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História Experiência - ABO - Alcatéia


Escrita por: Yoongi_bts

Notas do Autor


O outro... como prometi, dois..

Capítulo 9 - Alcatéia


Jun olhava o nada há alguns minutos e isso estava deixando o ômega realmente pior do que já se encontrava. Seu choro era controlado, apesar de algumas lágrimas ainda o desobedecerem e insistirem em manchar seu rosto. Mesmo assim, Wonwoo não tinha coragem de encarar o alfa.

– E-Eu não notei que seu cheiro está diferente…? – A voz do mais alto estava perdida, como se fizesse a pergunta para si mesmo.

– Não tenho certeza, mas eu me conheço, conheço meu corpo e... Eu sinto. – Wonwoo colocou a mão por cima da barriga. Ele, que continuava sentado no chão, sorriu amarelo. Seu lobo interior já amava aquele possível ser que estava dentro de si, apesar de todos os problemas que ele o causaria.

Ômegas ainda eram vistos como seres inferiores aos alfas, por isso quase nunca trabalhavam fora, só estudavam quando a família era bem favorecida. Mesmo com o desenvolvimento do mundo atual, os ômegas ainda eram submetidos a demasiado preconceito por seus estados de cio, tal que o prejudicava no trabalho já que seu ciclo é todo mês e o impossibilita de atingir produção ou bom atendimento.

Um ômega grávido e não marcado é quase uma agressão à sociedade, já que ele não terá ninguém para defendê-lo e um lobinho para sustentar. O ômega não poderia contar com sua própria família já que ter filhotes fora do casamento era desonroso. E, apesar de uns lutarem efetivamente contra isso e outros ômegas trabalharem como loucos para tirar essa imagem de si, ainda era muito enraizado e os mais tradicionais, que infelizmente ainda são a maior parte, pensam dessa forma errônea e preconceituosa.

Ou seja, Jeon Wonwoo estava completamente fodido.

Junhui refletiu sobre isso. Milhares de coisas passavam por sua cabeça, já tinha ouvido algumas histórias sobre situações parecidas e nenhuma acabou bem. Normalmente os ômegas eram agredidos, sofriam com depressão e acabavam matando o bebê e a si próprios.

Esse pensamento arrepiou o pobre alfa, que não conseguia imaginar nada de ruim acontecendo com seu Wonwoo, ele era fofo e precioso demais para isso.

– Você tem que fazer o exame antes de qualquer coisa. – Disse sério, e o Jeon notou. Notou que o brilho no olhar de Junhui quando lhe olhava desapareceu. – E também... qualquer coisa, você pode tirá-lo.

- O quê? – Wonwoo se exaltou. – VOCÊ ESTÁ MALUCO?! – O lobo do ômega quase surtou com a possibilidade de perder seu filhote.

Diante da reação do outro, Jun estalou a língua, pensando mais um pouco. Wonwoo carregava um filho daquele alfa. Não conseguiu segurar uma careta de desgosto com o pensamento e foi aí que algo lhe ocorreu.

– É meu. – Jun usou sua voz de alfa, fazendo o ômega o olhar assustado, mesmo não entendendo o que ele queria dizer com isso.

– O-O quê? – Wonwoo se encolheu um pouco, a presença do Wen estava lhe deixando realmente assustado.

– Vocês. – Jun agora o encarava com olhos amarelados, ele estava pronto para lutar. O ômega sentiu tanto medo que seus olhos felinos encheram de lágrimas, o Jeon não entendia o que Jun queria dizer e ele daquela forma o deixava ainda mais confuso.

– Jun, v-v-você está me assustando. – Não conseguiu conter a voz chorosa e Junhui notou que estava deixando seu ômega assustado, então tentou se acalmar, respirando fundo algumas vezes.

– Eu quero você, e eu vou cuidar de você e desse filhote como meu. Seu próximo cio eu vou te marcar, depois casaremos o mais rápido possível.

– QUÊ? – Wonwoo levantou e colocou a mão na barriga, sentindo todo o seu interior se remexer. – Você está louco? Como pode criar o filho de outro alfa assim? Não vou fazer isso com você Jun, você é bom demais, merece alguém menos... menos… problemático. Eu não posso fazer isso com você. Jamais.

