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História Experiência - ABO - Quem pensa que é?


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


Ei quarentenadxs?
Tudo bem?
Então... venho com mais uns capítulos dessa mocinha....
Tô bem feliz que vocês ainda estão lendo ela. E que poucas pessoas a abandonaram.

De verdade obrigada.

Capítulo 3 - Quem pensa que é?


3. Quem você pensa que é?

 

Na cantina integrada dos cursos de exatas, Hansol mantinha um sorriso no rosto, que iluminava todo o ambiente. O alfa estava realmente feliz naquela manhã mas não era possível dizer o mesmo de Seungcheol, que estava procrastinando com a comida e com pensamentos tão longe que nem notava o sorriso do amigo mais jovem, muito menos o bico de três quilômetros que o rapaz a sua frente fazia. Mingyu parecia realmente chateado com a falta de atenção de seus melhores amigos.

– Vocês deviam me dar mais atenção, eu contei um problema para vocês e vocês ficam assim, em mundos paralelos.

– Não tenho culpa se minha felicidade te incomoda. – Hansol finalmente encontrou o olhar do mais alto.

– Mas porque eu tinha que sonhar com ele? Justo com ele?! – Seungcheol soltou mais uma de suas aleatoriedades e Mingyu estalou os dedos na frente do rosto do Choi, o que o fez despertar e o olhar abobado, a fim de voltar a órbita da terra.

– O quê? – Perguntou com a voz noturna.

– "O quê?" Eu que te pergunto! Por quê você está assim e com quem anda sonhando? – Mingyu queria falar de seus problemas, mas como é metido a bom samaritano resolveu ajudar o mais velho.

– Ele sonhou com alguém que não queria, não notou? E eu aposto meu almoço que sei com quem foi. – Hansol se meteu na conversa, virando para o alfa mais velho. – Que tipo de sonho, Coups? Algo impróprio para menores? Haviam gemidos e carícias?

– Aish! É “hyung” para você. E eu não quero falar sobre isso, quero saber o porque o Mingyu parece que comeu e não gostou. Literalmente falando.

– Eu já expliquei, não vou repetir. – Fez bico.

– É, mas ninguém estava prestando atenção. Ou repete, ou fica aí, emburrado, porque eu não me importo. – Hansol e seu jeito de rebelde sem causa muito sincero. É alguém difícil de se lidar, são raras as pessoas que ele simpatiza de primeira e por isso foi tão assustador sua fixação com o ômega novato e o sorriso bobo que insistia em ficar em seu rosto. – Vai falar ou não?

Mingyu suspirou, derrotado, e recontou toda a história, desde sua experiência com MingHao até o encontro trágico com Wonwoo. E o fato do mais velho não ter ido pra aula na última semana.

– Você é um grande filho da puta Mingyu, sério, por que eu ando com você mesmo, hein? Me explica. – Hansol falava com verdadeiro deboche enquanto o mais velho dos três fechou os olhos e fez uma careta, como se sentisse dor pelo vacilo do amigo.

– Gente todo mundo faz isso, eu só propus sexo casual com ele, não é nada tão absurdo assim.

– Não, Mingyu – Foi a vez de Seungcheol falar, se projetando pra frente para poder encarar o amigo nos olhos. – Você pediu para ele ser sua puta. Eu no lugar dele, tinha enchido sua cara bonita de socos e nunca mais, nunca mesmo, olhava na sua cara de novo.

– V-Vocês estão exagerando.

O mais velho ia se pronunciar novamente, mas viu o seu pequeno arqui-inimigo se aproximando.

– O que você quer? – Perguntou o alfa, grosso, quase ameaçador, mas dessa vez o pequeno ômega não se abalou. Muito pelo contrário, deixou seu cheiro de ômega mais forte e sorriu quando o alfa mais velho gaguejou algo incompreensível.

– Só para lembrar que os trabalhos já vão começar daqui a pouco, melhor aparecer ou eu arranco seu bem mais precioso. Não vou fazer tudo sozinho, principalmente quando a culpa não foi minha – Arqueou uma das sobrancelhas, deixando o ar entre os dois mais tenso.

– Eu sei o que fazer, não preciso de um dos anões da Branca de neve para me dizer. Vai na frente que te encontro lá – Seungcheol fechou a mão em punho para segurar a vontade de fazer besteira. Ele, na verdade, já estava até pensando em se levantar e ir logo fazer as atividades do castigo, mas agora só para afrontar o menor, resolveu demorar mais a ir.

– Eu nã... – A resposta de Jihoon ficou incompleta quando Wonwoo se aproximou, com um sorriso que a tempos Mingyu não via e mesmo não querendo admitir, seu coração aqueceu por esse simples gesto.

Mas passando a olhá-lo com mais calma deu para notar um pequeno corte no canto da boca e um outro próximo a sobrancelha. Algo que não só Mingyu, mas todos perceberam.

– Jihoon-ah vamos comer alguma coisa-... Ah... Oi gente, tudo bem? – Perguntou o de cabelos negros, olhando diretamente para Hansol e Seungcheol, ignorando completamente a presença do outro alfa com eles. Realmente, Wonwoo não tinha notado com quem o loirinho falava, pois caso contrário não se aproximaria daquela mesa.

– Tudo bem.... Mas eu que devo perguntar, Wonwoo, está tudo bem? – Seungcheol se levantou e deu um abraço no amigo, que o retribuiu, tímido.

– Sim, tive alguns problemas, mas está tudo bem agora.

– Que tipo de problemas? – Foi a vez de Mingyu perguntar, mas foi ignorado com sucesso, tanto que Hansol repetiu a pergunta.

