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História Falling Apart - 02


Escrita por: sacamrengem

Notas do Autor


Postando mais um porque já estava pronto mesmo :)

Capítulo 2 - 02


(Camila POV)

Flasback on

-Lucy eu preciso pedir seu consentimento para uma coisa muito importante.

-O que foi?

-O que foi o quê?

- Você! Anda toda estranha ultimamente e agora vem com esse papo? O que houve?

-É algo do trabalho Lucy, eu preciso abrigar uma pessoa na nossa casa.

-O que? Tá maluca? Cadê a Camila que eu conheço e que não trás trabalho para casa de maneira alguma? O que eu vou explicar para a Sinu?

-Lucy se acalma, mas é que ele é um novo...

-Pera pera, você quer mesmo abrigar um homem aqui em casa? Eu vou chamar um médico, você está realmente louca.

-Lucy, presta atenção no que eu vou te dizer. Sim, é um homem. Meu novo parceiro. Bom, a casa dele foi alvo numa missão terrorista. Ele não tem para onde ir. E eu expliquei todas as nossas regras. Vai dar tudo certo. E enquanto a minha mãe? Ela não precisa saber de nada ainda.

-Você está se ouvindo? Você nunca mentiu para a Sinu em toda sua vida. Mas você acha que isso vale a pena. Vá em frente. O apartamento é seu. Mas se isso acabar mal saiba que fui contra com isso desde o inicio. Vou preparar mais janta afinal aposto que ele já está na porta.

-Obrigada Lucy, não vai acabar mal. Amo você.

Flasback off

-Camila?

Eu estava tão distraída que nem ouvi quando o Austin estava me chamando repetidamente da mesa ao lado.

-Ah, oi Austin. O que foi?

-Temos uma “re-chamada”. Precisa de um café? Eu pego para nós antes de sairmos.

-Ah, claro. Obrigada. Te encontro na garagem.

Eu segui rumo à garagem ainda com aquela conversa na cabeça. Como seria possível que a Lucy rejeita o cara desde o principio e hoje está namorando ele. Parando para pensar, foi muito estranho o modo que o Austin entrou no departamento de Crimes Hediondos. Tem algo errado nessa história. Eu já estava chegando à garagem quando o Austin conseguiu me alcançar e me estendeu um copo do meu café com chantilly.

-Muito obrigada, para onde vamos?

-Bom, o chefe nos botou no caso da filha dele.

-É eu sei.

-A doutora Jauregui me ligou dizendo que achou algo interessante durante a necropsia. Achei que você gostaria de ver.

-Então vamos.

4 horas antes...

(Lauren POV)

-Dinah, você poderia me ajudar numa coisa?

-Com o que, minha linda dos olhos mais lindos ainda?

-É uma coisa séria Dinah, não é hora de você fazer piadinhas.

-Nossa Laur, você tá precisando de alguém para te acalmar. – Agora foi que eu realmente fiquei chateada com a Jane, semicerrei os olhos e fiz cara de chateada. – Desculpa , desculpa. Quer ajuda com o que?

-Com uma necropsia.

-Ah não Laur, você sabe como eu odeio fazer isso. Me tornei médica para ajudar a salvar vidas. E essa já foi perdida. Não faça um pedido como esses pelo amor de Deus.

-Mas Dinah, é a menina que eu não consegui salvar.

-Lauren Jauregui, olha bem nos meus olhos. – Eu estava de cabeça baixa e meu olhos já estavam marejando quando a minha amiga veio e levantou minha cabeça, deixando meus olhos na altura dos dela – Você pode não ter salvado a vida dessa garota, mas faz o máximo para salvar tantas outras... Não fique se culpando pelo que aconteceu com ela, tudo tem um propósito.

A essa altura eu já estava chorando com as palavras de Dinah, eu tinha que realmente focar no trabalho e parar de me martirizar por causa disso, afinal, eu ainda posso fazer a diferença e saber o que causou a morte dessa garota. Enxuguei as lágrimas e botei minha expressão de determinada. Eu vou resolver esse caso. Custe o que custar.

-Então Dinah, vai me ajudar ou não? Se for... estarei te esperando no necrotério.

Nem ao menos esperei um sim ou um não, virei às costas e fui em direção ao necrotério. Meus passos eram rápidos e ágeis, desviei-me de todos que estavam no corredor. Em 30 segundos eu cheguei à sala fria e com pouca iluminação. O corpo da vitima já estava pronto na maca coberto pela tradicional lona amarela usada. Eu iria começar pelo exame toxicológico post mortem antes de abrir o corpo, comecei a pegar os materiais para tirar uma amostra e mandar para análise quando Dinah entrou pela porta e foi vestindo o avental.

-Devo fazer o que, doutora?

-Obrigada Dinah, tira uma amostra para análise toxicológica, por favor. Enquanto isso eu preparo os equipamentos para fazermos a análise dos órgãos internos.

-Sim senhora! – Deu uma leve risada enquanto batia continência.

