(P.O.V Gumball)
Estava caído no chão sentindo um leve peso sobre meu corpo, abri os olhos lentamente e vi que era Beemo. Ele estava diferente. Estava com a pele tão clara quanto a de Marshall, cabelos tão negros quanto os de Marshall, mas olhos olhos de órbes roxas pareciam com os meus. Parecia ser meu filho e de Marshall. Me sentei com cuidado ainda sentindo algumas dores nas costas e ajeitei Beemo nos braços. Olhei ao redor a procura de Marshall mas não o encontrei. Me levantei ainda com Beemo nos braços e andei olhando ao redor, a procura de Marshall.
Por onde passava recebia olhares um tanto... estranhos? De maneira nenhuma estávamos em Ooo. Percebi que os habitantes daquele lugar eram totalmente diferentes do que ele estava acostumado. As pessoas não se comunicavam entre si, não sorriam ou brincavam. Era um lugar preto e branco, era um lugar assustador. Continuei andando sem rumo com Beemo nos braços até que ele acordou e me olhei coçando os olhos. Muito lindo.
- P-principe Gumball? Me desculpe o incomodo, pode me colocar no chão... - Ele disse corado e eu ri
- Sem problemas, Beemo. Você é leve e deve estar cansado. Pode continuar no meu colo. Eu não me importo. - Sorri de forma singela e ela sorriu, logo depois olhou ao redor
- Principe Gumball, onde estamos? O que aconteceu depois que a invenção da Princesa Jujuba ficou doida? - Ele perguntou tombando a cabeça para o lado e eu parei de andar para lhe olhar
- Não faço ideia, Beemo. E o pior é que os outros sumiram... Precisamos encontrá-los, encontrar Marshall...
- Não se preocupe principe, eu te protejo! - ele disse num tom heroico estufando o peito, o que me fez rir e acariciar seus cabelos negros
- Okay, Okay. Assim me sinto mais seguro! E... por favor, me chame só de Gumball! Afinal, não estamos noreino de Ooo...
- O-o-okay, Gumball!
- Vamos continuar andando. Já está anoitecendo e não temos onde ficar, melhor acharmos algum lugar para passar a noite e... -parei de falar quando ouvi o estomago do pequeno reclamando de fome e eu ri - Bom, e precisamos comer também!
- N-não se preocupe! E-eu posso ficar sem comer!
- De forma alguma! Vamos comer sim! E enquanto procuramos algum lugar para isso, volte a dormir. Seu corpo parece quente e não quero que fique doente em um lugar que não conhecemos!
- Okay...
Ele se deitou em um dos meus ombros entrelaçando seus bracinhos envolta de meu pescoço e suas pequenas pernas nas laterais de meu corpo. Coloquei uma das mãos em suas costas e o ante-braço abaixo de suas nadegas pequenas. Continuei caminhando até avistar um tipo de maquina que tira e coloca dinheiro. Observei o que um cidadão mexendo na maquina usando um cartão. Após ele sair, tentei fazer o mesmo mas exigia diversos numeros e eu não sabia como colocá-los em ordem para que o dinheiro saísse.
Como um bom cientista que eu era, usei a tecnologia e inteligencia ao meu favor. Após "invadir" o sistema, consegui fazer com que o dinheiro saísse. Sorri vitorioso. Mas o dinheiro não parava de sair e muitos que passavam me olhavam de forma gananciosa. Precisava sair dali logo. Ajeitei o dinheiro nos meus bolsos e na roupa de Beemo que dormia serenamente e segui caminho. Após andar por diversas ruas, encontrei uma que tinha diversos prédios escrito "Bourbon Orleans Hotel" e adentrei o local. Havia uma moça mui elegante e sorridente me olhando e eu me aproximei.
- Eh... boa noite!
- Boa noite, senhor. Gostaria de reservar uma estadia no nosso hotel?
- Ahh, sim. E por gentileza, sem querer ser muito rude... Quero o melhor quarto desse lugar! - A mulher me olhou e sorriu
- Certo. Nosso melhor quarto é a nossa suite. Vai querer pagar agora ou quando sair?
- Melhor agora!
- Como quiser!
Após acertarmos o pagamento de minha estadia, segui para a tal suite. Chegando lá me admirei com o local, por ser tanta coisa em um comodo só. Mas ainda preferia o conforte de meu palacio. Deixei Beemo na cama e tirei o dinheiro de seu bolso e coloquei numa comoda que havia ao lado da cama. Peguei um pouco do dinheiro e deixei o resto ali. Dei um beijo no alto da cabeça de Beemo e sai do quarto o trancando. Voltei para a recepção e falei com a mesma moça que havia me atendido a alguns minutos atrás.
