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História Falling - Capítulo XXIII - Its a cold and its a broken Hallelujah


Escrita por: JH0PELUV

Notas do Autor


última parte antes do epilogo. Meus amores, eu só peço uma coisa... tenham água e lenços por perto *sorriso nervoso*
lá vai

Capítulo 23 - Capítulo XXIII - Its a cold and its a broken Hallelujah


Ariel tinha ficado no Impala enquanto os dois faziam o trabalho sujo. Ela tinha pedido para ficar por ali, mas estava começando a se arrepender. Ariel bufou e cruzou os braços olhando para o local escuro aonde não tinha nem um sinal de que tinha alguém dentro dele. 

Ariel não tinha falado nada para os irmãos sobre a gravidez mas sabia que não ia demorar muito para vir à tona, ela não iria conseguir esconder a barriga por muito tempo. Ela olhou para o local novamente e algumas luzes alaranjadas brilharam lá dentro, demônios. Ariel abriu a porta de pressa e quando ia começar a andar mais rápido, dois homens completamente de preto aparecer na frente dela. Ela levantou os braços e parou aonde estava

- Pensem bem, Crowley pode matar vocês se vocês me matarem. Sou um tesouro vivo para ele e ele sabe disso

- Foi ótimo você lembrar disso - Ariel se assustou quando ela viu Crowley ali, mais atrás, chegando perto de onde ela estava e sorrindo como se nada tivesse acontecendo - olá querida - ela pegou a faca prateada e se preparou para atacar - você tem força suficiente para acabar com isso apenas desejando isso na sua mente, eu sei, mas não vamos para esse lado agora tudo bem? Ótimo - ele sorriu novamente, chegou mais perto de Ariel e a menina não tirava os olhos dele - você tem algo que eu quero e eu tenho algo que você quer a muito tempo, sua liberdade

- E você acha que eu vou trocar uma criança por uma liberdade tardia?

- Não, eu sei que você não seria idiota a ponto - ele sorriu - não, não vou fazer você escolher porque isso tudo aqui, não é uma democracia - ela foi jogada contra o Impala - vamos aos fatos Ariel, você fez um grande favor matando aquele moleque. E você deve estar perguntando porque eles ainda não chegaram aqui, bem, estou mantendo aqueles dois idiotas muito bem distraídos 

- O que você quer realmente?

- Não faça perguntas idiotas querida - Crowley sorriu - eu sei muito bem o que tem aí dentro - ele apontou para ela. Ariel foi chegando perto dele e sorriu 

- Lamento em informar mas ele não é especial, eu já confirmei isso – ela mentiu, ela sabia que ele saberia que era uma mentira mas não custava nada tentar

- Sinceramente, eu odeio ter que fazer isso - Ariel se ajoelhou, ela sentiu como se algo se revirasse dentro dela, parecia que algo a esmagava. Ela se rastejou até ele e se levantou, ainda sentindo dor - eu realmente pensei que você tinha perdido seus poderes, você está fraca depois que engravidou certo?

- Cala a boca - ela olhou para os dois homens atrás de Crowley e os dois gritaram, logo em seguida caíram mortos - você quer mesmo me desafiar Crowley? Tem certeza que quer isso?

- Era exatamente o que eu queria - ele sorriu e estalou os dedos. Ariel se viu em um lugar úmido e escuro demais, ela olhou mais à frente e viu um trono. Crowley não estava por perto, ela pensou em sair dali mas a porta tinha acabado de ser trancada atrás de si e uma mulher parada na porta sorrindo 

- Você fique longe de mim!

- Crowley disse que você poderia ser difícil - ela sorriu - vamos ver até quando você vai ficar assim, durona - Ariel foi contra a mulher, seus olhos ficaram completamente negros, ela tentou golpear a mulher mas foi impedida - também disse que essa criança está te deixando fraca, o que pode facilitar o meu trabalho - Ariel tentou golpear ela novamente mas foi ao chão, a mulher era visivelmente muito mais forte do que ela naquele momento – Interessante, você não tem mais o laço com o anjo Castiel, faz até acreditar que você queria isso desde o começo - a mulher sorriu 

- Por favor não… - Ariel se sentia tonta – por favor... – ela ia caindo, a mulher segurou ela nos braços e sorriu enquanto acariciava seus cabelos