A Dinah retirou a amostra e então começamos a fazer a análise dos órgãos quando reparei que o coração dela estava com um aspecto diferente.

-Dinah, venha olhar isso aqui.

-O que foi? Achou algo estranho?

-Sim, olha o coração dela. Para uma garota tão jovem, deveria ter um coração saudável e olha como parte dele está degradando muito rápido. Olha no prontuário o que foi declarado como morte no centro cirúrgico.

-Só um momento. – A Dinah correu até a mesa e pegou a prancheta e começou a procurar pela causa da morte declarada. – Aqui tem dizendo que ela sofreu parada cardiorrespiratória por embolia pulmonar causada por um coágulo. Foi feita uma tentativa de desobstruir o local, porém sem sucesso. Olha os pulmões. Vê se tem algo estranho.

Imediatamente comecei a analisar os pulmões. Eles estavam com o mesmo aspecto do coração, principalmente a parte da base, onde deve ter ocorrido a obstrução.

-Sabe do que é característico este tipo de falência dos pulmões e coração?

-Não, o que?

-Envenenamento por cianeto. Esse veneno causa morte das células sanguíneas e parada respiratória. Peça para agilizar o exame toxicológico e fala que é caso do departamento de Crimes Hediondos.

-Estou indo.

-Ok, eu vou ligar para a detetive Cabello para dar um diagnóstico paliativo sobre isso. Vou procurar pontos de entrada também, pode ter sido por inalação ou por ingestão.

-Como você sabe tanto sobre esse tal de cianeto?

-É porque ele foi muito usado na Segunda Guerra Mundial para suicídios de pessoas envolvidas com o nazismo, incluindo Hitler.

-Você e seu fascínio pela Segunda Guerra.

-Vai logo Dinah. Isso pode ser sério. 

(Camila POV)

-Olá, estamos aqui para falar com a Dra. Jauregui, por favor.

-Perdão, a doutora está na sala de necropsia e não pode receber visitas nessa sala.

-Perdão senhora... hmmm...

-É Margô.

-Pronto. Perdão Margô, mas eu fui chamada pela doutora. Será que a senhora poderia ligar para ela, por favor? Polícia de Nova York.

É nessas horas que eu amo mostrar meu distintivo.

-Ah, detetive Cabello, certo?

-Sim, sim.

-Só um momento, já vou pedir para ela vir aqui.

Não demorou nem dois minutos após a ligação da enfermeira e a doutora Jauregui estava vindo em minha direção, ela usava uma blusa branca meio transparente que mostrava um pouco os detalhes do seu sutiã, sua calça branca com alguns rasgos discretos e um coturno preto. Ela é realmente linda. Como não reparei nisso antes? Mas não foi para isso que vim aqui. Enfim ela chega próximo a nós.

-Detetive Cabello...

-Pode me chamar de Camila, doutora. Então encontrou algo relevante no que te pedi ajuda?

-Ah sim, poderiam me acompanhar até meu consultório?

-Claro.

Começamos a andar em direção ao consultório da doutora, quando eu sinto meu telefone vibrar, rapidamente o pego do meu bolso, é uma mensagem de um número desconhecido.

“Confie na doutora, ela sabe o que está fazendo. Cuidado com a próxima vítima. Pode ser você ou alguém próximo.”

O que isso significa? Tem alguém me observando? Olhei em volta sem demonstrar minha preocupação com a mensagem, mas não vi ninguém perto o suficiente ou longe o suficiente. A doutora abriu a porta do consultório, andou até sua mesa e indicou cadeiras acolchoadas para sentarmos. Austin puxou minha cadeira e eu sentei.  Ela ficou em silêncio por alguns segundos e então abriu uma pasta, respirou fundo e começou a falar.

-Bom, eu descobri o que houve com a garota, ela...

Antes que ela pudesse continuar a falar, Austin a interrompeu.

-Você poderia, por favor, não se referir a ela como “garota”? Chame-a pelo nome. Pode falar Sara.

-Austin! – Eu o repreendi.

-Não tudo bem, desculpa. Bom, a Sara foi envenenada pouco antes do acidente, que foi usado como disfarce.

-Mas quem faria isso a uma menina tão jovem? Porque alguém faria isso à Sara? – Austin parecia inconformado com toda a informação.

-Aqui estão os resultados dos exames toxicológicos e as imagens em alta definição dos órgãos afetados. Eu refiz o atestado de óbito, preciso que o pai da Sara assine para liberar o corpo.

-Como ela foi envenenada? – Essa foi a minha primeira pergunta após a informação da doutora ter finalmente ter sido processada em minha mente. Porque alguém em sã consciente iria machucar a Sara? Uma menina tão doce.

-Foi por inalação. Ela já estava desmaiada quando o acidente ocorreu.

-Doutora Jauregui, qual foi o veneno usado?

-Foi cianeto, e, por favor, me chame de Lauren. – Pela primeira vez eu pude olhar nos olhos da Lauren, seus olhos esmeraldas e eram absolutamente lindos, apesar de expressavam dor e sofrimento, não deixavam de ser lindos. Foco! Foco Camila, você precisa focar no seu trabalho, e não ficar reparando detalhes na doutora.

