História Fallen For You - Capítulo XXI

Jonghyun e Key retiraram-se do cômodo um tanto aliviados ao verem que Taemin já estava bem. Mesmo com o pouco de tempo em que conviveram com o mais novo, era explícito o enorme carinho que ambos já nutriam pelo loirinho. De fato, Taemin não precisava de muito esforço para conquistar alguém, sua áurea angelical contagiava a todos com uma paz indescritível.

-Está com fome? Podemos ir para o meu apartamento... Algo me diz que esses dois precisam de privacidade. –Jonghyun propôs a Kibum que caminhava tranquilamente rumo às escadarias.

-Por mim, tudo bem... –Key respondeu e suspirou sorrindo. -Fico feliz que ele esteja bem, espero que sejam felizes. –Kibum revelou com uma entonação tão serena que ganhou o olhar curioso de Jonghyun. Kibum carregava um sorriso esperançoso nos lábios, e o baixinho sentiu o mundo parar de girar por alguns segundos.

-Você é lindo... –Jonghyun afirmou com um sorriso bobo, e Key cessou seus passos ao sentir suas bochechas esquentando.

-Aish, para de ser bobo! Vamos logo. –Kibum respondeu nervoso, e passou a caminhar apressadamente.

Jonghyun sorriu divertido e correu em direção ao loiro, puxando-o bruscamente contra si, e sem ceder oportunidades para Kibum falar algo, Jonghyun cessou a distância entre seus lábios, colando-os aos de Key. O loiro arregalou os olhos por alguns segundos, porém logo relaxou e deixou-se ser envolvido por aquele ósculo. Jonghyun passou seus braços ao redor da cintura de Key, abraçando-o possessivamente. Kibum levou suas mãos até o pescoço do moreno de cabelos platinados, arranhando-o levemente num carinho um tanto intenso.

Um formigamento gostoso tomou conta do corpo de ambos, apenas confirmando a sentença de que certamente estavam apaixonados. Jonghyun não se conteve em passear suas mãos pelas costas e pelas laterais do corpo de Kibum, que apenas suspirava em satisfação em sentir os toques nada castos do baixinho. Eram firmes e intensos, como se desejassem fundir-se a sua pele. Separaram-se com uma leve mordida da parte de Jonghyun, resultando num suspiro sôfrego do mais alto em busca de fôlego.

-Você me encanta, Bummie... –Jonghyun sussurrou enquanto colava ambas as testas e desferia um leve carinho no nariz do mais alto com o seu próprio. Kibum nada disse, apenas continuou desferindo beijos molhados contra a face de Jonghyun que já engolia em seco, na medida em que fechava seus olhos, apreciando a carícia.

-Se continuarmos aqui, eles não terão a privacidade que você propôs. –Kibum afirmou, enquanto encarava a feição desnorteada do baixinho em sua direção.

-Tudo bem, vamos! –Jonghyun o tomou pela mão e se dirigiram para a saída da casa de Minho. Jonghyun apanhou o carro do Choi emprestado novamente, e com a companhia do loirinho sorridente ao seu lado, pegou estrada em direção para o seu apartamento.

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Um silêncio confortável pairou sobre o quarto, enquanto olhares intensos e sorrisos sinceros apossavam-se dos rostos de ambos, logo após findarem aquele ósculo. Taemin ainda portava uma feição cansada, porém nada o impedia de sorrir, simplesmente por estar na presença do moreno, que agora o encarava profundamente.  

-Hyung... –Taemin indagou, porém Minho o calou ao pôr seu indicador sobre os lábios cheinhos e convidativos do mais novo.

-Apenas descanse, pequeno. Não sairei do seu lado, não importa o que aconteça. –Minho sorriu enquanto acariciava os pequenos fios que caíam sobre os olhos de Taemin, que institivamente marejaram diante daquela confissão. O menor não se atreveria a descansar naquele momento. Não precisava daquilo. Não quando seu tempo com o moreno estava passando tão rápido quanto a velocidade de seu coração.

-Hyung, não desista de mim. Por favor, hyung... Não me deixe sair do seu coração. –Naquele momento já não era possível segurar as lágrimas, Taemin chorava como uma criança enquanto deixava-se ser acolhido pelos braços fortes do moreno, que o encarava confuso e com um estranho peso em seu coração.  

