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História Faith - Como curar um coração partido?


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Boa leitura!
No wattpad essa historia já alcançou 1.k e aqui ta devagar, mas ta ok kkkkk
Eu amo o spirit só pra constar kkkk

Capítulo 14 - Como curar um coração partido?


20 de abril de 1764

Mo sweet Faith.

Recebi uma carta de Marsali e não recebi a sua, há algo errado? Não gostou dos presentes?

 Se quiser podemos trocar. Como pode imaginar não sou muito bom com presentes femininos. Apenas diga alguma coisa, por favor, qualquer coisa. Sou forte o suficiente para ouvir.

       Ian olhou para mim quando terminou de ler e eu simplesmente dei de ombros.     

             A verdade é que eu havia me esquecido completamente de responder meu pai depois do que havia acontecido, tentei disfarçar, mas nos últimos dias estava recebendo muitos olhares desconfiados do meu estado de espírito.

– Por que você está triste? – Cristian me perguntou inquieto no banquinho enquanto eu tentava cortar o seu cabelo.

Ian estava sentado em sua cama no quarto observando enquanto comia uma maçã.

– Não estou triste de onde tirou isso – menti.

Repeti a cena mentalmente do fatídico do beijo cortando o pescoço do menino com a navalha.

– Oh, non – me atordoei com a visão do sangue.

– Doeu – Cristian choramingou.

Eu engoli em seco, minhas mãos tremeram.

– Quer ajuda Faith, o que você tem? – Ian perguntou deixando a fruta de lado.

– Limpe o sangue por favor cherry – pedi evitando olhar para o pescoço ferido.

Por milagre Ian entendeu e se apressou em estacar um sangue com uma toalha.

– Não sabia que você era sensível a sangue – ele disse me olhando com atenção.

– Desculpem eu preciso sair – me levantei e fui embora deixando os dois garotos confusos.

 

 

25 de Abril de 1764

Querido pai.

Amei os presentes, assim como Cristian sinto muito não ter respondido antes, mas o menino estava me dando trabalho. Teima sempre que quero cortar seu cabelo e não quero que ele se pareça um bárbaro.

 

30 de Abril de 1764

Mo sweet Faith

Fico feliz que tenha gostado dos presentes.

Cristian logo se tornará um homem logo e sinto muito dizer se tornará mais teimoso, receio que logo terá que usar uma grossa cinta.

Mudando de assunto, hoje tive notícias de nosso amigo Willie. John me mandou uma carta contando que ele ganhou sua primeira competição de equitação e em troca perdeu um dente da frente de leite. Acredito que ele não tenha gostado de dar seus comprimentos de vitória com um sorriso banguela.

O amigo Willie codinome discreto que tinham para falar de William, Jamie sequer temia que Ian lê-se o garoto jamais se ateria a esses pequenos detalhes.

 

05 de junho de 1764

Querido pai.

Não acho que terei coragem de usar um cinto em Cristian, não posso, talvez algo menor e menos doloroso.

Quanto a Willie fico feliz por ele, espero que possamos vê-lo de novo logo, deve estar bem grande e me pergunto se ele continuaria sendo meu amigo, mesmo sendo, ele foi muito mimado e bem, sabemos qual é resultado disso nas pessoas.

Sabia que sonhei com minha mãe? Ela me cantava uma música, apenas ouvi sua voz não vi seu rosto, mas foi algo tão forte que me levou as lagrimas.

 

05 de junho de 1764

Tio Jamie.

Não sei o que há de errado com Faith, mas ela está estranha, anda triste pelos cantos, não come e se esquece das coisas com facilidade, Por esses dias quase degola ao pobre Cristian ao cortar seus cabelos.

O senhor sabia que ela tem aversão a sangue? Quando o sangue de Cristian começou a correr, ela ficou muito pálida desviou os olhos e eu achei que fosse desmaiar. Em seguida saiu do quarto fugindo como o diabo da cruz. Minha mãe não quer se meter e acha que o senhor deve vir para falar com ela.

Ian.

