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História Faith - Sonhos e pesadelos subindo o rio


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 31 - Sonhos e pesadelos subindo o rio


Geillis Duncan uma viajante do tempo, lunática pela causa jacobita e atrás do próximo herdeiro do trono da Escócia que deveria ser um Fraser. Foi com essa gentil senhora que me encontrei no mercado na Jamaica.

Olhei para trás Ian e Fergus discutiam baixo um tanto frustrados por terem ficado do lado de fora da conversa.

– Eu acho que essa mulher é louca sinceramente não acredito nisso – falei.

– Louca ou não, ela é perigosa e você é uma Fraser – mamãe disse.

– Eu não tenho nenhum filho de sangue, para que nos preocupar...

Eu me interrompi os dois olharam para mim sugestivamente.

Eu não tinha nenhum filho de sangue ainda, mas poderia ter.

– Ela não sabe quem eu sou apenas nos vimos.

– E ela desconfiou – papai apontou – de qualquer maneira você está aqui longe dela e é melhor que fique assim mo chridhe.

              Eu ainda estava descrente, ancestral de um rei eu? Era hilário apenas a pequena sugestão disso. Bom, Brianna não poderia ser também apesar de Geillis ter roubado uma foto dela. Mas ainda havia William, ele era um Conde então talvez fosse ele... E estava bem longe de Geillis.

Tirei a foto de Brianna do meu bolso e vi belo sorrisinho infantil.

– Ah, você ficou com essa – mamãe disse atrás de mim – eu lhe disse que acabamos perdendo todas as fotos de Brianna, o retrato do seu irmão acabou se perdendo também.

– Oh, sinto muito – suspirei.

Falava por mim também já que seria difícil, conseguir outra do meu irmão. Olhei de novo para a foto da minha irmã e logo olhei para minha mãe.

– A senhora quer? Afinal foi a única que sobrou – eu ofereci, sabia que ter aquela foto devia ser mais importante para ela do que para mim.

Ela sorriu.

– É sua Faith, de qualquer maneira eu tenho Brianna muito viva em minhas lembranças – ela disse e eu percebi a falta que ela lhe fazia – mas se está disposta a dar a foto dê ao seu pai, ele ficará feliz em tê-la de volta.

Eu assenti, porque não tinha pensado nisso antes? Fui correndo até ele.

– Papai? – chamei.

Ele se virou para mim desconfiado e eu revirei os olhos.

– Mamãe me disse que perdeu todas a fotos da minha irmã, e a do meu irmão também – sussurrei – se quiser eu lhe dou a minha.

Estendi a foto para ele que me olhou com um sorriso emocionado.

– É verdade, tinha me esquecido que te dei essa foto – ele sussurrou.

Eu sorri.

– Vamos, pode ficar com ela, não vou ficar com ciúmes, afinal o senhor me tem de carne e osso aqui.

Ele retribuiu o sorriso e me abraçou.

– Vamos dar isso a sua mãe, ela saberá guardar em uma lugar bem mais seguro do que eu.

            Procuramos um barco para subir o rio e chegar a um lugar chamado River Run que era onde morava uma tia de meu pai, Jocasta. Ele não estava feliz em pegar um barco nem eu. Mas antes disso fomos as compras, papai não queria que nós parecêssemos mendigos quando chegássemos a casa dela e eu não precisei escolher nada, os vestidos que trouxe da Jamaica eram decentes o suficiente, mas eu continuava divertida usando minhas calças bufadas, ainda me fingindo de rapaz.

– Olhe aquilo – Ian apontou um grupo de mocinhas que olhavam para mim com interesse.

– Não seja bobo garoto – reclamei.

Ele riu.

– Não é todo mundo que pode ser uma moça e um rapaz bonito ao mesmo tempo devia se sentir agradecida.

– Já experimentou se vestir como uma garota?

– Não – ele fez um gesto violento de repulsa.

