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História Faith - Faith, Fight, Fate...


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 26 - Faith, Fight, Fate...


Quando eu abri os olhos, ou melhor dizendo um olho porque o direito eu não conseguia abrir. Vi minha mãe deitada ao meu lado.

– Bom dia – ela sorriu.

Ainda estava pálida, mas parecia bem melhor.

Dieu merci – murmurei a abraçando com cuidado para não machuca-la – pensei que fosse morrer.

– Estamos bem não é – ela apontou – você é uma guerreira sabia? Tão forte e destemida.

– Eu tive a quem puxar – sorri para ela.

– Vou te contar uma história – ela disse enrolando o dedo indicador em um dos meus cachos – Quando a madre Hildegard me disse que havia colocado o nome Faith em você tive vontade de bater nela.

– Imagino que dar o nome de Foi para um bebê morto seja irônico.

– Não só irônico, mas cruel – ela disse com os olhos perdidos no passado então suspirou pesadamente – Agora creio que não poderia ter escolhido melhor nome, Faith, Fight e Fate rimam e definem você.

– Fé, luta e?

– Destino – ela disse.

– Sim – me lembrei – muito apropriado – a fé que vivia lutando contra o destino – Onde está o velho?

– Então agora eu sou velho? – papai perguntou sentando do outro lado da cabine.

 Ele esteve nos vigiando silenciosamente sem se meter na conversa.

– Venha aqui papai – chamei – deite-se do meu lado para que eu durma tranquila com você e a mamãe.

– Você não é mais uma criança – ele riu.

– Não, mas imagino que se eu quero resgatar isso, para vocês talvez não seja diferente.

Ele pensou por um instante, então veio para meu lado e beijou minha testa.

– Acho que sou incapaz de lhe negar isso mo sweet Faith.

Eu era capaz de enumerar uma lista completa do que ele adoraria me negar, mas não disse nada para não estragar o momento. Ele passou o braço por cima de mim segurando a mão da minha mãe sobre a minha barriga.

– Então Faith quer que troquemos suas fraudas também? – mamãe sugeriu.

– Eu acho que para isso eu realmente estou velha demais, porém pode ser que aconteça quando tiverem netinhos.

Eu falei sem pensar, mas eles pareceram adorar a ideia.

– O que acha Sassenach, tem idade para ser avó?

Eu também me apeguei ridiculamente a ideia, me lembrava de quando Benjamim havia nascido e como eu estava satisfeita por ter Cristian, mas agora pensando bem, ter um bebezinho não seria tão ruim.

– Claro que tenho, você talvez seja um pouco jovem, mas considerando que nessa época as pessoas se casam tão cedo você pode ser considerado velho para ser avó.

– Somos avós de Cristian – ele lembrou a ela.

Esse bebê poderia ser ruivo ou loiro de olhos azuis... Dieu que tipo de absurdo eu estava pensando?

– Sim somos, mas Faith se referia a um bebê e Cristian já é um rapazinho. – ela sorriu com uma expressão surpreendentemente sonhadora – Aposto que você vai adorar morder as bochechas rechonchudas de um bebê.

– E porque diabos vou querer morder as bochechas da pobre criança?

– Bebê são fofos, eu sempre mordia os pés de Brianna.

Que besteira, Callen nem deveria se lembrar de mim...

– Viu isso Faith? Pobre de sua irmã. – Ele disse me incluindo na conversa a qual eu apenas ouvia superficialmente.

Precisei de um tempo para pensar em uma resposta.

– Não sei, só sei que sinto falta de Cristian – suspirei, retomando meu juízo.

Do que adiantava pensar em um bebê se eu não tinha mon petit homme.

