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História Faísca - Prólogo e Capítulo I


Escrita por: Mariiharuchiha

Notas do Autor


LEIAM, POR FAVOR

LINDOS E LINDAS, NÃO ME MATEM. Eu sei, prometi e não cumpri, masss, tenho uma explicação.
Estava eu lá corrigindo os capítulos e ajeitando as coisinhas da história quando de repente, uma idéia veio. E não veio só uma, eu fui bombardeada gnt! Conversei com uma amiga por dias e ela super me apoiou na loucura que iria fazer e ainda me ajudou bastante. O que quero dizer é que, eu reescrevi Faísca INTEIRA. E mudei muita coisa, inclusive alguns personagens.
Sabe, eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem e aprovem as mudanças. Eu me esforcei muito, escrevi até no ano novo kkkk Graças ao meu Deus, a história ficou muito boa! Minha amiga tbm amou! Agr, o resto, só depende de vcs.
Mudando de assunto, quero muito agradecer aqui pelos comentários que deixaram na última postagem que fiz. Eu chorei gnt, choreiiii! Desculpe o palavreado mas vocês são foda pra caralho! Todos vocês, sem exceção, me fazem um bem danado. Eeee, é isto, se eu continuar vou chorar dnv kkkkkk Ah, só mais uma coisa, n sou movida por comentários, porém gostaria que deixassem um expondo suas conclusões sobre tudo isso. Agr sim, beijão e boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo e Capítulo I


Faísca
                            O que acende não cessa


            PRÓLOGO

À noite predominava a floresta. O céu, sombrio e sem estrelas, o vento, gelado e forte, o silêncio, cortante e mortal... Parecia que até a própria Terra, em seu âmbito, sentia o clima nada leve. Ali, quase no centro da floresta, um casal finalmente parou de correr. Ambos ainda ofegantes resolveram não perder tempo, até porque, o homem devia despistar seus perseguidores para o mais longe possível da cidade em que acabara de refugiar sua mulher e sua cria.

- Aqui está bom, essas árvores, flores, plantas... Todas possuem um cheiro peculiar, não vão nem suspeitar que paramos aqui.

Disse o homem levando o aceno positivo de sua mulher.

- É um bom local. Só tenho que esperar um pouco antes de caminhar até o centro da cidade. Não deve ser difícil ganhar instabilidade aqui.

- Sim. - Encerrou o assunto, agora era tudo ou nada, não havia muito tempo para conversas - Não permita que ela caia em mãos erradas.

- Está falando de si próprio? 

- Ela é nossa filha, sabe que apenas isso já a coloca em perigo. 

- Não se preocupe, ninguém vai machucá-la. 

O homem suspirou cansado antes de dizer:

- Não queria seguir este caminho sozinho, porém eles devem estar querendo minha cabeça, preciso me afastar de vocês para não corrermos riscos. Prometo voltar o mais rápido possível.

- Acalme-se querido.

- Tudo bem, me aguarde e siga nossas regras, Tsunade.

- Como quiser. Eu e Sakura vamos estar lhe aguardando, esta cidade parece ser segura.

- Eu espero... cuidem-se.

Foi a última fala do homem que sumiu rapidamente do local, deixando para trás sua mulher e uma linda bebê recém nascida pousada em seus braços.

Ele tinha um plano, bastava conseguir mantê-lo vivo.

 

                 CAPÍTULO I


17 anos depois... 

SAKURA

Academia de Artes Marciais Mescladas

14:54 p.m

— Não, não, não! Você é muito boa Haruno, mas está desatenta.

Respirei fundo tentando recuperar as energias e olhei para Naoko franzindo o cenho.

— Não estou desatenta!

— Essa cotovelada não começa no braço, mas no pé de trás. Ele pressiona o chão, a força vai subindo pela perna, passa pelos quadris e por toda a musculatura das costas, como uma onda de energia, que só aumenta de tamanho. — Ele explicou enquanto fazia os movimentos — E você não está passando por nenhuma dessas etapas! Está esbaforida, desatenta... Precisa se acalmar e se concentrar.

Confirmei com a cabeça.

— Vamos, tente de novo! — Naoko mandou enquanto se posicionava.

E lá vamos nós...

Minutos depois eu estava saindo do chuveiro da academia mexendo levemente os braços a fim de amenizar a dor que sentia por toda aquela região. Que droga! Não gostava muito de lutar, mas treinava desde pequena. Minha mãe dizia e diz que é bom para mim, eu apenas acato tudo.

Para falar a verdade, acho que só aceito isso até hoje pois gosto de agradar Tsunade, ela é bem dura na queda.