- Hey... hm... poderia me dizer onde eu poderia comprar algumas roupas? É a primeira vez que venho pra esse... lugar - disse sem graça
- Ahh sim, entendo... ultimamente muitos estrangeiros estão vindo pra cá. Enfim, quando sair daqui, vire a esquerda e vá direto. Verá diversas lojas de roupas masculinas.
- Ahh, muito obrigada.
- Disponha!
Sai do local e fiz o percurso que ela falou. Estava pensativo de mais, as coisas aconteceram muito rapido. Ainda bem que consegui me adaptar com tal realidade, mas ainda estava sendo tudo muito estranho. Meus olhos ardiam em busca de lagrimas por estar sozinho, sem Marshall ou Jujuba e Marceline. Senti um arrepio estranho percorrer minha espinha, algo de ruim iria acontecer, então me apressei nas compras. Entrei numa loja de roupas masculinas infantis e comprei o necessario para Beemo usar durante alguns dias, afinal, não sabia quando iria embora. Entrei em outra e comprei roupas para mim na tonalidade clara e outras mais largas e escuras. Sai da loja com as diversas sacolas e andei rapidamente pela rua pois ja havia anoitecido e o local estava vazio.
Ouvi passos atrás de mim seguida de uma sombra no chão, mas tentei ignorar e continuar andando. Mas senti meu braço sendo puxada de maneira bruta, fazendo com que algumas sacolas caíssem ao chão e minhas pernas tremerem. Observei o ser a minha frente que estava com uma faca em mãos prestes a me atacar, caso eu não entregasse o dinheiro. Não sabia o que fazer, meu corpo não me respondia, minhas pernas não se mexiam. Apenas as lagrimas escorriam e o desespero me abraça. A unica coisa que saiu de meus labios de forma temerosa foi "Marshall...".
(P.O.V Marshall)
Acordei com fortes dores na cabeça, tentei me levantar mas meu corpo parecia muito pesado. Abri os olhos lentamente e me vi jogado no meio de uma construção parcialmente arruinada (provavelmente eu a destruí pelo impacto que fui lançado aqui). Aos poucos fui me lembrando do que aconteceu e senti minha cabeça latejar. Coloquei uma das mãos na cabeça e vi que havia me machucado. Tinha pouco sangue, então não me preocupei.
Me levantei e vi que ainda estava de tarde. Olhei ao redor e constatei que definitivamente não estava em Ooo. Passei um dos dedos nos meus dentes e senti minhas presas. Ainda era um vampiro. Como estava muito fraco, não consegui me transformar em um morcego grande como eu queria, então me transformei num pequeno e fiquei ali dormindo até que a noite chegasse.
Enquanto dormia, não parava de sonhar com Gumball, não parava de pensar em como ele estaria e onde estaria. Em como minha irmã e sua parceira estariam. Senti algo quente escorrer por meus olhos fechados e senti uma forte pontada no estomago. Algo de errado estava errado estava prestes a acontecer.
Olhei para fora e vi que a noite ja havia chegado, então eu podia voar livremente. Dei graças aos céus por estar em outra dimensão e continuar sendo um vampiro. Enquanto voava, vi como tudo era sem cor, sem vida, todos presos em seus proprios mundos. Que dimensão mediocre. Em todos os meus 1000 anos, nunca vi algo tão monotono. Afastei esses pensamentos da cabeça e continuei a sobrevoar todo aquele local cheio de predios altos acinzentados. Era um lugar enorme, mas poucas pessoas andavam pelas ruas. Estava esfriando e minhas pequenas asas começavam a doer pelo esforço que eu fazia para avançar. Fui abaixando voo e de novo senti uma sensação estranha.
Voltei a minha forma humana e resolvi andar, mesmo que sem direção. Vi um homem todo de preto andando de forma estranha, ele tinha algo reluzente em sua mão. Uma faca. Achei estranho tal ato, então o segui. Afinal, mesmo que eu estivesse em outra dimensão, não é normal um cidadão andar com uma faca... ou é? Que seja. Andei atrás dele de forma tediosa, afinal ele poderia me levar a algum lugar interessante. Ele parou em um lugar escuro e eu me transformei em morceguinho novamente. Ele olhava atentamente para uma loja de roupas masculinas, parecia que esperava alguém, mas estava longe de mais da loja. A situação ficava mais estranha a cada minuto que se passava.
