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História Extinct World (Reescrevendo) - Everything is a mess


Escrita por: SenhoraDixon

Notas do Autor


Oi oi amores ! Voltei ! Então,primeiramente quero começar agradecendo a todos que comentaram e favoritaram a fic ! Sério mesmo vocês são demais ! <3 Estou muito feliz,amo vocês !
Segundamente, vocês viram a nova promo do 7 ep de twd? Mds,tô no chão...mal posso esperar por amanhã !!

Então é só isso,bjs e boa leitura. <3

Capítulo 44 - Everything is a mess


Fanfic / Fanfiction Extinct World (Reescrevendo) - Everything is a mess

O fato é que eu estou uma bagunça por dentro e por fora.

~2 dias depois~

 Pov's Ivy

Os últimos dois dias não foram nada fácies. Todos na comunidade estão tristes, uns pelas mortes de Glenn e Abraham e outros porque teremos que nos subjugar a Negan. Rick deixou bem claro que não está mais no comando, porém muitas pessoas não aceitaram muito bem essa nova realidade. Carol e Morgan ainda não voltaram, Rick disse que ela foi embora de Alexandria e que o homem foi atrás para traze-la de volta, mas até agora nenhum sinal dos dois. Não tenho visto Enid e Nate ultimamente, isso porque passo a maior parte do tempo eu fico em meu quarto, ainda estou muito abalada com o que aconteceu. De vez ou outra Rose vem me ver e saber como estou, ela ficou muito triste quando contei que meu pai havia sido levado como prisioneiro por Negan. Carl e eu estamos bem, mesmo estando um pouco afastados, cada um está lidando com as coisas da sua própria maneira, enquanto eu prefiro ficar deitada na minha cama, ele prefere  deixar o luto de lado e se concentrar em seu desejo de vingança.

Hoje o dia amanheceu bonito, o sol brilha, o vento traz uma brisa leve, os pássaros cantam, enquanto eu permaneço deitada fitando o teto, buscando no mais profundo de mim forças para me levantar e sobreviver a mais esse dia. ''É apenas mais um dia de merda,Ivy'', penso comigo mesma. Suspiro profundamente e me sento na cama, colocando os meu pés no chão, pego minha órtese e visto a mesma. Me levanto, vou até o banheiro e faço minha higiene matinal, depois desço e encontro Carl na cozinha sentando á mesa tomando seu café da manhã.

— Bom dia. – digo com um sorriso fraco.

— Bom dia.  – ele retribui o sorriso.Vou até a geladeira e a abro,pego uma garrafa de água e coloco um pouco em um corpo. — Tem cookies no forno, Rose passou aqui mais cedo e os deixou.

— Muito gentil da parte dela, mas não estou com fome. 

— Você não tem se alimentado direito nesses últimos dias. Vai acabar ficando fraca. – ele diz com uma expressão preocupada.

— Eu estou bem. – forço um sorriso. — Não precisa se preocupar, eu apenas não estou sentindo muita fome.

— Tarde demais, eu já estou preocupado. – solto um riso anasalado.

— Onde estão o pessoal?... Quer dizer, seu pai e a Mich. – sinto uma pontada de tristeza, ainda não tinha me acostumando com essa casa tão vazia. 

— Saíram cedo. – Carl responde e eu resmungo um ''hum''. Deixo o copo na pia e me sento em uma cadeira ao seu lado. — Como está sua mão?

Levanto a mão na altura do meu rosto e abro e fecho a mesma. Ainda doía, mas já estava melhorando. 

 Melhorando. 

— Vai me contar o que aconteceu? – ele olha fixamente para os meus olhos e eu os desvio. Eu não queria falar sobre isso,tinha medo de que ele achasse que eu fosse louca. — Pode falar Ivy, seja o que for, nós podemos resolver.

— Ahn...– mordo o meu lábio inferior e pondero por alguns instantes. — Eu tive uma espécie de alucinação com o maldito do Jhonny. Não te contei antes porque não queria que achasse que eu estou ficando louca.

