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História Faith - Reunião


Escrita por: Teishin-chan

Notas do Autor


Boa leitura ^^

Capítulo 37 - Reunião


              Graças ao remédio a febre de Lizzie passou e ela estava bem o suficiente para que pudessem ir. Tanto Cristian quanto Brianna estavam emocionados.

Estavam tão perto...

              Porém tiveram alguns percalços, como o estranho no barco que sua tia garantiu a ele a Lizzie que conhecia. Se sentiu tentando a usar a arma, mas ela havia garantido e não discutiria com ela. Depois disso ainda houve um curioso incidente onde sua tia pediu sua arma emprestada e logo a perdeu. Ela não quis explicar o que havia acontecido, ele ficou magoado pois aquele era um presente de Callen, mas sua tia estava bem ou ao menos parecia, apesar de um pouco estranha.

Então finalmente chegaram a Cross Creek. Haviam conseguido uma informação que um James Fraser estaria ali para uma espécie de julgamento e foram parar em uma taverna.

– Eu o conheço tante se quiser eu vou lá ver – se ofereceu a ela.

– Não, – ela balançou a cabeça negativamente. – Eu devo ir.

Ela saiu pela porta dos fundos.

– Acha que é mesmo seu avô? – Lizzie perguntou.

– A descrição bate. – ele disse então sorriu – Eu estava com minha mãe na primeira caçada.

– Não foi fácil acha-lo não é.

– Não, mas conseguimos. A tante Bri me lembra muito minha mãe, teimosa e determinada e eu sei que se não o encontrarmos agora o encontraremos logo.

– Você fala muito bonito sabia? Para um menino da sua idade.

– Não sou um menino, sou um homem – ele descordou.

Ela apenas riu.

O que tinha que fazer para se tornar um homem confiável aos olhos dela?

Um tempo depois viu sua tia entrar pela porta com um alto escocês com o rosto brilhante de euforia. Era a mesma que ele tinha quando encontrou Faith.

– Cristian – ele disse com felicidade ao vê-lo.

– Como vai o senhor avô – disse um pouco tímido. Fazia muito tempo que não o via.

Mas seu avô Jamie não tinha nada de tímido e o pegou em um abraço esmagador.

– Quase me esqueci de como as crianças crescem rápido. Tenho ouvido falar maravilhas de você, tanto de Jenny quanto de Ian e é claro, de Faith quando as cartas chegavam.

– Não é para tanto – disse modestamente.

– O que importa é que Faith ficará tão feliz ao vê-lo!

– Sim imagino que vá – disse vermelho.

E esperava sinceramente que ela não o chamasse de "Mon petit homme" na frente de Lizzie  

– Como ela está? E a avó Claire?

– Muito bem – ele garantiu e segurou as mãos da filha – elas irão ficar muito felizes em ver vocês.

Brianna sorriu para ele e Cristian perguntou a ele se lembrando do motivo pelo qual ele estava ali.

– Quem o senhor veio defender?

– Fergus – disse.

 

 

             Eu estava deitada no chão próxima aos pés de morango Germaine sentado na minha barriga subindo e descendo com a minha respiração enquanto ele mastigava e mordia um morango. Mas logo fez uma careta.

– O que foi Germaine, non está gostoso?

– Ruim – ele disse.

– Verdade? Parecia bom – eu provei – está verde mon petit. Quer outro?

– Que!

          Olhei com mais cuidado e encontrei um vermelhinho estiquei o braço e o arranquei entregando ao menininho. Esse ele mordeu com mais gosto e eu sorri. Tão lindo era aquele menino. Tinha puxado a mãe na aparência cabelos loiros e olhos azuis e até agora não podia se notar as semelhanças com Fergus, provavelmente quando fosse maior.

– Cabô – ele disse pra mim.

– Quer mais um mon amour?

Ele balançou a cabeça positivamente.

Eu dei outro a ele e fiquei afagando sua cabeça.

Rollo veio se sentar ao nosso lado pousando a cabeça em meu colo.

– Está sentindo falta de Ian non é brutamontes? Eu também.

               Desde o incidente com Marsali tudo estava muito quieto. Haviam levado Fergus e Ian papai e ela haviam ido a Cross Creek para liberta-lo. E apesar de estar preocupada com ele estava confiante que tudo daria certo.

E também lembrava bem do que meu pai me havia dito ao sair.

– Não se meta em problemas e cuide da sua mãe.