Olhei para a porta da loja após ela ser aberta e vi algo que fez meu coração morto acordar só pra sorrir. Gumball saiu da loja. Quando ia até ele já na minha forma humana, o desconhecido se aproximou rapidamente dele o puxando pelo braço. Meu sangue ferveu de uma forma inexplicavel. Vi quando se desequilibrar e cair no chão chorando totalmente assustado. Vi seus labios se mexerem e em um fio de voz sair uma unica palavra: Marshall.
Corri até o desconhecido o pegando pelo pescoço e o jogando na direção contraria com força. Vi quando ele atravessou a parede provavelmente desacordado, vi quando as pessoas se aproximaram. Vi quando Gumball ficou estatico mas se levantou rapidamente para me abraçar e chorar em meus ombros.
- M-m-marshall.... - Ele tentava falar entre os soluços
- Shh.... estou aqui, meu bem.
O ajudei com as sacolas e seguimos para o local em que ele estava alojado. Confesso que fiquei impressionado com a facilidade dele para se adaptar a essa dimensão. Eu provavelmente ficaria no mesmo lugar formando diversos planos para no final não seguir nenhum. Ao chegar no tal "Hotel" e irmos para o quarto de Gumball, coloquei as sacolas em um canto e puxei Gumball para um abraço.
- Graças a Deus consegui te encontrar! Achei que ficaria preso nessa porra de dimensão desconhecido sozinho!
- Achei que teria só Beemo como companhia. Ainda bem que nos encontramos! - Ele me abraço pelo pescoço e eu ajeitei meus braços em sua cintura colocando meu nariz na curva de seu pescoço, sentindo seu perfume maravilhoso.
- O baixinho está aqui? Que bom que ele não se perdeu! Seria um problema imenso achá-lo
- Sim... - Ele disse desanimado se afastando do abraço e percebi que seus olhos estavam marejados
- Está tudo bem, Gummy...? - Perguntei preocupado acariciando suas bochechas
- Marsh... acha que vamos conseguir daqui...? - Ele disse desviando seu olhar para o chão e sequei a lagrima solitaria que havia caido de seu olho. Distribuindo selares por todo o seu rosto arrancando pequenas risadas de Gumball
- É claro que vamos sair daqui! Com certeza Bonnie e Marceline devem estar pensando em como sairemos daqui e...
Parei de falar quando ouvi um resmungo vindo do quarto e olhei em direção a cama, vendo Beemo se revirando nela. Gumball foi até ele um tanto preocupado e se sentou a beira da cama. O segui ficando um pouco atrás olhando Beemo. Gumball colocou a mão em sua testa e na testa de Beemo e me olhou preocupado, falando em um tom desesperado.
- Marshall! Ele está queimando em febre!
- E-e-e-e agora?
- Temos que levá-lo a um hospital, agora!
- Onde fica isso? Esqueceu que não estamos em Ooo?
Ele ficou pensativo olhando para o chão e suspirou pesadamente. Vi o desespero disfarçado de angustia. Gumball tinha Beemo como um filho. Beemo sempre ia para o reino doce chorar em seu colo pelo jeito que era tratado pelas outras princesas. Sim, Beemo tinha quase 8 anos e vivia servindo as diversas princesas. Por isso Gumball estava tão preocupado. Depois de alguns minutos pensativo, tirou de forma desesperada mas cuidadosa as roupas de Beemo e o levou para o banheiro do quarto.
Deu um banho no garoto e o enrolou numa toalha o deixando na cama com cuidado. Andava de um lado para o outro pegando as roupas que havia comprado e o vestiu. Eu fiquei parado sem saber o que fazer, só o seguia com os olhos. Gumball de repente ficou irritado e pediu pra que eu localizasse o hospital mais proximo do hotel e foi o que fiz.
Sai pela janela flutuando e a dez minutos do hospital havia um hospital. Voltei ao quarto e avisei para Gumball que puxou os cabelos nervosamente, provavelmente por não saber como levá-lo. Ri baixinho e selei-lhe os labios para o acalmar, mas ele suspirou como quem dissesse 'não é hora, Marshall.' E eu ri baixinho novamente.
- Gummy, eu ainda posso me transformar e levar vocês dois! Apenas o cubra e vamos!