-Do que está falando, pequeno? –Minho apoiou seu queixo no topo da cabeça do menor, enquanto este molhava sua camisa com suas lágrimas.

-Só promete, hyung... Promete que vai me amar, independente do que aconteça. –Taemin atreveu-se a olhar no fundo dos olhos do mais velho, implorando por uma resposta positiva. Estava com medo, com saudades. Aquilo doía mais do que se lhe arrancassem o coração, ele sabia que este dia chegaria... Mas não sabia que machucaria tanto ter que deixá-lo.

-Você está estranho, pequeno... –Minho limitou-se a sorrir terno, numa tentativa de acalmar o que parecia perturbar o loirinho. –Mas, se te deixa mais tranquilo, eu te prometo o meu amor. Me desculpe por essa noite, a consequência dos meus erros passados, me fizeram pagar um preço bastante alto. Um filho... –Taemin baixou os olhos ao lembrar-se do acontecido que por um momento, havia esquecido. Sentiu-se triste por algo que provavelmente fortaleceria o abismo que já os separava. Ele teria uma família... Não poderia ser injusto ao ponto de guardar o amor de Minho para si. Minho já tinha pessoas com quem se preocupar. Isso era algo que Taemin jamais ousaria interromper.

-Ela precisa de você, Hyung... Ela e o seu filho. Isso é algo que eu jamais atrapalharia, você tem uma família agora e... –Minho selou seus lábios aos do menor, fazendo-o calar-se.

-Não serei ausente na vida do meu filho, nem lhe deixarei faltar nada. Mas, ela não significa nada para mim. Meu coração é seu Taemin, e apenas seu. –Minho selou a testa do menor que sentiu seu peito aquecer de maneira avassaladora. Queria lutar, queria ficar ao lado dele, fazê-lo feliz... Mas uma força maior o impedia, o amava demais para coloca-lo em perigo, nunca deixaria que nada o machucasse. Tinha total conhecimento de que precisava protegê-lo, e se para isso teriam que se separar... Taemin o faria, mesmo que seu coração estivesse dilacerando a cada segundo que passasse.

O menor pousou suas mãos na face do mais velho, acariciando levemente enquanto o olhava nos olhos, tentando fazer com que o moreno sentisse todo o amor que Taemin transmitia apenas ao olhar em sua direção. Minho aproximou-se vagarosamente na medida em que as respirações de ambos se misturavam. Taemin fechou seus olhos e cessou a distância que havia entre eles, selando não só seus lábios, mas selando seu amor inteiramente à Minho. Um amor que inevitalmente lhe causava dor, um sentimento tão forte capaz de rasgar-lhe as costas.

Minho pediu passagem com a língua, que prontamente lhe foi concedida por um loirinho já choroso, uma vez que, sentia-se sangrar em suas asas. Porém, a dor não era tanta comparado a sensação daquele ser seu último beijo, seu último toque que levaria consigo até se lhe fosse possível visitar o inferno. O moreno percebia sua mente nublar-se, na medida em que era levado à loucura a cada movimento do músculo aveludado do loirinho em sua boca. Taemin se sentia na beira de um abismo, nunca havia se sentido tão entregue ao ponto da dor tornar-se prazerosa apenas por ser Minho ali, por ser o seu moreno.

Como se algo o despertar-se, Minho separou-se do menor a contragosto. Não se deixaria levar pelo momento, Taemin não era uma de suas aventuras, seria o único a quem não entregaria apenas o seu corpo, mas sim, sua alma, seu coração. Sentia-se completamente pertencente do loirinho que lhe encarava ofegante, com os lábios avermelhados em contraste com sua pele pálida. Uma visão tentadora aos olhos do moreno.

Taemin acariciou os fios escuros do moreno, o trazendo para baixo, para que repousasse a cabeça em seu colo. Minho se aconchegou aos carinhos do mais novo enquanto tentava acalmar seu coração, acostumando-se ainda com o sentimento que ele tanto desprezou, mas que agora parecia apoderar-se completamente de seu corpo e de sua mente. Amor.

