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História Faith - Construindo


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 32 - Construindo


– Faith! – Claire gritou quase instantaneamente ao ver a filha ser jogada do barco.

Os piratas saíram rapidamente aproveitando a distração, de fato ninguém pareceu se importar muito com eles.  Jamie foi o primeiro a pular no rio.

3 minutos, se lembrou, era mais que o suficiente para uma pessoa se afogar.

Viu que Fergus que estava na margem também se colocou a procura-la, não aguentou e pulou na água também.

– Faith! – gritou.

Fergus e Jamie estavam mergulhado a procura dela sem sucesso, ela também olhava e não havia sinal dela. Seu corpo começou a tremer e se não a encontrasse? E se ela se afogasse naquele maldito rio e nunca mais a visse?

Deus não permita isso, por favor.

– Faith! – gritou ainda mais desesperada.

Quanto tempo havia se passado?

Ouviu mais dois sons des corpos pesados caindo na água e se virou para ver Ian e Rollo na direção de algo que descia o rio.

Era ela.

– Faith!

Jamie e Fergus emergiram com o rosto pálido, vendo com horror que mesmo que nadassem com todas as suas forças o único que poderia fazer alguma coisa seria Ian.

E lá estava ela impotente de novo apenas podendo observar o desenrolar dos fatos.

Quase desmaiou quando a viu afundar mais uma vez enquanto Ian nadava em sua direção.

Então como se fosse um milagre Rollo a agarrou pela gola da camisa e Ian a alcançou.

O garoto lançou algumas maldições enquanto nadava para margem e eles finalmente puderam alcança-lo.

Claire engoliu em seco vendo como Faith parecia Flácida.

– Ah meu Deus. – eles se ajoelharam ao redor dela.

– Tia, ela estava acordada, mas desmaiou eu não sei... – Ian dizia tremulo.

As pessoas começaram a se juntar ao redor deles parecendo esperar por uma tragédia.

– Se afastem, deixem que ela respire – Jamie rosnou.

 Ela se apressou para ver sua respiração fraca. Então comprimiu seu diafragma e Faith vomitou uma grande quantidade de água, puxando o ar com força pela boca.

– Santo Deus – Jamie murmurou ao seu lado.

 Faith se sentou de uma vez com os olhos arregalados.

– Me lembrem – disse com voz rouca – de matar Stephen Bonnet assim que o virmos novamente.

Ela caiu no chão novamente, mas a segurou antes que sua cabeça batesse. Sua filha estava bem.

Só então pode respirar aliviada.

Mais tarde quando Faith já estava seca e aconchegada agradecida nos braços do primo salvador e acariciando a cabeça do cachorro, Claire foi falar com Jamie que olhava para o rio amargurado.

– Ela tinha razão e eu devia tê-la escutado. – disse infeliz – E sabe o que é pior? Ela em nenhum momento se virou para mim e falou "Eu te disse" Como eu tenho feito com ela por toda a viagem.

– Esse é o trabalho dos pais não é – apontou.

O que aquilo importava se ela estava bem? Era o que acreditava, mas Jamie não parecia partilhar da sua opinião.

– Eu fui arrogante Sassenach, achei que tinha muito mais a ensinar a ela do que aprender e tenho errado a tratando como uma criança quando não é.

– Jamie, ela não está te culpando e...

– Mas eu me culpo, por não ser capaz de protege-la. Fico pensando como seria com Brianna. Aposto que Frank foi um pai muito melhor do que eu...

– Jamie – falou segurando o seu rosto – Faith e Brianna são assuntos completamente distintos, e tenho certeza que você seria um bom pai para Brianna como vem sendo para Faith, pare de se lamentar porque todos cometem erros.

 

 

Claire tinha razão Jamie pensou, mas como faria para acabar com a culpa que sentia?

– Venha deixe eu olhar este nariz – Claire disse a filha que saiu do encosto do peito do primo.

Non foi nada demais nem quebrou – ela riu.

Mas estava inchado e azul, olhou com desgosto. E foi até lá.

– Faith – tossiu.

Ela olhou para a própria camisa e se apresou em apertar os nós, ele sorriu infeliz.

– Deixe isso – falou envergonhado – Quer que eu te ensine a nadar.

– Oui – ela sorriu – mas não gostaria que fosse nesse rio, não tenho boas lembranças dele.

– Não estava pensando nele eu garanto.

– Que non seja também no inverno e que eu possa usar a roupa que eu quiser – ela disse.

– Tudo o que você quiser mo sweet Faith.

Ela lhe lançou um sorriso maroto.

Non vou deixa-lo se esquecer disso papai e espero que não se arrependa.

