História Faces ocultas - Memórias do passado

Claro que nos conhecemos! Fui eu que matei toda sua família... quando era apenas um garotinho - diz o ruivo

É impressionante que eu ainda esteja vivo! - diz george

       Contínua...

         //Flashback//

"Aaaaaahhh!" Uma mulher gritava, correndo pelas ruas ensanguentadas daquela noite terrível. Pessoas estavam sendo mortas nas ruas e em suas casas. Os vampiros haviam perdido o controle e decidido matar todos naquela noite.

"Corram para as colinas! Vão rápido! Vocês estarão seguros lá," dizia um homem para duas crianças. Um deles, com cerca de 8 anos, era um garoto com as mesmas características de George. A outra criança era uma garota de 17 anos, linda e parecida com seu irmão, de cabelos longos.

"Mas... e você, papai, mamãe?" perguntava o garoto.

"Nós vamos garantir que vocês consigam chegar às colinas em segurança," dizia a mãe deles.

"Catarina, cuide do seu irmão, proteja-o," dizia o homem para sua filha.

"Sim, pai," respondeu a garota com determinação.

"Ora ora, o que temos para o jantar?" dizia o ruivo, se aproximando sozinho.

"Vão agora," insistia o pai das crianças.

"Não, papai, eu não vou sem você!" gritava George.

"Vai, estou mandando, vão agora," ordenou o homem.

"Vem, George," disse a garota, puxando seu irmão pelo braço e correndo em direção às colinas, onde parecia mais seguro.

"Ah, vocês não vão mesmo," disse o ruivo, correndo em direção a George e Catarina, que estavam saindo, mas foram barrados pelo pai.

"Nós vamos lutar!" disse o pai com determinação.

"Hehehehe, tudo bem, não vai levar muito tempo! Vocês são patéticos," zombou o ruivo.

"Mana... a papai e a mamãe vão ficar bem, não é?" perguntou George enquanto corriam pela estrada de terra, cercados por árvores.

"Não! O papai e a mamãe vão morrer. É por isso que estamos fugindo, para podermos sobreviver," respondeu Catarina.

"Nãao... Nós temos que lutar e não fugir," disse George, lágrimas escorrendo por seu rosto.

"Se lutarmos, morreremos! É isso que você quer?" perguntou Catarina.

"Não," respondeu George.

"Então corra."

"Mana, tem alguém nos seguindo," disse George enquanto continuavam correndo pela estrada de terra.

"Se esconda," ordenou a garota, e eles rapidamente se esconderam.

"Hum, cadê aquelas criancinhas?" disse o ruivo, chegando mais perto.

De repente, George foi mordido por uma cobra de 4 metros no pé, e gritou de dor enquanto a cobra continuava a mordê-lo.

"Te achei," disse o ruivo, indo até onde estava George, pegando a cobra e jogando-a longe. "Hum, garotinho, está preparado para morrer?"

"Não," disse George com lágrimas nos olhos.

O ruivo aproximou os dentes do pescoço de George, mas subitamente parou.

"Você foi envenenado! Seu sangue não está cheirando bem! Você deve ter menos de 15 minutos de vida! Vou voltar para a cidade," disse o ruivo, voltando em direção à cidade.

"Mana, mana," gritou George, indo até a árvore onde sua irmã estava escondida.

"Meus amigos, meus tios e primos... Eu vi toda a nossa família ser assassinada," dizia Catarina, com os olhos marejados de lágrimas.

"Irmã? Por que está falando assim?" perguntou George, confuso.

"Eu vi meus amigos, namorados, tios, primos e avós morrerem na minha frente... Nossos pais foram mortos, e agora você também será," disse Catarina, com um olhar vazio.

"Não, eu não quero morrer."

"Hahaha, não fuja disso. Todos nós iremos morrer! Eu cansei de fugir para ficar viva. Eu vou facilitar o trabalho deles e vou me encontrar com todos os nossos amigos e parentes lá no inferno, hahahahahahahhaa," dizia Catarina, enquanto corria em direção à cidade.

"Não, Catarina," gritou Arnaldo, caindo de joelhos no chão.

"Te vejo no inferno, irmãozinho, hahahahaha."

"Ir...mã," disse George, sentindo o mundo escurecer ao seu redor até que desmaiasse.

            //Flashback off//

"Eu me lembro daquela garota estúpida! Ela veio correndo para mim, a primeira vez que matei alguém que estava sorrindo o tempo todo," disse o ruivo.

"Bom para você," respondeu George.

"Você me odeia por isso?" perguntou o ruivo.

"Não... eu não o odeio, não mais," disse George.

"Tolo!! Você precisa de ódio para se vingar," insistiu Lyndon.

"Eu não quero vingança! Apenas vou matá-lo para evitar que você cause mais mortes," afirmou George.

"Se eu morrer... Vai surgir outro no meu lugar! Em qualquer lugar, vão haver assassinatos, vão continuar matando! É um ciclo que se iguala ao ódio," explicou o ruivo.

"Então eu vou continuar matando criaturas como você até eu morrer para proteger os inocentes," declarou George.

"Você mataria Steve?" perguntou o ruivo.

"Ele é um vampiro, uma criatura infernal, então não só eu o mataria, como vou matar," respondeu George.

"Então... Você estaria matando alguém como você!" provocou o ruivo.

      Continua...