- C-certo... desculpe por isso. É que me sinto muito estranho aqui! Mas vamos logo antes que Beemo piore!
- Vamos....
Ele enrolou Beemo no lençol da cama e o ajeitou nos braços. Vi de relance quando depositou um beijo na cabeça do menor e suspirou ainda preocupado. Gummy realmente parecia ser a mãe dele, eu provavelmente seria o pai. Ri com esse pensamento e fui para a area aberta do quarto e lá me transformei no morcego gigante. Por alguns minutos senti uma tontura que logo passou. Achei estranho pois isso nunca aconteceu antes. Será que é por estar em outra dimensão? Bom, espero que isso não me atrapalhe mais.
Gumball se ajeitou nas minhas costas com Beemo e eu voei em direção ao hospital. Mesmo com aquela quantidade de vento batendo contra meu corpo, me senti enjoado, mas procurei me acalmar. Pousei em uma das arvores proximas aos hospital e coloquei Gumball no chão. Esse correu para dentro do hospital que eu nem percebi. Dei de ombros e fui caminhando a passos rapidos até ele. Me desequilibrei por um estante e me sentei antes que desmaiasse de vez.
Ao me sentar do lado de fora do hospital, comecei a massagear meus cabelos ainda me sentindo enjoado. Senti minha garganta secar e minha cabeça tombar para o lado. Meus olhos estavam começando a ficar pesado e senti que iria desmaiar ali, até que senti as mãos quentes de Gumball sobre meu corpo me chamando de forma desesperada.
Não conseguia formular as palavras que saiam de seus labios, nem conseguia vê-lo direito. Só conseguia ouvir as batidas fortes de seu coração e ver as diversas veias cheias de sangue em seu pescoço. Estava prestes a atacá-lo, mas voltei a realidade e me afastei dele rapidamente. Ele me olhou confuso e eu suspirei.
- Gummy... preciso de algo vermelho, estou me sentindo fraco. Deve ser por isso que estou meio cansado...
- Okay... vamos procurar algum tipo de... mercado.
- Vamos. E o Beemo?
- A enfermeira disse que ele está com uma febre altissima e terá que passar a noite em observação. Enquanto cuidam dele eu cuido de você! Mas vamos logo porque não quero deixá-lo com essas pessoas que não sabem nem fazer uma ficha direito!
Ele disse e eu ri fraco. Beijei o alto de sua cabeça e saimos pelas ruas procurando algum mercado e logo o achamos. O bom daquele lugar era que as lojas era tudo perto uma da outra, como se fosse um centro (se é que não era). Gumball pediu que eu esperasse do lado de fora enquanto ele comprava as coisas. Assenti e ele foi. Senti uma pontada forte no estomago e cai sentado no chão apertando fortemente a garganta. Nunca senti tanta sede em meus mil anos de idade. Estava começando a ficar preocupado de como Marceline estaria, pois se eu estava assim, ela também estaria. Pior, talvez.
Me encostei numa arvore que havia ali e tentei me acalmar, ou faria uma besteira. Vi Gumball se aproximando e tentei sorrir para lhe dizer que estava bem, falhei drasticamente. Ele me entregou diversas maçãs todas bem avermelhadas e eu suspirei aliviado pois talvez assim saciaria minha sede. Falhei novamente. Não conseguia de maneira alguma absorver a cor da maçã e Gumball notou meu desespero.
- M-marshall... Por quê não está conseguindo tomar a cor?
- Eu não sei Gummy.... mas isso não é bom sinal!
- Vamos nos acalmar! Precisamos pensar com calma! - Ele disse de maneira afoite e eu ri
- Que tal você se acalmar primeiro?
- Certo...
- Por ora... vamos voltar para o hospital pra ver como Beemo está, okay?
- Okay...
Me levantei com sua ajuda e seguimos para o hospital em passos lentos pois eu ainda estava meio zonzo. Ao chegar lá, fomos informados que Beemo já estava melhor e que poderíamos levá-lo se quiséssemos. Gumball não pensou duas vezes. A médica nos levou para o quarto dele e o encontramos brincando com outra criança, um garoto, pra ser mais exato. Quando entramos ele veio até Gumball e o abraçou fortemente pela cintura agradecendo centenas de vezes e eu ri. Logo depois ele veio até mim e me abraçou.