-Eu te amo, hyung... –Como se lesse seus pensamentos, Taemin silabou melodiosamente, chegando como música aos ouvidos do moreno, que não se conteve em sorrir. Nada ocupava sua cabeça naquele momento que não fosse Taemin e sua voz que Minho julgava pertencer a um anjo. Estava tão feliz.

dan hanbeondo marhan jeog eobtjiman

sasil marya nan geunare i simjangi

ttwineun geol neukkyeosseo

cheoeum buteo nan al su isseosseo

hwagsinhal sun eobseot jiman imi urin

jeonghaejin unmyeong gatasseo

Eu nunca disse isso antes, mas

Pra te dizer a verdade, naquele dia

eu pude sentir meu coração acelerar

Desde o começo, eu sabia

Eu não tinha certeza, mas senti

como se nosso destino já estivesse decidido

sarangeun naegero wa

neoreul ikkeuneun siganeuro

yeongwonhi kkaeji anhneun

kkumman gatasseo jeongmal

kkumman gataseo

O amor vem até mim,

me guiando até você

Parece com um sonho

Do qual nunca vou acordar

Realmente parece um sonho

cheoeum mannan geunareul gieoghae

nuni busige bitnadeon geureon

nare naege watwotdeon

gomawo niga naege watwoseo

Eu lembro do dia que nos conhecemos

Em um dia deslumbrante e resplandecente,

você veio pra mim

Obrigado por ter vindo

nal bomyeo utneun neo

ireoke joheun nal

wae nunmuri nalkka

nae nuneneun

Nesse belo dia,

você está sorrindo pra mim

Mas por que lágrimas estão se formando

em meus olhos?

yeong wonhi kkaeji anheul

kkum igil barae

neul byeonchi anhgireul

Eu espero que isso seja um sonho do qual

eu nunca acorde

Espero que as coisas nunca mudem

sarangi meomuneun got

uri hamkke hal siganeuro

yeong wonhi byeonchi anheul

kkumman gatasseo naegen

kkumman gataseo

Espero que onde o amor se prolonga

seja um lugar onde poderemos ficar juntos

Parece com um sonho do qual

nunca vou acordar

Realmente parece um sonho

Taemin chorava em silêncio, enquanto acariciava os fios de um Minho adormecido. O moreno parecia dormir plenamente com um pequeno sorriso ainda presente em seus lábios. O anjo seria capaz de cantar eternamente se isto trouxesse paz ao coração do homem que amava, seria capaz de dar a volta ao mundo se em troca lhe concedessem o desejo de permanecer ao lado do moreno, protegendo-o, cuidando-o, amando-o. Era tudo que Taemin desejava. Droga, doía tanto.

-Taemin... –O loirinho fechou seus olhos fortemente já sabendo que não estava sozinho com o moreno naquele quarto. Havia chegado a hora. –Está pronto? –Ao olhar para cima, Taemin visualizou Jongin que lhe estendia a mão, enquanto lançava-lhe um olhar compassivo. Kai sabia o quanto estava doendo no loirinho, mas também sabia que era preciso, era o melhor para ambos os lados.

Taemin levantou-se da cama cautelosamente para que o moreno não despertasse, e encarou novamente o anjo de fios rosados. Não olharia para trás, não conseguiria encará-lo.

-Vamos... –Taemin respondeu ao mais novo que sorriu docemente em sua direção, recebendo apenas uma lágrima dolorida em resposta ao seu sorriso. Ambos os anjos deram as mãos, e ao fechar os olhos, Taemin sentiu-se formigar todo seu corpo, e seu ferimento lhe causar diversos calafrios. Sentia-se dormente.

“Se eu partir, não me deixe virar apenas mais uma sombra esquecida em meio a tantas memórias. Deixa-me marcar a tua mente assim como a tua existência estará para sempre marcada na minha pele e na minha alma. Se eu partir, entenda que dizer adeus também pode ser uma declaração de amor.”

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O gramado verde e macio tão conhecido por si chegava a fazer cócegas em seu corpo despido de roupas da cintura para cima. Taemin encontrava-se deitado de bruços no chão, enquanto murmúrios chegavam aos seus ouvidos, fazendo-o despertar. Ao abrir os olhos, viu-se cercado por roseiras brancas, e um vento gostoso bagunçou seus cabelos, e iniciou uma série de pequenos arrepios em seu corpo.

