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História Eyes on you - Chanbaek - Where did you came from?!


Escrita por: DeadMoon

Notas do Autor


Olá pessoas! Desculpem a demora!
Desculpem os erros e boa leitura! <3

Capítulo 3 - Where did you came from?!


Fanfic / Fanfiction Eyes on you - Chanbaek - Where did you came from?!

Baekhyun’s POV

- Da onde você surgiu? –Pergunto sendo completamente descarado.

- Sou da sua turma. –Ele suspira. – Eu estava doente e não vim durante todo esse tempo para não prejudicar mais ninguém.

- Você entrou numa briga por mim... Por que, Chanyeol?

- Porque você estava indefeso, seu cachorro estava sendo chutado de todos os lados e não conseguia fugir e você estava sangrando no chão. Ainda está sangrando, aliás.

- Você poderia me ajudar? –Pergunto sem graça.

- Claro. –Ele responde e uma movimentação começa no espaço em que estávamos. – Vai arder, está bem? –Afirmo.

- Já estou acostumado. –Sorrio triste e ele suspira.

- Não deveria estar. –Ele encosta o algodão em minha bochecha.

- Ai!

- Eu avisei. –Ele solta uma leve risada e se apoia em minha perna. O que eu não esperava era que fosse doer como o inferno.

- AAAAAAAAAH! SAI! SAI! –Ele sai rapidamente e eu começo a lacrimejar pela dor.

- Eu acho que você quebrou a perna. –Minha surpresa era tão óbvia que veio junto com meu choro.

- Tá doendo muito, Chanyeol!

- Calma, Baek... Logo sua mãe chega e estará tudo bem.

- Filho? –Sinto minha mãe pegar em meu rosto e choro ainda mais.

- Mãe... Mãe, minha perna... –Soluço.

- Ele deve estar com a perna quebrada Sra. Byun... Ele gritou quando eu encostei...

- E você, quem é? –Minha mãe pergunta desconfiada.

- Park Chanyeol, prazer! Eu ajudei Baekhyun e o cachorro a fugir. O trouxe pra cá imediatamente.

- Lucky... Onde está o Lucky? –Pergunto segurando a mão de minha mãe que a aperta.

- Filho... O Lucky está em uma situação complicada... Os veterinários estão cuidando dele e logo teremos notícias.

- Ele vai morrer? –Pergunto já começando a chorar novamente.

- Não, não vai, meu amor. Ele e você ficarão em ótimo estado.

- Sra. Byun!

- Não me venha com essa, diretora! Você quebrou sua palavra! Olha o estado do meu filho! O cachorro dele está em cirurgia por culpa do mesmo babaquinha que a senhora insiste em manter num lugar como esse, onde a promessa é inclusão! Meu filho está apanhando sempre que aparece por aqui e a senhora não faz nada sobre isso! Sabe o que vai finalmente fazer você mexer essa sua bunda gorda? O processo que eu vou colocar nas suas costas!

- Creio que possamos conversar sobre isso...

- Não! Nós não podemos. Ou aquele palerma paga pelo o que fez com meu filho ou quem paga é a instituição. E esteja ciente de que eu vou pedir indenização pela perna quebrada de Baekhyun e pelo tratamento do Lucky.

- A senhora está se equivocando.

- Me equivocando? Eu sou advogada, minha senhora! Conheço as leis como conheço minha própria casa! Eu estou no meu direito e a senhora está sendo ignorante com meu filho que precisa de cuidados especiais.

- Conversaremos mais tarde, senhora Byun.

- Com certeza iremos. Com o processo em minhas mãos. –Minha mãe ameaça e a diretora sai batendo os pés com firmeza.

- Mãe... Podemos ir ao hospital agora?

- Claro, meu amor. –Ela passa meu braço em volta de seu pescoço, mas Chanyeol impede.

- Eu levo ele.

- Não precisa.

- Mãe... –Encosto nela. –Precisa sim.

- Está bem... Então precisa. –Ela suspira e então Chanyeol me guia em seus braços. – Pode colocá-lo aqui atrás.

- Quer sentar ou deitar, Baek?

- Pode me pôr sentado... Eu não sei se consigo esticar a perna.

- Tudo bem. Aqui vai. –Ele então me põe sentado e arruma a coberta que sempre ficava no banco sobre mim.

- Muito obrigado, Chanyeol. De verdade. Eu nunca tive alguém como você na minha vida...