 

              Jamie viu Faith afastada dos demais. Seus primos e Cristian brincavam perto do rio e ela apenas olhava, depois do que Ian havia escrito ficou preocupado por ela, mas depois de uma breve reflexão estava mais do que claro o problema de sua filha mais velha.

Estava apaixonada.

– Faith! – Chamou.

A garota deu um pulo e sorriu correndo para seus braços. Ele a ergueu do chão com um abraço caloroso e era justamente do que ela parecia precisar, quando a colocou de volta no chão olhou em seus olhos.

Mo chridhe o que você tem?

– Eu não tenho nada quem disse pro senhor que eu tenho alguma coisa? – ela olhou para o garoto que estava longe – Ian! Seu informateur sujo!

– Não sou delator!  – ele gritou ele sim sabia francês.

– Faith – ele lhe puxou pelo braço – Deixe seu primo em paz e venha falar comigo.

Bonjour vovô Jaime! – Cristian o cumprimentou com um alegre grito.

– Bonjour rapaz – ele lhe sorriu, então fez um gesto para que sua filha o seguisse.  

A levou para perto do moinho e se sentou coisa que ela não fez, parecia muito tensa.

– Sabe que pode me dizer qualquer coisa? – disse suavemente.

Porém ela pareceu ficar mais apreensiva.

 – Poder eu posso, mas isso non significa que vou dizer – ela apontou.

Bom, ele sabia que aquela não seria uma conversa fácil e como ela não parecia disposta a falar resolveu tomar a dianteira.

– Eu sei qual é o seu problema.

– Hum sabe! – ela disse com desdém, mas estava tudo estampado em seu rosto.

– Você se apaixonou por alguém e provavelmente não é correspondida.

Seu queixo caiu.

– Quem disse para o senhor?!

– Estou lhe falando está estampado em seu rosto e eu já tive sua idade.

Ela estava vermelha.

– Não quer conversar sobre isso?

– O que eu posso dizer? – ela torceu os dedos – Gosto de alguém que não gosta de mim e ainda por cima tem namorada.

Estreitou os olhos, era mais grave do que ele pensava.

– Por acaso esse rapaz lhe deu esperanças a iludiu?

Non, non – ela se apressou em dizer – Acho que me iludi sozinha, ninguém nunca disse que eu era bonita.

– Eu disse – se queixou.

– Não conta – ela apontou – esse é o problema, achou que fiquei um pouco encantada com a sensação.

– O que esse homem fez para você? – perguntou assustado.

– Eu não vou dizer – ela se balançou a cabeça negativa e energicamente.

– Faith por favor me diga ou vou acreditar que foi algo pior do que realmente foi.

Ela gemeu e tapou rosto com as mãos

– Quanto um beijo é ruim pro senhor?

Trincou os dentes.

– Isso vai depender de onde e como foi esse beijo – apontou.

– Eu não vou dizer – ela gemeu de novo.

– Faith – ele pressionou.

Ela se sentou tirando as mão do rosto mas as encarando firmemente em seu colo.

– Ele me beijou nos lábios, mas foi muito rápido e depois me implorou perdão.

– Gostaria que esse sujeito viesse implorar perdão a mim também!

 Não, pensou Jamie o colocaria de joelhos para pedir perdão.

Faith arregalou os olhos parecendo adivinhar suas intenções.

– Pai por favor, eu já esclareci tudo com ele, não vale mais a pena.

– Não vai me dizer o nome do canalha? – perguntou incrédulo.

Jamais! – gritou esganiçada.

– Mas eu...

– Queria me ajudar não é, eu sei, mas não a nada que o senhor possa fazer além de me consolar – ela riu então começou a chorar.

              Aquilo o apavorou suficiente porque como ela disse não podia fazer nada, apenas estender o braço para que ela pudesse chorar e ele se sentiria melhor se ela dissesse quem era o vilão para que ele o fizesse pagar, no entanto isso só aliviaria seu coração não o dela.

Mo sweet Faith – sussurrou – foi um dia difícil não foi?