— Você não está. – ele coloca sua mão sobre a minha. — Eu entendo. Depois de tudo que vimos,manter a sanidade é quase como um milagre. 

— Não existem milagres. – digo e puxo minha mão, tirando-a de baixo da sua. Glenn acreditava em milagres e quando mais precisou de um nada aconteceu.

 — Por favor, não faça isso. – ele diz quase que sussurrando.

— Isso o quê? – pergunto um pouco confusa.

— Não se afaste de mim.  –Ele diz e eu sinto um nó se formar em minha garganta. Eu não estava o afastando,ou estava?

— Eu não estou te afastando, Carl. – evito olhar em seu olho.

— Não está? Ivy, você mal fala comigo e quando fala é apenas um ''bom dia''. Eu sinto sua falta, sinto falta do seu sorriso, seus beijos, sinto falta de estar com você. 

— Carl... – murmuro. Eu não sabia nem o que dizer. Ele estava certo ,sou uma idiota. — Me desculpe.

— Olha, eu sei que as coisas não estão sendo nada fáceis para você, mas precisamos ficar juntos. Eu não posso te garantir que vai dar tudo certo, mas posso garantir que vou estar aqui mesmo quando as coisas derem errado. 

— Você não sabe como isso me deixa feliz. – sorrio sincera. — Saber que mesmo com essa merda toda acontecendo você ainda está aqui comigo é a melhor coisa desse mundo. Carl, eu te amo e o que menos quero nessa vida é afastar você. 

— Então não me afaste. – ele diz e estende a mão para mim, esboço uma sorrio e pego a mesma. Carl a levanta e deposita um beijo nela.

Um o mundo está de cabeça para baixo e as pessoas tende a se afastar quando tudo está errado. Eu não quero isso, não quero me afastar das pessoas que amo por medo de perde-las, eu não quero ter medo de estar viva. O que estamos enfrentando é uma situação ferrada, mas é como é. O que nós temos outras pessoas também querem e isso nunca vai mudar, por isso não podemos parar de lutar. Temos que nós levantar sempre que formos derrubados.

[...]

Decido caminhar um pouco por Alexandria. Carl ficou em casa tomando conta da Judy. Nós combinamos que mais tarde iremos até a nossa cachoeira para passarmos um tempo juntos, eu gostei da ideia, estou precisando muito disso.  As ruas estão calmas, há apenas algumas pessoas passeando por elas. As expressões em seus rostos são de tristeza e isso faz com que eu fique ainda mais triste. Suspiro fundo e chuto um cascalho que encontro no meio do caminho, ele sai rolando e só para ao bater nos pés de uma pessoa. Ergo os meus olhos e vejo que se trata de Rick.

— Oi. – ele diz. Rick estava visivelmente abalado com tudo que aconteceu, a expressão em seu rosto era de pura tristeza.

— Oi. – dou um leve sorriso.

— Você resolveu sair de casa. – ele comenta.

— É. Eu já estava começando a me sentir parte da mobília. – tento soar engraçada,mas isso não funciona muito.

Ficamos em silêncio, acho que nenhum de nós sabia o certo o que dizer. Desde aquele maldito dia não tivemos chance de conversar direito.

— Como você está com tudo isso? – Rick coloca a mão na cintura e apoia o peso em uma só perna.

— Bem eu... – fecho os olhos por alguns segundos mais logo os abro. — Lembra quando você disse que é difícil enxergar as coisas com clareza quando estamos perto demais e que por isso temos sempre que tentar olhar por outro ponto de vista?. – pergunto e Rick assente levemente. — É. Eu estou tentando olhar por outra perspectiva, estou tentando mesmo, mas... – sinto as lágrimas ameaçarem descer.

— Mas...? – ele me incentiva a continuar.