– Não estou lhe dando opções, Jeon. A partir de hoje você é meu ômega, e esse filhote é meu. Vou cuidá-lo e amá-lo como um pai.

– Eu não posso fazer isso, não posso fazer isso com você. – Wonwoo já tinha olhos marejados novamente. O Jeon estava realmente tocado com a atitude do amigo, ele daria tudo para que pudesse mudar seus sentimentos e a realidade, fazendo com que esse filhote fosse realmente de Junhui, mas ele não podia fazer isso. Ele não podia condená-lo a isso.

– Novamente, Jeon Wonwoo, eu não estou lhe dando opção. – Jun caminhou rápido demais até o ômega e o segurou pela cintura, o prendendo em seus braços e sentindo como o menor tremia. Seu instinto de proteção estava ativado ao máximo, tudo o que envolvesse Jeon Wonwoo lhe deixava alerta. Apertou mais ainda o corpo em seus braços e o envolveu num abraço. Ele gostava demais do Jeon para deixá-lo naquele estado. Definitivamente, Wonwoo era para ser seu ômega. Lógico que ele não queria o mais novo naquelas condições, mas era dessa forma que ele o teria para si.

Do jeito que for, Wonwoo será seu.

[…]

Mingyu estava incomodado, sua mãe estava quase o amarrando na cadeira de tanto que o rapaz andava de um lado para o outro.

– Você vai me contar o que está acontecendo ou terei que arrancar de você? – A mãe do rapaz já se encontrava impaciente.

– Eu não sei, esse é o problema.

– Como assim, Mingyu? Explique.

– Eu… Eu estou angustiado, como se algo ruim estivesse para acontecer e eu não posso fazer nada para impedir. Estou com uma dor no peito que não passa. – O alfa, que ainda estava de pijamas por não ter tido ânimo nem forças para ir para faculdade, ficou o dia todo na cama.

– Você tem falado com o Wonwoo-ssi? – A ômega sentou na cama, vendo o filho fazendo careta ainda andando de um lado para o outro.

– Por que isso de repente? – Mingyu parou, pois só de ouvir o nome do seu ex, se é que ele ainda poderia o chamar assim, seu corpo inteiro retesou.

– Por que você está assim desde que voltou do último cio dele. – A mulher falou simplista, sempre achou que Wonwoo seria seu genro e torcia muito por isso porque adorava o rapaz e sabia que ele faria seu filho feliz, não esses casinhos que Mingyu andava tendo que só estavam lhe dando dor de cabeça.

– Não tem nada haver com ele, mãe. – Ele falou, convicto.

– Tem certeza? – A mais velha arqueou uma sobrancelha, era uma mulher sábia e muito vivida. Depois que o marido havia morrido, ela assumiu a casa, o filho e as contas com muita dignidade, além de construir seu próprio restaurante e viver muito bem, obrigada, com o filho. Uma pessoa que já viveu o suficiente para saber o que está realmente acontecendo.

– Tenho. – O alfa não olhava nos olhos da mãe, tinha medo que ela lesse em seus olhos o que ele estava lutando tanto para esconder de si mesmo.

– Fiquei sabendo que ele também não está indo a faculdade. – A mãe de Mingyu levantou e caminhou serenamente até a porta do quarto. – Vocês eram muito unidos e ligados de uma forma bem estranha. Talvez, só talvez, você esteja mal porque o Wonwoo está mal.

Essa informação fez a cabeça do alfa girar. Wonwoo poderia estar passando mal?

Será que ele estava doente?

O ômega tinha uma saúde frágil, será que ele estava sentindo alguma dor?

Mingyu se desesperou, Wonwoo morava sozinho, não havia ninguém que cuidasse dele.

Deuses.

O alfa saiu do quarto e desceu as escadas como um raio, iria ajudar seu… Ex.

EX.

Mingyu parou na porta de casa, ele não poderia ajudar assim, não tinha mais “obrigação”. Mas então, por que se sentia tão angustiado? Porque tinha vontade de chorar e socar alguma coisa ao mesmo tempo?