– Aposto que você olha de longe uma moça e pensa que bonita toda composta e apertada em um maldito corpete, de fato é bonito, mas nada confortável.

– Por isso está feliz usando essas roupas.

– Nunca senti tanta liberdade na minha vida.

– Acho que não posso te culpar – ele concordou.

– O único maldito problema agora é que estou assada como um porco, mas é este calor.

Ian começou a rir auto com lagrimas nos olhos.

– E eu acreditando que estava andando assim porque estava levando muito a sério seu papel de homem...

– O que tanto falam crianças – mamãe perguntou distraída.

– Crianças – revirei os olhos e cheguei mais perto dela – tem algum remédio para assaduras?

Ela olhou para mim espantada.

– Você...

– Sim pode dar um jeito nisso?

Ela também riu.

– Eu lhe disse que deveria ter tomado banho.

Ela havia dito, mas eu não havia dado muito credito, eu gostava de tomar banho não tinha problema nenhum com relação a isso ainda mais em um calor daquele, mas como havia perdido uma boa oportunidade no rio, minha situação ficou muito pior. Conseguimos um lugar para dormir e eu finalmente tomei meu banho, infelizmente ele não tiraria minhas assaduras, mas aliviou bastante.

              Eu não sabia como meus pais sempre arranjavam convites para jantares importantes, outro governador! Era impressionante, mas como eu não tinha animo nenhum para me exibir em salão sofisticado, fiquei de fora.

              Eu estava Passando pomada de arnica distraidamente por minhas assaduras. E enquanto passava os dedos pela virilha tive o pior pensamento que uma mulher poderia ter com as mãos ali perto.

Callen MacNab.

              Me distrai inexplicavelmente cm a lembrança O beijo que ele havia me dado e como logo em seguida havia caído em cima de mim, pesado, solido e quente. Arregalei os olhos desci a camisola e me deitei enfiando o rosto no travesseiro.

Era impressão minha ou havia ficado mais quente ainda?

Sou adulta, disse a mim mesma, Estou na idade de casar.

 Mas não devia ter pensamentos indecentes com um homem com quem eu não pretendia me casar.

Será que não pretendia...

 

              Olhei para os lados na igreja e lá estavam todos os meus parentes, Tia Jenny, tio Ian, Jamie, Maggie Kitty, Michael, Janet Ian, Fergus, Marsali. E em lugares de destaque estavam meu pai e minha mãe. Também estavam lá Brianna e William. Os olhei fascinada, os dois ficavam terrivelmente lindos juntos.

Será que papai e mamãe estavam se casando de novo? Afinal eles estavam em um altar.

– Venha maman – Cristian me deu a mão parecendo crescido.

– Para onde mon petit homme?

– Lá – ele apontou de novo para o altar e eu me espantei, pois Callen não estava lá do última vez que olhei. E agora simplesmente era difícil ignorar sua visão vestido elegantemente com uma casaca azul escura e calças pretas coladas.

Então percebi como eu estava vestida, para um casamento, eu era a noiva.

– Eu non posso me casar com ele Cristian – falei, mas ele me ignorou e continuou-me conduzindo ao altar.

– Você pode, e ele vai ser meu pai – ele garantiu.

Então entregou a minha mão a de Callen.

– Só precisa dizer que sim – ele disse beijando minha mão.

– Eu....

No meu sonho, porque já havia ficado obvio para mim que estava sonhado, não estávamos mais no altar e sim no quarto.

Mon Dieu eu não disse sim.

– Você disse – ele discordou me encarando com aqueles claros olhos azuis muito convincentes.

Nay, eu non disse. – disse engasgada.

– Mas vai dizer – ele me beijou.

Não foi como a primeira vez, um ataque de um bêbado, Mas devagar, mais doce. Ele sabia exatamente o que estava fazendo e produziu um grande calor tanto em minhas faces quanto...

Ele me derrubou na cama levantando lentamente minha saia.

– Espere – pedi ofegante.

