História Fábio e Manuela - Será que vai dar certo? - Eu definitivamente a odeio

Povs Fábio

Até que...
O professor chega, e ela solta meus ombros, o que faz eu largar sua cintura, percebi que em um movimento brusco ela se levanta e se senta, esquecendo o caderno no chão, então eu o pego e lhe entrego, me sento e fico lhe olhando esperando um "Obrigada", mas ao invés disso ela me ignora o resto da aula, quer dizer ignorar não, pq a gente ficou brigando por um monte de besteira, mas como sou orgulhoso sempre lhe respondia a altura. Sério não sei como pude imaginar que gostava dela, no sonho ela parecia ser uma menina doce, simpática. Ela é mal educada, chata, insuportável!!! Sério eu definitivamente ODEIO ESSA GAROTA!!!

--------------------------------------------Quebra de tempo---------- ----------------------------------

A aula acabou, fui pra casa sozinho pq Luiza ficou na escola com as amiguinhas dela, elas iam sair pra algum lugar, pra "matar a saudade", o q acho estranho, pq semana passada Luiza disse que ia ao cinema com as amigas, chegou tarde, e tava toda boba... MEU DEUS!!! PERA AI?! Eu não acredito que cai nessa, ela provavelmente tava com algum garoto, como eu pude ser tão bobo, imediatamente corri de volta pra escola, fui a sua procura, mas a escola tava vazia, com exceção de uma menina de cabelos castanhos, que estava de costas, ela batia o pé impaciente. Então resolvi me manifestar.

Povs Manuela

Odeio quando meu pai se atrasa pra me buscar, já não bastava o dia merda que eu tava tendo, primeiro aconteceu algo estranho, um garoto lindo, porém ridículo derrubou meu caderno no chão, depois de ser super Grossa com ele, ele me pediu desculpas e foi pegar o caderno no chão, quando eu ia pegar, e no que isso deu?, na minha testa doendo pra CARALHO!, fui tocar nela pra ver se ela ainda existia, ou se tinha afundado no impacto, me desequilíbro e iria cair no chão, mas o menino segurou minha cintura, e no impulso, segurei seus ombros, fiquei morrendo de vergonha.
Depois disso ele e eu brigavamos por qualquer merda, até lhe dei um Tchau muito educado, meu dedo do meio, kkkk, ele fez uma cara de indgnado, e fez o mesmo, e ai foi embora. E agora estou aqui feito uma tonta esperando meu pai me buscar, Juliana fica no tal de MOFO, com seus amigos, e preferi não me incluir nessa, e o meu pai disse de manhã que me buscaria, por isso estou aqui feito uma idiota esperando ele aparecer.
Até que escuto uma voz familiar, e parecia de um garoto, eu tava de costas pra ele, e ia ligar pro meu pai, quando a voz me pergunta:

??? - Licença garota, você viu a Luiza? - nem me virei, estava focada no celular, mas o escutei com clareza e logo lhe respondi.

Ela saiu a mó tempão com umas garotas - acabei de discar o número, e lhe respondi já com o celular no ouvido.

??? - Está perdida? - a voz pergunta .

Não... tava esperando meu pai, mas acho que ele não ve... - falo isso guardando o celular na mochila e virando, então descubro que o dono da voz era o garoto que me atormentava o dia todo no Colégio. Ele da um sorriso sarcástico e diz:

??? - Ele deve ter cansado de você. - falou sem a menor piedade, eu o odeio ainda mais por isso, ele não sabe o que está falando, mas mesmo assim fico triste com o comentário, e não consigo conter a minha cara triste. Vou embora sem dizer nada, e percebo que aquele filho da puta tava me seguindo.

O que merda você quer me seguindo? - falo virando bruscamente, o que o assustou, a rua estava vazia então ninguém além dele presenciou o meu chilique.

??? - Calma, eu moro por aqui, só estou indo pra casa - disse rindo - o mundo não gira ao seu redor não, tá? - Fiquei emburrada com sua resposta, mas simplesmente voltei a andar. Percebi que ainda não sabia o seu nome, então o perguntei:

O insuportável tem nome? - mesmo ele estando atrás de mim, percebi que ficou surpreso tanto pelo fato de ter falado com ele, como pelo fato de ter perguntado isso.

??? - Fábio, a seu dispor - disse num tom brincalhão.

Sou Manuela, e não estou a seu dispor - disse pra fazer ele se sentir um bosta pela sua piadinha anterior.

