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História Expresso Galáctico - Trégua


Escrita por: tcamrenw

Capítulo 5 - Trégua



Trégua

n.f.
1. Suspensão ou interrupção transitória ou temporária de um padecimento, de uma indisposição ou de uma calamidade (entre outras coisas);
2. Curtos momentos ou ocasiões de alívio ou conforto temporário;
3. Designação de descanso, pausa ou férias (do trabalho).

n.f. pl.
4. Do mesmo significado de armistício; cessação transitório de hostilidades entre nações que se encontram em guerra.

não dar tréguas = não proporcionar descanso ou folga

Camila queria descanso pelo menos por alguns minutos de todos os problemas mas apenas arrumava mais, por exemplo; estar há vinte minutos de cabeça baixa na mesa da biblioteca por estar se sentindo culpada não só por ter implicado com a garota no momento delicado mas por ter feito a mesma coisa que ela, com toda implicância não era raiva que Camila sentia de Lauren muito menos mágoa, a garota só queria atingi-lá para a mesma sentir-se do mesmo jeito que Camila vinha se sentindo desde que ela começou a apelida-lá mas acabou sendo espelho do que Lauren vinha sendo e Camila gostava de ser diferente então ela daria uma trégua.

Declararia uma trégua com Lauren mas primeiro começaria a procurando.

- Tá louca? - Dinah me chamou tirando-me dos meus pensamentos.

- O que te faz pensar isso? - Perguntei levantando a cabeça e a encarando.

- Você estar aqui jogada na cadeira de cabeça baixa parecendo uma morta? - Falou rindo.

Respirei irritada.

- O que Jauregui fez? - Sentou encarando-me.

- Na verdade foi o que eu fiz, depois de ontem comecei a perturba-lá do mesmo jeito, ela se irritou e saiu.- Bufei.

Dinah riu balançando os dedos na minha frente.

- Acorda você a irritou então se vingou.

- Não teria a irritado se hoje não estivesse completando um ano da morte de seu pai.- Declarei arqueando as sobrancelhas enquanto Dinah me encarava com os olhos arregalados.

- Você é muito azarada Camila.- Falou negando com a cabeça, revirei os olhos.- Karma Camila.- Riu.

- Isso não é engracado Dinah.- Falei evitando não rir pelo trocadilho.- Vou procura-lá e tentar terminar esse trabalho.- Empurrei a cadeira me levantando junto a Dinah.

- Não vai a aula? - Perguntou me acompanhando até a porta.

- Não, Rose nos liberou do primeiro tempo hoje então apenas me resolverei, o que você está fazendo aqui? - Perguntei curiosa.

- Ah, vim beber água.- Falou dando uma pequena risada.

- Dinah Jane, eu estou de olho em você.- Falei enquanto a garota desviava de mim e ia para o lado contrário.

- Boa sorte, Mila.- Riu sumindo pelo corredor.

Fui caminhando pelos corredores que se encontravam vazios enquanto xingava mentalmente Lauren Jauregui por se enfiar em lugares impossíveis de serem descobertos ou a garota havia ido embora ou estava em alguns dos pequenos buracos do Instituto.

Talvez fosse realmente Karma, travei o pensamento vendo uma garota caminhar pelo pátio, pelo andar prepotente provavelmente se tratava da Estrela, bufei, ok Camila, andei rapidamente chegando até ela e mantendo os passos com os seus, nem para o lado ela olhava, sua mochila já estava nas costas e quando percebi estávamos chegando ao portão e a garota continuava me ignorando.

- Lauren.- Murmurei contrariada parando no meio do caminho enquanto a garota continuou andando.- Dá pra me escutar?

- O que quer? - Perguntei parando e se virando para mim assim que abri a boca para falar ela me interrompeu.- Olha, você sente muito ok, estou indo embora vou fazer minha parte, faça a sua, depois disso prometo não te encher.

- Trégua do mesmo significado de armistício; cessação transitório de hostilidades entre nações que se encontram em guerra.- Apertei os olhos enquanto repetia exatamente o que eu havia lido no dicionário uma vez.

- Trégua? - Perguntou confusa.- Você quer trégua? - Balancei a cabeca afirmando que sim.- E precisa dizer uma das definições para me pedir trégua?

- Olha, você me pediu para facilitar e é exatamente o que estou te pedindo agora ok? - Falei chegando mais perto enquanto a garota me olhava atentamente, seus olhos verdes extremamente claros estavam com uma coloração vermelha me fazendo deduzir que ela esteve chorando.- Eu estava irritada e quis me vingar das suas implicâncias, me desculpe, não sou daquele jeito, você pode me encher e falar coisas sobre mim que eu te digo não serem verdadeiras porque você não me conhece, sou boazinha demais pra ir embora sabendo que agi de má forma.- Falei tudo de uma vez puxando o ar logo em seguida, Lauren me olhava fixamente parecendo digerir.

- Anh..- Coçou a garganta piscando algumas vezes.- Trégua.- Disse levantando a mão para que eu apertasse, dei um sorriso ignorando-a e seguindo em direção ao portão que a mesma estava indo.- Qual é?

- Não ultrapasse limites Lauren.- Falei rindo.- Vou ligar para meu motorista vir me buscar, só me siga e vamos terminar nosso trabalho.- Falei puxando meu celular e mandando uma mensagem para Tony.

Lembrei do fato de que ela provavelmente deveria querer ir embora para ficar com sua família.

- Você tem um motorista? - Perguntou caminhando rapidamente do meu lado.

Ou talvez não quisesse tanto assim.

Me manti em silêncio enquanto falávamos com o segurança mostrando a permissão que Rose havia nos dado, em 15 minutos Tony estava na nossa frente, abri a porta entrando enquanto Lauren resmungava.

- Riquinha.- Disse revirando os olhos.

- Irônico, você parece já estar acomodada.- Falei olhando para ela que já havia se aconchegado no carro e colocado sua mochila no canto.

Arqueei às sobrancelhas me questionando, nossa mensalidade não era barata e às bolsas eram dadas para gênios, Lauren estudava ali fazia um tempo e eu nunca a via mal arrumada muito menos mal acompanhada, seu carro não era lamentável e nem sua aparência, mordi os lábios lembrando-me de quando a professora citou o nome de sua mãe na sala de aula.

- Você é filha de Clara Jauregui não é? - Perguntei voltando o olhar para ela que parecia prestar atenção onde passávamos.

- Sim.- Respondeu dando-me um pequeno olhar.

Respirei frustrada enquanto Tony estacionava em frente a minha casa, destravei a porta saindo do carro e puxando minha bolsa, esperei ela se por do meu lado e a encarei.

- Você é tão rica quanto eu.- Falei carregando a frase de ironia, um pequeno sorriso de lado se formou em seus lábios.

- Como você descobriu? - Perguntou debochadamente, me virei pondo-me a andar.- me desculpe, tudo bem, trégua.- Riu me seguindo.- Tenho dinheiro mas não me importo com ele.- Falou tentando ainda me espetar.

- Então entre no meu universo tendo consciência de que me importa muito menos.- Me virei para encara-lá antes de abrir a porta.- Nebulosa.- Seu rosto se contorceu mas logo um sorriso apareceu me fazendo retribuir timidamente com um pequeno sorriso enquanto empurrava a grande porta de madeira.

- Trégua, Riquinha, Trégua.



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