- Vai ficar tudo bem criança, nós vamos cuidar de vocês dois... até quando você for necessária viva, é claro - ela sorriu, Ariel desmaiou em seus braços – vai ficar tudo bem – ela escutou barulhos de gritos e baques do lado de fora. A porta foi escancarada. A mulher olhou para a porta e ao ver quem estava parado nela, sorriu

- Eu agradeceria bastante se você tirasse suas mãos dela – Dean tinha a arma nas mãos e parecia estar sozinho

- Dean Winchester! Aonde está o seu anjo? Porque certamente você não viria aqui sozinho não é mesmo? – ela deixou Ariel deitada e foi andando até a porta – Castiel? Vamos apareça! – o anjo apareceu atrás de Dean – muito bem. Lamento informa-los mas Ariel está fraca demais, pobre criança, e precisa de cuidados

- Como se vocês se importassem

- Verdade Winchester, não nos importamos. Mas, ela tem algo que nos interessa e ela precisa estar saudável e viva, de preferência, por um certo período – Ariel acordou, não se moveu, apenas abriu os olhos. Ao ver o anjo e Dean ali, ela se levantou devagar, tentando permanecer estável. Ela foi chegando perto da mulher que antes que ela fizesse algo se virou para Ariel com os olhos totalmente negros e sorriu para ela – parece que se recuperou

- Você não faz ideia – ela foi tentar golpear o demônio mas ela foi impedida, algo machucava ela por dentro e Ariel se ajoelhou. Ela sabia que eles estavam vindo ver se ela estava bem então gritou – saiam daqui!

- Escutem-na, ela está falando a primeira coisa sensata nesse tempo todo – o demônio sorriu. Ariel se levantou novamente, respirou fundo, a dor ainda estava ali mas ela conseguiu ignora-la. Ao fazer um movimento com a mão, o demônio foi parar no outro lado do ambiente desacordado. Ariel olhou para Castiel, o anjo entendeu o que ela queria e fez com que Dean desmaiasse do seu lado. Ariel foi andando rápido na direção do anjo e segurou ele pela gola de seu sobretudo

- Escute, quando eu der o sinal vocês dois saiam daqui. Eu vou resolver isso de uma vez por todas

- Ariel

- Só, faz o que eu disse ok? Vai dar certo, eu prometo – Ariel suspirou e abraçou o anjo, colocando as mãos por dentro do seu sobretudo. Demorou o tempo necessário naquele abraço e foi para longe dos dois. Ariel pegou o demônio, ainda desacordado, pelo pescoço – vocês nunca vão ter nós dois – Ariel queimou o demônio que ainda estava desacordado e largou o corpo morto de lado. Dean agora acordava e estava se levantando quando Ariel se virou para os dois – Cas, agora

- Precisamos sair daqui – Dean se desviou dos braços de Castiel e foi andando até Ariel que levantou a mão na sua frente e o impediu – Dean!

- Seja lá o que você esteja pensando em fazer, desista

- É tarde demais, eu já decidi – ela sorriu – vocês precisam ir – ela abaixou a mão e colocou a mesma dentro da jaqueta que estava vestindo, tirando a faca prateada de dentro da mesma. Castiel, que puxava Dean para sair daquele lugar, tinha parado aonde estava, apalpou o sobretudo e fechou os olhos – vai ficar tudo bem, eu prometo – ela sorriu novamente, apontou a faca prateada para si. Dean tentou impedir mas Castiel segurou ele. Ariel tinha lágrimas nos olhos. Era isso, o tempo dela tinha se esgotado, ela tinha feito de tudo, ela tinha aproveitado o que ela conseguiu aproveitar, era a hora. Ela olhou para a pessoa que ela tinha encontrado para passar alguns momentos de sua vida, queria ter mais tempo com ele, queria brigar com ele mais uma vez, discutir com ele mais uma vez, até mesmo dar uns tapas nele mais uma vez, ela só queria ter mais uma vez com ele, só mais uma. As lágrimas que estavam em seus olhos rolaram pelo seu rosto, ela sorriu novamente e sussurrou olhando para aqueles olhos verdes que encaravam os castanhos com desespero – Run you clever boy and remember me – ela sorriu pela última vez e fechou os olhos

- Não! – um clarão invadiu o local, os dois se abaixaram protegendo o rosto. Não escutaram grito, não escutaram nada, apenas o barulho de sua graça indo embora e do corpo dela caindo no chão, sem vida. Quando olharam para ela, Ariel tinha a faca cravada no estômago. Dean foi se arrastando, se levantou e correu até a menina que tinha os olhos vidrados para o nada. Dean pegou o rosto dela e virou para que ela “olhasse” para ele – faça alguma coisa!