- Bem, agora tem. –Pude sentir ele sorrir e então sorrio de volta. – Vá se cuidar, está bem? Você está cheio de sangue.

- Eu vou. –Afirmo e hesito em colocar a mão no rosto do garoto que me ajudou.

- Muito obrigada, Chanyeol. –Minha mãe diz.

- Não foi nada, senhora Byun.

- Muito obrigado. –Agradeço de novo e ele sorri mais uma vez.

- Não precisa ficar agradecendo. Apenas vão logo. –Então ele fecha a porta com cuidado e minha mãe dá a partida.

- Gostei dele. Pode continuar com ele.

- Mãe! Ele apenas me ajudou!

- E é desse tipo de pessoa que você precisa. É uma pena você não ver a bondade no olhar dele... Chanyeol vai ser um bom amigo, meu amor.

- Mas e se ele não quiser ser meu amigo?

- Isso teremos que ver com o tempo... Mas ele me parece uma boa pessoa, ele vai querer ser seu amigo sim.

- Isso é intuição de mãe?

- Isso é intuição de mãe. –Ela ri e eu acabo sorrindo. – Seja amigo dele, meu amor.

- Eu serei. Espero que ele seja o meu também.

[...]

E essa é a parte onde eu vou para a escola com a perna quebrada e sem ajuda de ninguém. Eu estava com aquela botinha ruim de andar. O médico disse que era necessária, mas que eu não poderia ficar sozinho. Claro que eu tentei convencer minha mãe a me tirar da escola, mas não deu certo.

- Mãe... Eu não vou conseguir. –Digo triste.

- Claro que vai! Você é forte e sempre conseguiu tudo, filhote.

- Baekhyun! –Viro a cabeça para a direção que me chamaram e então logo sinto Chanyeol por perto.

- Bom dia, Chanyeol.

- Bom dia, senhora Byun. –Sinto-o sorrir e acabo sorrindo junto. –Você não me parece muito melhor...

- Eu não estou... Mas eu preciso vir.

- Eu poderia te passar a matéria depois.

- Mãe! Vamos embora! –Ela ri alto.

- Você vai acostumar ele mal, Chanyeol.

- Desculpe. –Ele ri sem graça.

- Pode levá-lo até a sala para mim?

- Pode deixar que ele ficará seguro comigo. –Sorrio sem graça e então sinto-o pegar em minha mão e trazer até seu braço.

- Tchau, filhote! –Ela me dá um selar no nariz e logo em seguida um beijinho de esquimó.

- Tchau, mãe! –Sorrio e então ouço os saltos dela se distanciarem.

- Vocês são fofos. –Chanyeol comenta e eu rio segurando firme em seu braço para poder pegar a muleta com o outro. – Não precisa disso. –Ele pega a muleta e minha mochila de minhas costas. –Segure em mim com suas duas mãos e coloque a botinha no chão.

- Eu tenho medo. –Confesso.

- Vai por mim, vai ser melhor assim. –Afirmo e então seguro firme na área onde ficava o cotovelo dele.

- Você é alto, Chanyeol? Parece bem alto. –Digo dando o primeiro passo.

- Tenho 1,85 de altura.

- O que significa isso? –Pergunto confuso e ele ri.

- Que eu sou bem alto, Baek. –Sinto meu rosto queimar e abaixo a cabeça. –Eu disse algo errado?

- Bem... É que... – Engulo em seco e sinto o peso do olhar dele em mim. – Ninguém nunca me deu um apelido antes.

- Nunca? – Nego.

- A não ser minha mãe, claro. –Ele ri e logo chegamos na sala de aula.

- Seu lugar, Baek. –Ele me senta e coloca minha mochila ao meu lado.

- Obrigado, Chanyeol. –Sorrio.

- Seu sorriso é lindo. Deveria sorrir mais vezes. – Sinto meu rosto esquentar de novo e ele ri. –Você é fofo.

- Estou com vergonha.

- E isso é fofo. –Ele afirma.

- Tudo bem então... –Sorrio fraco.

- Como está o Lucky?

- Se recuperando em casa... Ele também quebrou uma perna.

- Coitado! Por isso estava gritando tanto!

- Eu não gosto nem de lembrar. Os gritos dele foram agoniantes para mim... Eu só queria poder salvá-lo...

- Sua mãe nunca te levou para aulas de autodefesa?

- Não... Eu não saia de casa.

- Por que não?

- Porque as pessoas me faziam mal, mesmo sem me conhecer...