- Hey, Beemo! Como se sente? - Perguntei afagando seus cabelos
- Estou muito melhor rei Marshall. Sinto muito pelo prejuizo Principe Gumball - ele disse meio envergonhado e eu ri
- Aqui somos só Gumball e Marshall, formalidades não serão necessarias - Gumball disse de forma doce e eu ri baixinho
- Tá, chega do momento familia. Vamos embora que esse lugar me deixa mais enjoado!
Ao falar isso uma enfermeira entra no quarto com um tipo de caixa tampada e passar por mim. Sinto minhas presas ficarem mais pontudas e tento escondê-las com as uma das mãos. Gumball percebe e me olha um tanto intrigado, e eu dou de ombros mostrando que estou mais confuso que ele. A enfermeira põe a caixa encima da mesa ao lado da cama do amigo de Beemo (que até agora não falou um A) e abre a mesma. De lá ela retira uma bolsa de sangue e meus olhos ficam com a coloração mais avermelhada e eu me viro rapidamente saindo dali.
- Não vou fazer! Não mais!
Disse para mim mesmo e sai a passos apressados do hospital, até que percebi que estava em um lugar bem mais escuro com diversas arvores. Adentrei aquele mini bosque e ajoelhei no chão colocando as duas mãos na cabeça tentando controlar a respiração. Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas sabia que ja estava amanhecendo e precisava me esconder. Ouvi passos receosos e logo um ser de cabelos rosados se aproximando e me levantei andando para trás.
- M-marshall.... v-você está bem? - ele disse andando até mim com passos lentos me olhando de forma preocupada
Vai embora Gumball, volte com o Beemo! - disse irritado, mas comigo mesmo por medo de machucá-lo
- Vamos voltar juntos, okay....? - ele disse já ficando a minha frente e eu continuei indo para trás
- Gumball.... você mesmo viu! Eu não consegui absorver a cor da maçã e só foi aquele mulherzinha aparecer com aquelas coisas com sangue que minhas presas saíram! E eu não vou me alimentar de sangue de novo! -- eu gritei sentindo minha garganta secar e meus olhos arderem querendo soltar as lagrimas
- Marshall... eu sei que você prometeu pra mim porque não queria me machucar... mas entenda, não estamos em Ooo, lembra? Você não pode ficar sem se alimentar! - Ele disse firme, mas senti o medo em suas palavras
- Gummy... não!
- Marshall... sim! Você não pode fazer isso. Não pode ficar assim, pois pode piorar! Quer me deixar sozinho com Beemo? E quando encontrarmos as meninas? Vamos Marshall... - ele disse docemente colocando as mãos em meu rosto e fechei os olhos sentindo sua pele quente contra a minha. Sorri minimamente e estava prestes a abraçá-lo, mas seria perigoso. O empurrei e não medi minha força, o que ocasionou sua queda brusca contra o chão e seu gemido de dor.
- Gumball! Me perdoa! E-e-eu.... n-não queria... - tentei me explicar mas minha voz insistia em tremer
- Sem problemas... ai! - ele olhou para a mão que provavelmente se machucou com a queda e viu um pequeno corte ali. Sangue. Meus olhos mais uma vez tornaram ao vermelho carmesim e me afastei ainda mais dele enquanto ele se levantava
- Gummy... por favor! Não quero ti machucar de novo! - eu disse com a voz embargada
- Você vai me machucar se não fizer isso!
Fiquei confuso e olhei para trás e senti sua mão contra minha boca fazendo com que algumas gotas de seu sangue ficasse em meus labios. Fiquei estatico, sem reação. Só conseguia sentir aquele gosto doce descendo minimamente por minha garganta. Eu queria mais. Eu precisava de mais. Eu precisava de Gumball. Sempre precisei. Mas precisava me controlar. Retirei a mão de Gumball de minha boca e a beijei de forma dolorosa, pois precisava de muito mais e aquilo não tinha sido o suficiente para saciar minha sede, então suspirei e sorri fraco.
- Marshall, você sabe que isso não é nem um terço do que você precisa. E não permitirei que beba outro sangue que não seja o meu! - Ele disse firme fechando as mãos em punho e estufando o peito confiante. - Se eu achar que está me machucando, eu vou falar, okay? Venha...
Ele disse de forma doce e estendeu a mão e eu a segurei sem pensar duas vezes. Confiava cegamente em Gumball, assim como ele confiava cegamente em mim, um demonio. Ele me abraçou pelo pescoço e eu abracei sua cintura. Fomos nos sentando no chão aos poucos sem nos soltarmos do abraço. Minhas costas se encostaram na arvore e Gumball ajeitou suas pernas nas laterais de meu corpo. Coloquei meu nariz na curva de seu pescoço aspirando aquele cheiro doce e senti sua pele se arrepiar.