Ele riu baixinho.

Que deus me ajude.

Tinha certeza que se arrependeria.

 

 

             Depois de quase me afogar, ver quase toda a tripulação e passageiros do barco me perguntando sobre minha saúde e ver meu pai fazendo minha mãe vomitar sua aliança eu estava mais que cansada de emoções fortes.

Pensei que quando chegássemos em River Run elas terminariam, mas eu estava enganada. Nunca havia tranquilidade quando se tratava dos Fraser.

            A tia Jocasta era uma figura interessante e se mostrou muito alegre em nos receber, ela adorou me conhecer, mas não parecia exatamente satisfeita. Não que ela tivesse dito alguma coisa, porém eu sentir. Ela estava cega, não podia me ver e eu estava muito decentemente vestida com um vestido azul de musselina. Jocasta no entanto parecia ter um sexto sentido, mesmo não enxergando ela parecia ver as coisas e isso eu tinha que admitir que me assustava. E enquanto meus pais conversavam com ela Ian e eu observávamos a bela casa.

Isso até o gambá aparecer.

Olhei desconfiada para o animal me perguntando porque se apavoravam tanto a ponto de querer mata-lo.

– Não mexa nele Ian – mamãe gritou para meu primo que cutucava o bicho com uma varinha foi quando ele fez. Soltou uma fétida rajada de gases em Ian que ficou com um cheiro horrível.

Ian foi levado imediatamente para o banho enquanto meu pai e minha mãe riam.

– O que me fez lembrar – mamãe disse me puxando para lado – na minha época a um desenho animado onde a um gambá francês que se chama Pepe, Pepe le pew.

– O que é um desenho animado? – sussurrei – e porque ele é francês? É verdade que muitos franceses fedem por isso que usam perfume, mas não acho que é para tanto.

– Oh Faith – ela riu – sobre os desenhos, vou ter tempo de te explicar depois. Sobre o gambá, não é porque ele fede que é francês é porque é romântico...

– Sassenach! – papai a chamou.

– Depois eu te explicarei – ela piscou para mim e foi ao encontro dele.

Intrigante, pensei.

O que romantismo tinha a ver com os franceses? Ao meu ver nada, mas o futuro era um tempo realmente estranho.

– Pepe le pew – eu ri e fui ver como Ian estava.

 

– Você já se banhou? – perguntei batendo na porta.

– Eu! – ele gritou mal humorado – Vou precisar mais de um banho para me livrar desse cheiro.

Eu ri baixo, graças a Deus eu não estava perto o suficiente para pegar aquele fedor.

– Escute você viu para onde foi Fergus?

Nay! – ele disse ainda mais raivoso.

– Tudo bem mon cher lhe deixarei sozinho.

              Andei sozinha pelos corredores e encontrei um retrato, com rostos familiares. Uma delas era Jocasta, a outra era a minha avó Ellen. Em Lallybroch tinha um quadro dela e eu adorava olha-lo. Ela era tão bonita parecia tão alegre e se parecia com a minha irmã agora eu sabia disso. A outra moça no quadro deveria ser Janet a irmã que morreu e os outros dois os lendários Collum e Dougal Mackenzie, presenças assustadoras na minha opinião.   

Como estava concentrada vendo o quadro quase caí quando ouvi uma explosão do lado de fora. Corri para a janela mais próxima que encontrei, para ver em que confusão os velhos já haviam se metido. Vi fumaça e alguns gritos furiosos, mas não desesperados então supôs que deveria estar tudo bem.  Eu mesma fui tomar um banho e quando terminei meus pais já estavam no andar de baixo com notícias A explosão havia sido em um dos barracões de terebintina. Eles se surpreenderam quando eu disse que ouvi. Meus olhos poderiam não funcionar bem, mas meus ouvidos eram uma beleza.

               Fergus havia trazido cartas que de Lallybroch. E eu me esqueci completamente da sentença que os pais de Ian dariam a ele, peguei ansiosa a carta de meu pequeno Cristian quase me esquecendo que não sabia ler.

– Não foi apenas Cristian que lhe mandou notícias – papai disse me entregando outra carta – seu noivo.

Engoli em seco e olhei para mamãe.

– Vem comigo s’il vous plaît – soltei em Francês.

Ela assentiu e fomos até meu quarto.

– Qual quer que eu leia primeiro.

– Cristian, Cristian – falei.

Mamãe, – ela começou – Enquanto escrevo está carta me lembro de quando você e Ian ficavam curvados sobre a mesa escrevendo cartas para o vovô. É nostálgico. Eu sinto muito sua falta, também do vovô, da vovó, de Ian e até mesmo de Fergus. Como eu prometi, estou me comportando bem, como um homem. Tio Ian tem me dado aulas sempre que pode, mas eu também estudo sozinho e eu aprendi muito. Sabe o que eu quero ser quando for um adulto? Um advogado.