– Esperar? Pelo que?

– Por...

Alguma coisa entrou em mim e eu gritei.

Acordei ofegante no escuro e logo havia uma multidão em meu quarto.

Fergus, Ian, o senhor Innes e meu pai.

– O que aconteceu? – ele me perguntou.

Então percebi que eu devia ter gritado.

Até Rollo latia na porta e minha mãe entrou logo em seguida.

Eu puxei o lençol para me cobrir envergonhada por tudo que estava acontecendo.

– Foi... Apenas um sonho – murmurei chocada.

Foi tão real.

– Rios de sangue de novo – Ian perguntou.

– Vocês podem sair? s’il vous plaît – eu pedi.

– Ah.

Eles perceberam que não deviam ficar lá pouco vestidos como estavam apenas de camisa.

– Rollo vai ficar – Ian disse por cima dos ombros.

Mo Chridhe...

– O senhor também papai por favor – pedi.

Ele suspirou.

– E eu? Quer que eu saia também querida?

Non maman fique comigo. – pedi a abraçando.

– Foi um sonho muito ruim?

– Não sei, eu.... – não sabia como falar aquilo nem se teria coragem – Me fale do que fizeram na casa do governador.

– Hum, conhecemos algumas pessoas, seu pai como sempre atraindo as atenções para ele, recebeu até uma proposta. O governador reconheceu o líder que Jamie é e ofereceu terras para que ele povoasse com colonos.

– Uma proposta e tanto – falei impressionada, mas não surpresa.

Eu sabia como mamãe havia dito. Meu pai tinha aquele ar de comando, ele falava e as pessoas ouviam, ele não pedia respeito sua presença impunha respeito.

– E ele aceitou?

– Não é tão simples – ela falou acariciando meus cabelos – ele está oferecendo, mas quer algo em troca.

– Sempre querem.

A amargura foi nítida em minha voz.

– Jamie está preocupado sobre o que ele vai deixar como legado para você pra sua irmã.

– Eu não quero nada como uma herança. Eu nunca estive em apenas um lugar como estive em Lallybroch. Posso continuar me mudando quantas vezes forem necessárias.

Ela riu em cima de mim.

– Sabia que eu também não? – revelou – quando meus pais morreram fui viver com meu tio Lambert e ele estava sempre se mudando por causa do trabalho dele, estudava coisas antigas.

– Acho que papai me falou sobre ele uma vez, parece interessante – sorri.

– É, e por isso nunca soube o que era ter uma casa fixa, então um tempo depois me casei com Frank, e de novo não houve tempo, a guerra nos separou por cinco anos.

– Eu não gosto de guerras – falei infeliz a abraçando com mais força.

– Eu também não querida – ela suspirou – quando eu voltei tudo parecia fora do lugar e Frank e eu viemos para a Escócia e aconteceu tudo que você já sabe.

– Eu sei – murmurei ouvindo o som do ronco de Rollo ao lado da cama – todos me contaram essa história menos você.

– Verdade – ela disse pensativa – Eu estava em Craig na dum passando uma segunda lua de mel com Frank, então eu fui até o círculo de pedras. Ouvi aquele zumbido de abelhas e quando toquei na pedras fui arremessada para cá. E dei de frente com um dos seres mais desprezíveis que já tive o desgosto de conhecer.

– Black Jack Randall – falei.

– Ele me atacou e Murtagh me salvou é o padrinho do seu pai já ouviu falar sobre ele não é?

– Sim – murmurei.

Meu pai sempre falava dele com muito carinho.

– Acho que se não fosse ele eu nunca teria conhecido seu pai – sussurrou – A primeira vez que eu o vi ele estava ferido com o braço deslocado e eu o coloquei no lugar.

Um sorriso parecia estar se formando no canto de seus lábios.

