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História Faking It - Capítulo Treze


Escrita por: Bells13

Notas do Autor


Hey!
Sim, é algo bem raro eu conseguir postar antes das 00:00
Sobre esse capítulo: Aos que me pediram pegação na cama, bem... espero que gostem kkk <3
Obrigada por todos os comentários do capítulo passado, vocês são demais <3 <3
Boa leitura <3

Capítulo 14 - Capítulo Treze


Faking It

Capítulo Treze

                Margarida marchou até a sala, aonde encontrou Jaime, sentado apreensivo no meio do sofá.

                O garoto parecia outra pessoa, havia cortado o cabelo, trocado de perfume e vestido uma de suas melhores roupas, nem de longe parecia o Jaime desleixado que a morena conhecia.

                - Se você se arrumou todo para tentar me agradar, sinto em lhe informar, mas perdeu seu tempo. – Margarida disse, anunciando sua chegada ao cômodo.

                Jaime, que ainda não havia percebido a moça, virou-se rapidamente, encontrando Margarida ainda com o uniforme escolar.

                - Não sabia que Margaridas tinham espinhos. – Ele brincou, tentando amenizar o clima pesado, mas Margarida não esboçou nenhum sorriso. – E nem que boas moças matavam aula, florzinha.

                A menção do antigo, e mais querido, apelido fez o coração da moça disparar, e Margarida teve que se segurar muito para não desistir do plano de Jorge.

                Jorge. O nome a fez voltar aos eixos, não podia decepcioná-lo, não podia desistir do plano.

                - Pois bem, aprenda uma coisa: garotas boas são apenas garotas más que ainda não foram pegas. – Margarida disse, sorrindo cínica.

                Jaime riu.

                - E o que acontece se os pais das garotas boas descobrirem que elas não são tão boas assim?

                Margarida lhe encarou, surpresa. O moreno, com quem dividira vários bons momentos e a quem jurou amor eterno, estava lhe ameaçando?!

                - E o que acontece se os pais dos garotos de ouro descobrirem que eles andam mandando colegas para enfermaria só porque estão com ciúmes? – A caipira rebateu, cruzando os braços, enquanto fingia estar muito intrigada com a pergunta.

                O Palillo arqueou uma das sobrancelhas, ao mesmo tempo em que um sorriso debochado se formava em seus lábios.

                - Ciúmes? Do Cavalieri?! – O moreno perguntou em um misto de indignação e deboche, se levantando. – Me poupe, florzinha. Eu sei muito bem que aquele mauricinho é só uma fase para você.

                A Garcia sentiu o sangue ferver dentro de si. Quem Jaime pensava que era para entrar em sua casa e destilar veneno contra ela e, apesar de falso, seu relacionamento?

                - Assim como você foi para mim? – Margarida perguntou cinicamente. – Por favor, Jai, entenda: o que nós tivemos já passou, e, com toda certeza, não é dando uma bolada no Jorge que você vai reviver nosso relacionamento.

                Jaime, que tinha os olhos envoltos em um estranho brilho, se aproximou de Margarida, colocando suas mãos na cintura da caipira, a aproximando até que a distância entre eles fosse de poucos centímetros.

                Margarida, enfeitiçada pelo cheiro e toque de Jaime, não recuou.

                - Será mesmo que já passou? – O garoto sussurrou, aproximando seus lábios dos da garota. – Por que não descobrimos?

                Quando seus lábios quase se roçavam, Margarida teve um surto de sanidade, acertando um tapa certeiro na face do garoto, que a soltou imediatamente.

                - Você ficou maluca? – Ele perguntou, passando a mão pelo rosto.

                - Se eu fiquei maluca?! – Margarida disse, os olhos faiscando em fúria, enquanto batia suas mãos contra o peitoral largo e rígido do garoto, o empurrando até a porta. – Eu fiquei insana, meu querido! Louca, maníaca, psicopata!

                O moreno sentiu suas costas se chocarem contra a porta, ele não tinha escapatória, a não ser encarar os olhos, que geralmente eram verdes, escurecidos de ódio.

                - E sabe o que esse tipo de gente faz? – Ela questionou, sussurrando pausadamente. – Nós arrancamos as bolas de quem tenta nos beijar, e as costuramos no meio de seu orifício anal! Se não quiser que isso aconteça com você, é bom que saia da minha casa! Agora!

                Jaime deu uma última olhada em Margarida, que havia se afastado para deixar o garoto passar, e saiu ligeiramente da casa.

                - Vejo que esqueceu de tomar seus remédios, filha. – A voz grossa do homem mais importante de sua vida invadiu seus ouvidos, a fazendo virar e encarar o homem, que lhe lançava um sorriso brincalhão. – Não acha que foi um pouco radical demais?

                - Eu perdi o controle, sei lá. Ele anda me irritando muito. – A menina deu de ombros, indo abraçar o pai, que recebeu o gesto de bom grado. – O senhor sabe o quanto o Jaime me magoou nesses últimos três anos e agora que estou, finalmente, seguindo em frente, ele vem me atazanar dentro da minha própria casa?! Não mesmo, ele não tem esse direito!

