História Fairy Rock - 14 anos atrás p.2

{ Erza narrando }

Já estava ficando sem paciência, começa va a esmurrar aquela maldita porta ja.

- Pai?! É você quem está ai?!

Berrei acabando com o pouco de paciência que ainda tinha.

- Quem está ai?! Eu vou chamar a polícia!

Disse nervosa, mas esse nervosismo deu lugar para um enorme desespero ao ouvir passos vindo para a porta, olhei em volta e peguei qualquer objeto que poderia servir para me defender. Esperei pelo ladrão mas esse não veio, meu pai abriu a porta vermelho. Parecia estar com vergonha mas eu ainda conseguia ver raiva em seus olhos

- Appa....

Falei como falavam na Coréia, meu pai por ser coreano adorava quando " fala coreano" com ele.

 - Você não deveria estar no curso?...

Fiquei pasma quando ouvi sua pergunta, era só aquilo que ele tinha para me dizer. Tive vontade de rir, não,  de gargalhar. Ele me acha ingênua a aquele ponto?! O encarei por alguns segundos e de repente tudo fez sentido tudo se encaixava. Meu pai vermelho, as roupas amarrotadas, o cabelo despenteado a porta trancada e o jeito que ele tentava esconder o que estava la dentro ou melhor Quem estava la.

- Tem uma mulher ai?

Perguntei mas aquilo soou como uma afirmativa. Mesmo esperando que ele negase as únicas coisas que ele fez foi ficar roxo e gritar Comigo, dizendo que estava ficando louca e que eu não deveria cabular as aulas.

Era tão típico dele mudar de assunto, era sempre assim quando eu pedia um cachorrinho. Ele me oferecia outra coisa e eu lembrava do cachorro horas depois. Obrigada por me ensinar!

- Omo! Appa! Tem alguém ai! Eu sei que tem...

Disse com lágrimas nos olhos ja enquanto tentando entrar no quarto. Ele segurou minhas duas mãos me impedindo de entrar no quarto. Eu reconhecia aquela voz e aquela voz não era a da minha mãe, aquela era voz do trabalho dele. Aquela que eu sempre ouvia quando ligava para ele. Era lógico antes de falar com ele eu falava com ela.

- Silver, ela ja descobriu. Não adianta tampar o sol com a peneira.

Ótimo! Ela ainda gostava de frases feitas! Meu pai me soltou um pouco e com isso entrei correndo no quarto e vi ela deitada na cama da minha mãe com o sorriso mais falso dos sorrisos falsos. Encarei por três segundos segurando as lágrimas de raiva enquanto dava meia volta e parava na porta.

- Que clichê

Falei tentando não gritar

- Nem traindo você tem criatividade... Pode voltar a ficar com essa ai. Mas, a minha mãe você não vai ver nunca mais!

Me permiti gritar e bater a porta com todas minhas forças e correr para meu quarto o mais rápido possível. Entrei no mesmo troquei de roupa pegando o Notebook e meu celular e outras roupas jogando tudo na bolsa.

Desci as escadas correndo, esperando que meu pai viesse até mim me impedir e dizer que não era aquilo que eu estava pensando, mas alguém deve ter impedido ele de fazer isso.

Parei de correr apenas para pegar um táxi e mandar ele seguir para a casa da Lucy. Liguei para ela enquanto perguntava se ela teria dinheiro para me emprestar, ao perceber minha voz de choro ela apenas concordou e disse que estaria em frente a casa me esperando.