– Agora não adianta se queixar já que você escolheu isso – ele disse ao maior estilo do "Eu te avisei"

              Depois disso ficamos sabendo que havia um prisioneiro pirata que com o incentivo certo deu pistas finalmente sobre o paradeiro de Ian. Eu acompanhei o interrogatório apesar dos protestos do meu pai, ao contrário de minha mãe que estava longe de estar bem. E por mais que eu estivesse preocupada por ela deixei que meu pai se encarregasse de sua saúde.

              Era lindo ver os dois juntos, a maneira como ele sempre brigava com ela para que ficasse quieta, como oferecia suas palavras de consolo tentando cuida-la quando teve febre. Eu me lembrava instantaneamente da tia Jenny e o tio Ian, obviamente eles não viviam declarando seu amor pelos cantos, mas era obvio assim como meu pai e minha mãe, na maneira como eles se olhavam como se tratavam. Simplesmente não precisavam dizer.

Eu não tinha esperanças ter algo assim com ninguém até mesmo com Callen. Esperava que a carta chegasse a ele logo.

 

 

– Cristian! – Jamie lhe chamou – Venha aqui!

O garoto correu até ele com Angus em seus flancos.

– Estou aqui – se apresentou.

– Não sabe o que acabou de chegar para você – ele disse com um sorriso no rosto.

Arregalou os olhos.

– São notícias de maman?

– Ela te mandou uma carta – disse entregando o envelope a ele.

Cristian pegou a carta tremendo e olhou para ele.

– Tem notícias de Ian?

– Sim – Angus disse ansioso olhando para o tio – já encontraram o tio Ian.

– Ainda não, mas tenho fé que o encontraram logo.

Fé.

Ele correu até o seleiro para ler a carta sozinho, não confiava que se manteria firme.

Mon petit homme

Não sabe a falta que me faz garoto, peço que me perdoe por ter lhe deixado para trás e não tem ideia de quantas vezes já sonhei com você. Te amo como se tivesse saído das minhas próprias entranhas e aguardo ansiosamente pelo dia que poderemos nos reencontrar. Espero que não esteja dando trabalho a tia Jenny. Obedeça a ela e o tio Ian para que não tenha o traseiro esfolado.

Estamos no mar ainda procurando por Ian e não sabe o número de coisas que nos aconteceu desde o início da viajem, mas essas aventuras lhe contarei quando estivermos juntos.

 Me meti em algumas confusões menino e seu avô não está muito feliz comigo então pra que saiba, não se assuste caso chegue alguma carta dizendo que vou me casar com Callen MacNab...

Ele tirou os olhos da carta, o que aquele homem havia feito? Sua mãe não poderia se casar assim e seu avô muito menos poderia aceitar, cravou os olhos na carta.

...Mas não se preocupe, mandei uma carta para ele também explicando como se formou esse mal entendido e espero que ele compreenda. Por enquanto você não pode me responder já que ainda estamos viajando, então espero que da próxima vez que lhe escrever seja dando boas notícias sobre Ian e que você venha ficar conosco. Seus avós sentem sua falta, principalmente sua avó que escreve esta carta.

Fique bem mon petit. Sua mãe Faith.

 

Sorriu.

 Mesmo que por enquanto ainda não pudesse responder a ela, iria fazer uma carta imediatamente.

 

Callen foi a Lallybroch com o intuito de falar com seu futuro enteado, afinal não conquistaria a confiança dele se não o conhecesse melhor, mas em vez de encontrar o menino encontrou a senhora Janet Murray.

– Ele não está, recebeu uma carta da mãe e saiu daqui correndo – ela explicou.

– Faith escreveu para ele? Quer dizer que eles já chegaram? Encontraram Ian?

– Calma rapaz uma coisa de cada vez – ela disse com uma expressão muito severa – Não encontraram meu filho ainda, mas talvez ela possa lhe explicar melhor na carta que lhe mandou.

Callen olhou para baixo, para os olhos da senhorinha.

– Faith escreveu uma carta, para mim? Eu mesmo? A senhora te...

– Se chama Callen MacNab? – ela o cortou.

– Hum... sim senhora.