– Ah – suspirei emocionada – crianças crescem tão rápido.

Minha mãe sorriu ao ver minhas lágrimas. E continuou a leitura.

Callen MacNab tem vindo aqui com certa frequência dizendo querer minha confiança e minha amizade, não sei se acredito. Acho que ele só diz isso porque quer casar com você e me mandar embora assim que tiver oportunidade....

– Isso nunca – a interrompi.

– Não acho que ele acredite que você faria isso.

– Espero que non, estamos muito longe e ele ainda é tão jovem...

– Fique tranquila – ela disse me dando um tapinha na mão e continuou lendo – Mas eu dei a oportunidade dele tentar, acho que não parece tão ruim quanto achei a primeira vista, mas tome cuidado, não se deixe seduzir por ele.

Minha mãe riu.

– Jamie não precisa se preocupar com você afinal, tem um belo defensor aqui.

 Eu tive que rir também, era verdade.

Eu não sei quanto tempo vai demorar para essa carta chegar, mas tia Jenny disse que eu poderia mandar já que estão perto da tal Tia Jocasta então espero ansiosamente sua resposta. Com amor Cristian.

– Ele é muito maduro – mamãe disse.

– É – caí no choro.

Não fazia muito tempo, ele era um menininho que havia praticamente me implorado para ser sua mãe eu nunca me arrependeria disso.

Aquele menino me fazia tanta falta.

Quando me acalmei, mamãe sacudiu a carta de Callen na minha frente.

– Tudo bem pode ler – falei tremendo.

Mademoiselle Faith...

– Parece tão formal – falei preocupada – mon Dieu ele vai me odiar.

– Mau comecei a ler – ela apontou.

– Isso, é verdade.

Mademoiselle Faith, – continuou – Recebi tanto a sua carta quanto a carta de seu pai simultaneamente. Porém por um acesso de covardia ou coragem, não sei, li primeiro a carta do senhor Fraser. E não vou mentir que fiquei extremamente feliz por você ter aceitado uma proposta de casamento que eu sequer havia feito formalmente. Eu gostaria de ter feito isso, me apresentar a seu pai e sua mãe e respeitosamente como um homem decente pedir a sua mão...

Mon Dieu – gemi sentindo minhas pernas ficarem bambas.

             Aquelas palavras me causaram um efeito mais devastador do que aquele infeliz beijo roubado. Eu não havia pensado nisso quando ele foi me visitar no meu quarto em Lallybroch quando levei um tiro, mas quem pensaria? Eu havia levado um tiro e não estava muita animada para pensar em nada mais romântico que dormir na minha cama tranquila e silenciosamente.

Então mademoiselle eu li sua carta. Para comparar o que eu senti você precisaria ter pulado no lago no inverno mais rigoroso de nossa terra depois de ter levado um pesado soco no estomago e um chute no saco. Obrigado por isso. 

             Mamãe olhou para mim penalizada, e eu senti o rubor invadindo minhas faces. Queria estar na frente dele para pedir desculpas, em meu desespero não pensei que poderia ferir os sentimentos dele.

Eu não sei em qual problema você se meteu com seu pai, mas se lembrou do meu nome para defende-la de uma situação difícil isso não pode ser tão ruim. Eu comecei errado eu sei. Te agarrar na festa de casamento de Sam e Cait não foi a atitude de um homem como eu. E acredite moça sou um homem honrado. Por isso quero lhe propor que começamos de novo. Me chamo Callen Edward Fraser MacNab e dependendo da sua resposta eu posso ir até você fazer o pedido como se deve.

Soltei o ar dos meus pulmões. Aquilo não parecia tão ruim, na verdade parecia maravilhoso.

– E então? – ela me perguntou ansiosa.

– Bom, – falei com um sorriso de orelha a orelha – vou responder Cristian primeiro. E depois responderei a esse senhor que acabo de conhecer.

 

 

Senhor Callen Edward Fraser MacNab.

Por mais que o senhor tenha dito que apreciou minha menção nada convencional comprometendo seu nome, não posso ficar em paz.

Peço que me desculpe sinceramente. Quanto ao seu pedido de que nos conheçamos melhor. Eu aceito, me chamo Faith Claire Beauchamp Fraser. Tenho 22 anos minha cor preferida é verde, eu nasci e vivi em Paris a maior parte da minha vida e gosto de pessoas espontâneas. Já fui beijada duas vezes na minha vida. Sinceramente nenhuma delas foi agradável, então quem sabe numa terceira vez isso não melhore?