— Sempre existe a droga do ''mas'', não é? – minha voz sai rouca e fraca. — Rick, eu não consigo entender... Por que essa merda de mundo sempre destrói qualquer sinal de felicidade? Por que as pessoas boas sempre se vão? Qual é o plano de Deus para nós e esse mundo? – a essa altura eu já estava chorando e soluçando. — Eu não entendo.

— Eu também não entendo, Ivy. A verdade é que eu já perdi as esperanças de que Ele exista, mas existe uma chance, não é? E tudo sobre chances agora. 

— É você acha que há alguma chance de sairmos dessa sem que mais ninguém morra? – limpo o rosto com a manga da minha blusa.

 — Eu acho que...

— Rick? – Aaron o interrompe. Olhamos para ele e eu noto que o mesmo está com uma expressão assustada. — Ele está aqui.

Rick e eu nos entreolhamos. Por que o desgraçado estava aqui? Ele nos deu uma semana. Rick olhou para Aaron e assentiu, indo em direção aos portões e eu o segui. Não sabia qual seria a minha reação ao ver Negan novamente, mas sei que preciso me segurar e não fazer nada estúpido,não quero que esse dia de merda se torne o último dia de merda para alguém aqui.

Chegamos até os portões e logo pude ver Negan do lado de fora conversando com Spencer. Ele mantinha aquele sorriso debochado e o taco de basebol sobre o ombro. 

— Olá. – ele diz ao ver Rick.  Cerro os punhos e tento conter a raiva que sentia daquele ser maldito. Ficamos o encarando por alguns instantes, até que ele desfez aquele sorrisinho debochado.  — Não me faça ter que pedir

— Você disse uma semana.  – Rick diz indo até o portão e o abrindo. — Está adiantado. 

— Fiquei com saudade. – Negan diz na maior cara de pau do mundo. Ouço o som de grunhidos e vejo um errante sair de entre os caminhões dos Salvadores, que estavam estacionados em frente aos nossos portões. — Rick, venha aqui fora. Olha isso. – Negan caminha de costas e depois se vira para o zumbi, acertando sua cabeça com o taco e o fazendo ir ao chão no mesmo instante. — Mamão com açúcar! – ele gargalha. — Certo, todo mundo. Vamos começar. Hoje é um grande dia. – Rick olha fixamente para o lado, eu não conseguia ver o que ele estava vendo pois ainda me encontrava dentro da comunidade. — Rick, viu o que acabei de fazer? Foi um belo serviço! Digo, nós todos fomos barrados no portão. ''Quem é esse cara, afinal?'' – ele aponta para Spencer. — Eu fico bravo? Faço uma cena? Arrebento a cabeça de um ruivo? Não. Eu só cuido de um dos mortos que podia ter matado um de vocês. – ele diz e faz um reverência em seguida. — Serviço pesado. – Negan ri e vem em direção a entrada. — Segura isso. – ele entrega o taco para Rick e entra na comunidade. — Caramba! Esse lugar é magnifico! – o restante dos Salvadores começam a entrar também, eram muitos e entre eles estavam o meu pai. Engulo a seco e seguro o choro. Ele estava acabado, seu rosto estava machucando e ele usava uma macacão surrado que tinha a letra ''a'' estampada de laranja. Ele olha para mim por alguns instantes e depois foca seu olhar no chão. — ''Chique no último'', como dizem. Sim, senhor, acredito que terá muito a oferecer.

Continuo olhando para o meu pai. Eu queria tanto abraça-lo, meu coração estava partido apenas por ver sua situação física e a expressão em seu rosto. Tristeza e culpa era o que eu via ao olhar para ele.

— Pai, ei... – dou um passo em sua direção.

— Não. Não. – Negan caminha e se coloca entre mim e ele. — Ele é serviçal. Você não olha para ele, não fala com ele e eu não faço o Rick cortar alguma parte dele fora. – fecho a cara e o encaro, enquanto ele sorri e se vira para Rosita que estava atrás do mesmo. — O mesmo vale para todos. Certo? – ele se aproxima muito dela e ela que apenas o encara por alguns instantes, depois sai andando.