Vesti minha roupa, peguei minha bolsa e me despedi de Naoko, que me alertou sobre o próximo treino. Andei até o ponto de ônibus que ficava próximo dali e esperei alguns minutos minha condução. Já sentada dentro do veículo, chequei a hora no celular e praguejei ao imaginar o chilique que Naruto iria dar. E adivinhem só, dito e feito, foi eu aparecer no campo de visão do loiro, que o chilique começou.

— 15h33? Sério? Combinamos 15h, não 15h33! 

Havia combinado de me encontrar hoje a tarde com meus três amigos na Hanki's, nossa lanchonete preferida. Queríamos espairecer, conversar e comer em um ambiente tranquilo que não fosse e nem lembrasse o colégio. E com toda certeza a lanchonete Hanki's era a melhor opção de todo jovem. E cá estamos nós.

— Desculpe, o treino com Naoko hoje foi um pouco prolongado.

Tentei ao menos me explicar para a vitrola loira que não parava de reclamar. O que não deu muito certo. Shikamaru e Temari apenas observavam o loiro continuar tagarelando sobre meu atraso enquanto eu puxava uma cadeira para sentar ao seu lado.

— Apesar de te conhecer há anos, eu ainda não consigo imaginar você lutando. — Shikamaru disse de repente calando Naruto e me fazendo rir.

Eu também não me imaginava lutando.

— Pergunte à minha mãe o motivo dos treinos, pois, nem mesmo eu sei o porquê.

— Aqui é uma cidade tão calma e segura que chega à ser cômico a preocupação da sua mãe em você saber se defender. — Temari disse risonha.

— Bem, talvez a calmaria daqui esteja um pouco ameaçada. — Naruto interveio ganhando nossa atenção.

— Como? — Indaguei.

— Vocês não sabem? — Negamos fazendo o loiro nos olhar incrédulo — Encontraram um corpo na mata ontem.

— Um corpo, tipo, morto? — Perguntei atônita.

— Não, um corpo vivo. Claro que é morto idiota. 

Sarcásmo é realmente um ponto forte do loiro. 

— Eu sinceramente ainda não sei por que você é meu melhor amigo Naruto.

— A: Você cresceu comigo, B: Você é a única que me aguenta e C: Você não vive sem mim.

— Argumentos bem convincentes. — Revirei os olhos e roubei uma batata frita de Shikamaru.

—  Vocês são engraçados. — Temari riu apontando o dedo em nossa direção.

— Enfim, vocês não acham estranho um corpo aparecer estraçalhado no meio da mata em uma cidade tão calma como essa?

— Como você sempre sabe quem, como e quando morre ou acontece um acidente por aqui? — Shikamaru ergue uma sobrancelha.

— Ele é filho do xerife, esqueceu? — Disse o óbvio.

— Isso eu sei, mas essas coisas não deviam ter um tipo de sigilo? 

— O Naruto é meio fofoqueiro.

— Não sou fofoqueiro. - Defendeu-se com vigor.

— Lembra o nome daquela mulher que sofreu um pequeno acidente de carro semana passada?

— Akira, 30 anos, estava aqui para visitar a família e teve um pequeno deslize com o volante.

Temari e Shikamaru riram e eu fiz questão de colocar o melhor olhar de superioridade e deboche. Quando enfim Naruto percebeu a burrada que fez fechou a cara e cuspiu um "calem a boca".

— Enfim, vocês ouviram o boato que estava rolando por todo colégio hoje?

— Não, o que foi? — Induzi Temari a continuar.

— Depois eu que sou o fofoqueiro. — Naruto murmurou.

Temari ignorou o loiro e voltou a falar:

— Temos novas pessoas na cidade e parece que um é bem jovem, pois temos um novo aluno matriculado na nossa escola.

— Novato no meio do ano? — Enruguei a testa em confusão — Moramos em Healdsburg, uma cidade pequena e sem muitas coisas a oferecer, as pessoas costumam sair daqui e não vir pra cá. Esse é um dos motivos do colégio ter sempre a mesma cara, todo mundo se conhece há anos. 

— Eu sei, mas parece que ao menos uma vez as coisas mudaram. — Shikamaru deu de ombros.

— Eu não vi ninguém diferente no colégio, e se alguém chegasse na cidade eu iria saber, meu pai tem todas as informações de quem entra e sai de Healdsburg.

— Talvez você devesse xeretar as últimas informações do seu pai, sei lá. — Temari supôs.

— Espera, o Naruto está certo, ninguém ainda viu uma pessoa diferente rondando no colégio ou por aí, talvez esses boatos sejam apenas uma mentira. — Vou pelo pensamento do loiro.

