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História Experiência - ABO - Eu estou aqui.


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


Eu não sei se mereço o perdão de quem ainda lê essa história pelo meu sumiço, de novo.
Mas os motivos eu já disse em uma capítulo anterior... então, por favor compreendam.




Espero que gostem.

Capítulo 8 - Eu estou aqui.


– Se eles perguntarem de onde nos conhecemos?

– Da faculdade. – O mais velho respondeu, com desinteresse na voz. Não que não se importasse, mas já tinham repassado aquilo tantas vezes que parecia um disco arranhado.

– Como a gente se apaixonou? – Jihoon perguntava realmente preocupado, seus pais não poderiam desconfiar de nada.

– Nossos amigos em comum, a convivência nos aproximou.

– A quanto tempo estamos juntos?

– A mais de um mês... Ah, Jihoon, pelo amor dos deuses, eu já estou cansado disso. – Cheol agitou os braços, irritado, eles estavam indo para a casa do menor. Finalmente iria conhecer os pais do pequeno e resmungão ômega e o próprio estava o deixando nervoso. Seungcheol iria deixar fluir, no improviso.

– Mas a gen... – O ômega deixou morrer, ele também já estava começando a se irritar, mas ele estava nervoso, apresentar alguém para seus pais era complicado por que ele nunca tinha feito isso, nunca tinha levado ninguém para casa e estava fazendo isso agora. E o pior, baseado em uma mentira. Era muita pressão, querendo ou não era sua vida que estava em risco ali, se casar ou não com alguém que não conhecia estava em suas mãos naquele momento. Era muita coisa em jogo.

Perdidos em pensamentos, agora os dois seguiam calados, um ao lado do outro até que o menor parou, avisando que haviam chegado.

Seungcheol reparou que era uma casa verde, grande, com jardim na frente. O ômega andou na frente, abriu a grande porta e retirou os sapatos, calçando as pantufas cinzas e já bem gastas. Na sequência, o alfa o imitou, calçando as de visitantes que ficavam ao lado da porta.

– APPAS, CHEGUEI! – Jihoon gritou e logo um homem muito bonito desceu as escadas, tentando fazer o nó na gravata.

O homem branco como a neve parou no penúltimo degrau e encarou os dois como um raio-x.

Como se pudesse assim ver a alma dos dois garotos.

Seungcheol meio que havia se intimidado com a presença daquele alfa, por isso não falou nada, só se limitou em curvar-se e sorrir amarelo.

– Não é muito suspeito você aparecer com um alfa logo depois que lhe contamos sobre seu possível casamento, Jihoon? – O homem tinha uma voz grave, que ia contra suas feições doces.

– Yoongi-ah, pelo amor dos deuses, você está assustando eles. – Um outro homem, com um grande sorriso no rosto, apareceu do nada de um outro cômodo da casa, mas Cheol não conseguiu não retribuir o sorriso que lhe foi dado. O ômega era simpático e lhe deu um curto abraço depois de beijar o topo da cabeça do filho. – Vamos almoçar, eu quero muito conhecer você rapazinho e saber como conseguiu conquistar esse coração gelado.

– Eu não tenho coração gelado! – Jihoon protestou, fazendo bico, esse que o Choi teve vontade de morder.

– Tem sim, você é seu pai todinho, Woozi, e só eu sei o que eu fiz para conquistar a rainha Elsa ali! – O homem apontou para Yoongi, este que resmungou algum palavrão baixinho e terminou de descer as escadas, caminhando para a sala de jantar e ignorando os três na entrada.

[…]

Hansol estava na biblioteca, ele estava estudando. Sim, estudando, por mais estranho que isso pudesse parecer, o alfa se encontrava bem nervoso com as provas que se aproximavam e ele não tinha intenção nenhuma de levar bomba naquela disciplina de novo.

Foi tarde quando sentiu um cheiro doce se aproximando e uma garota sentou ao seu lado, perto demais para seu gosto.

– Oi, amor! – A menina falava com voz fina e manhosa, fazendo um pequeno carinho na franja do alfa, esse que afastou sua mão delicadamente.

– Não sou seu amor. O que você quer, Irene noona?

– Eu quero meu Hansol de volta. – Ela se aproximava cada vez mais, tocava no antebraço do Chwe para tentar chamar atenção.

– Como assim? – O alfa franziu a testa, tentando saber onde aquela menina queria chegar.

– Você agora está todo esquisito, não vai mais para as festas, não sai mais com ninguém, só quer saber daquele novato… Nem parece você.

– Ele é meu namorado. – Suspirou, não tendo muita paciência para aquela conversa.

– Ele pode até ser seu namorado, mas que está te fazendo de panda, ele está. Você faz tudo o que ele quer, nem parece o deus grego que tinha qualquer um em sua cama.

– Eu não sou um panda noona, eu sou um alfa.

– Ah, é? Então, prova! – Ela se aproximou ainda mais do rapaz, ficando a centímetros de sua boca. Hansol iria afastá-la, mas uma voz atrás de si despertou todos os seus sentidos.

– Vai lá, Hansol, prova! – Seungkwan estava a poucos passos dos dois. O ômega tinha o rosto sério. Ele sabia da fama do alfa, mas o Chwe havia insistido tanto por uma chance, e agora, na primeira oportunidade, ficava todo cheio de carinhos com uma outra ômega desqualificada?! Saiu de perto dos dois, querendo deixar a biblioteca o mais rápido possível. Sentia uma imensa vontade de gritar e lá dentro seria muito difícil.