Olho uma última vez para o meu pai e depois a sigo. Eu precisava sair dali, sair de perto daquele homem desgraçado. Para mim, Negan era a junção de todas as pessoas ruins que já encontrei nessa vida.

— Isso é uma merda.  – Rosita diz parado perto de uma carro e se preparando para entrar no mesmo.

— Mas é como é, infelizmente. – bufo e cruzo os braços.

— Rosita! – Dwight cantarola e se aproxima de nós. — Aonde você e seu amigo vão? – ele se refere a Spencer que estava um pouco atrás de nós duas. 

— Estamos indo... – Spencer ia dizendo mas Dwight o cortou. 

— Quer saber? Eu não me importo. – ele diz e pega a arma de Rosita e a coloca em uma bolsa, depois para em minha frente e faz um sinal para que eu entregue a minha arma. O encaro fixamente, eu queria matá-lo ali mesmo, mas que chance eu teria de sair viva dessa? Entregar a minha arma para mim era como o fim, mas eu seria obrigada a fazer isso. Levo minha mão até o coldre e a pego sem tirar os olhos dele, depois a coloco dentro da bolsa. Dwight sorri e coloca a mão em minha cabeça bagunçando os meu cabelos e sussurra um ''boa menina''. Em seguida Spencer também entrega sua arma. Dwight abre a porta do carro e começa a vasculhar o mesmo, ele pega os rifles que estavam dentro dele e os coloca nas costas. — Agora que resolvemos isso, eu tenho um trabalho para você. Me traga a moto do Daryl.

Cerro os dentes ao ouvir aquilo. Esse cara era o maior invejoso, ele roubou a besta e o colete do meu pai e agora também queria a moto? Que filho de uma mãe.

— Não está aqui. – Rosita responde.

— Se não está aqui, então você sabe  onde está, certo? – ele deduz.— Nós dois sabemos que você sabe onde ela está. – Rosita nada diz, apenas tenta entrar no carro, mas Dwight a barra. Ele tira seu boné e ela o fuzila com o olhar. — Agora pode ir. Então vá. – ela o encara por alguns instantes e então entra no carro. Dwight coloca a mão dentro de veículo e tira algo de lá, logo posso ver que é a garrafa de água de Rosita. Ele abre a mesma e joga todo o líquido no chão. — Não demore.  – Spencer entra no carro e  os dois partem de Alexandria. Fico parada encarando o nada, tentando ao máximo conter a raiva que eu estava sentido desse merdinha com cara de caveira. — E você? – ele para em minha frente e eu o encaro.  — Acho que não fomos devidamente apresentados. Sou o Dwight, mas com certeza você já sabe disso. Você é a filha do Daryl, certo? Nós dois somos velhos amigos e ele já deve ter falando de mim.

— Dwight... Dwight... – finjo pensar por um instante. —  Acho que ele nunca me falou sobre você. – digo por fim e ele solta uma risada.

 —Eu sou o cara que... Você sabe, matou aquela médica. – ele diz com um sorriso e eu sinto o meu sangue ferver. 

— Claro, claro. Você é a putinha loira do Negan. – sorrio debochadamente e ele fecha a cara.

— O que disse? 

— Isso mesmo que você ouviu, Dwight. – digo seu nome com desdém. — Você deve se achar muito homem né? Mas sabe o que eu acho? Acho que você é o maior baba ovo do meu pai. Sabe, usar o colete, a besta e a moto dele não te faz ser como ele. Você pode até tentar, mas no fim sempre será o bostinha com cara de caveira que se ajoelhou. 

— Você gosta de falar o que pensa, não é vadizinha? – ele pega sua arma e a destrava apontando-a para a minha cabeça.  — Ainda é corajosa?

