Cara, minha irmã postiça é muito linda. Ela é muito mais do que imaginei. Ela é legal, gentil, humilde e gosta de muitas coisas que eu também gosto. Eu pensei que não íamos nos darmos bem logo assim de cara. Pensei que ela ia fazer ceninha, afinal, eu sou o intruso na família. Mais não, ela me recebeu de braços abertos e parecia ansiosa quando eu a abracei. Ela cheira bem e como ela cheira bem.
Olho para o lado e vejo que ela já dormiu. Ela parece se encolher, deve estar sentindo frio. Eu desligo a televisão e a cubro com o edredom. Apago a luz e fecho a porta do quarto. No meu quarto eu deito na cama, mesmo assim não consigo dormir. Estou mais confortável do que um dia minha antiga casa foi. Minha mãe deve estar olhando feliz de onde ela estiver e espero que esteja orgulhosa de mim.
A mulher do meu pai é muito boa, apesar de conhecer ela apenas algumas horas. Ela foi bastante gentil comigo e me tratou como um filho. O pai disse que eles perderam um menino quando ele tinha cinco anos, será que ela me ver como um filho? Espero que sim, eu não quero trazer desordem para essa família. Só vim para cá porque o pai insistiu.
Acabei adormecendo e sonhei com Lorraine. Foi um sonho confuso. Ela estava no quarto dela e eu estava em sua cama, quando eu olho para meu corpo, vejo que estou sem roupa, sei que é ela que vai até o banheiro, conheço o cabelo e o andado dela. Mas quando ela volta é outra garota. Eu acordo. Suado. Faz tempo que não tenho sonhos.
Olho no relógio e são 6h45min, me levanto e olho a redor. Tomo uma ducha gelada e caramba, Lorraine não sai da minha cabeça. Visto uma roupa e me encaminho para a cozinha. Um cheiro delicioso me guia até lá. Vejo a mulher do meu pai no fogão e dou um bom dia.
- Bom dia Micael! Dormiu bem?
- Estava sem sono, mais dormi um pouco.
- Bem, Frank está para descer e Lorraine também. – ela me falou com um sorriso no rosto.
- Ela acorda tão cedo assim? – Pergunto.
- Ela tem aula. Quer café ou leite? – Me oferece.
- Os dois, por favor.
Ela coloca uma xícara de café na minha frente e uma caixa de leite ao lado. Enquanto coloco o leite, observo ela colocar bolo, pão, presunto, queijo e manteiga na mesa. Além de frutas, achocolatado e suco.
- Bom dia família. – Meu pai chega a cozinha junto com Lorraine e ela ainda parece está dormindo.
- Bom dia gente. – Fala ela bocejando.
- Bom dia. – Respondo.
- Bom dia amores. Sentem. – Ceely fala para eles.
- Querida quero só café. – Meu pai pede. – Tenho uma reunião daqui a 30 minutos, já estou de saída.
- E eu pai? – Pergunta Lorraine.
- Micael sabe pilotar moto. Pega a minha Mica e leva a Loh para a aula, por favor.
- Sim pai. – Respondi e rio quando vejo Lorraine comendo parecendo uma sonâmbula.
- Até mais tarde pessoal. – Meu pai se despediu e deu um beijo na bochecha da Ceely.
- Filha, acorda ou vai se atrasar!
Quase cuspo meu leite com café quando Lorraine coloca tudo na boca. Foi engraçado, era o que eu precisava para dissipar aquela tensão da noite. Ela saiu correndo para escovar os dentes e eu terminei o café.
- Micaaaael! – Escutei ela gritar.
- Oi? – Respondi.
Ela apareceu na cozinha de uniforme e eu quase gelei, ela ficava bem nele. Observei ela vir até mim e me puxar da cadeira.
- Vamos, eu vou me atrasar! – Ela me puxava enquanto falava.
- Calma, eu tenho que pegar minha carteira, celular e a chave. – Bem, eu não sabia onde estava a chave – Bem, você pega a chave, eu não sei onde está.
Subi as escadas correndo e fui para meu quarto. Peguei minha carteira, dinheiro e celular. Troquei a camisa e calcei um tênis, escovei os dentes e coloquei um pouco de colônia. Desci correndo e ela estava impaciente no pé da escada.
- Caramba, você demorou Micael! – ela bufa.
- A gente acabou de se conhecer e você já toda cheia de mimimi. – eu rio dela.
Ela me entrega a chave e a gente vai para a garagem. Meu pai não tem uma moto, ele tem é uma máquina. Uma Ducati Monster 1200 S. Eu quase babo por um momento, mas a Loh não deixa. Eu subo na moto e a ligo. Ela sobe em seguida e diz pra apertar um botão no chaveiro da chave para abrir o portão. Colocamos os capacetes enquanto o portão abre e eu acelero para sair dali.
Lorraine me fala onde é a escola dela e eu sei exatamente onde é. Eu acelero e me arrepio quando ela aperta ainda mais minha cintura. Em minutos chegamos à escola dela. Tiro meu capacete e o dela para ela descer sem dificuldade. Ela me abraça e me dá um beijo na bochecha.
Observo ela andar até suas amigas e todas elas dão gritinhos e olham pra mim. Eu sorrio e coloco o capacete. Coloco o outro no braço. Sigo ela com o olhar até ela entrar no prédio, eu estava hipnotizado por ela.
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