- Mas você tem o Lucky...

- Ele nunca foi obstáculo. Não vê pela situação de semana passada? As pessoas tiravam a atenção dele e me deixavam perdido em qualquer lugar. Eu ia a um parque perto de minha casa e sempre tinha que ligar para minha mãe me buscar, pois eu não conseguia achar o caminho de volta.

- Sério? Eles enganavam o Lucky só para te prejudicar? –Afirmo. – Que crueldade.

- Bem... Está tudo bem agora. –Sorrio de lado. – Ao menos eu tenho meu celular e eu posso ligar para minha mãe...

- Eu posso te ajudar também.

- Por que você é tão bom comigo, Chanyeol? –Pergunto com curiosidade.

- Porque eu já estive em seu lugar, Baek. Eu já fui alvo de muita chacota na escola.

- Mas por quê? Você não é cego, não é surdo e nem mudo... O que eles faziam com você? –Pergunto com certo medo.

- Por isso aqui. –Ele pega minhas mãos e leva em sua direção.

Senti suas orelhas e usei minha curiosidade para desenhá-las com meus dedos. Eram aveludadas e gostosas de mexer. Sorri e continuei mexendo nelas.

- Se divertindo? –Levo um pequeno susto e então tiro minhas mãos rapidamente.

- Desculpe... Elas são realmente gostosas de tocar. –Sinto meu rosto queimar novamente e ele ri.

- Gostosas? Apenas isso? –Afirmo. –Elas são grandes, Baek. Desproporcionais a minha cabeça e sempre tiraram sarro de mim. Me apelidaram de dumbo e até hoje algumas pessoas me chamam assim.

- Isso é crueldade! A culpa não é sua!

- Assim como a culpa também não é sua, concorda? –Fico envergonhado e afirmo. –Por isso estou aqui para te ajudar.

- Bem... Obrigado. –Sorrio e ele dá um leve aperto em minha mão.

- Não tem de quê.

[...]

- Chanyeol...

- Sim?

- Pra onde está me levando?

- Pra cantina, você não come? –Nego.

- Nunca fui à cantina. As pessoas nunca me ajudam a chegar em algum lugar e Lucky não sabe vir.

- Bem, eu vou ensiná-lo então. –Sorrio largo. – Vamos ficar com meus amigos, tudo bem?

- Mas e se eles não gostarem de mim? –Pergunto desconfortável.

- Ninguém precisa gostar de você, Baek. O que importa é o respeito. –Fico admirado e acabo afirmando. –Gente, Baekhyun, Baekhyun, gente. Tratem ele bem, eu vou buscar comida.

- Oi pra você também, Chanyeol. –O garoto bufa e eu me encolho ao não sentir mais a presença do mais alto.

- Não sejam mal educados! Prazer, Baekhyun, sou Kyungsoo.

- Hm... É um prazer. –Sorrio e então todos eles riem, me fazendo ficar envergonhado.

- Desculpe, Baekhyun. Eu esqueci que era cego e estava estendendo minha mão, por isso eles riram.

- Ah... Está tudo bem... Eu peço desculpas também.

- Mas não precisa, não é sua culpa. –O garoto de antes falou. – Sou Minseok, é um prazer.

- Igualmente. –Respondo e então os outros começam a dizer seus nomes... Eram mais dois garotos: Jongin e Sehun, ambos mais novos.

- Voltei. –Chanyeol ocupa o lugar ao meu lado e então coloca algo em minha mão. –Para você, coma.

- O que é? –Pergunto curioso, cheirando.

- Apenas coma, você vai gostar.

- Tem certeza? –Ele solta um resmungo em afirmação e então eu mordo. Era gostoso, um pão assado com queijo quentinho.

- E então?

- Gostoso. –Sorrio de lado. –Obrigado.

- Se continuar me agradecendo assim, vamos passar o dia todo só ouvindo você dizer obrigado.

- Ele está sendo educado, Chanyeol! –Minseok o repreende.

- Mas com tantas coisas que eu faço, ele realmente vai passar o dia agradecendo.

- Não liga para o hyung... Ele é meio bruto às vezes.

- Pode deixar. –Sorrio.

[...]

Ligação ON

- Mãe?

- Baek... Filho, será que você consegue ir para casa sozinho?

- Eu não sei... Acho que não, mãe... Por quê?

- Lucky precisa de mim... Ligaram-me do hospital e me querem lá agora.

- Sério? Será que aconteceu alguma coisa?