-Hyung, seu dodói tá bem feio... Mas não se preocupe que logo cuidaremos disso. –Taemin franziu o cenho em confusão, e encarou uma criança com pequenas asinhas brancas que sorria docemente ao seu lado. Seu coração apertou-se em saudade e em dor. Estava de volta.

-Yoogeun... –Taemin sussurrou o nome do pequeno que conhecia tão bem, fazendo-o sorrir alegre, transformando seus olhinhos em dois pequeninos riscos em seu rosto. Era inevitável não sentir-se em completa paz naquele lugar, mas Taemin sentia que havia deixado parte da sua ao lado de alguém que não estava mais ali.

-Hyung, eu senti sua falta... Fico feliz que tenha voltado. Mas porque demorou tanto? Você fez algo errado? Suas asas estão bem dodóis... Você viu o seu protegido? Sabe, sentimos muito a falta das suas canções, você vai cantar para gente, não vai hyung? –Taemin não conteve a pequena gargalhada, Yoogeun era adorável. Por mais que fosse uma criança, um simples sorriso era capaz de acelerar consideravelmente a recuperação de alguém. Por isso estava ao seu lado, sabia que suas asas não estavam em boas condições.

-Eu vou ter tempo para cantar e responder todas as suas perguntas, pequeno. Não se preocupe. –Taemin tentou levantar-se, mas ainda sentia fortes pontadas em suas costas. Aquela área possuía cortes profundos e regiões arroxeadas, algumas penas haviam caído e não poderiam ser substituídas. O loiro havia passado por muita coisa e se houvesse demorado mais um pouco, talvez não fosse possível fazer muito por ele.

O caso de Taemin era algo a ser estranhado para quem analisasse devidamente. Seu sentimento por Minho não era algo de origem plenamente humana, não era carnal, não era apenas desejo. Era veneração, carinho, proteção, amor. Caso contrário, suas asas não teriam suportado mais que um beijo. Havia quem encarava como loucura, precipitação, insanidade, delírio... Taemin apenas sentia, não era algo que pudesse ser formulado por palavras, sua alma chamava pelo nome do moreno em clamor. Não era algo que Taemin pudesse simplesmente ignorar, se tornava mais forte que ele. O loirinho estava tão perdido em pensamentos que nem notou quando o pequeno Yoogeun lhe deu privacidade para refletir sobre seu retorno.

-Taemin? –Foi arrancado de seu transe, por uma voz surpresa chamando por seu nome. Taemin desviou seu olhar do chão para quem o chamava e sentiu-se tencionar por breves segundos. –É você mesmo? Você voltou?

-Ji... Jinki? –Os olhos do mais velho marejavam ao encarar o loirinho pálido sentado ao chão, enquanto o olhava surpreso. Jinki não conseguia definir o que sentia naquele momento, estava aliviado e feliz pela volta do menor.

-Taemin, graças a Deus! –Jinki aproximou-se do menor que institivamente recuou, enquanto passava a olhar para o chão. Ainda estava magoado pelo o que o mais velho havia feito. Este tentara machucar Minho e isso dobrava de tamanho em relação a si. –Taemin... O que você tem? –Jinki novamente tentou tocar no mais novo que novamente recuou e lançou um olhar amedrontado para si. Foi como uma adaga enterrando-se no peito do mais velho da forma mais desumana possível. Taemin agora lhe desprezava. –Taemin escute-me, por favor, podemos conversar? –O mais novo apenas lhe olhou temeroso por entre seus fios loirinhos que lhe cobriam os olhos, assentindo levemente.

Por fim, não lhe negaria uma explicação, Jinki era seu melhor amigo, como um pai, um irmão, quem sempre o protegeu. Porém, após ter presenciado sua pior versão, temia até troca de olhares.

-Taemin, eu... Peço perdão. –Uma lágrima suavemente deslizou pelo rosto do mais velho, surpreendendo o menor, uma vez que Jinki nunca havia lhe mostrado seu lado sensível. –Eu não agi certo, fiquei cego em preocupação e não enxerguei o que estava fazendo... Tentei te proteger, mas apenas te coloquei em perigo, me desculpe... –Não apenas Jinki, mas agora Taemin também chorava. Havia sentido tanta falta do mais velho, desejava apenas que o mesmo estivesse consigo para ajuda-lo e apoia-lo. –Eu senti sua falta pequeno, estava tão preocupado com o que poderia acontecer a você que acabei em fazer uma besteira... Eu nunca quis te prejudicar... –Jinki tentava inutilmente secar suas lágrimas que desciam em abundância. Taemin que ainda estava imóvel, aproximou-se do mais velho, envolvendo-o em um abraço caloroso, capaz de sanar todas as angústias, um abraço de perdão.