– Ele era um ano mais velho do que você agora, um jovem forte misterioso e eu queria fugir. Porém seu pai tem essa coisa esse carisma em volta dele, não é difícil ama-lo, mas não acredito que tem sido apenas coincidência Jamie estava em meu destino tanto que precisei vir ao passado por acidente para encontra-lo e voltar para comprovar que tudo isso era verdade, que nosso amor havia sobrevivido e ele está vivo e mais forte que nunca.

Eu sorri.

Mamãe não era do tipo sentimental, eu já havia percebido isso, mas ela simplesmente não se segurava quando falava do meu pai.

– Mas como... – me interrompi.

– Eu soube que ele era o homem certo?

– Ele te contou que quando eu disse quem eu era de verdade ele tentou me mandar de volta?

– Sim.

– Foi quando eu tive certeza que não conseguiria viver sem ele – ela as recostou na parede – Fui obrigada a viver sem ele, sobrevivi por que tinha Brianna, mas minha vida não era completa.

– Então a senhora acha que para ter certeza que aquela é a pessoa certa você precisa dar uma chance?

– Quer se casar com Callen? – ela perguntou percebendo minha dúvida.

– Acho que é minha única opção – dei de ombros

– Não é – ela descordou – você pode se casar com o homem que quiser, mas se quiser casar com Callen...

– Eu estava sonhado com ele – falei antes de perder a coragem.

– Estava? Como...

– Eu... – respirei fundo era bom que tivesse escuro – sonhei que havíamos nos casado e estávamos no quarto e ele levantou minhas saia e....

– E?

– Eu não presto – choraminguei – eu não deveria estar tendo esse tipo de sonho com um homem.

– Não há nada de errado nisso Faith, mas deve ter cuidado para não confundir desejo com amor

– Eu não desejo.... – me interrompi.

 Era mentira, ele era um homem e bonito e eu ultimamente me perguntava como seria beija-lo sem que ele estivesse bêbado.

– Eu queria beija-lo – externei meus pensamentos – mon Dieu eu queria muito.

– É normal, no entanto um beijo pode terminar em algo mais complicado... mas graças a Deus e a bem a tranquilidade de seu pai há um oceano enorme separando vocês dois.

Revirei os olhos, pela primeira vez eu não queria aquela distância.

Eu tinha medo, eu morria de medo de senti-lo perto e não ser capaz de me deter, tinha medo que fosse um sonho bom ou que fosse terrível, mas eu precisava sentir isso por mim mesma.

– Deve ser o calor desse maldito lugar – me queixei.

– Mas me ouça, quando ele chegar, bom se chegar, não fique sozinha com ele. Vocês são jovens e talvez não...

Non mãe, isso foi apenas um sonho. Eu ainda estou pensando bem, não vou me deixar levar por um fogo de verão.

 

               Pegamos o barco no dia seguinte com toda a infelicidade de meu pai e a minha de ficarmos enjoados. Ele pelo menos tinha minha mãe para distrai-lo, enquanto eu tinha Fergus e Ian.

Vive les Frasers – Fergus brincou comigo.

 Ele era muito corajoso para zombar de mim por algo que ele mesmo havia provocado.

Revirei os olhos.

Vive les Frasers!

Bati a cabeça na madeira da cabine, eu não achava que fosse vomitar, mas o enjoo era muito incomodo.

– Não devia se sentar com as pernas abertas assim prima – Ian me reprovou.

O olhei incrédula.

– Estou de calças – apontei.

– Mas ainda é uma moça – Fergus apontou – Milorde...

– Milorde está com milady e vocês dois não vão me reprovar pela maneira que eu me sento, se sentariam da mesma maneira se estivessem assados.

A arnica havia feito bem, mas ainda não o suficiente para que eu andasse ou sentasse direito o que me fez parecer um homem mais ainda.

– Poderia ter ficado com Marsali – Fergus apontou.

– E ouvir todos os comentários maliciosos dela, que não foram poucos no tempo que estive lá? Acho que não.

