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História Epilogus - O despertar


Escrita por: JonhLEH

Notas do Autor


Mais um capitulo desenvolvido. Espero que gostem.

Capítulo 7 - O despertar


Fanfic / Fanfiction Epilogus - O despertar


Renunciada toda fraqueza... Estou liberta da carne humana nascida para uma nova existência, esta de poder sem limites. Não há mais barreiras... Não há mais submissão.

( Lilith )
 

 
   Helga estava abaixo de uma figueira, na mesma paz que parecia sempre estar sendo pulverizada sob o Éden. Desembaraçava seus longos cabelos enquanto Ragner orava em silêncio, meditando momentos antes de encontra-se com Deus, como de costume para caminhar juntos e receber seus ensinamentos.
   Era uma tarde comum. Os animais do jardim circulavam passivamente, o ar percorria suave todo campo à vista, os pássaros cantavam. Tudo parecia estar devidamente em seu lugar. Até que pôde-se ouvir pouco ao longe.
- Helga! – Lilith aproximava-se sinuosa.
Helga assim que reconheceu sua presença sorriu serena.
- Irmã. Por onde andastes? Está quase em tempo de reunirmos ao nosso Senhor.
- Nosso Senhor? - Questionou ela sorrindo. - Nosso?
Ragner percebeu sua presença assim que ouvira sua voz, forçando-o a retornar de seu leve transe.
- Se Ele não fosse o nosso Senhor, quem mais seria? - Questionou ele erguendo-se viril.
- Ragner... - Ela agora já estava frente aos dois quando se deparou com a imagem masculina. Ele a olhava profundamente. O primeiro homem de fato era uma criatura invejável, porém a primeira mulher em nada perdia. - Irmão, minhas palavras nada querem insinuar, senão meu profundo respeito e adoração pelo nosso Pai. Mas preciso partilhar com vocês testemunhos que até o verdadeiro Deus anseia para que saibam.
- Verdadeiro Deus? - Questionou Helga confusa.
- Mulher! - Bradou Ragner. - Dobras tua língua sete vezes antes de proferir qualquer palavra que possa tornar duvidosa a tua fé.
Ela sorria enquanto começara a circunda-los.
- Eu não sou a ameaça aqui. Não sou uma incógnita.  Sou matéria da tua mesma matéria. Sou sangue e carne, igual a vós. Mas nosso Deus, o que ele é?
- Mulher! - Insistiu Ragner. - Queres deturpar a imagem do Criador? - Ele agora aproximava-se agressivo.
- Ragner! - Disse Helga segurando em seu braço. Ele retornou seu olhar para ela onde encontrou ternura e por sua vez consentiu.
   A intolerância de Ragner perante Lilith tinha um motivo claro.  A primeira mulher nunca aceitou ser inferior, ou em outras palavras, tomar parte de seu lugar numa hierarquia alimentada pelo mesmo. Não havia barreiras para as expressões desta. Ela era autentica brava e vigorosa. Estas características incitavam total repudio ao homem, a qual sentia-se obrigado a dominar tudo em sua volta.
- Isso Ragner... – Continuou Lilith. – Mantenha-se calmo, venho em paz.
- O que queres nos dizer Lilith? – Questionou Helga.
- Preciso que ouçam uma breve historia. - Ela já tinha dado uma volta entre eles, e agora estava de costas ao lado direito da árvore - Preciso que ouçam um amigo. – Neste momento ela aponta para o outro lado da figueira, de onde desperta sombrio o homem que se revelou a ela momentos antes.
Helga assustada recua passos atrás de Ragner, que por sua vez toma posição frente a ela. No Éden, além deles e da presença do Divino não haviam mais seres semelhantes.
- Quem sois?! Lilith! Quem é este que trazes aqui?
- Hora, hora... – O homem começou a falar e sorrir. – Não precisas te preocupar Ragner. Sou aquele que te traz boas novas.
O homem a poucos passos começou a aproximar-se.
- Pare onde estás! – Disse Ragner. – Quem és tu? Digas!
- Sou um irmão distante... Um irmão quase silenciado.
- Não fazes parte do Éden. Não fazes parte do reino de Deus.
- Não faço parte do reino Dele? – Perguntou o homem totalmente irônico. – Me diga, e você acha que isso é o reino Dele. – O homem pousou a vista na terra, logo após olhou em direção ao céu. Fechando os olhos lentamente, continuou. – Oh não! Isso aqui não.
- Se não disseres agora quem sois...
- Farás o que? – A face do homem agora se perdeu em obscuridade. – O que farás contra mim? – Disse ele erguendo os braços frente aos dois.
- Ragner... – Sussurrou Helga.
- Ah! Helga minha querida, me perdoe. Não lhe prestei devida reverência. – Ele curvou-se suavemente a ela. – Com certeza belíssima.
- Basta!
- Isso Ragner, de fato já chega! Vamos ao que interessa. – Ele estende a mão.
- Qual é sua pretensão neste gesto?
- Lhe mostrar a verdade. – Respondeu-lhe com um largo sorriso. – Se quiseres tomar conhecimento do que posso te ofertar, deveis segurar minha mão.
- E por que achas que irei fazer isso?
- Hum! Ragner meu caro. Eu sei que sim. Ah! Eu conheço teus segredos meu irmão.
- Não toque nele Ragner! – Disse Helga.
- Irmã. Não seja tola! Não quereis também saber de toda a verdade? – Partiu na discussão Lilith.
- Farás tua escolha homem, e esta deverá determinar tua existência. – Concluiu o ser obscuro.
   Após estas ultimas palavras Ragner lançou sua mão sobre a dele, e Helga lançou-se sobre Ragner tentando impedi-lo, porém, inutilmente.
 



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