– Ah… é uma longa história. – Wonwoo sorriu sem graça, ele realmente não queria contar.

– Dá pra soltar ele, por favor? – Jihoon se pôs entre Seungcheol e Wonwoo, que ainda se mantinham abraçados.

– Quê' isso pequeno Jihoon, está com ciúmes? – Hansol perguntou, divertido, notando as bochechas rosadas do menor por sua pergunta. – Só resta saber se é do Wonwoo ou do Seungcheol hyung.

– Pequeno é teu pau, eu só não quero as patas desse ogro em cima do meu novo amigo. Ele já foi atacado, não precisa disso de novo. – O menino Jihoon definitivamente não era nada discreto, tanto que levou as delicadas mãos a boca e arregalou os pequenos olhos para Wonwoo, visivelmente constrangido por falar demais.

– O que aconteceu? – Mingyu perguntou, levantando da mesa pronto para arrancar a resposta de Wonwoo se ele o ignorasse de novo, mas não deu tempo. Um alfa, o mesmo que se aproximou de Jihoon no dia em que se conheceram, Jun, chegou junto à mesa fazendo algo que dividiu Mingyu ao meio. Ele não sabia se ia embora ou se socava a cara daquele cara' cheio de sorrisinho.

– Como assim meus ômegas favoritos me abandonam dessa forma? – Jun sorria maroto, enquanto um braço passava firme pela cintura esguia de Wonwoo e a outra mão segurava delicadamente a de Jihoon. Esse alfa realmente não tinha medo de morrer. Como se fosse por instinto, Seungcheol puxou o ômega baixinho para perto de si, esse que tropeçou e quase caiu com o movimento brusco, só não foi de encontro ao chão porque teve o corpo forte do Choi como apoio. Mingyu ainda projetou os braços para frente na tentativa de tirar o ômega Jeon dos braços daquele alfa, agiu praticamente no automático.

Mas notou Wonwoo se encolher um pouco mais nos braços do outro, virando o rosto para a direção oposta à sua. Seu coração acelerou e começou a bater muito forte, tanto que conseguia ouvir cada batida. Nunca, em hipótese nenhuma, pensou que poderia perder seu hyung para outro alfa, achou que teria Wonwoo quando quisesse na hora que quisesse. Nunca pensou que existisse a possibilidade de ser rejeitado por ele, era um sentimento nada bom, o deixava confuso e com raiva.

Seungcheol saiu rebocando Jihoon enquanto balbuciava algo sobre o trabalho voluntário e que tinham pressa.

– Desde quando vocês se conhecem? – Foi a voz de Hansol que quebrou o silêncio o qual ficou entre o ômega e os alfas, tais que pareciam que iriam entrar em uma batalha a qualquer momento.

– Ah… Eu conheci o Wonwoo na semana passada, quando o Jihoon, Boo e eu o salvamos de uns alfas valentões que queriam fazer mal a ele. – Foi nesse momento que os olhares de Wonwoo e Mingyu se encontraram pela primeira vez naquela conversa. Uma mistura de mágoa, saudade e raiva em ambos os olhares. – Acredita que, um ômega como ele, lindo desse jeito, estava andando sozinho sem nenhuma proteção aquela hora da noite? – Jun não tirava os olhos de Wonwoo, esse que agora tinha os olhos presos no chão.

– Chega Junnie, eu tô' com fome, vamos comer. – Wonwoo estava constrangido, não queria contar esse tipo de fraqueza para Mingyu, por isso falou manhoso, o que fez o outro alfa sorrir e o puxar para mais perto, se possível.  E Mingyu também sorriu, de pura raiva, mas não podia deixar isso assim.

– Que manha é essa, Wonwoo? Você não fala assim! – Mingyu estava irritado e seus feromônios alfa se intensificaram.

– Algum problema? Eu falo como eu quiser. – O ômega não estava com medo, Wonwoo nunca sentiria medo de Mingyu.

No momento ele só tinha mágoa.

– Resolveu ser outra pessoa só por que eu te deixei? – Mingyu tinha um escárnio na voz, o que irritou o menor até o último fio de cabelo. – E pra falar a verdade – Mingyu se recompôs e olhou fixamente para ele –, nem sei o porquê de eu estar falando algum coisa, nós nunca tivemos nada e eu já comi, então não quero mais. – Não deu nem tempo de pensar, o alfa sentiu seu rosto arder e esquentar.

– Quem é você? – Wonwoo olhou para o Kim, nem acreditando que tinha batido nele, mas também sem um pingo de arrependimento. Na verdade, até faria de novo. – Quem você pensa que é? Seu imbecil!

– Você foi a minha puta que eu usei, mas não quero mais.

– Mingyu? – Foi a vez de Hansol o chamar. – O que você está dizendo?

– Nada Hansol, só... – Sua voz já não estava mais tão convicta, só então ele notou a idiotice que tinha dito. – Nós nunca tivemos nada. – Completou, não querendo olhar para Wonwoo mas um som o fez erguer a cabeça. Soluços. Wonwoo estava chorando. Por sua culpa. Jun só analisava a situação quando sentiu o ômega se afastar de si e correr para fora da cantina.

– Valeu cara – Jun tinha o timbre de voz soturno, mas divertido. –, você deixou tudo mais fácil para mim. – E saiu atrás do de cabelos negros, iria consolá-lo.

Mingyu sentou, envolveu a cabeça sobre a mesa nos próprios braços e ouviu um longo suspiro do amigo, que assistiu toda a cena.

 – É Mingyu, você é um grande filho da puta.

 

 

 



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