– O que ela pode falar de mal? – ele me perguntou parecendo verdadeiramente espantado por minha declaração.

– Esqueça.

            Esperar um bebê não melhorava nada o estado natural de "iluminação" de Marsali, eu me lembrava bem.

Estávamos as duas caminhando pela praia enquanto ela falava sobre a minha palidez e falta de animo, eu não deixei de reparar que ela também andava um tanto pálida.

– Querida irmã, já se alimentou hoje? – me perguntou.

– Eu não, você já?

– Não, mas aquela comida estava horrível, me causou enjoos.

Eu não juntei os fatos naquele momento, mas minutos depois ela caiu tonta na areia.

– Mas olhe só ainda quer falar de mim – falei a ajudando a se levantar.

Marsali ficou com o olhar perdido como se estivesse fazendo contas mentalmente e eu achei que ela estivesse passando mal de novo.

– Ah não – ela arregalou os olhos.

– O que foi Marsali?

– Não, não, não...

– Marsali?

Ela me olhou com lagrimas nos olhos.

– Eu estou gravida.

Eu lhe abri um sorriso enorme e a abracei.

– Que noticia maravilhosa ma cherie!

Marsali estava chorando e não era de felicidade.

Par Dieu Marsali não estou entendendo.

– Como não entende, se eu tiver um filho não vou mais amar Fergus e eu não quero não amar Fergus...

– Você é louca ou que? Quem disse que ter filhos faz com que acabe o amor pelos maridos, isso não pareceu afetar em nada minhas primas ou as esposas dos meus primos, seja lá o que tenham metido na sua cabeça.

Um tempo depois, graças a Deus, ela se recuperou do primeiro baque e deu a feliz notícia a Fergus que não ficou nada infeliz.

– Vai se chamar Germaine James Ian Aloysius Fraser – Fergus contou a minha quando estávamos todos juntos de novo.

Um nome enorme, como o de qualquer um da nossa família.

– E se for menina?

– Genevieve Claire – ele comentou deixando mamãe vermelha.

Mas o que me incomodou foi ele dizer que cuidar de bebês era uma tarefa absolutamente para mulheres.

 Ora! Ele não era nenhum inútil.

– Você deveria experimentar non é tão difícil – murmurei acariciando a cabeça de Rollo.

Fergus não pareceu ouvir, ou preferiu não entrar em uma discussão comigo.

Mo chridhe – papai disse tranquilamente se fixando em mim – feche as pernas.

Fiz uma careta e me levantei, destacando meu estado deprimente, que só naquele momento ele percebeu.

– O que aconteceu com você?

– Estou assada, faz calor, todo mundo me diz o que fazer! – disse mal humorada – E se mais alguém me disser uma palavra a mais sobre isso eu juro que...

             Saí para a cabine e mamãe foi atrás de mim para me dar mais do remédio milagroso, e não saí de lá até que a infeliz assadura passasse. Como resultado perdi o aniversário de casamento dos meus pais.

24 anos!

           Mas mamãe veio me mostrar o belo presente que ganhou dele, uma maleta com as mais diversos instrumentos de tortura.

– Cura – ela me corrigiu divertida – servem para cura, mas creio que sabendo usar também devem servir para uma boa tortura.

Os dias no rio pareciam se passar tão lentos como no mar. E foi bom, ver Ian levando uma bronca para variar já que até então, o alvo preferido de meu pai havia sido eu.

"Coloque um vestido!"

"Vista suas calças!"

"Você foi egoísta não pensou em seu filho antes de se jogar no mar vestida de homem."

"Não se incomode tanto com as assaduras seria pior se você tivesse bolas."

              E como se não bastasse tudo lhe desagradava quando minha camisa ficava aberta demasiado para os padrões dele, meus seios estavam bem protegidos por uma faixa apertada e eu não merecia assar mais no calor. Infelizmente isso não o impedia de vir até mim e distraidamente apertar os cordões da camisa.