              Eu estava me esforçando para isso desde que William havia partido com lorde John. Meus pais não ficaram satisfeitos por eu ter escondido minha gripe, que por acaso havia me rendido uns bons dias de cama.

            Agora eu havia sido encarregada de cuidar de meu sobrinho Germaine, então eu não podia simplesmente fazer o que me dava na cabeça. E a julgar pelo meu comportamento nos últimos tempos era exatamente o que eu estava fazendo.

              Meu pai tinha razão, eu era mãe e devia pensar mais na consequências dos meus atos.  E eu tinha um noivo, ou ao menos achava que tinha ele nunca mais havia me mandado respostas.

– Germaine James Ian Aloysio Fraser solte as orelhas de Rollo – mandei.

– Ma...

Non mon amour. Rollo está sujo - falei me sentando.

Não fazia muito tempo eu o havia visto rolar e se esfregar repetidas vezes no chão.

              Rollo se levantou ficando ao meu lado enquanto Germaine esticava as mãos teimosamente para pega-lo. Rollo estava cheio de germes e segundo minha mãe, não faria nada bem a uma criança do tamanho de Germaine se infectar com eles.

Aqueles assuntos do futuro.

            O cachorro parou de olhar para a criança que clamava por sua atenção e levantou as orelhas alertas na direção de casa. Eu segui seu olhar.

Será que eles haviam chegado?

Papa e maman devem ter chegado mon amour, vamos ver?

– Oui – ele disse.

Aquele menino era uma gracinha, mal havia aprendido a falar e já sabia inglês francês e um pouquinho de Gaélico.

            Rollo seguiu ao meu lado tranquilo, então eu tinha certeza que não eram desconhecidos. Eu havia deixado mamãe em casa quando Germaine começou a chorar sem que ela pudesse detê-lo então eu o levei ao morangos para distrai-lo o pobrezinho estava sentindo falta dos pais.

          Ao me aproximar vi algo realmente inusitado, um rapazinho e uma mocinha conversando na porta da cabana.

Rollo ergueu as orelhas.

Non brutamontes são só crianças. – O acalmei dando um batidinha em suas costas.

Mas quem eram? E porque estavam na porta?

              A menina de repente percebeu minha presença e puxou a manga do menino apontando pra mim e quando ele me olhou senti o choque do reconhecimento abalar todos os meus ossos. Tive que me lembrar de que estava segurando uma criança para não me deixar cair.

Cristian olhou de maneira duvidosa para o cachorro e veio caminhando em minha direção.

            Não consegui dizer uma palavra. Ele vinha tão empertigado de certa maneira até formal que me fez lembrar meu irmão. Mas ao contrário dele, meu filho já tinha as roupas bem gastas da viagem e não havia nada de arrogante em seus olhos.

           Abriu um sorriso de covinhas quando estava em minha frente as sardas mais pronunciadas em seu rosto que se enchia de cor. Ele estava bem maior, da última vez que nos vimos sua cabeça batia em meus seios e agora sua cabeça alcançava meu queixo.

Maman – ele disse.

Sua voz também estava diferente, não muito, mas ele já estava se tornando um homem.

Mon Petit homme – sussurrei o fazendo corar ainda mais.

E com o braço desocupado o abracei forte chorando.

Mon Dieu que felicidade! – sacudi tanto ele quanto Germaine que começou a rir.

Maman por favor está me sufocando – ele disse.

Eu o soltei e olhei para ele.

– Quase non tem mais sotaque.

– Não – ele olhou para trás onde a menina estava e olhou para mim e Germaine.

– Quem é ele?

– É o filho de Fergus e Marsali – falei – Não é lindo.

Ele sorriu.

– Bonitinho – disse cutucando a bochecha do bebê.

– Diga oi ao primo Cristian Germaine.

Ele sorriu mais não disse nada.

– E aquela menina? – perguntei.

– É a Lizzie, ela veio conosco.

– Você quer dizer que Callen está aí? – perguntei assustada.

– Não, eu não esperei por ele...

– Veio sozinho, par Dieu isso muito perigoso...

– Não, – ele me interrompeu – eu não vim sozinho apesar de achar que me sairia muito bem nisso.

             De novo ele me lembrou William. A maneira como ele falava bem, um menino que teve educação, estudos. Não arrogante, mas convencido com certeza.

Se ele fosse seu sobrinho não se pareceria tanto.

Cristian não era o mesmo menininho que eu havia deixado em Lallybroch há quase três anos.