- Dean...

- Você é a merda do guardião dela, faça alguma coisa!

- É tarde demais – ele colocou a mão sobre a testa da menina e fechou os olhos dela – precisamos tirar ela daqui – Castiel pegou a menina no colo e em segundos eles já estavam em outro lugar. O lado de fora do bunker, o Impala estava estacionado ali perto, Sam estava encostado no carro com os braços cruzados e quando viu os dois andando em sua direção ele olhou diretamente para o corpo que o anjo trazia nos braços

- Essa não – ele foi andando mais rápido até Castiel, Dean tinha parado no meio do caminho, tinha sumido por alguns minutos – ela está...

- Morta, sim – Castiel colocou o corpo de Ariel no chão perto do Impala. Dean apareceu novamente, agora tinha um lençol branco nas mãos – Dean... – ele não falou nada apenas começou a colocar o corpo dela no lençol e enrola-lo. Sam ajudou o irmão a carregar Ariel para dentro do Impala, colocando ela no banco de trás.

- Vamos acabar logo com isso – Castiel ficou de fora enquanto os irmãos faziam a fogueira para a menina enrolada no lençol no banco de trás do Impala. O anjo olhava para aquele corpo sem acreditar no que tinha acabado de acontecer, lembrou da promessa que fez, lembrou de quando ela era apenas uma criança e fazia Aurora ficar maluca correndo com o cachorro, que veio a falecer alguns anos depois, pela casa. Ele queria ter acertado com ela, não queria ter falhado mas tinha acontecido novamente, ele tinha falhado com Aurora duas vezes. Ele fechou os olhos, tinha se envolvido demais e isso era um erro irreparável

Sam colocava os galhos e troncos de uma forma que sustentasse o corpo da menina ali por algum tempo. Era no mesmo lugar que ela tinha fugido daquela vez, era perto de onde ela tinha se jogado tentando acabar com aquilo tudo, não tinha conseguido mas por muito pouco. Ele se sentia impotente porque não pode ajudar, não pode fazer nada. Estava desacordado com um ferimento na cabeça, que ainda doía com esforço que estava fazendo mas ele mal ligou. O tempo que passou com Ariel foi o bastante para ele ter uma ligação com ela, ela era a irmã mais nova que ele não tinha pedido, ela de certa forma lembrava Charlie, o que fez a coisa toda ficar ainda mais trágica, ele tinha perdido as duas e não pode fazer nada para impedir.

Os dois tinham terminado, andaram até o Impala novamente e não viram Castiel ali. Sam olhou para trás e viu o anjo mais longe deles, ele só observava. Sam foi pegar Ariel no colo mas o irmão entrou na sua frente

- Eu faço isso – ele pegou o corpo nos braços e foi andando com ele até aonde estava a fogueira, foram alguns segundos de caminhada. Ele colocou-a naquela fogueira com a ajuda de Sam, que tinha acabado de colocar o galão de gasolina no chão. Dean pegou o mesmo galão e jogou por toda fogueira, deixando cair no corpo dela também. Quando acendeu aquela fogueira os dois se afastaram um pouco, o fogo subiu rapidamente e o barulho de galhos secos queimando começou a ser escutado. Nenhum dos dois falaram nada por um bom tempo, Sam suspirou antes de começar a tentar falar algo

- Ariel...

- Não, não começa – Dean disse em um tom sério demais – não comece com esse discurso de luto

- Ela...