 

Quando Callen leu aquilo foi difícil não ficar muito animado. E esperava que continuasse assim. Não sabia se ela havia ficado apenas com pena ou se seu coração finalmente havia amolecido, mas agora tinha mais forte a esperança de se casar com Faith Fraser.

 

 

              De certa forma o pedido de paz entre Callen e eu serviu para acalmar meu coração e me distrair dos problemas daquele lugar, como o fato de minha mãe detestar ser servida por escravos e não tolerar de maneira alguma a injustiça sofrida por eles. Ali nós tínhamos conforto, mas não era nossa casa.

Jocasta adorava ficar com minha mãe enquanto eu fazia o possível para ficar longe da vovozinha controladora. Passava a maior parte do meu tempo andando com Ian e com Rollo pela propriedade.

Certo dia lembrei a Ian da queda de braço que ele estava me devendo.

Sentamos e apoiamos o braços em uma mesinha enquanto ele me olhava com um misto de pena e de divertimento.

– Sabe que não é mais forte que eu – ele disse quando começou a fazer força para derrubar meu braço.

– Posso não ser, mas sou mais esperta – sorri – tem um gambá atrás de você.

– Ha, ha acha mesmo que eu vou cair nessa? – ele zombou.

– Talvez no gambá não, mas e a cobra que está subindo na sua perna?

Minha atuação de espanto acompanhou o movimento do meu pai roçando de leve na perna dele. Como era de se esperar ele olhou espantado para baixo e no seu momento de distração derrubei seu braço contra a mesa.

– Ganhei.

Sob os protestos do meu primo também ouvi tia Jocasta dizer que aquele não era um esporte nada feminino apesar dela aprovar minha astucia. E eu sinceramente não conseguia entende-la.

 

– Talvez pudéssemos arranjar outro lugar para ficar – sussurrei para minha mãe.

– Qualquer lugar que eu pudesse ficar em paz – ela murmurou.

Meu pai desceu as escadas e eu arregalei os olhos.

O primeiro homem que eu havia visto de kilt havia sido Callen, por mais que ele negasse isso, depois eu vi o tio Ian e agora finalmente eu via meu pai em um e se havia alguém que ficava bem de saias esse era o meu pai.

Eu sorri para ele e cutuquei minha mãe para que ela o olhasse.

O efeito foi perturbador, ela pareceu parar de respirar por um instante e cambaleou.

Eu sorri, 24 quatro anos e eles ainda se amavam como no primeiro dia.

 

 

Sr MacNab.

Eu pensei que as conspirações haviam acabado na França quando eu nasci, mas vejo que não elas continuaram na Escócia e nos acompanharam até a América. Estar na casa da tia Jocasta é estranho. A muito conforto e luxo. No entanto parecemos estar sendo viajados por uma senhorinha que não enxerga. Meu pai diz que ela quer que ele seja o herdeiro dela, mas ele não é o tipo de homem que aceitaria ser controlado e minha mãe não é o tipo de mulher que levaria essa vida no meio do mato rodeada de escravos. E sobre mim, sinceramente sinto falta de Lallybroch do frio. Você sente falta da paisagem do moinho?

 

Faith.

A vida aqui continua tranquila como respirar a não ser pelos recrutamentos de Simon Lovat como seu pai deve ter lhe dito. Tenho trabalhando, tanto para ganhar dinheiro quanto na confiança de Cristian fomos pescar ontem, ele não falou muito, resiste a todos os meus avanços, mas creio que o garoto estejam começando a gostar de mim. Sabia que Cait e Sam tiveram seu primeiro filho semana passada? É um garotinho forte e robusto. Isso me faz pensar como o tempo passa rápido, não acha que poderia ser nós dois?

P.s.: O moinho está no mesmo lugar te esperando e eu também.

 

Caro Sr. MacNab

Fico realmente feliz pelo bebê, mande lembranças a ele por mim. Bem, se poderá ser nos dois só o tempo dirá, correto?

Não vejo a hora de sair daqui, tenho saído algumas vezes com Ian, mas ele teme gambas e eu ursos. Quando meu pai e minha mãe demoram eu me assusto. Ha poucos dias morreu uma moça que fazia uma tentativa de abortar um criança. Meu pai precisou responder algumas perguntas já que ele estava lá tornaram sair com o Sr. Innes e Ian, me custou ficar. Eu temo por eles sempre que saem o perigo parece persegui-los e não advinha? Meu pai entrou em luta corporal com um urso não sei quem foi o vitorioso, mas graças a Deus ontem eles voltaram são e salvos e com boas notícias meu pai encontrou terras que podem ser nossas, dos Frasers! Então se tudo der certo, poderemos ter uma data para nos encontramos, e eu verdadeiramente espero que seja você a trazer Cristian para mim.