— A única coisa que sei é que o aluno já estava no colégio hoje. Ele estava na diretoria acertando alguns assuntos pendentes. Amanhã que deve ser oficialmente seu primeiro dia de aula. - Disse Temari.

Fiz meu pedido pois Shikamaru já não aguentava perder suas batatas e continuamos no assunto "O novato e os estranhos" por um tempo antes de começarmos a falar e rir de coisas banais. Por mais que eu não fosse cercada de um milhão de amigos, eu gostava e valorizava os poucos que já tinha. Temari, Shikamaru e Naruto são certamente pessoas que irei levar para a vida... Não preciso de mais nada.

Às cinco e quarenta da tarde já estava entrando em casa cansada por mais um dia e mandando mensagens para meus amigos avisando que havia chegado bem. Gritei e procurei esperançosa por minha mãe, mas acabei encontrando a casa vazia, de novo.  Suspirei e tentei não ligar para isso, meu celular começou a vibrar sem parar chamando minha atenção e atendi sem nem olhar para o identificador de chamadas.

— Al..

— Sakura.

— Ah, Narut...

— Sobre o corpo. — Ele nem tinha esperado eu responder direito — Somos apenas uma pequena e calma cidade que contém uma estranha garota de cabelos cor-de-rosa.

— Você está caçoando do meu cabelo?

— Não. — Ouvi sua risada sem humor — Lógico que...estou. — Bufei em insatisfação — Enfim Coisa Rosa, o máximo que acontece aqui são acidentes, alguns roubos e assassinatos comuns. Agora, um corpo estraçalhado brutalmente no meio da floresta sem qualquer digital ou pista? Fora que a vítima não continha definitivamente nada!

— Nada? — Perguntei desinteressada subindo as escadas.

Precisava do meu quarto, do meu banheiro, da minha cama! Meu corpo estava dolorido demais e agradeçi mentalmente por amanhã ser terça-feira e meu treino com Naoko só acontecer novamente na quarta. Ou seja, tirando a escola, amanhã não teria nada de cansativo para fazer.

— Identidade, CPF,  carteira de motorista, uma foto esquisita 3x4... Nada, ela não continha nada.

— Você realmente se interessou por esse caso. Mas olha, que tal esquecer iss...

— É um caso raro, misterioso e finalmente interessante que acontece nessa cidade! — Aumentou o tom de voz em animação — Ainda vou continuar a roubar, quer dizer, vou continuar a ler alguns casos que encontrei por acaso no escritório do meu pai.

— Hm.  — Murmurei desinteressada enquanto desfazia o rabo de cavalo. Precisava lavar meu cabelo.

— Enfim, eu liguei porque tinha esquecido de te avisar hoje na lanchonete. Vou passar na sua casa às 18h30 para irmos na floresta tentar achar a cabeça que meu pai e os outros policiais não conseguiram encontrar ontem.

— Você não tinha me contado que o corpo estava sem cabe... — Espera —  Ir com você na floresta? — Digo com a voz elevada.

Ele só pode estar louco.

— É, vai ser uma baita aventura divertida e empolgante. Você vai comigo. — O loiro hiperativo confirmou com convicção.

— Não vou.

— Você vai.

— Não vou.

— Você...

— Dá pra parar? Eu não vou! 

Encerrei a chamada na sua cara e me joguei em minha cama, tudo que eu queria era descanso e, de modo algum irei sair com Naruto hoje.

 

 


Sabe aquele momento que você pega sua lista velha de "coisas que devo cumprir ano que vem" e vê que não cumpriu nem 3% das coisas que escreveu? Na minha lista estava escrito: Não deixar Naruto me levar para onde quiser. Eu até pensei que estava conseguindo, pelo menos esse era meu pensamento...

...até agora. 

— Não acredito que estou aqui.

— Calma Coisa Rosa, eu estou aqui com você.

— Grande coisa. 

— Vou ignorar sua fala e vou focar em achar a cabeça. 

Claro, é super normal dois adolescentes andarem pela mata beirando o meio da noite atrás de restos mortais de alguma pessoa desconhecida. Se alguém vier perguntar o que estamos fazendo é só responder: "Estamos apenas procurando, sem permissão, a cabeça de uma pessoa que foi morta ontem senhor. Nada que mereça sua preocupação".

Super normal.

— Estamos andando aqui vai fazer uma hora e meia, está ficando escuro Naruto! 

Chamei sua atenção e tropeçei em uma pequena pedra que quase me faz cair de cara no chão.