Eu já sabia, agora tchau ridícula, minha casa é pra cá - disse indo em direção a uma rua que estava na minha direita, quando ele chegou na calçada da outra rua, vi que ele olhou pra trás, só pra ver minha reação após as palavras ditas pelo próprio, então novamente me despeço do mesmo com um dedo do meio. Que foi recíproco, então olho pra rua de novo, e me assusto,  tinha um cara na última esquina, com um canivete em mãos, assim que ele notou a minha presença, o escondeu as pressas, eu estava com medo. O cara tava atravessando pra vir pra calçada onde eu estava, ele vinha lentamente como se fizesse isso todos os dias, ele estava com as roupas meio que rasgadas, então fiquei com mais medo e a única coisa que consegui fazer foi gritar:

Fábio!!! - Gritei tentando disfarçar meu desespero, mas meu rosto me entregava, agora o homem já tava na mesma calçada que eu, a alguns metros de distância.

Povs Fábio

Depois de nos despedirmos "Educadamente", Manoela gritou me chamando, virei e olhei pra ela já esperando mais um xingamento, e percebo que ela tá com medo, e aparentava estar desesperada, vejo um cara mó estranho indo em sua direção, então corri até ela, pra poder chegar antes do cara, e no impulso botei em prática a única ideia que veio na minha cabeça.

Vem meu amor, me desculpa tá? Te amo - falei isso com um sorriso bobo, pegando sua mão e a puxando pra perto de mim, dei um beijo no sua testa e logo em seguida no seu nariz, pela cara dela, ela não tava entendendo nada, como estávamos próximos, sussurrei em seu ouvido - só fingi tá, só vai na onda - ela concordou e logo após sorriu, o sorriso do sonho, o sorriso mais perfeito, ainda de mãos dadas, a puxei até a minha casa, a gente chegou abraçado, só pro cara se tocar que ela "tem dono" - pronto é aqui,  acho que ele já foi, mas só pra garantir entra - falei as últimas palavras como uma ordem e para a minha surpresa ela obedeceu sem reclamar, dava pra ver que ainda estava com medo, entramos em casa, eu fechei a porta e assim que fechei, Manuela  e eu caimos na gargalhada, ela realmente tinha um sorriso lindo, e uma risada contagiante. Rimos horrores, até que ouvi minha mãe sair do seu quarto, ela nos olhou assustada, acho que foi pelas risadas altas, nos estávamos no mesmo estado que ela, assustados, até que escuto Manoela sussurrar no meu ouvido:

Sua Mãe? - seu sussurro no meu ouvido me fez arrepiar por completo, depois assenti. Me levantei, e as apresentei:

Mãe, essa é a Manuela, Manuela essa é Tânia, minha mãe - disse, ela logo se levantou e apertou a mão de minha mãe.

Manuela - É um enorme prazer lhe conhecer - Fiquei chocado com a educação de Manuela com minha mãe.

Mãe - O prazer é todo meu- disse e logo me olhou de um jeito estranho, foi ai que lembrei da nossa conversa mas cedo, fui interrompido de meus devaneios, elas estavam conversando a algum tempo quando Manuela disse algo que me interessou:

Manuela - Eu adoraria ficar, mas já era pra estar em casa a quase um 1 hora, tenho que ir, tchau Tânia, Tchau Fábio - Disse isso pegando sua mochila e indo até a porta, até que percebo que o homem ainda podia estar na rua, então rapidamente falo :

Espera eu te levo em casa! - ela já estava fora de casa, então rapidamente fui em sua direção, disse - Tchau Mãe! - e ela disse.

Manuela - Não precisa, eu consigo ir sozinha! - Falava com raiva, vejo que a fase de Boa moça educada já se foi, então falo :

Insisto, afinal o cara ainda pode estar ai - ela então assentiu, pensando na possibilidade dele aparecer, e ai uma expressão de preocupação ficou estampada em sua face.

Manuela - Vamos logo! - mandou e eu obedece sem reclamar.

A acompanhei até sua casa que não era muito longe da minha, mas também não era muito perto, e o caminho todo fomos repetindo a seguinte sequência : Eu puxo assunto, a gente conversa, a gente briga, silêncio, ela puxa assunto, a gente conversa, a gente briga, silêncio... E foi assim até a casa dela, a gente chegou lá em silêncio, até que ela falou:

Manuela - É aqui - ela disse parando e olhando pra uma casa grande e bonita - Obrigada, eu podia me defender sozinha...- podia nada -...mas mesmo assim...- ela se aproxima de mim, e fica na ponta do pé, pq ela é menor que eu, e sinto sua respiração no meu rosto, ela se aproxima e...