 

             Eu simplesmente adorei a cordilheira, principalmente os morangos. O Sr. Mayers, aquele que minha mãe havia contado ter lhe arrancado uma terceira bola, prometeu que voltaria com provisões se pudesse e papai e Ian estavam obstinados a fazerem os barracões. E eu estava decidida a ajudar.

Passei duas voltas do tecido que eu havia rasgado de um vestido em cada mão, eu estava com minhas quase inseparáveis calças largas de novo e minha camisa.

– No que está pensando mocinha? – minha mãe perguntou a mim.

– Estou pensando justamente nisso que você está pensando – falei me levantando.

– E o que te faz pensar que seu pai vai permitir?

– Eu, penso que se ele pensar em me impedir ele terá uma boa dor de cabeça – falei animada.

Ela riu com nossos pensamentos.

– Se ele não me deixa ajudar tão pouco deixará você – ela disse deixando a chaleira com água no chão.

Non me leve a mal mamãe, mas a senhora já tem idade apesar de não parecer e também... Não parece ter muita força – falei avaliando sua figura magra, ela me olhou incrédula.

– Está realmente tripudiando de sua mãe? – ela perguntou com os olhos estreitos.

Lê bon Dieu me castigue se eu estivesse – descordei – estou apenas dizendo que no seu tempo não precisa fazer muitos esforços e não está acostumada com isso.

– E você – ela apontou – é menor e mais magra que eu, que credibilidade vai ter com seu pai e Ian?

– Não muita – admiti – mas non custa nada tentar.

 

– Não!

Foi apenas a primeira negativa.

Eu o olhei furiosa enquanto ele batia o machado contra o tronco do pinheiro.

– Podemos economizar tempo – falei.

– Não vou economizar tempo se você se machucar. Será que não vê o quanto é pequena? Se um tronco desse cai em cima de você pode ficar pior que mingau de aveia – ele estremeceu com o pensamento – o que eu diria a sua mãe?

– Eu não sou retardada se um troco começar a cair eu saio da frente – falei.

Ian riu.

– Não.

Mordi os lábios um pequeno palavrão foi abafado pelo som das machadadas.

– Tudo bem, se não quer que eu os ajude a derrubar, mas posso pelo menos ajudar a levar lá para baixo?

Ele bateu com o machado um última vez e troco caiu habilmente eu sai da frente.

Papai limpou o suor da testa e me encarou com uma expressão cansada.

– Porque não ouve o que eu digo.

– Porque o senhor não está sendo prático – falei.

Ele revirou os olhos e suspirou vencido.

– Se fosse se machucar, espero que ao menos tenha forças para me defender da sua mãe.

              Eu não me machuquei os ajudei como podia e até cantando de felicidade no final do segundo dia já tínhamos um teto para dormir.

Rollo deixou Ian e foi se deitar ao meu lado eu coloquei a mão na cabeça enorme do cão e praticamente desmaiei de cansaço.

Quando sr Mayers voltou um mês depois carregado com suprimentos burros um porco e o senhor Innes, já havíamos construído os alicerces de nossa casa de verdade.

Os homens conversavam e eu olhava para as pedras com emoção.

– Você já viu o porca Faith ela é horrível – Ian me disse.

– Eu estava olhando algo bem mais bonito.

Apontei para os alicerces.

– Está começando a parecer um lar como Lallybroch não é?

Eu sorri.

– Lallybroch foi o primeiro lar que eu conheci, mas não era meu lar exatamente.

– Sei você me disse algo sobre ficar irritada pelo Tio Jamie não estar lá.

– Eu estava irritada, mas era mais que isso, parecia que ele estava me impondo a vocês. Não posso reclamar porque por sorte todos me receberam de braços abertos, mas não é como aqui. Eu estou com meu pai minha mãe meu primo chato – falei dando um soco no braço dele – estamos construindo um lar e isso é bem melhor do que ganhar tudo de mão beijada non é?

– É. – ele sorriu – Apesar de que eu gostaria de não estar sentindo os mais diversos tipos de dores em lugares diferentes. Mas venha o Tio Jamie está chamando vamos abençoar nosso lar.

Com o lar abençoado e o coração leve cutuquei Ian. Eu sentia a necessidade brutal de dividir aquilo com mais duas pessoas.

– Pode me ajudar a escrever uma carta?


Notas Finais


Até a próxima o/


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