              Minha mãe achava graça naquilo tudo e eu me perguntei se ele estava sendo irritante de propósito para ne castigar por ter vindo sem as ordens dele, porém não, esse era o estado natural dele segundo minha mãe.

             E por mais que eu achasse tudo aquilo angustiante eu estava feliz. Era realmente o que eu havia pedido a Deus, meu pai minha mãe, dois "irmãos" chatos. Faltavam apenas alguns grades detalhes.

Meu Cristian, meus irmãos de sangue.

Não se poderia ter tudo.

 

Ainda era madrugada quando Ian me sacudiu me levantando. Eu acordei confusa, com os gritos e correria.

– Enxerga o suficiente? – ele me perguntou.

Estava quase amanhecendo então minha visão não era tão ruim, mas... o que está acontecendo? Me deixando atrás dele e segura.

– São piratas – ele contou.

– De novo – gemi, procurando minha faca.

Mas fomos pegos de surpresa por mais dois homens, eu não consegui ter uma reação rápida o suficiente e Rollo saiu em nosso socorro, mas acabou ferido

– Canalha – tentei acertar o homem com um soco.

Acabei levando um na barriga. Cai ao lado de Rollo Ian se agachou ao meu lado. O infeliz apontou uma arma para nós e foi quando minha mãe chegou. Para olhar o cachorro e perguntando baixinho se estávamos bem.

Logo depois ouvimos uma voz que reconheci no mesmo instante,

– Senhor Fraser, é um prazer revê-lo.

Trinquei os dentes.

Era o Stephen rato Bonnet

Cínico, e infeliz roubando quem havia lhe salvado a vida.

Ouvi dizer que ia checar a tripulação e tive vontade de soca-lo.

Ouve mais uma baderna, quando minha mãe correu para a cabine e jogou algo no rosto de um dos homens de Bonnet, mas ele a segurou torcendo seu braço, eu ia me levantar, mas Ian me segurou.

– Ele está machucando minha mãe – sibilei.

– Eu sei, mas não faça nada pode piorar as coisas.

Tentei achar meu pai com os olhos, mas não consegui é claro.

– Me dê suas alianças – o comparsa dele que ela havia agredido ordenou tentando puxar as alianças da mão.

Ela obviamente não queria dá-las. Então o homem apontou a arma para Ian.

Engoli em seco.

Ela parou de resistir e tirou a dourada primeiro, e logo a prateada que saiu com um pouco mais de dificuldade. Ela hesitou, então enfiou na boca.

O homem caiu furioso em cima dela e eu não pode mais me conter e também fui para cima dele.

– Tire as mãos dela seu imundo – dei-lhe uma gravata por trás e levei uma cotovelada no nariz.

O sangue foi imediato assim como a dor.

– Fique quieto moço se não quiser que aconteça coisas pior com sua mãe.

Bonnet puxou meus braços assim como havia feito com a minha mãe.

E eu tentei não me engasgar com o sangue e já estava me desesperando por não poder impedi-los de a machucarem quando meu pai chegou, mais uma luta aconteceu, enquanto o bandido o deteve ameaçando a mim.

– O senhor tem uma família e tanto senhor Fraser – ele disse bem humorado apertando uma faca contra minhas costelas.

Ian estava com os olhos na faca como eu minutos atrás tentando o encontrar o momento certo para agir.

O Bonnet pediu nossa pequena fortuna em troca de me deixar em paz enquanto Ian praguejava contra ele.

– Uma vida por outra senhor Fraser – ele disse perversamente – mas seu filho foi totalmente impertinente nesta ação.

– Já teve o que pediu agora deixe-o em paz – ele disse – Se o machucar...

– Água não mata senhor Fraser a menos que ele não saiba nadar.

Foi tão rápido que não pude fazer nada, ele me jogou do barco. Eu caí como um canhão ouvindo todos gritarem enquanto afundava na água escura do rio.


Notas Finais


Até a próxima o/


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