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História Falling Apart - 03


Escrita por: sacamrengem

Notas do Autor


oi oi, mais um com muito amor

Capítulo 3 - 03


(Lauren POV)

Eu estava esperando a detetive Cabello chegar quando meu telefone vibrou, achei que seria uma mensagem de desculpas da policial dizendo que não poderia vir ou algo do tipo, mas na verdade não era dela. Era uma mensagem de um número desconhecido, fiquei apreensiva e com medo de abrir a mensagem, mas juntei coragem e abri.

“Questione sempre a Camila, coloque em questão se você deve confiar nela. Porém confie mesmo assim, ou sua amiga Hansen pode ter o mesmo destino que a pequena e doce Sara.”

Mas o que isso significa? Porque alguém me mandaria uma mensagem como essa? Fiquei assustada e com medo quando resolvi entrar no hospital novamente e beber um copo d’água e então sinto meu celular vibrar novamente. Outra mensagem.

“Volte para a portaria agora, ela está chegando. Vá agora ou você terá que necropsiar sua amiga.”

Que porra é essa? Olhei ao redor e não havia ninguém na recepção. Mas como eu sou muito medrosa, resolvi voltar para onde estava e esperar pela detetive dos olhos castanhos mais lindos que já vi. Lembram-me chocolate. Coisa que eu amo. Não demorou mais de cinco minutos e a morena havia chegado. Fingi não ter a visto encostar o seu Veloster próximo à pilastra que eu estava e então eu ouço a buzina soar, era minha deixa. Aproximo-me do veículo e ela baixa o vidro.

-Pensei que iria estar aqui antes do horário. – Falei assim que baixei minha cabeça para que ela pudesse me ver. Pude notar o quão ela ficou surpresa pelo comentário.

-Me desculpa se te fiz esperar. Entra, vamos a um lugar. – Ela me respondeu com uma voz firme.

-Olha, eu sei que você é da polícia e tudo mais, mas não é tão simples assim não. Você manda aquele recado esquisito para mim e agora manda entrar no seu carro porque vamos a algum lugar? Até a mais idiota pessoal desconfiaria de algo. – Eu estava realmente admirada com minha capacidade de mentir assim. Eu entraria naquele carro e contaria sobre as mensagens e iria chorar por estar sendo ameaçada por algo que eu nem faço ideia, senti meus olhos começarem a marejar, mas eu teria que ser firme com a Camila. – Ein? Vai me dizer algo?

- Por favor, Dra. Jauregui, aqui não é um lugar seguro para conversarmos. – No mesmo instante ela discretamente pegou seu celular e mostrou uma mensagem:

“Estamos sendo observadas, você precisa confiar em mim.”

Meus olhos ficaram arregalados e eu estava morrendo de medo. Uma lágrima escapa do meu rosto e eu abro a porta do carro. Ela aumenta o som do carro e acelera. Estava passando Yellow Raincoat – Justin Bieber e então percebi que Camila cantava aquela música como se ela fosse muito especial para ela. Ela parou num lugar da cidade que eu nunca tinha visto. Era uma viela escura e fria.

- Não se assuste. Mas quero que você desligue seu celular e deixe-o aqui. Vamos à uma pastelaria e conversaremos. Na volta pegaremos seu celular.

- Porque você está fazendo tudo isso detetive Cabello?

- Por favor, me chame de Camila. E eu estou fazendo isso para que não sejamos rastreadas. Vou deixar o meu aqui também.

- Tudo bem. Já desliguei. Toma aqui. – Estendi meu celular para Camila e ela pegou, saiu do carro e dois minutos depois estava de volta. Sorriu. – Desce, está esperando o quê? Não vamos com meu carro, alguém pode estar nos seguindo, deixaremos o carro aqui e seguiremos de táxi. – Eu ficava cada vez mais impressionada com a capacidade que a detetive tinha de deter qualquer possibilidade de sermos pegas por alguém. Afinal... do que estávamos fugindo?

-Porque você está fazendo tudo isso para que ninguém nos siga? O que está acontecendo? Eu estou começando a ficar assustada. Eu não deveria ter necropsiado aquela garota. Meu Deus.

-Calma, calma. Irei te dizer todas as hipóteses e todas as provas que recolhemos até o momento. Quando chegarmos à pastelaria você vai saber de tudo. Agora, por favor, vamos sair daqui.