– Merda! – Hansol foi atrás de seu namorado, mas ele havia sumido entre os milhares de estudantes fora da biblioteca. Pegou o celular e tentou ligar, mas estava dando como desligado. – MERDA!

[…]

A campainha tocou algumas vezes mas Wonwoo não estava muito afim de levantar da cama, tinha acabado de chegar da faculdade e se jogou por lá mesmo, então quem teria a audácia de aparecer em seu apartamento sendo que tinha se despedido de seus amigos a pouquíssimo tempo? Sem contar que ele estava com um mau humor terrível. O ômega havia saído do cio a pouco tempo, o que o deixava instável. Ele estava extremamente carente e não tinha seu alfa para lhe mimar nesse período. Isso já era motivo suficiente para tentar atear fogo em quem ousava bater na sua porta daquela forma.

– JÁ VAI! – Wonwoo se arrastou até a porta e a abriu sem muita vontade, se deparando com alguém segurando um grande buquê de rosas tampando o rosto. Sorriu e seu coração bateu freneticamente com a possível presença dele ali.

Mas o sorriso de Jun fez o seu próprio se abrir. O ômega era tão mimado e cuidado pelo alfa chinês que ficar triste ao vê-lo era impossível.

– Trouxe flores, chocolates e minha presença para lhe fazer companhia nessa tarde fria.

Wonwoo sorriu mais e se apoiou na porta com o drama do outro, um gesto que fez o frágil coração do alfa acelerar. Como aquele ômega poderia ser tão lindo, tão precioso?

– Vou poder entrar ou vai me empalhar aqui fora mesmo?!

– Mas está grosso o senhor hoje, não? – O menor abriu espaço para o alfa passar, fechando a porta logo em seguida.

– Então vamos ver um filme ou jogar vídeo game? – O chinês, sem cerimônia nenhuma, colocou tudo o que trouxe em cima do balcão e retornou ao sofá, se jogando nele. Tudo ali tinha o cheiro gostoso do ômega, o que tornava o ambiente extremamente confortável.

– Filme. – Wonwoo respondeu, sentando no chão e ligando a TV, conectando na netflix em seguida.

– Você quer conversar?

– Sobre?

– Sobre você.

– Não. – Wonwoo evitava olhar para o maior, mesmo sentindo esse lhe encarando.

– Won, você sabe que eu gosto muito de você, não sabe? – O alfa sentou no chão ao lado do outro, puxando suas pernas para que este ficasse de frente para si. Wonwoo olhava para baixo, não querendo conversar sobre aquilo naquele momento, nem tão cedo. – Eu deveria ter vindo, deveria ter sido eu nesse último cio, não ele. Você chamou a mim e eu sei que tanto você quanto ele precisavam desse momento de despedida, mas eu preciso que você entenda, Wonwoo, que ele não quer ficar com você. – Jun segurava o rosto do menor para que esse olhasse no fundo de seus olhos. – Eu sei que é cruel e deve doer em você ouvir isso, mas, Won, eu dei essa chance a ele, para poder te fazer dele, o Mingyu poderia ter acabado com tudo aquilo e te marcar, mas ele não o fez, ele não te quis. – O alfa tentava escolher as palavras, mesmo sendo duro ele precisava fazer o ômega acordar. – Jeon Wonwoo, eu estou aqui, e não tem nada nesse mundo que eu queira mais que não seja você. Eu vou sempre estar aqui, sempre. Me deixa mostrar que eu posso ser melhor que ele, me deixa te fazer feliz.

Wonwoo perdeu o chão.

– Jun... – Wonwoo suspirou. Mesmo ele sabendo que tudo o que o alfa lhe falava fosse verdade, o problema naquele momento era muito maior. – Você não entendeu e se eu te contar, você vai embora e também não vai querer saber de mim, então, por favor, vamos assistir o filme. – Wonwoo tinha vontade de chorar mesmo sabendo que não existia mais clima nenhum para fazer qualquer outra coisa. Ele só não queria ser abandonado e nem se sentir sozinho.

– Wonwoo, acho que VOCÊ não entendeu. Eu estou completamente apaixonado por você desde quando a gente te achou naquele beco, quando eu cuidei de você. Eu gosto de você, criatura, e não tem nada que faça eu me afastar de ti.

– Tem, tem sim! – O Jeon tentava se afastar do maior, mas ele lhe prendeu no chão impedindo do ômega se mexer, mesmo ele se debatendo um pouco. – Me solta Jun, você tem que me respeitar... se eu não quero contar.

– Me conta, Won, o que está acontecendo? – Jun não podia negar o desespero começar a subir. O que estava deixando seu pequeno ômega  tão atordoado?

– Jun, por favor... não insista – Wonwoo fungava e sentia que lutar contra o alfa era inútil, mas ele também não queria admitir.

– Por favor, Wonwoo, me conta. – Jun puxou Wonwoo para seus braços, lhe dando um abraço meio torto pela posição que estavam, mas ele precisava fazer alguma coisa para tirar aquela expressão desolada do mais novo, ele não suportava vê-lo daquela forma, era doloroso.

– Eu... Eu... – Wonwoo tentava falar, ele odiava a situação que se encontrava, ele não queria ser tão frágil, não queria estar chorando, não por ele. – Eu sei de tudo isso, ok? Eu sei que ele não me quer, eu sei que acabou tudo, mas agora é sério, bem mais sério.

Jun só ouvia e sentia ser apertado por aqueles braços finos cada vez mais, ele sentia o desespero do ômega e isso estava lhe agoniando. O sentimento que o alfa tinha por Wonwoo era bem maior do que ele próprio imaginava.

– Jun... eu... e-eu acho… eu acho que posso estar… esperando um bebê.

 



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