                O pai não lhe disse nada, se contentando em apertar os braços em volta da filha, não querendo que aquele momento acabasse nunca, afinal, dentro de seu abraço, Margarida estava protegida de todas as angústias e decepções que a vida poderia, e iria, lhe fazer experimentar.

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                Jorge andava, angustiado, de um lado para o outro.

                Ligava ou não ligava para saber se corria tudo bem?

                Mandando um grande foda-se para seu orgulho, o filho único dos Cavalieri pegou o celular, pronto para ligar para a namorada, mas, ao invés disso, seus dedos discaram o número da melhor amiga.

Depois de sete toques, Alicia, finalmente, atendeu.

- Quem ousa perturbar meu sagrado sono?! – A voz da Gusman perguntou, ofegante, do outro lado da linha.

-Sono? Que sono, Ali? Eu sei muito bem que a você ia sair com o Paulo hoje! Tá aí toda ofegante e demorando para atender porque tava se agarrando com o Guerra primogênito! – Jorge respondeu, debochando da amiga, que suspirou brava do outro lado da linha, fazendo o loiro rir.

Jorge sempre ligava para Alicia em momentos de angústia ou nervosismo por aquele motivo: ela sempre conseguia lhe arrancar risadas, propositalmente ou não.

- O que você quer, hein, loiro tingido?!

- Alicia Gusman, não me ofenda desse jeito! Eu sou loiro natural! – O menino usou seu tom de indignação, ouvindo Alicia rir do outro lado da linha, e alguém suspirar irritado, alguém esse que ele supôs que fosse Paulo. – Agora, me deixa falar, que eu já percebi que o Paulo tá fogoso hoje e quer voltar para a ação que eu interrompi.

Ali riu do outro lado da linha, mas Jorge a conhecia o suficiente para saber que a menina estava corada.

- Pode mandar.

- Jaime ia para a casa da Margarida hoje, sabe? Para fazer o trabalho. – Ele explicou. – Eu deveria ligar para saber se está tudo bem?

- Depende. O que você está sentindo é ciúmes ou preocupação?

Jorge não conseguiu responder, pois foi interrompido pelo irritado namorado de Alicia:

- Bem, se quiser minha opinião, - Paulo gritou ao fundo. – você deveria ir lá conferir pessoalmente, e deixar de empatar os outros!

- Certo. Obrigado. Agora vou deixar vocês voltarem ao que estavam fazendo antes, só, por favor, usem proteção, Marcelina é muito nova para ser tia. – Disse Jorge, desligando rapidamente.

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                Margarida tentava, realmente, prestar atenção no filme que a televisão exibia, mas sua mente voava para longe.

                Três toques rápidos na porta a despertaram do turbilhão de pensamentos em que sua mente estava, e, com a voz baixa e arrastada, ela avisou:

                - Está aberta.

                Dentre todos os sete bilhões de humanos vivos no mundo, o que entrou pela porta era o único que ela não esperava.

                - Então esse é o seu quarto, caipirinha?  - Perguntou Jorge, entrando no cômodo, ao mesmo tempo em que fechava a porta atrás de si.

                - Um pouco mais bagunçado que o normal, mas sim, é ele mesmo. – Respondeu Margarida, tentando esconder o corpo que estava coberto somente por uma camisola fina.

                - Posso? – O garoto perguntou, apontando para a ponta da cama de Margarida.

                - Fique a vontade. – A caipira deu de ombros, enquanto o menino sentava ao seu lado.

                Foram longos segundos de um silêncio constrangedor até que Jorge decidiu quebrá-lo, pigarreando.

                - E então, como foi o trabalho com Jaime? – O Cavalieri perguntou, constrangido.

                - Não me lembro de ter te contado sobre a data do trabalho, engomadinho.

                - Eu escutei a conversa que vocês tiveram antes do intervalo. – Ele deu de ombros.

                - Não te ensinaram que escutar a conversa dos outros é falta de educação, engomadinho? – Ela provocou.

                - Ei, foi sem querer! – Jorge se defendeu, encolhendo os ombros. – Mas agora me fale: como foi?

                - Não foi, na verdade. – Margarida deu de ombros, enquanto Jorge lhe lançava um olhar confuso. – Ele tentou me beijar, mas eu dei um tapa nele, e o expulsei dando uma de louca.

                Margarida achou que Jorge fosse surtar, mas, ao invés disso, o loiro empurrou seu ombro levemente contra o dela, sorrindo torto.

                - Essa é a minha garota.

                - Não está bravo ou coisa parecida? – A caipira questionou.

                - Por você ter dado um tapa nele e por expulsa-lo da sua casa? Nah! Claro que não. Muito pelo contrário, eu estou super orgulhoso.

                Margarida riu.

                - Tão orgulhoso que vou até lhe dar um presente. – O loiro disse, procurando algo em um dos bolsos da calça. – Confesso que só ia lhe dar isso amanhã de manhã, mas você está merecendo.

                A Garcia lhe encarou, curiosa, enquanto o loiro lhe entregava um simples papel.