– Claro cherry, – falei com simplicidade – mas com quem você veio?

– Com a minha tante.

Tante Jenny está aqui? – perguntei estranhando.

– Não mamãe é sua irmã a tante Bri.

Engoli em seco.

– O que você disse?

– A tante Brianna. – ele disse feliz com certo carinho – Ela chegou em Lallybroch procurando pelo vô e a vó e como eles estavam aqui nós viemos.

– Cristian segure Germaine por favor.

Ele se apressou em pegar o menino e eu me sentei no chão.

Rollo gemeu ao meu lado preocupado comigo, eu enfiei a cabeça entre os joelhos. Era o que minha mãe dizia para fazer sempre que estivesse tonta.

– Você está bem? – meu filho perguntou se ajoelhando perto de mim.

– Quer que eu traga água minha senhora?

Ergui os olhos para ver a menina de olhos cinzentos também me olhando preocupada.

Balancei a cabeça negativamente.

– Minha irmã sabe de mim?

Era uma pergunta tonta, claro Cristian estava ali e Brianna devia saber de mim, mas era tão estranho.

– Ela sabe, não sabia, mas agora sabe - ele disse - encontramos o vô em Cross Creek, deu tudo certo com o julgamento de Fergus ele os outros estão vindo na carroça.

Arregalei os olhos, ela tinha encontrado nosso pai e agora estava em casa com os dois.

– Mamãe e papai devem estar tão felizes – falei emocionada.

– Então levante-se venha conhece-la ela vai ficar feliz em vê-la também – Cristian garantiu.

– Será? – perguntei insegura.

– Ela passou a viagem me fazendo perguntas sobre você e o vô é claro que ela vai ficar feliz – apontou.

Eu me levantei olhando para a porta. Minha irmã estava lá com a nossa família. Engoli em seco, havia chegado a hora.

 

 

 

– Vocês acham que ela vai gostar de mim? – Brianna disse um pouco assustada olhando na direção da porta.

A pouco haviam ouvido os gritos eufóricos de Faith ao ver o filho.

E Claire esperava que a reação fosse a mesma ao ver a irmã mais nova, mas sabia que ela se ressentia por sua irmã não ter vindo. E não podia ter certeza da reação dela.

– Ela irá ama-la – Jamie disse confiante sorrindo para sua filha do meio.

            Não podia deixar de admirar a beleza daquele singelo momento. Algo que Claire pensou que nunca seria possível. Ver Jamie sorrindo para Brianna sentado ao lado dela. Então ela podia ter uma noção de como havia sido com Faith.

Ele não parava de olha-la cheio de orgulho carinho e se sentiu, não vingada, mas justiçada. Brianna merecia o carinho do pai tanto quanto William e Faith, e agora finalmente estavam todos juntos.

A porta se abriu com um rangido e todos se levantaram.

Cristian havia abrido a porta para que Faith entrasse e ficou lá observando sua mãe com um olhar profundamente desconfiado. As duas irmãs ofegaram surpresas ao verem uma a outra pela primeira vez.

Elas estavam muito caladas apenas como se medissem uma outra.

– Disseram que você não era alta, mas não achei que fosse tão pequena – Brianna foi a primeira a quebrar o silêncio.

Faith riu nervosamente.

– Me disseram que você era bonita, mas non pensei que fosse tanto – ela sorriu.

– E você – Brianna também riu – se parece muito com a minha...  Nossa mãe – ela se corrigiu.

– Seus olhos são azuis como os do nosso – pai – Faith disse com a voz trêmula se aproximando um passo dela.

– Você tem os cachos da nossa mãe – o passo de Brianna foi mais comprido.

– Brianna.

– Faith.

             As duas finalmente se abraçaram, desajeitadamente, não sabiam onde enfiar o braço devido a diferença de altura, no final deu tudo certo e Claire olhou para Jamie. Seus olhos estavam transbordando de alegria e de lágrimas e ela sentiu que os seus também.

Ela não havia presenciado o encontro de suas duas filhas com pai, mas aquilo tinha ter sido como aquilo.

– Obrigado Sassenach – ele sussurrou para ela.

– Por que? – sua voz saiu rouca.

– Pela família linda que você me deu – sorriu entre lágrimas – estou olhando para as duas agora e me pergunto o que mais eu poderia querer?

Ela sorriu.

– Temos tudo aqui agora não temos.

– Sim, temos.

Ele suspirou satisfeito estreitando os braços em sua cintura.

 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim, até a próxima o/


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