-Está tudo bem, hyung... Eu te perdoo. –Jinki retribuiu o abraço fortemente aliviado e suavizado com a confissão do mais novo. E como há tempos atrás era costume do mais velho, bagunçou levemente os fios que caíam sobre os olhos do loirinho, arrancando um sorriso de ambos. –Yah, você realmente me assustou, se tivesse ocorrido algo com o Minho hyung, certamente eu não te perdoaria. –Taemin proferiu, causando uma careta no mais velho.

-Como está se sentindo? –Perguntou o mais velho, analisando as caras e bocas do menor ao se mexer.

-Dolorido. E triste... –Taemin logo voltou a sua feição melancólica ao lembrar-se do mais velho que arduamente havia deixado.

-Não fique assim, ou pode demorar ainda mais para recuperar-se... –Jinki acariciou os cabelos do mais novo que apenas sorriu sem humor.

-Eu sinto falta dele, hyung... Mal o deixei e já morro de saudades. Sinto-me um covarde...

-Não fale assim, você sabe que precisava fazê-lo pelo bem de ambos, não se culpe!

-Não quero vê-lo sofrer... Ah hyung, se você pudesse sentir como eu... Todas as sensações que tomavam meu corpo cada vez que ele me olhava... Olhava como um homem deve olhar... –Jinki suspirou em lamentação. Odiava ver o menor cabisbaixo, mas sabia que seria difícil para Taemin lidar com a situação, tinha conhecimentos do quanto o menor amava aquele humano.

-Você precisa ser forte Tae, faça isso por ele... Ele não sabe, mas você está apenas o protegendo, tudo dará certo. –Taemin logo resmungou ao sentir leves pinicados em suas costas. Não seria fácil.

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Havia chovido grande parte da noite, porém o dia havia amanhecido ensolarado, os cantos dos pássaros despertaram o mais velho que resmungou ainda sonolento. Abriu os olhos levemente, e logo franziu o cenho. Estava acostumado a acordar com um peso extra sobre si, porém não havia nada... Levantou-se da cama cambaleando, calçou seus chinelos e logo bocejou enquanto bagunçava seus próprios cabelos. Havia dormido como uma pedra, porém ainda sentia-se cansado.

Estranhou a ausência do menor ao seu lado, já que este sempre fazia questão de prendê-lo na cama por mais alguns minutos antes de levantar. Foi ao banheiro, porém o pequeno não estava, desceu as escadas com o cenho ainda franzido.

-Taemin? –Chamou pelo menor, vendo que este também não estava na sala. –Tae? –Adentrou a cozinha e novamente deparou-se com o silêncio. Não estava achando graça das brincadeiras do menor. –Taemin já pode aparecer, não estou brincando... –Andou pelo corredor, e nada do mais novo. –Ele não teria saído sozinho, certo? –O maior perguntou a si mesmo, já começando a preocupar-se.

Não pensou duas vezes antes de recorrer à única pessoa que poderia ajuda-lo. Tomou seu celular em mãos e discou o número de certo baixinho enquanto caminhava pela casa, adentrando todos os cômodos, e nem havia sinal do menor. Suas mãos estavam suando, e seu estômago parecia dar voltas. Ah, mas Taemin ia se arrepender de tê-lo assustado quando aparecesse.

-Jong? –Indagou assim que ouviu os resmungos sonolentos do baixinho.

-Aish, quem liga para alguém a essa hora da manhã? O que diabos você quer? –Jonghyun resmungou enquanto Minho apenas suava frio.

-Jong... O Tae não estaria com você, certo? –Perguntou o maior já nervoso, recebendo um breve silêncio da parte de Jonghyun.

-Tá tirando com a minha cara? –O baixinho respondeu risonho e Minho suspirou logo passando as mãos no rosto, à beira do desespero.

-Jong... O Taemin sumiu.