              Estava tentando ser o pai que ela precisava, mas naquele instante se perguntou o que Claire lhe diria. Ela obviamente se sairia melhor naquela conversa, ele pisava em ovos sempre que fazia uma pergunta mais estava feliz por ela ter respondido todas. Ou quase todas. Deu palmadinhas em suas costas e lhe garantiu que passaria que ela era linda e que não demoraria para encontrar alguém a sua altura. Os dois sabiam que na situação que ela estava não era tão fácil que ela encontrasse um bom pretendente, ainda sim Jamie tinha fé que não fosse impossível.

E o que que ela fez? Chorar ainda mais.

Porém meia hora mais tarde depois da menina quase desidratar em lágrimas ela parecia melhor e...

– Estou feliz por ter tido essa conversa com o senhor, para alguém que não conseguiu criar seus filhos está se saindo muito bem no papel de pai.

Não era verdade, pensou. Ele queria que na vida dela não houvesse mais uma nota de amargura. Havia a deixado em Lallybroch almejado que ela fosse feliz e encontrasse a paz que não teve na maior parte de sua vida, mas ele não podia evitar esse tipo de dor, era inútil. Ainda assim ela se esforçava em fazer com que ele não se sentisse tão mal por sua falta de jeito.

Lhe deu um beijo na testa.

– Obrigado mo chridhe.

 

              Jamie não voltou para Edimburgo, foi para casa de Laoghaire que por providencia divina não estava lá, havia ido cuidar do irmão que estava doente. Iria preparar uma surpresa para Faith. Seu aniversário seria no próximo dia dezoito e teria que ser algo especial.

– Bom dia Milorde – ele disse animado Fergus lhe disse animado.

– Não tão bom – deixou a capa por cima da mesa.

– Algum problema com Mademoiselle Faith?

– Um espertalhão partiu seu coração, agora vou ver se com uma festa de aniversário ela se anima.

– Como assim? – ele perguntou espantado.

– Eu nem deveria estar lhe dizendo isso. Se contar a ela arrancarei sua língua – o ameaçou – O rapaz tinha namorada e mesmo assim a beijou.

– E ela ficou mal por isso?

– Sabe que Faith é sensível, não acho que ela ame o sujeito de verdade, mas ele a deixou sem jeito era o seu primeiro beijo e provavelmente foi traumático logo depois.

Fergus ficou branco como papel e Jamie estreitou os olhos.

– Fergus o que você tem?

Os lábios do homem tremeram o fazendo lembrar de quando ainda era um menino então Fergus caiu sobre seus pés.

– Me perdoe milorde me perdoe!

Jamie arregalou os olhos.

 – Não – balançou a cabeça negativamente – Fergus você não fez isso.

– Eu fiz milorde eu fiz! – gritou estrangulado – não resisti a tentação e a beijei e me arrependo.

– Fergus, você nunca pode beijar uma mulher sem ter certeza que é isso que quer fazer, e depois não pode dizer a uma mulher que se arrependeu amargamente por beija-la!

– Eu deveria ter mentido milorde?

– Não deveria tê-la beijando infeliz!

– Sim tem razão, não tem perdão o que fiz com lady Faith o senhor tem todo o direito de me matar, pode me matar.

– E que história é essa de namorada? – estreitou os olhos – não o tenho visto com ninguém.

– Ela não é minha namorada ainda porque é jovem demais – confessou – mas eu juro que a amo milorde e um dia se Deus permitir irei me casar com ela.

Ele disse de uma maneira como se estivesse pedindo permissão.

Fergus não era mais um menino em quem Jamie pudesse dar uma surra de cinto, mas o olho roxo e um belo soco na barriga ele fez por merecer.

Também foi com toda a dignidade ajudar no aniversário de Faith.

             Jamie se sentiu orgulhoso do que preparou para ela, e ficou extremamente feliz por ter arrancando sorrisos do rosto que andava tristonho, mas também observou que Faith nem Fergus se dirigiram a palavra, porém ninguém mais percebeu isso.

Então tratou que as demais datas até o fim do ano fossem felizes, mesmo que fosse a distancia.


Notas Finais


Até a próxima


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