- Eu não sei filhote. Tente ir pra casa, está bem? Se não conseguir eu vou até você ou peço um táxi, não sei.

- Tudo bem, mãe. Eu vou tentar. –Suspiro.

- Eu te amo, está bem?

- Eu também te amo. Até logo.

- Até, filhote.

Ligação OFF

- O que houve, Baek?

- Eu tenho que ir pra casa sozinho...

- Sua mãe não vem? –Nego.

- Lucky precisa dela, então ela não poderá vir hoje.

- Eu te acompanho. Sabe onde mora? –Nego.

- Está na minha agenda.

- Posso pegar? –Afirmo e então ele retira a mochila de minhas mãos. – É perto de minha casa, Baek! Podemos realmente ir juntos!

- Sério?

- Seríssimo. Vamos, vou te acompanhar até sua casa. –Ele põe meu braço no seu e logo estávamos andando. –Como está sendo pisar no chão?

- Um pouco incômodo, mas tudo bem. Dá pra suportar.

- Então tudo bem. –Ele continua me guiando e eu me segurava cada vez mais forte nele tanto por medo quanto por dor em minha perna.

O que mais me chamou a atenção era que o quanto mais eu subia com minha mão, mais alto ele parecia. Aquilo atiçava minha curiosidade, pois eu não podia ver sua altura e não tinha noção alguma de espaço.

- Chanyeol...

- Sim?

- Posso sentir sua altura? –Ele para de andar e eu fico com medo de ter pedido algo feio.

- Claro. –Ele pega meus pulsos e coloca em seus ombros. – Pode ir subindo por conta própria, Baek.

- Está bem. –Digo nervoso e vou descobrindo o maior com minhas mãos, até o topo da cabeça, onde eu quase não alcancei. Foi preciso me por na ponta do pé para alcançar. – Você é realmente bem alto. –Ele ri e então faz carinho em meu cabelo.

- Sim, eu sou. –Ele diz ainda rindo. – Agora vamos, já estamos quase chegando. –Afirmo e então ele volta a me guiar.

- Chan, pega a minha bengala na mochila?

- Claro. –Ele começa a mexer no zíper da bolsa e então meu celular toca.

Ligação ON

- Mãe?

- Filho, onde você está? –Ela pergunta preocupada.

- Quase em casa. Chanyeol está comigo.

- Deixa eu falar com ele.

- Chanyeol, minha mãe quer falar com você. –Estendo o celular e logo o sinto pegar.

- Sra. Byun? Sim... Estamos em frente a sua casa. Ficar com ele? Posso sim. Claro, tudo bem. Posso mesmo? Tudo bem então. Não há de que. Até logo.

Ligação OFF

- O que houve?

- Ela me pediu para ficar com você até que ela chegue. Vamos pedir uma pizza e faremos alguma coisa para passar o tempo.

- Tudo bem. –Sorrio.

- Sua chave está aqui? –Afirmo.

- No bolsinho de fora. No menor.

Logo ele já fazia barulho com a chave e abria as portas para nós. Fui ao meu quarto e coloquei minha mochila encostada em minha cama, como sempre, logo voltando para a sala onde pude sentir a aura dele.

- Onde você está? –Pergunto. – AAAAH! –Sinto suas mãos em minha cintura e grito alto pelo susto.

- Desculpe, não quis te assustar assim. –Ele ri alto e eu me encosto na parede respirando fundo. –Desculpa, Baek.

- Tá... Tudo bem. –Suspiro e vou andando até o sofá, onde me sento. – Estou com fome.

- Vou pedir a pizza.

- Mamãe te disse onde está o dinheiro?

- Sim senhor. Vou usar seu telefone.

- À vontade. –Sorrio e espero por ele sentado sem fazer barulho.

- O que você faz quando está sozinho em casa?

- Depende... Tem um programa que minha mãe me contou que é um desenho e eu gosto de ouvir... Mas ele só passa final de tarde. Eu leio, escuto música e saio no jardim pra brincar com Lucky.

- E agora, quer fazer o que?

- Eu não tenho preferência. Quer escolher?

- Bem... Eu notei que você tem um violão... Posso tocar?

- Minha mãe chegou. –Tensiono e sinto o clima ficar pesado. – Aconteceu alguma coisa.

- O que? Como sabe? –Ouço a porta ser destrancada e logo os passos de minha mãe.

- Mãe? O que houve?

- Filho... O Lucky... Ele... Não resistiu.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Até logo! <3


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