Saímos da viela e fomos para a avenida mais próxima, Camila estendeu uma mão e assobiou com a outra fazendo um táxi parar bem na nossa frente. Como essa mulher é incrível, juro que se não estivesse tão assustada, eu já estaria excitada por essa mulher deslumbrante. O trajeto não foi tão longo, chegamos em torno de dez minutos, eu desci do carro enquanto Camila fazia o pagamento. Entramos no local e escolhemos uma mesa mais reservada e uma garçonete muito simpática apareceu, li no seu uniforme que seu nome era Ally.

-Camila, o que está fazendo aqui essa hora? Dona Sinu sabe que você anda comendo besteiras?

-Nossa! Muito legal da sua parte dizer que no seu estabelecimento tem besteira para alimentar as pessoas. Posso chamar a vigilância sanitária você sabia? – Camila fez cara de indignação e então caiu na risada junto com a pequena moça de cabelos claros e pele bronzeada.

- Tudo bem detetive Cabello, não vai me apresentar sua amiga?

-Desculpa minha falta de educação – falou batendo na testa fazendo biquinho – Essa aqui é a Dra. Jauregui. Está me ajudando a resolver um caso.

- Olá sou Ally Brooke, uma simples mini empreendedora. - Neste momento Camila não segurou o riso e estava muito vermelha devido as altas gargalhadas. – Posso saber o que foi tão engraçado?

- “Mini empreendedora”? Sério Ally? – Ela continuou rindo da situação enquanto Ally ficava emburrada.

-Desculpa, mas acho que ela não vai parar de rir por um momento... Me chamo Lauren. Esquece esse negócio de doutora. Não estamos num hospital e você também não parece doente.

-Tudo bem, Lauren. Vai querer alguma coisa?

- Por enquanto só uma água. – Ela ia saindo quando eu a chamei – Ah, Ally... trás uma água para a Camila também por favor.

-Obrigada Doutora.

- Pare de me chamar assim Camila. Sinta-se a vontade para me chamar de Lauren.

-Então, não te chamei aqui para ficar rindo da minha amiga e suas piadas infames. Quero falar com você sobre a Sara.

No instante que eu ouvi o nome da garota, o sangue do meu rosto escapou pelas minhas veias e me deixou totalmente pálida. Camila continuou...

-Como você já sabe, ela era filha do meu chefe. Diretor do departamento de Crimes Hediondos... Não sabemos ao certo quem está por trás desses acontecimentos, mas algumas ameaças virtuais foram recebidas por ele semanas a fio antes do assassinato da sua filha.

-E o que eu tenho haver com isso?

-Pode ser que você não acredite no que vou lhe dizer agora... Mas Sara é sua irmã. Infelizmente você conheceu sua irmã dessa forma.

-Eu tenho família Camila, você está me confundindo com outra pessoa. É impossível que Sara seja minha irmã.

-Lauren, sua família, não é de verdade. Seu pai, o meu chefe, te manteve longe desde o seu nascimento para que algo acontecesse com você devido sua posição ser perigoso mediante os crimes e os criminosos dessa cidade. Ele quis manter Sara mais perto achando que estaria segura. Mas se enganou... Me desculpa você estar sabendo de tudo isso assim.

Todo o local começou a rodar e a Camila estava duplicando em minha frente. Eu ouvi que ela chamava meu nome, mas aí tudo ficou preto diante de mim. 

(Camila POV)

Depois de tudo ter sido revelado à Lauren, eu vi que seu rosto estava começando a ficar pálido, suas feições eram de pavor e seus olhos estavam com um vazio inexplicável. É tudo culpa minha, eu não deveria ter dito tudo daquela maneira, deveria ter esperado um pouco mais, deveria ter sido mais sutil. Ai como eu sou burra. Deveria ter trazido o pai dela para que ele contasse, porque ele foi escolher logo a mim para dar essa noticia? Sou péssima no quesito sutileza. Mirei meus olhos em Lauren e a minha preocupação estava crescendo exponencialmente, nunca que eu sonhasse que palavras que saíram da minha boca causariam um efeito como esse em outra pessoa. Seus olhos estavam vidrados em mim e eu percebi que seus lábios estavam secando diante da sua respiração pesada e arfante. Lauren estava prestes a desmaiar, eu não precisava de uma graduação em medicina para saber que isso iria acontecer.

-Lauren, Lauren, Lauren. Fala comigo. Lauren pelo amor de tudo que é mais sagrado. Fala comigo.

Eu tentava manter Lauren acordada, mas o seu corpo estava ficando cada vez mais mole. Cada tentativa minha era inútil, eu sei que ela conseguia me ouvir, mas era muita informação para processar, gritei para que Ally viesse me ajudar, mas era tarde, o corpo de Lauren despencou e eu corri para segurá-la.