- Ela merecia muito mais do que acabar morta em um fogueira porque decidiu se matar – ele estava com raiva, claro que estava. Ficou ali parado, olhando ela se matar e não fez nada. Talvez ela tivesse impedido dele se aproximar mais dela naquele momento, não importa, ele estava com raiva, com muita raiva – eu estou cansado! Eu estou cansado dessa merda toda! – ele não quis continuar vendo aquilo, se afastou e foi andando até o bunker. Ao entrar ali, desceu as escadas devagar, se controlando por dentro para não simplesmente gritar, era exatamente o que ele estava precisando fazer

- Ariel, até o último momento quis salvar a vida de quem importava para ela, eu não aceito nem um pouco isso mas devo respeitar, foi escolha dela

- Não venha com essa

- Dean...

- Era isso que vocês queriam! Era exatamente isso que vocês queriam esse tempo todo! Muito bem, pode voltar para o céu e dar a boa notícia, ela está morta agora, de verdade. Não foi uma merda de alucinação dessa vez – Castiel não disse nada por um tempo, quando ia começar a falar alguma coisa foi interrompido – olha só, eu não preciso ser lembrado das vezes que eu falhei com alguém que eu me importava, com alguém que eu tive a vontade de tentar ser normal por um tempo. Eu não preciso!

- Eu não pude fazer nada porque ela dispensou minha proteção, eu não era mais o guardião de Ariel. Ela sabia que eu não ia conseguir salvar ela mas que eu iria tentar impedir ela fazer isso, por isso que ela mandou a gente sair, por isso que ela impediu que qualquer um dos dois fizessem alguma coisa. Até no último momento ela tentou proteger os que ela amava, ela salvou todos nós, só aceite

- Aceitar? Aceitar que a única pessoa que eu pensei em ter algo sério na minha vida decidiu se matar?

- Dean...

- Eu to cansado! Só, me deixa em paz! – o anjo antes de sumir, suspirou. Dean ficou em silêncio, apoiou as mãos na mesa, ainda estava furioso com aquilo tudo. Aquela garota atrevida, curiosa e suicida, ele sempre soube. Ariel sempre se arriscava demais e era de se esperar que ela morreria lutando, Dean não ligava muito para isso no começo, maldito sentimento que foi crescendo com o passar do tempo, ele não sabia exatamente quando começou ou porque, ele só começou a enxergar Ariel com outros olhos e não como apenas uma versão dele feminina.

Ele respirou fundi e apertou a borda da mesa com força, não iria desabar ali, não podia. Ariel com certeza agora estaria ali falando para ele deixar de ser mulherzinha uma vez na vida dele. Dessa vez ele não sorriu lembrando disso, não tinha vontade de sorrir naquele momento, tinha sido forte por tempo demais. As coisas que estavam em cima daquela mesa foram parar no chão, qualquer coisa que aparecia na frente dele parava no chão, quebrada. Sam, que tinha acabado de entrar no bunker, não desceu as escadas, deixou o irmão ali sozinho, ele precisava daquele tempo. Dean parou, lembrou de algo que escutou enquanto estava começando a acordar do desmaio que Castiel causou nele ‘nós dois’ ‘vocês nunca terão nós dois’. Ele correu para o quarto, revirou tudo que tinha perto e ali estava, a caixa vazia aonde continha um teste de gravidez antes, agora só tinha a caixa, ela com certeza tinha descartado o teste de uma forma que ninguém iria descobrir.

Sam decidiu descer as escadas, o hall parecia que tinha passado um furacão por ali. Ele foi andando pelo corredor e viu a porta do quarto do irmão aberta, que tinha o mesmo sentado na cama, olhando fixamente para uma caixa vazia em suas mãos

- Dean?

- Ela estava grávida – Sam parou no meio do quarto – era por isso que eles tinham levado ela, foi por isso que ela fez isso. Eu não sei como mas isso só piora as coisas – ele apertou a caixa, amassando-a – eu não estou bem, eu não estou bem a um bom tempo

- É, eu sei – Sam se sentou do lado do irmão – essa dor que você está sentindo eu já senti, é péssima, mas passa. Ela sempre passa. Você é mais forte do que imagina, acredite em mim, você aguentou tudo isso, por todo esse tempo, sem quebrar. Você tem o direito de se sentir desse jeito – Dean não disse nada, só suspirou – vem cá – os dois se abraçaram. Nenhum dos dois choraram nem nada, Sam não falou mais nada. Sabia que, daquela vez, o irmão tinha quebrado.


Notas Finais


por favor não me matem por favor não me matem por favor não me matem por favor não me matem por favor não me matem por favor não me matem


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