                - O que é isso? – Ela perguntou, ao mesmo tempo em que seus olhos corriam pelas letras impressas no papel.

                - O recibo do pagamento da primeira parcela do seu book. – Jorge respondeu, vendo o sorriso de Margarida se alargar e tomar conta de, praticamente, todo o rosto.

                - Eu não acredito, eu não acredito! – Margarida disse, voltando seu olhar ao loiro.

                Sem aviso prévio, uma alegre Margarida pulou no colo de Jorge, colocando cada perna de um lado do colo de Cavalieri, enquanto seus braços envolviam o pescoço do loiro, puxando seu corpo para um abraço meio desajeitado, afinal, devido à posição, um abraço apertado deixaria Jorge espremido contra os seios da garota.

                - Eu não consigo acreditar! Muito obrigada, engomadinho! – Margarida disse em tom agudo, enquanto Jorge ria da animação da garota.

                - Só estou cumprindo a minha parte do acordo. – Ele disse, ainda rindo da caipira. – Ah, e antes que eu me esqueça, sua sessão de fotos é no sábado.

                 Jorge acreditava que o sorriso que Margarida havia dado antes tinha coberto todo seu rosto, mas ele mudou de ideia ao ver o que ela soltou logo depois do aviso.

                - Ai meu Deus! Eu não consigo acreditar! – A caipira disse, começando a saltitar e falar coisas desconexas, ainda no colo de Jorge.

                Em poucos instantes, o que era uma expressão alegre, se transformou em uma expressão confusa.

                - Ei, engomadinho, o que é isso duro aqui em bai... – A própria Margarida se interrompeu, parecendo perceber o que havia acontecido, se levantando em um pulo. – Eu não acredito nisso, Jorge Cavalieri!

                Jorge coçou a nuca, envergonhado.

                - Margarida, olha pelo meu lado: eu sou um adolescente cheio de hormônios, e tenho uma menina só de camisola fininha e calcinha pulando no meu colo, como eu não ficaria excitado?!

                O rosto avermelhado de Margarida se contorceu em uma careta.

                - Certo, puritana, você não vai simplesmente me animar sem querer e sair, né? – Jorge perguntou, esperançoso.

                - Vou, é claro que vou.

                - Não me obrigue a ir te pegar, caipirinha. – Jorge avisou, se levantando.

                - Você não teria coragem, Jorge. – E isso foi o suficiente para incentivar Jorge.

                Foram dois minutos de correria e de vários objetos caindo no chão, mas Jorge Cavalieri finalmente conseguiu jogar Margarida Garcia na cama, ficando por cima da caipira.

                - Quem é que não tinha coragem, puritana? – Jorge perguntou, aproximando seu rosto da face da caipira.

                Margarida se aproximou ainda mais, acabando com a distância entre eles, enquanto puxava ainda mais o corpo do loiro, esse que com uma mão apertava, firmemente, sua cintura e, com a outra, apertava uma das coxas da menina.

                Como todo bom corpo de uma jovem cheia de hormônios, o de Margarida clamava por mais contato, então, enquanto o Cavalieri descia os beijos para seu pescoço, a moça prendeu suas pernas no corpo de Jorge.

                - Está me provocando, caipirinha? – O garoto sussurrou contra seu pescoço, lhe causando arrepios.

                - Se você considera isso provocação, você ainda não viu nem o começo, engomadinho. – A morena respondeu, invertendo as posições dos dois.

                Nessa posição, Jorge conseguiria, finalmente, descer suas mãos, principalmente, porque Margarida facilitava a ação, já que a garota empinava a bunda, enquanto distribuía chupões pelo pescoço do loiro.

                - Quem é você e o que você fez com Margarida Garcia?  – Jorge perguntou, ofegante.

                Antes que a morena pudesse responder ou que Jorge conseguisse, finalmente, colocar suas mãos na bunda da garota, alguém bateu na porta do quarto de Margarida.

                - Margarida, tudo bem aí? – Hortência perguntou do outro lado.

                Em um só pulo, a Garcia saiu do colo do Cavalieri, levantando-se, enquanto Jorge, atordoado, imitava a morena.

                - Claro, mãe. – Ela respondeu, assustada.

                - Certo. – A mãe concluiu, e, após alguns segundos, os dois jovens ouviram os passos da mulher se distanciando.

                O casal de namorados se sentou na cama, um ao lado do outro, mas, envergonhados, eles não conseguiram se encarar.

                - Isso tudo foi culpa dos hormônios, certo? – Margarida perguntou, incerta.

                - Sim, com toda certeza foram os hormônios. – Jorge concordou.

                O loiro se levantou.

                - Bem, já vou indo. – Ele anunciou. – Boa noite, caipirinha.

                Ele lhe encarou alguns segundos, até, finalmente, depositar um beijo estalado em sua testa, e sair, rapidamente, em direção a saída do quarto.

                - Boa noite, engomadinho. – Ela disse, enquanto o garoto abria a porta.

                Ao ver a porta batendo, Margarida se deixou cair sobre o colchão, pensativa.

                Aqueles amassos tinham que parar.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3


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