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História Exposed - Camren - Empatia.


Escrita por: isjipwiw

Notas do Autor


Desculpem ficar tanto tempo sem postar, prometo voltar a ser ativa!

Capítulo 4 - Empatia.


Ouvir aquelas palavras saírem levemente, com a voz de Lauren, me fez ter certeza que fez aquilo para me atingir. Em seguida, o sinal tocou, não sei se seria uma maldição ou uma coisa boa, eu me livrei de ter que responder aquele discurso, mas ao mesmo tempo, me tornei uma completa egoísta aos olhos dela, quer dizer, tecnicamente eu sou, mas não queria que as coisas piorassem com ela.

Após uma aula inteira sem ouvir nada, apenas o som da voz da Dinah tagarelando sem parar, enquanto rabiscava em uma folha, notei que o professor liberou os alunos mais cedo. Pelo que entendi, o acidente foi algo realmente grave e irão precisar da rua vazia para interdita-la. Sai devagar, mas o corredor estava tão lotado que sem perceber, me perdi de Dinah, ficamos somente Ally e eu vagando, procurando um lugar vazio e seguro para se esconder de toda a multidão. Eu sabia um, aquele banheiro onde encontrara Lauren pela primeira vez. Eu não devia, mas era a única opção. Levei Ally até o banheiro e fechamos a porta. Pude notar que Lauren não estava ali. Ufa!

— ​E agora? Você acha que devo ligar para Dinah? — Ally pergunta enquanto retoca o batom. Faço que sim com a cabeça, estranhando o fato de que Lauren não está ali. — Alô? Dinah? Aonde você tá? — Ally interrompe meus pensamentos.

Independente de onde ela estivesse, íamos nos ver mais tarde, tínhamos combinado de tomar sorvete, nós três, mas o problema é que Dinah dá carona a Ally, e como eu ainda não tenho dinheiro suficiente, não tenho carro. Parei de gastar com táxi também, tenho que ir andando.

— Ok, eu te encontro ai. A Camila, podemos dar uma carona a ela? — ela disse dando uma pescadinha com o olho esquerdo, eu sorri e agradeci sussurrando quando a ouvi confirmando que daria. Fiquei feliz que por uns instantes, não me molharia na chuva que estava prestes a vir. Saimos do banheiro e conseguimos chegar até Dinah, que estava no estacionamento escutando música a todo volume. Suspirei ao perceber que finalmente saimos dali sem ter que me explicar caso a Lauren aparecesse.

Enquanto íamos, pensava um pouco. Eu não sei o que acontece, eu adoro a Lauren como pessoa e adoro minhas amigas, mas já sofri demais sem ter amizades, para tentar me aproximar da Lauren e reviver tudo que já vivi um dia. Eu escolhi mudar e infelizmente, para mudar tenho que ser menos igual eu era antes. Apesar de me sentir mal, eu não posso, eu sei que não. Lauren Provavelmente não entende o motivo que me faz ser boa com ela, sem querer que me vejam com ela. A verdade é que nem eu me entendo. É como se eu necessitasse que as outras pessoas me aceitassem, enquanto não consigo aceitar ela. Eu não sou uma má pessoa, eu sei que não sou, mas não posso deixar de viver meu único momento de amizades, por causa de uma garota que, na verdade, eu nem conheço. Essa é a verdade, como eu posso me sentir atraída por uma garota tão odiada que eu nem se quer conheço? Eu não sei nada mais que o nome dela.

— Vamos tomar sorvete hoje, confirmado, Camila? — Ally disse enquanto eu descia do carro e fechava a porta.

— Confirmado, chefe. — eu disse sorrindo e andando em direção ao meu prédio, posso ouvir o barulho do carro indo embora. Subi até minha casa e assim que entrei, me joguei na cama, tirei os sapatos e esqueci de comer.

A neblina era maior que eu, no fundo, podia ouvir a voz que chamava meu nome, era familiar, mas estava distante, não pude identificar de quem era. Aos poucos, pude ver no fim da rua, uma silhueta se formando. Sussurrava coisas estranhas, algumas inapropriadas, alguma ameaçadoras. A silhueta se aproximava, me intimidando. Após piscar olho lentamente, rápido aparece Lauren deformada diante de mim, com uma faca na mão. Em um pulo, acordei, não entendi direito a quanto tempo dormi, peguei meu celular e tinham cinco ligações perdidas de Dinah e três de Ally, já era quase noite e eu infelizmente esqueci do sorvete, mandei mensagem avisando a elas porque não fui. Me pergunto o porquê de sonhar com tal situação. É como se algo dentro de mim se revoltasse e quisesse me fazer mais uma vez perceber que estou sendo egoísta perante a essa situação. Eu me incomodava por saber que aquilo não era eu e que precisava tomar alguma atitude em relação a ser melhor com ela.

Levantei e tomei um longo banho, repensava o sonho milhares de vezes enquanto a água gelada caia sobre meu corpo. É tudo tão estranho pensar que eu me importo tanto com alguem que nem conheço, talvez devesse parar. Mas não, no momento tive uma ótima idéia de como conciliar as coisas.



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