– Então a menos que eu tenha me esquecido como se lê a carta é para você – ela disse ironicamente – e além disso meu irmão também lhe escreveu.

– James Fraser? – ele arregalou os olhos.

– Ora garoto não vamos começar com isso de novo! – ela disse impaciente e lhe entregou as duas cartas – espero que você não tenha se esquecido de como se lê, bom dia.

              A senhora Murray fechou a porta em sua cara e ele não podia culpa-la, além de seu filho ainda estar perdido o futuro noivo de sua sobrinha ainda sofria um ataque de idiotice na porta de sua casa, não poderia esperar menos dela.  

Mas estava surpreso demais para agir de outra maneira.

             Por qual motivo James Fraser estaria lhe escrevendo se ele ainda não havia feito um pedido formal? E também havia uma carta de Faith e por isso ficou ainda mais nervoso.

            Nunca deixaria que vissem que um homem formado de 1,80, tremia por receber a carta de uma moça, porém não era qualquer moça. Era Faith Claire Beauchamp Fraser. A moça que chamou sua atenção desde a primeira vez que a viu, mas essa história contaria apenas para ela quando estivessem frente a frente.

Agora, no entanto, estava apavorado.

– Coragem homem! – ralhou consigo mesmo.

 Ainda assim preferiu abrir a carta do pai dela enquanto caminhava para o estabulo.

 

Rapaz,

Não é do meu feitio criar rodeios de modo que vou direto ao ponto, minha filha me contou que era sua intenção pedi-la em casamento...

Engoliu em seco agradecendo que o homem estivesse a milhares de quilômetros dele e no meio do mar, mas se ele sabia disso porque Faith lhe contou isso significava que ele andou pensando nele.... Voltou os olhos ansiosos para carta.

... E me contou que era intenção dela aceitar...

Leu a frase de novo para provar que não estava enganado. Talvez a senhora Murray tivesse razão e ele tivesse desaprendido a ler.

Deus, Faith queria se casar com ele.

... Se dou minha permissão é porque sei que é um bom rapaz e se minha filha o quer, posso quere-lo como um filho também. Por enquanto não posso voltar a Escócia e você deve entender bem o porquê, mas assim que houver resolvido tudo levarei pessoalmente minha filha para que firmem compromisso. Enquanto isso se comporte tenho olhos em cima de você.

Nem se importou com a ameaça discreta no papel.

– O que é isso que segura nas mãos MacNab? – Sam Murray gritou divertidamente estabulo – uma sentença de morte?

– Algo bem mais agradável – sorriu – vou me casar.

O outro abriu um sorriso enorme.

– Ouviram isso rapazes Callen vai se casar! – disse aos outros que lá estavam.

E ele que pensou que àquela hora o lugar estaria vazio.

Os homens riram e comemoraram.

– Com a filha de Fraser? – Sam perguntou – O vi indo atrás dela no dia do meu casamento.

– É mesmo? Pensei que estivesse bêbado demais para reparar em algo mais que não fosse seu copo – riu e assentiu – Ela mesma.

              Agora mais tranquilo para ler a carta dela. Que imaginou ser uma tímida declaração de amor. Mas preferia estar sozinho de modo que se despediu dos outros e continuou andando.

 

Callen,

Por favor me perdoe, tive que dizer ao meu pai que queria me casar com você para evitar mais pedidos de casamento da tripulação do navio, é uma longa história. Eu sinto muito, sinto muito mesmo, mas eu não posso me casar com você.

Sinto muito por ter criado este incomodo.

Faith.

Seus ombros caíram imediatamente. Em um minuto estava noivo, praticamente com os pés no altar e no outro era dispensado cruelmente pela pequena Sùbh-làir malvada.

– Deus que me ajude e te ajude Faith Fraser – sibilou decepcionado – mas eu não vou desistir desse casamento.

 


Notas Finais


Até a próxima o/


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