-O que tá acontecendo Camila?

-Ally, liga para o 911. AGORA

***

Depois de uma bateria de exames e de secar dois potinhos de soro na veia, os olhos da Lauren começam a se abrir e aquela imensidão verde estava direcionada a mim.

-Olá, você está se sentindo bem? – Minha preocupação era notável e então foi ai que ela percebeu onde estava e começou a ficar agitada.

-O que aconteceu? Nós estávamos na pastelaria e você estava falando sobre meu pai... meu pai? É verdade Camila? Me responda.

- Calma Lauren, você desmaiou depois de tudo, os médicos disseram que sua pressão baixou muito. É preciso descansar.

- Não me deixa aqui sozinha.

- Não deixarei.

Não demorou muito e então a Lauren voltou a dormir, estava saindo para pegar um pouco de água quando uma mulher entrou e começou a lançar mil perguntas a mim, eu nem conseguia acompanhar o que ela falava e meus olhos estavam apenas observando aquele falatório, quando decidi fazer algo para manter a calma e o controle da situação, ela estava de jaleco, então pude visualizar o seu nome...

-Dra. Hansen, por favor, mantenha a calma.

-Como eu posso manter a calma? Lauren esta numa cama desacordada e eu não sei o que houve. É melhor você ter uma boa explicação para isso.

-Primeiro, vamos às apresentações. Meu nome é Camila Cabello. – Neste momento pude notar a expressão de espanto da jovem doutora a minha frente. – Lauren estava comigo numa pastelaria quando passou mal e acabou desmaiando, eu a trouxe para cá.

-Desculpe-me detetive Cabello. Eu só estou preocupada com minha amiga. Desde que ela saiu da casa dos pais tem sido assim.

-Ela saiu da casa dos pais? Como assim?

-Isso é coisa que ela deveria te contar quando se achar pronta e se você realmente deve saber disso. Me desculpa, mas não posso te falar nada sobre isso. Acho que já falei até demais.

-Tudo bem, eu entendo seu ponto de vista. Estou saindo para pegar um pouco de água, será que você poderia ficar aqui até minha volta?

-Claro, só não demora porque eu tenho que voltar para meus pacientes.

-Certinho, estou de volta em dois minutos.

Caminhei porta a fora à procura de um bebedouro, mas estava difícil viu?! Fui até a recepção mais próxima e uma moça de bela aparência me olhou.

-Olá, meu nome é Veronica. Em que posso ajudar?

-Ah, oi, estou procurando um bebedouro.

-Ah certo, final do corredor à esquerda.

Bebi água e voltei correndo para o quarto onde estava Lauren. Ouvi que elas estavam conversando e não quis atrapalhar esse momento então fiquei ouvindo da porta.

-Sério Lauren? Essa mulher não está de brincadeira não né?

-Eu confio nela, por mais que tenha pouco tempo que a conheço... ela me passa confiança. Ela tem algo especial, entende?

-Hmmmmmm, da última vez que você disse que alguém tinha algo especial... acabou noivando com essa pessoa.

-Para Dinah, com ela é diferente. É como se eu ficasse conectada com ela quando nossos olhares se encontram.

-Sério isso? Você está soando apaixonada.

Um grande silêncio se forma dentro do quarto, como se ela não quisesse confirmar algo assim, ou como se ela estivesse apenas assentindo calada. Meu Deus, será que a Lauren está começando a sentir algo por mim, resolvo interromper.

-Licença, veja só quem está acordada, trouxe um copo d’água para você doutora Hansen.

-Nossa, muito obrigada, pode chamar de Dinah, bom, vou deixá-las a sós. Fica boa logo guria branca, quero sua ajuda numas cirurgias. Descansa.

Dinah saiu do quarto e Lauren estava olhando para mim com uma expressão apreensiva.

-Porque não trouxe água para mim também?

-Me desculpa, achei que ainda estaria dormindo quando eu voltasse...

-Ninguém consegue dormir ao lado da Dinah, ela parece que é ligada na tomada.

-Então... ah... desculpa ter feito isso... mas eu ouvi a conversa que você estava tendo com a Dinah. Quer conversar sobre? 


Notas Finais


Já sabem né?! Criticas, comentários e afins são sempre bem vindos.
Obrigada por quem vier a acompanhar essa fic lindinha *-*
Twitter: @sacamrengem
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qualquer coisa só chamar nas redes sociais aí
até o próximo capitulo :)


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