-Cianeto é um veneno muito rápido. Se ela entrou no ônibus normalmente e estava desmaiada quando o acidente aconteceu... Ela foi envenenada...

-...dentro do ônibus. – Eu e a Lauren falamos isso ao mesmo tempo. Sua expressão agora está pensativa. – No que está pensando Lauren?

-Se ele estava no ônibus quando o acidente ocorreu, ou veio para a emergência daqui ou fugiu do local, mas pode ser que esteja ferido, e pela proporção do acidente, creio que ele não saiu ileso e logo irá precisar de assistência médica.

-Muito bem pensado Lauren. Você tem acesso às fichas do hospital?

-Tenho. Posso verificar todos que foram atendidos do acidente.

-Tudo bem então, irei verificar nos dados da policia quantas pessoas havia no local, checaremos também os depoimentos e ver se tem alguém suspeito. Muito obrigada doutora, ops, Lauren. Qualquer informação pode ligar diretamente pra mim.

Peguei o meu bloquinho de post it e anotei o número do meu telefone celular pessoal, retirei e colei na sua agenda que estava próximo a mim na mesa. Ela me olhou com cara de interrogação quando olhou para o papel porque eu tinha anotado uma frase a mais: “Assim que eu sair da sala, me manda uma mensagem e eu te digo onde quero te encontrar.”, eu pisquei e acenei para o Austin indicando que já estava na hora de ir. Caminhamos até a porta em silêncio e quando iríamos saindo, cumprimentamos a doutora e saímos em direção ao carro. Eu estava esperando ansiosamente por uma mensagem da morena de olhos esmeraldas. Não demorou muito e sinto meu celular vibrar no meu bolso, pego e checo uma mensagem da Lauren:

“O que houve? Porque não falou aqui no consultório? Algum problema? – Lauren”

Ela parecia nervosa nas palavras que usou, e não é por menos, eu simplesmente a assustei com aquele recado.

“Fica calma, eu só quero conversar com você sobre umas suspeitas. –Camila”

Segundos depois outra mensagem...

“Você tem um parceiro pra isso, não confia nele?”

“Na verdade, estou começando a não confiar. Mas isso não vem ao caso. Que horas você sai do hospital? Posso passar aí e te pegar para conversarmos? – Camila.”

“Pode, venha às 18h. Estarei te esperando na portaria do hospital. Não se atrase. E não precisa mais mandar seu nome no final de cada mensagem. Eu já sei que é você. Até mais tarde. XOXO.”

Nossa! Essa doutorinha tem personalidade viu?! É sincera, direta e mandona. Gostei. Resolvi apenas mandar uma resposta simples com um “até mais”.

O restante da tarde até o horário da minha saída do departamento foi realmente chato, ficamos lendo e relendo todos os depoimentos sobre o acidente procurando alguém suspeito, olhamos todas as fitas de vídeo das câmeras panorâmicas da rua no horário do acidente e ainda assim... nada. Eu estava a caminho da garagem para ir ao meu encontro com a Lauren quando alguém puxou meu braço.

-Mila. Não me diga que você esqueceu? – Fiz cara de confusa e então ele começou a explicar. –Vim sem carro. Pedi uma carona mais cedo, lembra?

-Nossa Austin, me desculpa, vou precisar passar num lugar antes de ir pra casa. Quer dinheiro para o táxi?

-Não tudo bem. Eu vou de metrô.

-Desculpa, amanhã o café é por minha conta.

Nem esperei uma resposta do meu parceiro e fui em direção ao elevador, peguei meu celular e já eram 17:20, nossa, preciso ir correndo antes que me atrase. Cheguei à garagem já com a chave do carro na mão, entrei no meu Veloster e fui correndo em direção ao hospital. Ao chegar à portaria principal, vejo a morena de olhos verdes me esperando encostada numa pilastra, eu buzino e ela percebe que eu cheguei e vem caminhando em direção ao meu veículo.

-Pensei que iria estar aqui antes do horário.

Ela me surpreendeu com essa frase, realmente. Até eu achei que chegaria mais cedo e ficaria esperando por ela.

-Me desculpa se te fiz esperar. Entra, vamos a um lugar.

-Olha, eu sei que você é da polícia e tudo mais, mas não é tão simples assim não. Você manda aquele recado esquisito para mim e agora manda entrar no seu carro porque vamos a algum lugar? Até a mais idiota pessoa desconfiaria de algo.

E agora? O que eu faria para a Lauren confiar em mim e me acompanhar?


Notas Finais


Já sabem né?! Criticas, comentários e afins são sempre bem vindos.
Obrigada por quem vier a acompanhar essa fic lindinha *-*
Twitter: @sacamrengem
Curious Cat: http://curiouscat.me/sacamrengem
Ask.fm: http://ask.fm/sacamrengem
qualquer coisa só chamar nas redes sociais aí
até o próximo capitulo :)


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