Dou uma posso a frente e encosto minha testa no cano da arma. Eu não estava com um pingo de medo de morrer. Para mim, Dwight era tudo o que eu disse e muito mais, eu o odiava profundamente e o queria morto, assim como Negan e os demais Salvadores.

— Atira. – eu o olho com um olhar desafiador. 

Nos encaramos por um bom tempo, até que ele abaixou a arma. Desde do início eu sabia que ele não atiria, Dwight se achava muito macho ,mas não passava de um pau mandado do Negan, assim como o Sterling era do Jhonny.

— Não vale a pena gastar uma bala com você. – ele diz e eu solto um riso anasalado.

— Não. Não é por isso que você não atirou. Você não pode fazer nada sem o consentimento do Negan e as ordens dele não foi matar mais um de nós, não é mesmo? Como eu disse... Você é a putinha loira dele. – digo e dou as costas caminhando para longe dele. 

— Toma cuidado garotinha. Você tem a marra do seu pai, mas sabe de uma coisa? Ele não parece tão durão agora. Cuidado para não acabar comendo comida de cachorro também. – ele diz e eu paro no meio do caminho. Me viro lentamente em sua direção e o encaro por alguns segundos, depois dou ás costas de novo e volto a caminhar. 

— Vá se ferrar. – sigo num tom alto para que ele escute e ergo minha mão, mostrando o dedo do meio para ele.

Me sinto bem, falar todas aqueles coisas para ele realmente foi libertador. Quero que as coisas fiquem bem claras, posso até colaborar com o Negan, mas isso não significa que eu irei aceitar humilhações.  Eu não vou abaixar a cabeça, nem para Negan, nem para Dwight e sem para ninguém. Quando minha mãe estava morrendo,ela me disse ''Você é corajosa como o seu pai. Então não deixem que te digam o que fazer, não abaixe a cabeça para ninguém''. Eu prometi a ela e pretendo cumprir.

[...]

Já se passaram algumas horas desde que os Salvadores chegaram aqui e eu não vejo a hora dessas pragas irem embora. Nesse meio tempo, Rick reuniu todo o pessoal na igreja para conversar. Parece que estão faltando duas armas no arsenal e o ''Maioral'' estava exigindo que as encontrássemos ou ele mataria a pobre da Olivia. Era uma merda, eles levariam todas as nossas armas e seriamos obrigados a nos virar com apenas facas. Eu não conseguia entender, se não somos ameaças para eles então por que estão levando todas as armas de fogo?. Rick perguntou aos moradores se eles sabiam onde estavam as armas, todos negaram. Até que Eugene constatou que não estavam todos presentes na reunião, faltavam Rosita, Spencer e Michonne.  Então agora estão vasculhando as casas dessas pessoas.

— Eles são uns urubus. – Carl diz parando ao meu lado e cruzando os braços. Estávamos observando alguns Salvadores que enchiam o saco de Enid.

 — Posso ficar com eles, por favor? – Enid se referia aos balões verdes que o homem carrancudo havia tomado dela. —Apenas... Deixe-me ficar com eles. – ver aquela cena estava acabando comigo. Eu sabia o que aqueles balões significavam para ela, era a única lembrança que ela tinha de Glenn. 

— Diga por favor garotinha. – o homem diz se aproximando ainda mais dela. Enid olhada fixamente para o nada e eu podia ver que aquele situação não era nada agradável para ela. 

— Por favor. – ela diz e o homem acaricia seu rosto com o dedo indicador.  Dou um passo a frente pronta para acabar com aquilo, porém Carl me impediu me barrando com o braço. 

— Peça mais uma vez. – o homem ordena.

— Por favor. – Enid diz. O homem ergue a mão onde estavam os balões e os soltam no chão.  — Cuidado, garotinha. – ele aponta o dedo para o rosto de Enid. Sinto um misto de raiva e tristeza. Raiva de ver esses homens achando que podem tudo e tristeza por ver até onde Enid foi por causa de balões, balões que para ela significam muito.

