mais velho. Voltou a olhá-lo e Wonwoo podia ver e sentir que ele se continha a todo custo.

— Porque eu sou imaturo, burro, inconsequente… E pode ter certeza, não tem um dia que eu não me arrependa por isso. 

O silêncio surgiu de novo, no entanto tudo parecia gritar, o caos daquele quarto impecavelmente arrumado era sentido não visto.

— Eu não vou perdoar você só porque se sente mal, Mingyu. Porque só se sentir mal não basta. 

— Nunca pediria isso, Hyung. Não pediria algo a você o que nem eu mesmo ainda consegui fazer. 

 

***

 

Jihoon olhava para o nada, sentou na grama a sombra de uma árvore qualquer, matou a última aula, afinal seus pensamentos estavam longe.

O vento batia em seus cabelos de forma desengonçada. Olhava as nuvens tomarem formas estranhas e jurava que uma delas era um cachorrinho bem triste.

Tinha tanta coisa na cabeça, que poderia enlouquecer seu recente cio ainda o deixa sensível, e pensando coisas vergonhosas, lembrar daqueles dias o deixava com bochechas rosadas e quentes.

— Não precisa de marca para saber onde você está. – A voz profunda de Seungcheol lhe assustou, mas seu alto controle o ajudou a não dar gritinhos afeminados como teve vontade de fazer.

— Devo lhe dar os parabéns? Porém, não estava me escondendo para início de conversa.

— Eu sei que não, mas sei que só vem aqui quando tem uma guerra acontecendo aí dentro. – O mais velho fez uma leve afago nos cabelos macios do menor. No entanto sua mão foi retirada com delicadeza, o coração do alfa apertou e uma sensação ruim lhe tomou perante a rejeição.

— Eu estou confuso. —   Jihoon olhava para os dedos da mão sobre o colo, tentando externar o que sentia, cansou de remoer.

— Com...

— Eu conheci o Soonyoung, meu pretendente.

— Oh... foi? – Cheol se afastou do menor sentando melhor na grama, olhando o nada, fazendo conexões com essa nova informação.

— Foi, e isso me fez pensar sobre... isso. —   Ele apontou para si e depois para o alfa.

— Já chegou a alguma conclusão? – SeungCheol perguntou sério. Com a voz baixa e noturna. Jihoon não o olhava, tinha os olhos presos nas nuvens. 

—   Notei que estou sendo muito egoísta, com você.

— Comigo? – O alfa encarava o perfil do menor tentando juntar os fios.

— Você passou o cio comigo, você me ajudou com a história do casamento, e eu agradeço, mesmo. Mas...

— Mas...

— É tudo mentira. – E pela primeira vez ômega e alfa encararam-se.

— É mesmo?

— É, não é? – Jihoon queria respostas, mais do que achou que queria, estava confuso e perdido, conhecer Soonyoung só fez que seu coração tivesse mais dúvidas. O que ele estava fazendo? Estava se envolvendo em uma mentira. Isso não era saudável. O silêncio dele dizia mais que qualquer palavra.

O sinal ao fundo soou fazendo o menor se levantar, limpando a grama da bermuda branca, sendo acompanhado pelo olhar do alfa. 

Jihoon deixou o outro para trás, deixando implícito que aquilo tudo tinha acabado. Não podia continuar, não faria isso consigo mesmo, não deixaria que esse sentimento ficasse mais forte, não queria sofrer. Até que teve o braço puxado e seu corpo todo virou trombando com o do mais velho.  Arregalou os olhos e antes que conseguisse protestar, teve a boca bonita do moreno colada à sua.

 

 Era impossível resistir, era forte, doce e gostoso. A língua do alfa passou por seus lábios e os abriu quase de imediato, sentindo o músculo molhado e atrevido invadir sua boca, uma das mãos de SeungCheol o prendia forte pela nuca e o braço em sua cintura, o puxava um pouco para cima, Jihoon estava tomado naquele momento, apertava os braços e ombros do outro tentando descontar tudo o que sentia.  O beijo era lento, mas repleto de vontade e intensidade. O contato só foi rompido quando sentiu a falta de ar, SeungCheol dava selinhos nos lábios alheios, à procura de sentir um pouco mais.

— É mentira, Jihoon? Isso é mesmo uma mentira?

 


Notas Finais


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Continue a nadar, Continue a nadar, nadar, nadar, nadar...


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