História Falling In Love - A tempestade chegou - parte I

    Enquanto isso na Noitosfera...

                            (P.O.V Marshall Lee )

Estava indo muito bem na Noitosfera, tinha voltado a minha rotina. Vez ou outra me encontrava fazendo uma das almas sofrerem seus devidos julgamentos, outra hora fazia um mini show com meus colegas e assim iam as horas. Nem percebi quanto tempo se passou desde que fui para lá, as horas pareciam não passar. Não levei meu celular para lá por motivos obvios, por querer paz. Muitas garotas e garotos se insinuavam a mim, mesmo que fosse só por sexo, eu não queria. Parecia tão errado... Apenas suspirei e continuei o que estava fazendo. Mesmo assim, não conseguia parar de pensar em Gumball, as horas passavam lentamente na Noitosfera. Mesmo não querendo ir, eu sabia que tinha que voltar. Parecia que algo estava errado, algo ligado a Gumball. Precisava vê-lo, só pra saber se ele estava bem. Então eu voltei, mas não fui diretamente para o reino doce. 

      (P.O.V Autora)

Já haviam se passado duas semanas desde que Marshall havia voltado para a Noitosfera e Gumball sem noticias suas. Os dias se passavam lentamente, era angustiante para ambos ficarem sem se falar. Mesmo ambos querendo voltar ao seu 'relacionamento' de sempre, nenhum dos dois faziam algo para que isso acontecesse. Não porque não quisessem, mas Gumball não sabia mais onde procurar, e mesmo se sonhasse com a ideia de que ele estava na Noitosfera, não saberia como adentra-la. E assim foram se passando as horas e consequentemente os dias. Dias que, para Gumball, nunca foram tão deprimentes. Ao se completar exatamente duas semanas que Marshall havia desaparecido, foi notificado que alguém o estava esperando em seu escritorio. Uma fina linha de esperança se acendeu no coração do rosado e logo sorriu. Foi praticamente correndo para seu escritorio e abriu a porta com um sorriso, que logo foi desfeito ao ver um ser que não queria. Flame.

                (P.O.V Flame ) 

Estava muito entendiado em casa, meus servos não sabiam mais como me satisfazer. Precisava de algo puro e inocente para que eu pudesse macular. Sentia essa necessidade de pisar e humilhar seres inocentes, era um monstro que havia dentro de mim que fazia isso, e eu não o segurava. Estava pensando em quem faria de vitima, quem seria meu proximo brinquedo. Uma luz ascendeu em minha mente revelando a imagem de um ser adoravel e puro. Gumball. Comecei a rir loucamente só de imagina-lo em meus braços com os olhos cheios de lagrimas e gritando por socorro. Sim, eu adorava quando isso acontecia. Como um relâmpago, segui para o reino doce. Para todos, eu estava normal, feliz como sempre. E realmente estava, e iria continuar quando terminasse meu ato. O mordomo Menta me levou até o escritorio de Gumball e disse que iria chamá-lo, apenas concordei e fiquei sentado em sua mesa de frente para a porta brincando com uma pequena bola de fogo que continha o ritual de proteção ao fogo. Gumball entrou na sala sorrindo mas logo o desfez, foi ai que joguei a bolinha em sua testa.

- A-ai... -Ele reclamou enquanto coçava a testa.

- Desculpa, mas só assim pra eu poder ti abraçar! -Caminhei até ele e o abracei apertado sentindo seu cheiro doce. Desfiz o abraço e o olhei um tanto triste- Hey... parece triste. Aconteceu alguma coisa? -Perguntei ja sabendo a resposta.

- É que faz um bom tempo que não falo com Marshall. Estou começando a ficar preocupado, ele nunca sumiu por tanto tempo! -Ele franziu o cenho pensativo e senti meu sangue ferver mais ainda.

- Logo, logo ele aparece. -Disse tentando animá-lo. Esse somente sorriu fraco e concordou finalmente me olhando nos olhos. Aquelas orbes roxas me fizeram ficar ainda mais aceso.

- Flame...? Parece perdido... -Ele se aproximou de mim e ja comecei a sorrir, só de pensar no que queria fazer com ele. - Flame...?

- Gumball... - Ele me olhou confuso colocando a mão em meu ombro. Em questão de segundos, segurei seus braços com força e o virei no sofá ja retirando sua camisa. 

 - F-f-flame? O que está fazendo? Me larga! -Ele se debatia para se soltar mas eu segurava com força. Prendi suas mãos acima da cabeça com uma de minhas mãos enquanto a outra passeava pelo corpo do rosado. Lambi um de seus mamilos e o ouvi arfar ainda gritando por socorro. Beijei seus labios os fazendo sangrar um pouco. O olhei e pude contemplar as lagrimas que escorriam por seus olhos, mordi um pouco seu pescoço sentindo o maravilhoso gosto de chiclete. Estava prestes a colocar a mão em seu membro até que ouço Gumball sussurrar algo. Então, paro meus movimentos e o olho. 