— Eles vão embora logo. – ouço uma voz atrás de mim, me viro e vejo que é Rick. Balanço minha cabeça em sinal de negação e volto minha atenção a Enid, que agora estava abaixado pegando os balões do chão. Caminho até ela e me agacho em sua frente, a ajudando a recolher-los.

— Será... Será que eu podia ficar com um deles? – pergunto e ela me olha confusa. — Só para me lembrar um pouco dele. Eu sei o que esses balões significam para você.

Enid assente. Pego um dos balões e o guardo no bolso da minha calça. Entrego os outros para ela e então nos levantamos.

— Eu gostei da sua bandana, garotinha. – o mesmo homem carrancudo diz para mim enquanto olha para a bandana de Adam que estava amarrada no meu tornozelo direito. — É minha agora.

— Não. Não é. – digo de cabeça erguida.

— Não é? – ele ri ironicamente. — Acho que você ainda não entendeu. A bandana, a comunidade,a s armas, os remédios, suprimentos ou qualquer porra... Nada mais pertencem a vocês.

— E pertencem a quem então? 

— Sua propriedade agora pertence ao Negan. – ele diz e eu franzo o cenho. — Todos nós somos Negan, então me entregue a bandana.

— Esquece. Eu não vou entregar. – digo firme.

— Ivy, pare. É melhor fazer o que ele está mandando. – Enid diz ao meu lado.

— É melhor ouvir a sua amiga, Ivy. – ele diz o meu nome com desdém.

Continuo o encarando por alguns segundos e mesmo relutante resolvo fazer o que ele mandou. Me agacho e desamarro a bandana, ter que entregá-la aquele homem doía muito, porque assim como aqueles balões são a única lembrança que Enid tem de Glenn, essa bandana é a única lembrança que tenho de Adam.

— Toma. – digo rude e entendo a bandana para ele. O homem sorri vitorioso e a puxa de minha mão, depois a amarra na cabeça. 

— Ficou ótimo em mim,não é? – ele diz com um sorriso debochando. Não respondo, apenas dou as costas e saio andando.

Insuportável. Cada um desses homens e mulheres eram insuportáveis. Eles se achavam os reis da porra toda, quando na verdade eram apenas soldadinhos de Negan. Bando de maricas. Eu os odeio, os odeio com todas as minhas forças e se um dia eu precisar matar qualquer um deles, farei de bom grado. Um dia ,esse Salvadores vão pagar por tudo que fizeram, vão pagar por cada gota de sangue que derramaram e quando esse dia chegar, eu estarei assistindo na primeira fila.

[...]

O fim da tarde chegou e finalmente Negan e seus homens foram embora e levaram o meu pai. Ter que vê-lo partir novamente e não poder fazer nada acabou comigo. A visita inesperada de Negan afetou com os meus planos e de Carl, acabamos nem indo á cachoeira. Combinamos de ir ouvir música na casa desocupada no final do quarterão, mas isso não aconteceu porque os malditos Salvadores levaram o disco de vinil. Voltamos para a nossa casa e eu subi para o meu quarto, eu precisava tomar uma banho. Ao abri a porta do mesmo e levei um susto, parecia que um furação havia passado por ele. Tudo estava revirado e a minha cama e colchão haviam sumido. Algumas roupas minhas estavam espalhadas por todo cômodo e o quadro onde havia uma foto minha e de Carl estava caído no chão com sua moldura e vidro quebrados. Fechei os olhos por alguns instantes na esperança de que aquilo fosse apenas um sonho ruim e quando eu os abrisse tudo estaria em seu devido lugar, mas isso não aconteceu. A situação em que meu quarto se encontrava era como estavam nossas vidas, tudo estava uma bagunça. Uma grande bagunça. 


Notas Finais


Então,gostaram? Espero que sim <3 Então é isso, bjs meus amores e até o próximo cap <3


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