- Gumball... tem certeza disso? - Minha voz saiu rouca e o senti suspirar
- Absoluta!
Apertei um pouco mais sua cintura contra a minha fazendo com que nossos membros se roçassem e eu ri baixinho. Gumball gemeu baixinho enquanto eu distribuia leves selares em seu pescoço. Confesso que eu estava impaciente e queria tomar de uma vez seu sangue, mas queria que fosse diferente da ultima vez. Passei minha linguá por aquela região e senti umas marquinhas já cicatrizadas de minha mordida anterior e senti uma lagrima escorrer ao lembrar de como foi. Depositei um ultimo selar ali e finquei minhas presas pontudas em sua pele ouvindo um gemido reprimido de dor.
Gumball jogou a cabeça para o lado e acariciou meus cabelos. Tentava sugar seu sangue de forma calma, mas era impossivel. O sangue de Gumball parecia mais doce, mais saboroso. Ouvi um pequeno sussurro de Gumball mas não consegui prestar atenção, só conseguia me concentrar naquele liquido saboroso. Desci minhas mãos para sua bunda e as apertei fazendo com que Gumball gemesse manhoso em meu ouvido o que me fez arrepiar por completo. Ele puxou meus cabelos para trás delicadamente e eu entendi o recado.
Tirei minhas presas de sua pele e senti sua respiração ofegante contra meu pescoço. O abracei de forma delicada enquanto ele respirava de forma sofrega, eu passava as mãos por suas costas. Quando ele ja estava respirando normalmente se afastou e me olhou nos olhos sorrindo enquanto acariciava minhas bochechas.
- Viu... não me machucou! - ele riu fraco e me beijou de forma calma e eu correspondi da mesma forma
- Eu te amo muito, Gummy... - eu disse sorrindo de forma singela e ele selou meus labios rapidamente
- Eu também te amo muito, Marsh... Agora vamos logo pois o sol ja está nascendo e deixei Beemo no hospital porque ele queria fazer companhia pro novo amigo -ele riu fraco e colocou a mão no pescoço
- Gumball... ta tudo bem? - Coloquei minha mão encima da sua que estava em seu pescoço
- Estou sim. Vamos? -
Ele sorriu se levantando e eu assenti me levantando logo em seguida. Ele andou alguns passos mas logo parou e vi quando suas pernas ficaram bambas. Fui até ele e segurei em sua cintura, ele se virou para mim e vi uma lagrima solitaria escorrer de seu olho e senti meu coração apertar. Ele me abraçou pelo pescoço e eu pela sua cintura ficando em silencio por alguns segudos, até que ele quebra esse silencio.
- Marshall, não se preocupe. Okay? Busca o Beemo no hospital...
- Mas como...
Antes que eu pudesse terminar a frase senti o corpo alheio perder os comando e eu o segurei me sentando no chão. Batendo levemente em seu rosto para que ele acordasse mas ele não reagia. Senti sua pele ficando cada vez mais palida e percebi a quantidade de sangue havia em seu ombros e pescoço. Minhas lagrimas começaram a cair compulsivamente e abracei forte o corpo de Gumball e me levantei. O sol estava quase nascendo, então precisava tirar ele dali antes que ele piorasse. Me transformei em um morcego gigante e o segurei com os pés de forma delicada.
Alguns raios solares já se faziam presente e começavam a me ferir, mas precisava ficar firme, senão nós dois sairiamos machucados. Quando chegamos proximo ao quarto, voltei a minha forma humana segurando rapidamente Gumball e adentramos o local. O coloquei na cama e fiquei andando de um lado para o outro puxando os cabelos pensando no que fazer, mas nada me vinha a cabeça. Até que lembrei do que ele fez com Beemo e fiz a mesma coisa com ele. Retirei suas roupas com cuidado, dei um banho nele, vesti as outras roupas que ele havia comprado e limpei completamente seu machucado ficando quase que impercepitivel.
Alguém bateu na porta e eu literalmente corri até ela tropeçando nos meus proprios pés e me dei cara com uma senhorinha sorridente falando "serviço de quarto" segurei em seus ombros de forma desesperada e expliquei a situação em que meu namorado se encontrava, a senhora logo ligou para a ambulancia e o levaram. Eu fiquei ali no quarto chorando, pois mais uma vez, tinha machucado Gumball.
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