Mingyu voltou ao quarto só agora percebendo que iria sair na rua de pijamas. Não, ele não podia sair correndo assim por alguém. Ele era um alfa, os outros que deveriam vir atrás de si, ele não tinha mais nada com Wonwoo. NADA.

[…]

– Boo, por favor me escuta. Você viu coisas demais eu... – Hansol procurou o ômega por dias. Ligou, mandou mensagem, email, bilhetes no armário e até uma chamada na rádio da faculdade para que o ômega aparecesse, mas depois de quase uma semana o encontrou se estreitando pelos corredores.

– Então… você quer dizer que EU NÃO VI? VOCÊ ACHA QUE EU SOU TÃO TROUXA ASSIM, HANSOL?

– Boo, me deixa explicar, ela só...

– Não quero saber. Você me prometeu, prometeu que não iria me trair e iria me respeitar. Todo mundo, Hansol, TODOS me falaram para eu não cair na sua lábia que eu só iria sofrer. Você é um pegador barato. Eu fui mais um para você, certo? – Seungkwan já não continha as lágrimas, em pleno corredor do bloco de artes, onde todos poderiam ver aquela cena. O alfa, se fosse com qualquer outra pessoa acharia ridículo fazer cena em frente de tantas pessoas, mas como era o seu Boo, o seu ômega, ele só queria embalá-lo nos braços e fazer carinho nele até que se acalmasse e parasse de chorar.

– Você é meu ômega. Eu amo você, só você. Acredita em mim.

– Eu nã…. O quê? – O moreno parou no meio da frase, processando o que o alfa havia falado. – Como é?

– Eu Hansol Vernon Chwe, estou fodidamente apaixonado por você, Boo Seungkwan, e não tem nada nem ninguém que irá mudar isso. – Hansol aproximou-se do mais velho e segurou seu rosto, fazendo o ômega fungar. O rosto todo melecado de lágrimas e até um pouco de ranho. – Eu amo você, pequeno. Acredita em mim, hm?

– Eu nã… – Boo novamente foi interrompido, mas agora por ter seus lábios rosados tomados em um beijo casto, mas cheio de significado. Ouviu de longe barulhos de aplausos ou algo do tipo, mas sua cabeça só pensava naquele alfa gostoso que tinha acabado de se declarar na frente de várias pessoas, dizendo que o ama.

– Ai, que idiota, Hansol, fazendo isso na frente de tantas pessoas. Que vergonha…!

O alfa sorriu ainda com o mais velho nos braços, olhou em volta e realmente tinham vários alunos observando os dois e até tirando algumas fotos.

– Que bom, pelo menos todos vão saber que você tem dono.

– Idiota.

[…]

– Appa, isso é injustiça.

– Posso fazer nada se você não alcança. – O mais velho sorria enquanto assistia o filho tentar tirar a foto da mão do namorado.

– Ai, meus deuses, não façam isso com meu bebê. – Jimin aproximou-se dos dois que estavam no meio da grande sala, mas também não alcançou a foto de Seungcheol, arrancando ainda mais gargalhadas dos alfas.

– Você me respeite. – Jimin bateu no braço do genro e o mesmo o entregou a foto onde tinha um Jihoon bebê, todo embrulhado de rosa pastel, com uma chupeta linda nos lábios.

Jihoon bebê era ainda mais fofo que o Jihoon de agora. Como isso era possível?

– Então, vamos mesmo fazer aquela viagem em família? – Jimin sentou na poltrona ao lado do marido. Ele estava empolgado, o filho estava namorando alguém que ele gostou muito assim que o viu. Um alfa alto, forte, viril, atencioso e muito carinhoso. – Você pode chamar sua família também, Seungcheol.

– Sim, eles vão adorar, e eu acho que tenho que ir, já está ficando um pouco tarde.