- O que disse, Gummy? -Perguntei sarcasticamente

- Socorro... - Ele sussurrou fechando os olhos os apertando com força, provavelmente numa forma falha de tentar segurar os gemidos da dor que estava sentindo em  seus pulsos, ja que eu estava os apertando com força. -Socorro... MARSHALL!

Quando ele gritou esse nome, dei um belo tapa em seu rosto, deixando marcas de meus dedos e até uma leve queimadura. O que o fez chorar mais ainda. Continuei meus movimentos até que ouço um barulho estrondoso e vejo que a porta do escritorio estava no chão. Olhei em direção a porta e pude contemplar um Marshall totalmente demoníaco, seus olhos vermelhos estavam mais brilhantes por conta da raiva. Ele andou lentamente até mim, confesso que gelei de medo. Soltei Gumball, fiquei paralisado, sem saber o que fazer. Não sabia como revidar caso ele viesse para cima de mim. Gumball por sua vez, correu para os braços de Marshall em prantos. Marshall o abraçou com força para tentar acalma-lo. Gumball estava histérico, tentava se explicar, ainda tentava segurar Marshall para que não me machucasse. A unica coisa que consegui fazer foi sumir dali. Deixando Gumball nas mãos de Marshall. 

         (P.O.V Gumball)

Estava confuso com a visita de Flame, não queria vê-lo. Sentia que algo ruim poderia acontecer com ele estando ali. Eu estava certo. Não acreditei quando Flame veio para cima de mim, não acreditei que faria 'aquilo' sendo forçado. Só conseguia gritar e me debater para me soltar daqueles braços infernais. Em minha mente só conseguia pensar em uma pessoa. Marshall. Quem mais poderia me salvar e me proteger de tudo e todos? Somente ele. Quando sussurrei 'socorro, Marshall' recebi um forte tapa em meu rosto, o que me fez chorar ainda mais. Não pela dor imensa que estava sentindo e sim, por saber que Marshall não viria. Ouvi um barulho estrondoso e olhei para de onde veio tal barulho e chorei um pouco mais, só que dessa vez, de felicidade. Feliz por saber que Marshall estava ali, estava ali por mim. Não pensei em nada, não conseguia. Achei a solução apenas em correr para seus braços e ficar ali, onde era meu refugio. Flame acabou indo embora o que me deixou mais aliviado, não queria presenciar uma briga entre os dois. Marshall acariciou meu rosto limpando as lagrimas que ainda rolavam e me beijou com ternura, sua lingua pediu passagem e eu logo cedi´. Estávamos em um beijo calmo e cheio de desejo. Sim, eu desejo Marshall com todas as minhas forças. Não posso mais negar isso. Senti sua lingua explorando cada canto de minha boca o que me fez arrepiar. Abracei seu pescoço e ele minha cintura. Em um movimento rapido, me ergueu em seus braços e eu entrelacei minhas pernas envolta de sua cintura. Separei-me do beijo porque a falta de ar se fez presente, ainda estava no colo de Marshall. Esse olhava fixamente para meus labios e depois olhou em meus olhos. E assim, pude ver o quanto aqueles olhos avermelhados expressavam amor e desejo. Sorri minimamente e falei com as bochechas levemente coradas enquanto acariciava seu rosto.

- Você veio... por mim? - Minha pergunta foi idiota, eu sei. Mas eu precisava ouvir da boca dele a resposta exata.

- E por quem mais eu viria? - Ele me deu um selinho longo e sorriu ao se afastar- Por você, eu iria até o céu! Já que no inferno não preciso de permissão pra entrar! -Rimos de sua piada, uma piada que encheu meu coração de alegria. Marshall estava disposto a ir contra sua natureza por mim!

- Marshall... pode me levar para o quarto? - Ele assentiu e me levou para meu quarto, na mesma posição que estavamos no escritorio. Ao chegar lá, Marshall me deitou na cama e se sentou ao meu lado.

- Eu ja vou... - Quando ele se levantou para sair, ouvi um som  ensurdecedor. Um trovão. Me lancei aos braços de Marshall novamente com medo, amava a chuva mas odiava os trovões. Marshall riu e acariciou meus cabelos.- Calma... é só um trovãozinho de nada. - E mais um trovão soou e abracei Marshall mais forte.

- Pode passar a noite aqui? Pelo menos até essa tempestade passar... - Corei violentamente, era um pedido ridiculo. Um rapaz de 22 anos com medo de trovões!

- Claro, Gummy...

 Me soltei dele e deitamos na cama. Nos cobrimos e eu abracei Marshall, fazendo com que nossos corpos ficassem mais unidos. Marshall me olhava de uma forma diferente, não sabia o que mudou. Só sei que gostei. Ele me beijou, dessa vez minha lingua pediu passagem que logo foi cedida. Em questão de segundos, Marshall estava encima de mim. Nosso beijo ja não era mais calmo, era algo avassalador. Sem perceber, levei minhas mãos até a blusa de Marshall a retirando. Ele parou o beijo e me olhou um tanto preocupado.

- Gummy... tem certeza de que quer fazer isso comigo...? - Ele perguntou receoso.

- Com toda a certeza de minha alma! - Respondi determinado. Ele sorriu satisfeito com a resposta e eu... bem, estava mais vermelho que um tomate!