Enquanto eu terminava meu sanduiche minha mãe entrou na cozinha para pegar um copo de água. Ela beijou minha cabeça e quando ia saindo pareceu lembrar de algo e voltou, sorriu e falou.
- Seu primo, Pedro, chega amanhã!
- Como assim mãe?
- A mãe dele me avisou no domingo passado e eu esqueci totalmente de te falar.
- Tá bom mãe, que horas ele chega?! – Falo, já ansiosa.
- Pela manhã querida, seu pai vai buscá-lo no aeroporto. Boa noite queridos.
- Boa noite mãe. – respondi.
- Boa noite Ceely. – Micael respondeu.
Minha mãe saiu da cozinha e Micael me olhava com uma cara nada boa, enquanto eu só era sorrisos. Meu primo era lindo e nos dávamos muito bem. Adorava quando ele vinha para cá.
Terminei de comer e subi para o quarto, eu queria deixar tudo meio arrumadinho para quando o Pedro chegasse estivesse tudo com uma aparência legal. Micael entrou no quarto e eu continuei arrumando meu quarto.
- A gente pode conversar agora? – Ele perguntou.
- Comece aí. – Falei sem dá muita atenção.
- Você tá toda feliz aí porque esse teu primo vai chegar!
Ciúmes! Agora? Sério isso? Eu me viro e coloco a mão na cintura. Fecho a cara, eu não acredito que ele está com ciúmes do Pedro. Ele é meu primo, que droga. Ele até namorada tem.
- Porra Micael, o Pedro tem até namorada. Você também tem ciúmes de todo mundo!
- Desculpa, tá?! É que eu nunca havia sentido isso, eu não sei como controlar.
Como assim ele nunca tinha sentido isso? Ele nunca se apaixonou? Eu desisti de minha cara de mau, eu estava curiosa, sentei na cama e olhei para ele, ele estava com os olhos fechados e estava deitado. Sua mandíbula estava serrada e sua barba já estava bem grandinha.
- Micah, como assim você nunca havia sentido isso? – Perguntei.
- Eu nunca senti nada por uma garota Lorraine, eu nunca namorei, nunca me apaixonei. Entendeu agora?
Putz! Eu nunca imaginei que ele fosse desse tipo de homem dos livros, ele era tão bonito e não acredito que ele nunca tenha se apaixonado. É muito irreal. Porém, ele não parecia estar brincando. Ele olhou para mim e eu nunca o vi tão sério.
- E como você sabe que está apaixonado por mim? – Se ele nunca se apaixonou, como sabe que está apaixonado por mim, pensei.
- Por que eu nunca senti nada parecido com o que sinto você. Eu sinto raiva quando penso em você com outro, ou quando vi você com o Kaique. Eu chorei por você, eu só havia chorado por minha mãe. Além disso, eu a desejo todas as horas do dia e da noite.
- Ah.
- É só isso que você tem a dizer?
- Bem Micah, eu acho que isso tudo é impossível. Meu pai nunca vai deixar nós dois acontecer. Sim, aconteceu algumas vezes. Mas tudo contribuiu para isso acontecer. Eu duvido que ele deixe.
- Eu posso tentar pelo menos?
- Eu preciso pensar Micah. Eu estava decidida que ia deixar acontecer. Bem, deixe meu primo vir e ir embora e a gente vê o que faz está bem?
- Por que eu tenho que esperar ele ir embora?! – Ele altera a voz.
Meu Deus, será que ele não entende nada do que quero dizer. Ele não pensa é? Começar com tudo isso com meu primo aqui só ia piorar tudo.
- Micael, pense bem. Se eu disser sim, você falou que vai passar por cima de tudo e todos para isso acontecer, pense. Com o Pedro aqui, começar tudo isso seria um desastre. Se você quer conversar com meu pai, como ele reagiria? E o Pedro, o que ele pensaria? Eu não sei explicar muito bem, mais tudo ficaria mais difícil. Você consegue entender?
Ele respira e parece está juntando as engrenagens do que eu quero que ele entenda. Micael levanta e senta na cama e me olha. Sua mandíbula serrada é sinônimo de que está com raiva e não quer demonstrar tanto.
- Você tem razão. – Ele concorda.
Eu o abraço e ele relaxa, me pega e coloca-me em seu colo. Eu sei o que ele sente, por que eu só quero estar perto dele também e quando ele me toca e eu me derreto todinha. Sua boca toma a minha e o beijo dele parece mais possessivo do que nunca. Eu gosto disso, na verdade, eu gosto tudo que é dele e vem dele.
Quando acordo Micael já não está mais comigo, ele deve ter decidido que era melhor, caso minha mãe resolvesse me chamar. O que acabou acontecendo. Ela me acordou era tarde na manhã seguinte, por sorte ela não me acordou para a aula, porque eu não queria ir. Ela avisou que meu pai já havia ido buscar o Pedro e que eles deviam estar para chegar.
Levantei e fui ao banheiro, escovei os dentes e tomei um banho bem gostoso com água quente. Eu estava meio dolorida das braçadas que eu havia dado ontem na piscina. Vesti um shortinho jeans curto e uma camiseta, sequei meu cabelo com o secador e coloquei um pouquinho de perfume.
Pendurei a toalha na porta e não coloquei chinela, estava dentro de casa mesmo. Olhei o relógio e era 11h23min, abri a porta e dei de cara com o Micael.
Ele cheirava a loção de banho e seu cabelo estava molhado. Céus, ele estava delicioso e cheiroso. Parece até que ele leu meus pensamentos. Micael me encostou na parede e me beijou fogosamente. Céus, ele estava muito cheiroso e eu o desejava. Infelizmente fomos interrompidos pelo grito da minha mãe, nos chamando para descerem que meu pai e o meu primo haviam chegado.
Micael desceu primeiro e eu voltei para o quarto para me ajeitar. Eu estava toda assanhada. Coloquei um gloss para disfarçar minha boca vermelha e inchada depois do beijo. Pedro provavelmente perceberia.
Depois de me arrumar novamente eu desci correndo, Pedro estava apertando a mão do Micael e eu corri. Ele abriu os braços e me abraçou, rodando-me no ar. Que saudade dele! Pedro me colocou no chão e ajeitou seu cabelo loiro e seus olhos verdes brilharam junto com seu sorriso encantador.
Ele me abraçou novamente e cheirou meu pescoço. Continuou pregado em mim, segurando-me na minha cintura. Meus pais estavam abraçados e sorrindo. Micael havia perdido o sorriso que abrigava sua boca depois de me beijar e eu sabia que ele estava odiando aquilo.
Aquilo me encheu de raiva, eu adorava meu primo e não seria por causa do Micael que eu ia mudar com o Pedro.
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