– Tudo bem, te levo até o portão. – O moreno se curvou em despedida aos mais velhos e saiu da sala, caminhando até a porta da frente, rapidamente estava começando a se habituar a casa. Já sabia onde colocar as coisas e até onde poderia ir, depois daquele jantar onde havia sido interrogado como se fosse um criminoso da mais alta periculosidade, descobriu que os pais do ômega eram bem divertidos e sociáveis, apesar de Yoongi ter uma cara de mal, se identificou muito rápido com ele, tornando-se amigos em atazanar o mais baixo entre eles.

– Não precisa ir me levar até o portão, está frio lá fora. – Seungcheol vestia o seu pesado casaco, enquanto via o ômega calçar suas botas.

– Eu preciso, nós não ficamos nenhum momento sozinhos hoje.

– Você queria ficar sozinho comigo? – O alfa levantou uma sobrancelha e mordeu o lábio, tentando soar brincalhão, mas estava realmente motivado com essa nova afirmação.

– Idiota, eles podem desconfiar de alguma coisa, sobre namorados que não querem ficar juntos. A gente precisa parecer apaixonado, esqueceu? – Jihoon falava baixinho para não ser ouvido da sala e abriu a porta, em seguida sendo abraçado pelo vento frio que o fez estremecer. Não havia colocado casaco porque não iria demorar, mas não imaginou que estaria tão frio.

– Você pretende mentir pra eles por quanto tempo? – Seungcheol puxou assunto com o menor, para tentar tê-lo perto por um pouco mais de tempo. Seu rosto corado pelo frio era adorável demais, Choi queria uma foto daquilo e foi exatamente isso o que fez. Puxou o ômega até que seus rostos ficassem bem próximos e em um movimento rápido, tirou seu celular do bolso da calça escura e registrou o momento de um Jihoon com cara de confuso, corado e abraçado a um Seungcheol, que sorria sem mostrar os dentes, de olhos quase fechados para o aparelho celular.

– Por que fez isso? – O menor tentou se afastar, mas o braço do alfa que estava em volta de si o impedia de fazer qualquer coisa.

– Fazendo coisas de namorados.

– Me solta, Seungcheol! – Tentou se afastar novamente. Sem sucesso, lógico.

– Seus pais estão nos vendo da janela, não seja ingrato.

Jihoon olhou disfarçadamente na direção da casa e notou seu pai Jimin, os observando escondido pela janela, como havia dito Seungcheol. Pensou em brigar com o mais velho por espioná-los daquele jeito, mas um vento frio o surpreendeu, e por instinto se encolheu no peito quente e cheiroso do alfa, adorando a sensação de ter os braços de Seung lhe envolvendo.

– Até quando você permitir.

– O quê?

– Eu vou continuar com isso até quando você permitir. – Jihoon falava baixinho, junto ao peito do alfa. Se o maior não estivesse tão perto ele nunca escutaria.

Seungcheol não respondeu, só apertou um pouco mais o menor, aproveitando o cheiro gostoso que vinha dos cabelos do outro.

E ele ficou ali, não conseguindo pensar em nada que não fosse o aroma de Min Park Jihoon.

[…]

– Vocês podem, pelo amor dos deuses, pararem de fazer essas caras para mim? – Wonwoo resmungava para os amigos ômegas, estes que tinham invadido sua residência.

– Você vai falar ou eu vou ter que te pôr do avesso? – Seungkwan, que não tinha paciência para pouca fofoca, resolveu ir até a fonte para saber o que realmente estava acontecendo.

– Não está acontecendo nada demais. – Wonwoo se sentia exausto, tinha acabado de fazer uma senhora faxina em seu apartamento, coisa que não fazia há séculos. Depois, tomou um banho e quando estava prestes a deitar em sua sonhada cama, aqueles dois metidos apareceram para tirar sua paz.

– Bora, não tenho paciência para cu doce, me conta que eu estou curioso. Por que não está na faculdade? E por que o Jun hyung não deixa você nem ir pegar um copo de água sozinho? – Jihoon sempre fora direto e isso, nesses momentos, era muito útil para o Boo, que cruzou os braços, esperando uma resposta.

– Não é nada, eu só não estava me sentindo muito bem e por isso eu não fui esses dias, só isso.

– Isso tem alguma coisa haver com o Mingyu-ssi? – Seungkwan encarava Wonwoo como se quisesse ler sua mente.