— Se você já está tropeçando agora que ainda está um pouco claro, imagine quando estiver totalmente escuro. — O idiota zombou enquanto me ajudava a fixar no lugar. — Vem, vamos por aqui.  — Ele recomeçou a andar, porém eu não o segui.

— Acho melhor irmos embora, não era para estarmos aqui.  

— Por que diz isso?

— Você não tinha visto a placa 'Proibido temporariamente a entrada nesta floresta!'  ?

— Só vamos tentar achar uma cabeça, fique calma. Vem, me dá a mão.

Bufei e segurei a mão do idiota que recomeçou a andar e me levar junto. Quando passamos por um lugar estreito e com uma pequena ladeira à nossa direita, tropeçei, de novo. E quase iria cair com tudo lá embaixo se não fosse a mão ágil de Naruto.

— Nossa, que susto! Você está tropeçando demais hoje, o que está acontecendo Coisa Ro-

Eu estava quase pronta para mandar Naruto calar a boca, mas o que eu não esperava era que ao puxar do loiro a terra sob meus pés iria ceder e eu rolaria ladeira abaixo.

Merda.

— Sakura! 

Escutei o grito de Naruto e olhei pra cima, o loiro me olhava com extrema preocupação e uma pitada de medo. Tentei sentar e por sorte meu corpo parecia não ter sofrido nada grave já que não sentia muita dor. 

— Você está bem? — Gritou.

— Sim, só estou um pouco dolorida. — Gritei de volta e entortei o olhar para o meu tornozelo — E com um pequeno incômodo no tornozelo.

— Torceu? — Sua voz saiu apavorada.

— Não, só incômodo mesmo. — Concluí tocando o local.

— Que bom! Olha, fiquei aí, vou ter que andar um pouco para pegar a parte mais baixa da ladeira lá na frente. Não saía daí, já vou chegar para irmos embora, ok? — Informou antes de sair correndo e desaparecer do meu olhar.

Ele nem me deixou falar ou argumentar, de novo!

Suspirei e xinguei mentalmente, tomara que ele não demore, porque, mesmo que meu tornozelo não esteja torcido ou algo assim, ele estava dolorido, então iria precisar da ajuda dele para andar um pouco até a dor passar, fora que meus braços estavam ralados e minhas pernas também. Estava cansada. 

— Ok, vamos levantar Sakura.

Me endireitei e dei impulso para subir.

— É, até que foi fácil. — Murmurei comigo mesma enquanto dava batidinhas em minhas roupas para tirar a sujeira.

Olhei para cima e concluí que a ladeira não era tão pequena assim. Bom, pelo menos tive sorte de não ter muitas árvores no caminho, e claro, não ter batido nas poucas que têm.

De repente meu corpo inteiro paralisou ao escutar alguns barulhos estranhos. Virei lentamente meu olhar para esquerda, e depois virei lentamente para direita. 

Nada.

Respirei fundo e fechei os olhos. Onde está Naruto? Por que demora tanto? E de novo um barulho veio, só que mais forte. Algo estava se aproximando. Quando fixei meu olhar à minha frente vi algo se mexer entre as poucas árvores da ladeira. Estreitei meus olhos e cheguei um pouco mais perto. O que era aqu...

O grito foi involuntário.

Assim que cheguei mais perto um corvo enorme saiu fazendo o maior barulho e me dando o maior susto, cambaleei e estava disposta a correr com tudo mesmo com o tornozelo machucado se não tivesse quase batido com força em corpo alto e estranhamente forte.

Homem.

— O quê!

Meu pés se embolaram novamente e acabei caindo para trás batendo minhas costas com tudo no chão. Minha expressão se contorceu em dor e iria ficar mais um tempo estirada no chão até a dor passar se não fosse pelo fato de ter quase batido de frente com alguém totalmente desconhecido que não devia estar aqui!

— Uma garota sozinha beirando o anoitecer em uma floresta?  

Os olhos negros me atravessaram e os cantos de sua boca se ergueram em um leve sorriso. Minha respiração parou e meu coração falhou uma batida, um sentimento totalmente ruim, desesperador e sinistro pareceu me envolver como uma sombra. Eu continuava a encará-lo de um jeito nada educado. O sorriso dele não era convidativo ou simpático. Era algo debochado, frio... Ruim. 

Ainda o observando, flagrei o exato momento em que seu sorriso se esvaiu e suas sobrancelhas se uniram levemente, como alguém faz quando não gosta ou não reconhece algo.

De repente respirar pareceu impossível. Minha intuição apenas me confirmava uma coisa: Perigo. 

E, com toda certeza do mundo, Ele era o perigo.

 


Notas Finais


E aí?


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