– Não, por quê? – Wonwoo tentou parecer indiferente à presença do nome do outro em sua voz, mas seus olhos tremularam só com a expectativa de notícias do mais novo.

– Nada, é que ele faltou uns dias e quando voltou ficou pior que antes, sério, acho que ele comeu metade daquele Campos. – Wonwoo sentiu uma dor no coração ao ouvir aquilo. Virou de costas e fingiu lavar as xícaras de café que os três haviam tomado.

Ouviu a porta de entrada ser aberta e Jun passar por ela, com algumas compras nas mãos.

– Hey! Que felicidade meus ômegas favoritos todos juntos, não mereço tanto!

– Ai, hyung, pare com isso. Sempre que brinca assim tenho uma DR séria com o Hansol, ele realmente não gosta desse seu jeito carinhoso.

– Não me interessa, vocês são meus bebês mesmo, então ele que rosne como um lobo selvagem. – Jun colocou as compras na mesa e abraçou seu ômega por trás, segurando delicadamente em sua cintura. Respirou profundamente, sentindo o cheiro do mais baixo que era a cura para o estresse e mau humor de seu dia. – E você limpou o apartamento? Wonwoo você não pode fazer esforço!

– Para quê tanta comida? – Wonwoo se afastou um pouco do maior, desconversando da bronca que iria tomar. Ainda era estranho ter Jun o tocando daquela forma. Não era ruim, mas era estranho.

– Para vocês, óbvio! – Jun falou e Jihoon logo notou a gafe.

– Como assim, vocês? E por que ele não pode fazer esforço?

– V-vocês, oras, vocês... – Wonwoo apontou para os dois tentando concertar.

– Ele disse que foi uma surpresa nos encontrar aqui, como assim ele trouxe comida para nós?

– Foi só uma forma de falar. – O alfa disse, descontraído. – Vocês precisam desestressar, vão atrás do alfa de vocês e parem de encher o meu saco.

 

 

 

Wonwoo finalmente havia voltado a sua rotina e descobriu que estar grávido tinha muitas vantagens, Jun fazia simplesmente tudo o que ele queria e ele se sentia um explorador. Apesar de pagar por toda a comida e despesas que estava causando, ainda se sentia desconfortável com o mais velho.

Pensava na vida com seus livros na mão, olhando para o chão, sempre para o chão. Quando foi arrumar a armação do óculos redondo no rosto, parou para limpar as lentes na barra do moletom amarelo quando ouviu barulhos estranhos vindos da sala ao lado, que era usado para o clube de debates.

Barulhos esses que ele conhecia muito bem, não precisou chegar perto para entender que Mingyu estava ali com alguém.

Poxa, isso doía. Doía pra caralho. De repente os barulhos pararam. Tão do nada que o ômega tratou de sair dali porque não queria ser pêgo, meio choroso e melancólico como estava.

Deu poucos passos quando ouviu a porta da sala ser aberta bruscamente, e um Mingyu de cabelos bagunçados com a camisa de botão aberta e a calça desabotoada saiu. Ele respirava rápido e tinha o rosto vermelho.

Mingyu encarava o ômega a sua frente, como alguém perdido olha uma garrafa de água no deserto e em menos de um nano segundo o alfa estava segurando os braços do ômega com força, fazendo ele soltar os livros e Mingyu, quase como uma droga, afundou o nariz no pescoço de Wonwoo para sentir aquele perfume que havia sentido tanta falta.

Como era bom.

– TIRA AS PATAS DE CIMA DO MEU ÔMEGA, A G O R A.

Mingyu não se moveu com a ameaça que vinha de suas costas. Jun estava possesso, como aquele serzinho tinha a audácia de chegar ao menos perto do seu ômega? Quem ele pensava que era?

– EU FALEI AGORA. – Esbravejou, e sua ameaça fez Mingyu despertar de seu transe. Não se ameaça o bando de um alfa.

Não se pode ameaçar a segurança da alcateia.

Mas esse era o problema, Wonwoo era a alcateia dos dois...

Ou será de nenhum?



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